13 semana e 5 dia são quantos meses

Ao final deste artigo disponibilizamos uma calculadora gestacional para você poder calcular o tempo de gravidez, quando será a data provável do parto e para estimar qual foi o dia que ocorreu a concepção.

Mas antes de recorrer à calculadora, vale a pena entender como é feito o cálculo da idade gestacional.

É de conhecimento geral que uma gravidez dura, em média, 9 meses. Porém, assim que a gestante passa a frequentar as consultas pré-natais, ela descobre que o seu obstetra não conta o tempo de gravidez em meses, mas sim em semanas. Para quem não está habituado com essa forma de contar a idade gestacional, tudo parece mais complicado. Afinal, 17 semanas são quantos meses mesmo? Não seria mais fácil o médico dizer que a gestante está no 4º mês de gravidez?

Na verdade, os médicos não convencionaram contar o tempo de gravidez em semanas apenas para confundir a cabeça das futuras mães. Existe uma lógica por trás desta decisão. As mudanças no organismo da mulher e do feto são muitas e ocorrem de forma relativamente rápida, principalmente na primeira metade da gravidez. Em um único mês, acontecem dezenas de alterações importantes, e a contagem em semanas nos permite definir com mais exatidão o tempo de cada uma.

Por exemplo, o zigoto (óvulo fecundado) implanta-se na parede do útero na 3ª semana, o coração forma-se na 4ª, o embrião passa a ser visível à ultrassonografia na 5ª, os olhos surgem na 6ª e o futuro bebê já começa a se movimentar na 7ª semana (a mãe não nota porque ele ainda é muito pequeno). Se contássemos a gestação em meses, não seríamos tão precisos na hora de avaliar o tempo de tais mudanças.

Outro fator de confusão é o fato do calendário gregoriano que usamos não definir todos os meses com o mesmo número de dias. Há meses de 28, 29, 30 ou 31 dias. Portanto, para haver sincronicidade com as semanas, adotamos o mês lunar, que dura 28 dias ou 4 semanas.

Sendo assim, as semanas, meses e trimestres de gestação são os seguintes:

Primeiro trimestre:

  • 1 a 4 semanas de gestação: 1 mês.
  • 5 a 8 semanas de gestação: 2 meses.
  • 9 a 12 semanas de gestação: 3 meses.

Segundo trimestre:

  • 13 a 16 semanas de gestação: 4 meses.
  • 17 a 20 semanas de gestação: 5 meses.
  • 21 a 24 semanas de gestação: 6 meses.

Terceiro trimestre:

  • 25 a 28 semanas de gestação: 7 meses.
  • 29 a 32 semanas de gestação: 8 meses.
  • 33 a 36 semanas de gestação: 9 meses.
  • 37 a 40 semanas de gestação: 10 meses.*

* Uma gravidez normal (a termo) tem entre 37 e 42 semanas.

Alguns autores consideram que o 3ª trimestre começa a partir da 27ª semana de gravidez. Isso, na verdade, tem pouca relevância clínica, pois as decisões médicas são baseadas de acordo com as semanas de gestação, e não com o trimestre.

Como calcular as semanas de gravidez?

A forma mais correta de calcular o tempo de uma gravidez é através do dia da concepção. Porém, é muito difícil definir qual foi exatamente o dia que o espermatozoide encontrou o seu óvulo.

É importante lembrar que mesmo que você só tenha tido uma única relação sexual no mês que engravidou, isso não significa que a concepção tenha ocorrido neste dia. Os espermatozoides podem permanecer viáveis dentro do aparelho reprodutor feminino por 5 a 7 dias, dependendo da vitabilidade dos mesmos. Logo, se você teve relações no dia 16, mas só ovulou no dia 19, a concepção ocorreu somente 3 dias depois da cópula.

Se você tiver tido mais de uma relação sexual no mesmo mês, aí mesmo é que fica quase impossível descobrir qual foi o exato dia da fecundação. Como o óvulo fica viável por 24 horas e os espermatozoides por até 7 dias (em geral 3 a 5), se você engravidou em um mês que teve relações nos dias 12, 14, 17 e 19, isso significa que a fecundação do óvulo pode ter ocorrido entre os dias 12 e 26 do mesmo mês. Ou seja, um imenso intervalo de 2 semanas.

Em vista disso, como é quase impossível descobrir o dia exato que ocorreu a fecundação, de forma a tornar o cálculo mais simples, convencionou-se designar o primeiro dia da gravidez como o primeiro dia da última menstruação. É muito comum os médicos se referirem a este dia como DUM (sigla para Data da Última Menstruação).

Para facilitar a compreensão, vamos imaginar uma situação fictícia:

Um mulher com algumas semanas de atraso menstrual resolveu fazer um teste de gravidez, que veio positivo. Hoje é dia 09 de Março e o primeiro dia da sua última menstruação (DUM) foi no dia 23 de Janeiro. Para efeito de cálculo da idade gestacional, consideramos o dia 23 de Janeiro como o primeiro dia de gravidez, mesmo ela não estando efetivamente grávida nessa data.

Sendo assim, a primeira semana de gestação vai do dia 23/01 ao dia 29/01. A segunda semana vai do dia 30/01 ao dia 05/02, e assim por diante. Seguindo este cálculo, chegamos à conclusão que no dia 09 de Março a nossa gestante imaginária estaria 6 semanas e 4 dias de gestação.

Na imagem abaixo, dividimos as semanas em diferentes cores para facilitar o entendimento.

Atente para o fato de que a ovulação e, consequentemente, a concepção só ocorreram entre a 2ª e a 3ª semanas após a menstruação. Isso significa que, da forma que contamos o tempo de gravidez, nas duas primeiras semanas, a gestante ainda não estava realmente grávida.

Portanto, quando dizemos que a paciente está na 10ª semana de gravidez, na vida real ela está ao redor da 8ª semana. Mas essa discrepância não causa nenhum problema.

Como cada mulher ovula em um dia diferente do ciclo menstrual, usar o primeiro da menstruação facilita a padronização do tempo de gravidez, mesmo que isso signifique alguns dias de diferença em relação ao real tempo de gestação.

E se a gestante não lembrar quando foi a última menstruação?

Várias situações podem levar a mulher a não lembrar o dia exato da sua menstruação. Por exemplo, mulheres com ciclo menstrual muito irregular, mulheres que só descobrem a gravidez já com várias semanas de gestação, mulheres que tiveram sangramento de escape no início da gravidez e o confundiu com a menstruação, etc.

Nestes casos, a ultrassonografia transvaginal é a forma usada para estimar o tempo de gravidez. A partir da 5ª semana de gravidez, o embrião já pode ser identificado pelo ultrassom. Este exame tem uma acurácia muito elevada se for feito ainda no primeiro trimestre.

Até as primeiras 20 semanas de gravidez, todos os fetos têm mais ou menos o mesmo tamanho. Por isso, medidas biométricas simples, tais como o tamanho do osso fêmur, circunferência da cabeça, comprimento céfalo-caudal e a circunferência da cintura, ajudam o médico a estabelecer a idade gestacional.

Após a 20ª semana de gravidez, a genética entra em ação e cada bebê passa a crescer em um ritmo diferente. Desta forma, a partir deste momento, torna-se mais difícil afirmar com exatidão a idade gestacional baseado no tamanho do feto.

A aferição do comprimento céfalo-caudal pela ultrassonografia durante o primeiro trimestre é a forma mais confiável para se estimar a idade gestacional e a data provável do parto. Mesmo nas mulheres que sabem apontar sua DUM, o cálculo da idade gestacional é realizado pela ultrassonografia fetal para se confirmar a estimativa. O cálculo feito através do ultrassom é mais confiável que a data da última menstruação.

Para saber mais sobre o ultrassom obstétrico, leia: ULTRASSOM NA GRAVIDEZ.

Tamanho do útero

O tamanho do útero é outra forma de se estimar o tempo de gravidez. Antes do advento do ultrassom, esta era a forma usada para estimar a idade gestacional em mulheres que desconheciam sua DUM.

Até 12 semanas de gravidez,  não conseguimos palpar o útero. A partir da 12ª semana conseguimos palpar o útero logo acima da sínfise púbica (parte frontal do osso da pelve). Com 16 semanas, o útero pode ser palpado no meio do caminho entre a sínfise púbica e o umbigo. Com 20 semanas de gravidez, o útero encontra-se na altura do umbigo

Como calcular o provável dia do parto?

Quando calculado pela DUM, uma gestação normal (ou a termo) é aquela que dura entre 37 a 41 semanas. Se o bebê nascer antes da 37ª semana, ele é considerado prematuro. Se nascer após a 42ª semana, ele é chamado de bebê pós-termo.

Na maioria dos casos, os bebês nascem ao redor da 40ª semana de gravidez. Portanto, quando o obstetra lhe diz a data prevista para o parto (DPP), ele simplesmente contou 40 semanas após a sua DUM.

Uma forma rápida de estimar a DPP sem ficar contando os dias no calendário é através  da fórmula de Naegele:

  1. Pegue o primeiro dia da sua última menstruação (DUM) e adicione sete dias.
  2. Diminua três meses.
  3. Some um ano.

Exemplo 1:DUM = 05 de Maio de 2014Some 7 dias = 12 de Maio de 2014Subtraia 3 meses = 12 de Fevereiro de 2014

Some um ano e obtenha a DPP = 12 de Fevereiro de 2015

O que acontece com bebê e gestante a cada mês da gravidez

Crédito, AsiaVision/Getty Images

Os sintomas iniciais da gravidez podem ser diferentes a depender de cada pessoa. Para a maioria, a descoberta acontece no primeiro mês, e não por algum sinal específico, mas ao notar que a menstruação está atrasada — geralmente a confirmação vem com um teste de gravidez positivo.

Para criar um novo ser humano, sem dúvidas o corpo e a mente passam por muitas mudanças — isso sem mencionar todas as diferentes fases do feto, que vai de um organismo unicelular a um bebê totalmente formado pronto para viver fora do útero.

Cada fase da gravidez traz sensações e mudanças diferentes, e pode ser assustador — especialmente para mães e pais de primeira viagem — tentar descobrir o que é normal e o que não é.

A seguir, descrevemos os estágios da gravidez mês a mês (e também com a indicação das semanas, como fazem os obstetras), para explicar o que esperar do desenvolvimento do bebê e também das mudanças no corpo da gestante.

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É importante lembrar que, apesar de esperados, você pode não sentir todos os sintomas descritos pela reportagem — cada corpo reage de maneiras distintas. O ideal é manter um diálogo constante com seu médico e consultá-lo sempre que surgirem dúvidas.

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Primeiro trimestre

Mês 1 (1 a 4 semanas)

Na primeira visita médica, é comum que o profissional de saúde faça muitas perguntas sobre seu histórico médico familiar. Também se realiza um exame pélvico interno para verificar o útero, a vagina e o colo do útero e pode ser pedido um exame papanicolau (de prevenção contra contra o câncer de colo de útero), caso a gestante não tenha feito em um período recente, dentro de cerca de um ano.

Exames de sangue de rotina e exames de urina também costumam acontecer nesse primeiro momento, além de verificações gerais da avaliação da saúde, incluindo altura, peso e pressão arterial.

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Vitaminas e ácido fólico, que contribuem para uma formação saudável do bebê, são recomendados à gestante nessa fase inicial. Por segurança, é importante compartilhar com o médico informações sobre quaisquer medicamentos ou suplementos que você costuma tomar.

Mudanças para a gestante

A produção de hormônios na gestação, que começa logo no primeiro mês, é um assunto bastante complexo, explica Rodrigo Buzzini, ginecologista e obstetra e diretor do Grupo Santa Joana.

"A produção hormonal, especialmente do HCG [que serve como indicador da gravidez], é muito intensa. Para ter um parâmetro, no começo os níveis duplicam a cada 48 horas e continuam subindo até a décima segunda semana", diz o especialista.

Essa mudança pode causar sonolência, enjoo e dar à pessoa mais vontade de ficar reclusa, sem participar de muitas atividades. "Mas isso vai depender da individualidade de cada paciente, levando em conta suas características biológicas e ambiente psíquico", aponta o médico.

Algumas pessoas também sentem alterações no apetite — que podem incluir aumento da fome, mas também aversão à comida.

É necessário, no entanto, de acordo com os médicos consultados pela BBC News Brasil, que a gestante continue se alimentando normalmente, da mesma forma que uma pessoa que não está grávida, mas levando em consideração que o bebê estará recebendo os efeitos positivos ou negativos dependendo da alimentação.

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Desenvolvimento do bebê

Nesta fase, o feto tem apenas 0,1 a 0,2 milímetros e é chamado de blastocisto. Com três semanas de gestação, o material genético já está desenvolvido e o sexo natural é determinado, ainda que não seja possível identificá-lo por exames médicos.

Com a suplementação de ácido fólico durante até 12 semanas, o risco de problemas como anencefalia, espinha bífida, fechamento do tubo neural e problemas de formação do feto são reduzidos significativamente.

Mês 2 (5 a 8 semanas)

Se for sua primeira visita ao médico — algumas mulheres não descobrem a gravidez no primeiro mês —, você receberá pedidos para os exames citados anteriormente.

O ganho de peso e a pressão arterial também serão medidos e monitorados.

"Na sexta semana, já é possível realizar um ultrassom por via transvaginal que é quando conseguimos ver o saco gestacional e avaliar as estruturas que indicam se a gestação está evoluindo bem", diz Ellen Freire, ginecologista e obstetra do Fleury Medicina e Saúde.

Mudanças para gestante

De acordo com Freire, a mulher pode não sentir nada, mas para parte das gestantes, é nessa fase que os sintomas "típicos" da gravidez se intensificam.

"Elas podem apresentar queda de pressão, náusea e vômitos constantes. Recomendamos redobrar os cuidados da alimentação e não fazer automedicação."

Desenvolvimento do bebê

"Entre cinco e seis semanas, a pequena 'semente' já tem 5 milímetros. Algumas gestantes perguntam como uma mudança minúscula causa um efeito tão notório? É porque o corpo entrou no modo gravidez", explica a médica.

As características faciais continuam a se formar, assim como dedos e olhos. O tubo neural, estrutura embrionária que dará origem ao cérebro e à medula espinhal, já está bem formada agora. O trato digestivo e os órgãos sensoriais também começam a se desenvolver.

A partir da sexta semana, o coração do embrião começa a bater. "Conseguimos captar no ultrassom e é um momento de bastante emoção, é normalmente quando 'cai a ficha' para os pais. Além de ser bacana para o casal, é um sinal de boa gestação", aponta Freire.

Crédito, Courtney Hale/Getty Images

Legenda da foto,

Após três meses, o risco de aborto espontâneo cai significativamente

Mês 3 (9 a 12 semanas)

É hora de voltar ao consultório, onde o médico vai ouvir possíveis queixas e tirar dúvidas da gestante.

"Solicitamos o ultrassom morfológico do primeiro trimestre que nos mostra detalhes importantíssimos do feto em relação a placenta, formato e crescimento do bebê — que já deve ter o dobro do tamanho do primeiro ultrassom — e para a avaliação de riscos de possíveis síndromes", esclarece Buzzini.

Mudanças para a gestante

Os seios da gestante crescem e as aréolas ficam mais escuras. A depender da tendência pré-existente em algumas mulheres, acnes podem surgir. O apetite pode começar a voltar e os primeiros "desejos de grávida" aparecem.

"A barriga também começa a despontar e fica difícil não perceber a gravidez", afirma Freire.

Desenvolvimento do bebê

No final do terceiro mês, o feto tem cerca de 10 centímetros de comprimento e costuma pesar por volta de 28 gramas.

Os braços, mãos, dedos, pés e dedos já estão totalmente constituídos. Unhas aparecem e dentes começam a se formar sob a gengiva.

Os órgãos reprodutivos também se desenvolvem, mas ainda é difícil de distinguir o sexo do bebê no ultrassom. Os sistemas circulatório e urinário estão funcionando e o fígado já produz bile.

Nesta fase, o feto está começando a explorar um pouco o seu ambiente, fazendo coisas como abrir e fechar os punhos e a boca. "Ele já tem um bom movimento e é possível ver membros, a depender se o ultrassonografista vai conseguir reproduzir a imagem e a posição do feto", aponta o médico Rodrigo Buzzini.

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Segundo trimestre

Mês 4 (13 a 16 semanas)

A gestante chega quase à metade da gravidez. Esse período é um marco importante na gestação: é possível descobrir o biológico sexo do bebê em um ultrassom. Pela formação mais avançada do feto, as chances de haver aborto caem significativamente.

Mudanças para gestante

O coração da mãe bombeia sangue mais rápido para suprir seu corpo e o do bebê, e por isso sinais como tontura e falta de fôlego são comuns. Ela também pode sentir prisão de ventre e dores nas costas pelo crescimento do feto.

Desenvolvimento do bebê

"Os órgãos estão quase completamente formados e o batimento cardíaco fetal pode agora ser audível através de um instrumento chamado doppler", diz Buzzini.

Aparecem pálpebras, sobrancelhas, cílios, unhas e cabelos. Dentes e ossos ficam mais densos.

O feto já pode realizar ações como chupar o polegar, bocejar, se esticar e fazer caretas. O sistema nervoso está aos poucos começando a funcionar.

"A genitália já está formada, então, a depender posição do feto no ultrassom, já é possível descobrir o sexo. O feto também já apresenta possível sensibilidade à luz e sons", afirma o ginecologista.

Crédito, Moyo Studio/Getty Images

Legenda da foto,

É no quarto mês da gestação que a família pode descobrir o sexo biológico do bebê

Mês 5 (17 a 20 semanas)

No final do quinto mês a gestante passa pelo segundo exame morfológico — que é tão importante quanto o primeiro para avaliar o bom desenvolvimento do feto.

Mudanças para gestante

A maioria das mulheres já ganhou de 2,5 a 6,5 quilos a essa altura, e o útero está do tamanho de um melão. Pelo aumento da barriga, o umbigo pode sair para a parte externa.

O apetite pode aumentar e algumas mulheres experimentam o esquecimento, chamado de "pregnancy brain" em inglês. Durante essa fase, as grávidas podem ter dificuldade para se lembrar de detalhes ou para se concentrar em tarefas.

Desenvolvimento do bebê

"O feto já consegue ter sensações e ouvir, por isso e recomendamos ouvir música e conversar, para fazer a interação do meio extrauterino", comenta Buzzini.

No ultrassom, o especialista checa os órgãos, com detalhamento cardíaco, de bexiga, rins, entre outros, e conta os dedos do bebê, que pode se mexer enquanto a mãe sente, simultaneamente, os movimentos de estender os membros.

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Mês 6 (21 a 24 semanas)

"Conforme a gestante se aproxima do fim do segundo trimestre, é importante ouvi-la para que ela não se sinta fragilizada — e sempre exaltar a gravidez como um processo rico, natural, bonito, bem desenhado", opina Buzzini.

Mudanças para gestante

"É bem documentado que há uma frequência grande de distúrbios hipertensivos e de tireoide nessa fase, então fazemos uma checagem", indica o médico.

A maioria das mulheres também é testada para diabetes gestacional, condição metabólica exclusiva da gestação, causada pelo aumento da resistência insulínica devido aos hormônios da gravidez.

Desenvolvimento do bebê

No útero, é feito um ecocardiograma fetal, ultrassom específico para o coração do feto. O bebê já tem mais de 1 kg, e suas movimentações costumam ser sentidas de forma cada vez mais intensas pela gestante.

Crédito, Milan Markovic/Getty Images

Legenda da foto,

O bebê desenvolve audição a partir do quinto mês

Mês 7 (25 a 28 semanas)

Começam as conversas entre gestante e profissionais de saúde sobre o planejamento do parto e sinais de alerta.

Mudanças para gestante

Com um feto de aproximadamente um quilo, a mãe já está mais pesada e pode se sentir cansada.

"Algumas pacientes comentam que sentem a barriga mexer de forma ritmada — isso é o soluço do bebê, e é completamente normal", comenta Rodrigo Buzzini.

Desenvolvimento do bebê

O feto continua a amadurecer e a desenvolve reservas de gordura corporal. O líquido amniótico começa a diminuir. Se nascer prematuramente, as chances do bebê sobreviver aumentam após o sétimo mês.

Terceiro trimestre

Mês 8 (29 a 32 semanas)

As famílias entram na contagem regressiva para a chegada do bebê enquanto a gestante passa pelos exames clássicos de rotina — como análise do sangue, urina, checagem do peso e pressão arterial.

Mudanças para gestante

A mãe continua a ganhar cerca de meio quilo por semana e pode sentir desconforto quando o bebê se mexe. Como ele já pode pesar até dois quilos, é possível que seus movimentos façam pressão na caixa torácica da gestante. Ela pode ter dificuldade em manter o ritmo das atividades cotidianas e se tornar mais introspectiva.

Desenvolvimento do bebê

Os pulmões e o sistema nervoso estão em fase de amadurecimento final e o risco de prematuridade extrema já não existe.

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Mês 9 e mês 10 (33 a 40 semanas)

As consultas viram quinzenais ou semanais. Uma gestação pode entrar em até um décimo mês — mas a partir de 37 semanas o bebê já está bem formado e não é mais considerado prematuro.

Nessa reta final, os médicos pedem exames de preparo para momento do parto.

É feita a análise de sangue, urina, e checagem se há presença de estreptococo do grupo B, principal agente causador de sepse (complicação potencialmente fatal de infecção) precoce em recém-nascidos.

Se for a vontade da gestante, o profissional de saúde avalia as chances do parto normal — mas a avaliação não é definitiva, ou seja, podem haver mudanças no dia da chegada do bebê.

Mudanças para a gestante

Conforme o bebê vai entrando em posição mais favorável ao parto, a mãe pode sentir alívio na descompressão dos órgãos e respirar com mais facilidade.

Desenvolvimento do bebê

Os pulmões do bebê estão na fase final de amadurecimento, e o cérebro já cresceu muito e está pronto para começar a receber os estímulos do mundo externo. O bebê nasce com cerca de 50 centímetros de comprimento e pode pesar entre 2,5 e 4 quilos.

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