O Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) foi criado na Era Vargas, em 1939, para promover a propaganda política do então presidente. Por seis anos, foi um poderoso instrumento de censura e deu origem ao Departamento Nacional de Informações (DNI), que depois virou Serviço Nacional de Informações (SNI). O SNI foi extinto e abriu caminho para a Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE ) e para a atual Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Show Departamento de Imprensa e Propaganda - A censura no Estado Novo Marco Cabral dos Santos Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
O nascimento do Estado Novo, em 1937, deu-se sob a evidente preocupação de Getúlio Vargas com a publicidade e legitimação de seu regime, apoiando-se fortemente nos meios de comunicação. Desde o momento em que viu consolidar-se o golpe que o levou ao poder em 1930, Vargas mostrou-se preocupado em estruturar seu governo, ancorando-se em mecanismos de propaganda e controle da opinião pública como meio de difundir suas ideias e os ideais que norteariam sua atuação política. Superministério Há quem o considere o DIP como o "superministério" de Vargas, pedra basilar em seu esquema de sustentação. A gigantesca burocracia do DIP era ainda composta por filiais denominadas de DEIP (Departamento Estadual de Imprensa e Propaganda), presentes em cada um dos estados brasileiros. Vigilância e censura O DIP dedicava parte de seus recursos à censura aos meios de comunicação brasileiros. Nada (ou quase) escapava aos olhos atentos dos censores, que em 1942 chegaram a proibir a veiculação de 108 programas de rádio e quase 400 músicas, fosse pelo conteúdo nocivo aos interesses da pátria, fosse por letras de moral questionável, sobretudo em se tratando das marchas de carnaval. Moldando o país ao Estado Novo A empreitada de moldar a imagem de um Brasil moderno e moralizado aliada à imagem de Vargas como um governante justo e firme, consumia avultadas quantias e envolvia um aparato estatal de grande envergadura. Em alguns períodos o DIP chegou a ser responsável por 60% dos artigos publicados em revistas e jornais por todo o Brasil. Era uma máquina de propaganda governamental como nunca se vira em terras brasileiras, certamente o órgão civil mais preponderante na fabulosa estrutura do Estado Novo. ID: {{comments.info.id}} Ocorreu um erro ao carregar os comentários.Por favor, tente novamente mais tarde. {{comments.total}} Comentário{{comments.total}} ComentáriosSeja o primeiro a comentarEssa discussão está encerradaNão é possivel enviar novos comentários. Apenas assinantes podem ler e comentar Avaliar: Só assinantes do UOL podem comentarAinda não é assinante? Assine já. Se você já é assinante do UOL, faça seu login. sair enviar comentário enviar comentário O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia os termos de uso Escolha do editor {{ comment.created | formatDate | prettyDate}} Responder Respostas ({{ comment.reply_count }}) Excluir Denunciarresponder Escolha do editor {{ reply.created | formatDate | prettyDate}} Excluir DenunciarVer mais respostas Ver mais comentários PUBLICIDADE Qual o papel da DIP no Estado Novo?O DIP era responsável por realizar todas as ações que fossem promover a ideologia da ditadura do Estado Novo. O grande alvo desse órgão era propagar essa ideologia pelas classes populares do Brasil e suas duas funções básicas eram realizar a propaganda oficial do governo e promover a censura das informações.
Que função teve o DIP no governo do Estado Novo Brainly?A função da DIP no Estado Novo de Getúlio Vargas foi o de ser um instrumento de propaganda e difusão dos ideais e medidas nacionalistas defendidas pelo governo, da mesma forma que exercia o poder de censura sobre os opositores de Vargas.
O que foi o DIP e qual foi o seu papel na construção da imagem de Vargas como um mito político?Resposta verificada por especialistas
O DIP - Departamento de Imprensa e Propaganda - serviu para "silenciar" as críticas ao Governo Vargas e divulgar a imagem do político como o "Pai dos Pobres".
Quais foram as ações do DIP?O DIP foi criado para controlar, centralizar, orientar e coordenar a propaganda oficial, que se fazia em torno de sua figura. Abrangia a imprensa, a literatura, o teatro, o cinema, o esporte, a recreação, a radiodifusão e quaisquer outras manifestações culturais.
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