Analise as preposições abaixo que se referem a Revolução Industrial

A Revolução Industrial foi um período de grande avanço tecnológico que permitiu o desenvolvimento da indústria moderna na segunda metade do século XVIII (alguns historiadores apontam a década de 1760 como a inicial e outros, a de 1780). O desenvolvimento industrial aconteceu inicialmente na indústria têxtil. Neste texto, analisamos os motivos que explicam o pioneirismo inglês na Revolução Industrial.

Pioneirismo inglês

O pioneirismo da Inglaterra no processo conhecido como Revolução Industrial deu-se a partir de uma junção de fatores, iniciados principalmente com as grandes transformações políticas sofridas por esse país ao longo do século XVII. Essas transformações permitiram o surgimento das condições ideais para o nascimento da indústria moderna.

No século XVII, a Inglaterra passou por uma série de acontecimentos políticos que levaram à ascensão da burguesia como classe dominante. Na Revolução Gloriosa de 1688, houve a deposição de James II, da dinastia Stuart, e a coroação de Guilherme de Orange e Maria II da Escócia como reis da Inglaterra.

A Revolução Gloriosa foi o grande passo que marcou o fim do poder absolutista na Inglaterra e deu início ao período da monarquia constitucional caracterizada pela limitação do poder real. Esse acontecimento é considerado pelos historiadores como uma revolução burguesa e determinou, obviamente, a ascensão da burguesia como classe social e política. Com isso, os burgueses puderam tomar uma série de medidas que beneficiavam os seus negócios.

Além disso, entre as mudanças ocorridas durante o século XVII, no período da República Puritana, a Inglaterra decretou, por ação direta de Oliver Cromwell, os Atos de Navegação de 1651. Essa lei, válida para a Inglaterra e suas colônias, determinava que todas as mercadorias de importação e exportação deveriam ser transportadas por embarcações inglesas.

Essa medida tinha como objetivo enfraquecer a concorrência da Inglaterra, que, por causa de todas as turbulências políticas pelas quais passava, estava em desvantagem em comparação com outras nações europeias, sobretudo a Holanda. Essa ação permitiu a Inglaterra controlar as rotas comerciais e marítimas do mundo e possibilitou o enriquecimento da burguesia, que pôde então acumular capital.

Essa acumulação de capital foi extremamente importante, pois foi a partir dela que a burguesia pôde investir em pesquisas para desenvolver a criação das máquinas e, assim, aperfeiçoar o processo de produção e financiar a construção das indústrias têxteis.

Outra medida desse período que contribuiu diretamente para que as condições ideais de industrialização surgissem foram as Leis dos Cercamentos (Enclosure Acts). Essas leis resultaram na transformação das terras comuns, ocupadas pelos camponeses em condições de trabalho existentes desde o período da Idade Média, em pastos para ovelhas, o que marcou o fim das relações de trabalho feudo-vassálicas na Inglaterra.

As Leis dos Cercamentos fizeram com que uma grande massa de camponeses fosse expulsa de suas terras ou recebesse um valor irrisório por essas terras. Essa vasta quantidade de camponeses, sem meios de sobrevivência, foi obrigada a ir para as cidades. Portanto, como consequência desses cercamentos, houve grande disponibilidade de mão de obra urbana, o que foi essencial para o desenvolvimento das indústrias.

Também como resultado disso, um grande número de camponeses desabrigados foi levado à mendicância e sofria intensa repressão do governo inglês com as leis contra a vadiagem, as quais, nesse período, estipulavam castigos físicos e até mesmo a morte caso uma pessoa fosse reincidente em “vadiagem”.

Outro impacto das Leis dos Cercamentos foi o destino dos pastos para a criação de ovelhas, o que, naturalmente, visava à produção de lã, a matéria-prima da grande atividade econômica do período: a indústria têxtil. Além disso, havia na Inglaterra grandes reservas de carvão e ferro, que eram a base da indústria da época, por essa razão, sua grande disponibilidade foi essencial para o desenvolvimento industrial da Inglaterra do século XVIII.

Lista de 10 exercícios de Geografia com gabarito sobre o tema Modelos de Produção com questões de Vestibulares.

Trocar de Disciplina Matemática História Geografia e Atualidades Sociologia e Filosofia Biologia Física Química Linguagens

01. (UERJ) Quando os auditores do Ministério do Trabalho entraram na casa de paredes descascadas num bairro residencial da capital paulista, parecia improvável que dali sairiam peças costuradas para uma das maiores redes de varejo do país. Não fossem as etiquetas da loja coladas aos casacos, seria difícil acreditar que, através de uma empresa terceirizada, a rede pagava 20 centavos por peça a imigrantes bolivianos que costuravam das 8 da manhã às 10 da noite. Os 16 trabalhadores suavam em dois cômodos sem janelas de 6 metros quadrados cada um. Costurando casacos da marca da rede, havia dois menores de idade e dois jovens que completaram 18 anos na oficina.

Adaptado de Época, 04/04/2011

A comparação entre modelos produtivos permite compreender a organização do modo de produção capitalista a cada momento de sua história. Contudo, é comum verificar a coexistência de características de modelos produtivos de épocas diferentes.

Na situação descrita na reportagem, identifica-se o seguinte par de características de modelos distintos do capitalismo:

  1. organização fabril do taylorismo – legislação social fordista
  2. nível de tecnologia do neofordismo – perfil artesanal manchesteriano
  3. estratégia empresarial do toyotismo – relação de trabalho pré-fordista
  4. regulação estatal do pós-fordismo – padrão técnico sistêmico-flexível

02. (UNEB)

A análise da charge e os conhecimentos sobre o desenvolvimento do capitalismo permitem corretamente afirmar que a situação descrita se refere

  1. ao Mercantilismo, defensor do controle do Estado sobre as etapas da produção como forma de acumulação do capital, necessário ao desenvolvimento da industrialização e ao fortalecimento do Estado absolutista.
  2. à Fisiocracia, corrente do pensamento econômico que pregava a ampliação dos direitos sociais como mecanismo de fortalecimento do poder de compra da classe trabalhadora, o que contribuiria para o crescimento da economia.
  3. ao Socialismo Científico, defendido por Karl Marx, que defendeu o controle do operário sobre todas as etapas da produção, através do rodízio das funções dentro da empresa como meio de ascensão social.
  4. ao Fordismo, adepto da divisão social do trabalho como mecanismo para acelerar o aumento da produtividade através da redução do custo da produção, processo desencadeado pela Segunda Revolução Industrial.
  5. à globalização e ao neoliberalismo, decorrentes da crise do socialismo real, que possibilitaram a rotatividade da mão de obra e a livre escolha do trabalhador, fortalecendo os sindicados e ampliando os direitos sociais do operariado.

03. (UFSBA) Que modelo de gestão começou a ser conhecido e aplicado após a Segunda Guerra Mundial, que visava a eliminação de desperdícios com a racionalização da força de trabalho, produção flexível e utilização do just in time?

  1. Fordismo
  2. Taylorismo
  3. Marxismo
  4. Toyotismo

04. (UNEB) Modelo de produção industrial, também conhecido como administração científica, muito criticado, entre outros motivos, por não considerar o lado social e humano do trabalhador.

O modo de produção industrial caracterizado corresponde

  1. ao Taylorismo, que limita o trabalhador a realizar uma única função, ao longo do processo produtivo.
  2. ao Toyotismo, no qual o trabalhador é responsável pela realização de várias tarefas durante o processo produtivo.
  3. ao Fordismo, que introduziu a esteira na linha de produção, com o objetivo de intensificá-la.
  4. à Acumulação Flexível, cujo objetivo é adequar a produção conforme a demanda.
  5. ao Volvismo, criado para garantir o máximo desenvolvimento do trabalhador, através de sua elevada qualificação.

05. (UEL-PR) “Essa união entre técnica e ciência vai dar-se sob a égide do mercado. E o mercado, graças exatamente à ciência e à técnica, torna-se um mercado global. A ideia de ciência, a ideia de tecnologia e a ideia de mercado global devem ser encaradas conjuntamente e desse modo podem oferecer uma nova interpretação à questão ecológica, já que as mudanças que ocorrem na natureza também se subordinam a essa lógica.”

(SANTOS, M. A natureza do espaço. São Paulo: Hucitec, 1996. p. 190.)

Sobre o assunto, é correto afirmar:

  1. As mudanças que ocorrem na natureza independem do mercado, cuja influência se limita às produções humanas.
  2. As transformações das diferentes paisagens do globo terrestre independem da ciência, da tecnologia e do mercado global.
  3. Grande parte dos impactos ambientais está subordinada às relações existentes entre ciência, tecnologia e mercado global.
  4. Para a exploração da natureza numa economia de mercado global, ciência e tecnologia são dispensá
  5. As mudanças que ocorrem no mercado global devem ser interpretadas pela subordinação deste à lógica da ecologia

06. (UNIVESP) Dentre os problemas físicos aos quais os trabalhadores estão expostos, alguns dos que mais chamam a atenção são as Lesões por Esforços Repetitivos/Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (LER/DORT). Com o advento da Revolução Industrial, as novas funções exercidas pelos trabalhadores estavam em desacordo com as suas capacidades físicas. As inovações tecnológicas, por sua vez, agravaram esse quadro, principalmente com o surgimento de um modelo de produção denominado Fordismo.

O Fordismo se caracteriza pela

  1. automação total do trabalho, deixando para os robôs as tarefas extenuantes e repetitivas.
  2. adoção de horários flexíveis para os trabalhadores e ausência de estoque inicial.
  3. valorização da criatividade dos operários e de sua saúde física e mental.
  4. especialização do trabalhador, que ficou responsável pela realização de poucas e repetidas tarefas.
  5. existência de células de trabalho, do uso do Kanban e de equipes responsáveis por todo o processo de produção.

07. (UNICENTRO) A manchete Recall global da Toyota envolve 94.992 carros no Brasil, amplamente divulgada pela mídia nacional no dia 11 de abril de 2014, demonstra a importância da presença de multinacionais no setor automotivo brasileiro. No final da década de 1990, com o avanço do processo de globalização e maior desenvolvimento da indústria automobilística no Brasil, a empresa Toyota Motor Co. inaugura nova unidade produtiva na cidade de Indaiatuba, na região de Campinas, com modelo de organização do trabalho inspirado em princípios do engenheiro japonês Taiichi Ohno.

Com base nos conhecimentos sobre os princípios de organização do trabalho do Toyotismo, assinale a alternativa correta.

  1. Existe uma valorização das organizações sindicais operárias que cumprem o papel de estabelecer a relação entre patrões e empregados.
  2. O aumento da produtividade do trabalho na linha de montagem se realiza por uma acentuada separação entre trabalho manual e técnico.
  3. o modelo de produção e gerenciamento mantém os princípios fordistas de disciplina e organização hierárquica rígida e autoritária.
  4. Os sistemas integrados de controle na fábrica e a remuneração uniforme dos trabalhadores e gerentes impedem a busca por qualificação.
  5. Utiliza a filosofia do just in time, produzir o necessário no momento certo sem desperdícios e perfeita sintonia entre produção e vendas.

08. (UERJ) Da revolução industrial até o auge do fordismo, que pôde ser facilmente atingido com energias fósseis, mas em cujo reverso se abre um abismo, passaram-se mais de 200 anos; um curto período de tempo, em que se gastaram recursos naturais fósseis resultantes de milhões de anos terrestres.

ALTVATER, Elmar. O preço da riqueza. São Paulo: Unesp, 1995.

O texto acima expressa uma avaliação sobre a relação natureza/sociedade de grande importância para o planejamento das atividades humanas. A característica da dinâmica capitalista que traduz o alerta feito pelo autor está em:

  1. A inovação da tecnologia determinou a disponibilidade de bens renováveis.
  2. A mudança no padrão energético impediu a adoção de políticas de preservação ambiental.
  3. O avanço da degradação ambiental conduziu à consciência do fim da sociedade industrial.
  4. A utilização econômica dos recursos naturais superou o ritmo de renovação do meio físico.

09. (UFU) Após a Revolução Industrial foram desenvolvidas diferentes formas de gerenciamento científico da produção, no interior do sistema capitalista, como o taylorismo, o fordismo e o toyotismo, as quais, entre as suas finalidades, objetivaram aumentar a capacidade produtiva e baratear os custos com mão de obra das empresas.

Dentre as alternativas apresentadas a seguir, assinale apenas aquela que descreve corretamente as características das três modalidades de gerências científicas anteriormente especificadas.

  1. O taylorismo, o fordismo e o toyotismo são denominações clássicas para as posturas gerenciais adotadas respectivamente pela Volkswagen, na Alemanha; pela Ford, nos Estados Unidos; e pela Toyota, no Japão. Suas principais inovações estão associadas à ocupação dos postos gerenciais por executivos portadores de cursos superiores.
  2. O taylorismo, desenvolvido pela Volkswagen na Alemanha, está associado à introdução da esteira rolante, enquanto as tecnologias desenvolvidas pelo fordismo e pelo toyotismo são patentes registradas, respectivamente, pelas empresas Ford (nos Estados Unidos) e Toyota (no Japão).
  3. Taylorismo, fordismo e toyotismo são procedimentos gerenciais modernos que têm como principal finalidade motivar os trabalhadores para a produção, aumentando sua participação nos processos decisórios e nos lucros das empresas.
  4. O taylorismo propôs a separação entre a concepção e a execução dos processos produtivos e a apropriação dos conhecimentos dos trabalhadores pelas empresas; o fordismo implementou a linha de montagem, buscando controlar o ritmo de trabalho mecanicamente e o toyotismo busca flexibilizar o sistema produtivo capitalista, ao capacitar as empresas para responder com agilidade e diversificação às demandas do mercado.

10. (UERJ)

Corrida pra vender cigarro

Cigarro pra vender remédio

Remédio pra curar a tosse

Tossir, cuspir, jogar pra fora

Corrida pra vender os carros

Pneu, cerveja e gasolina

Cabeça pra usar boné

E professar a fé de quem patrocina

Eles querem te vender

Eles querem te comprar

Querem te matar (de rir)

Querem te fazer chorar

(…)

Corrida contra o relógio

Silicone contra a gravidade

Dedo no gatilho, velocidade

Quem mente antes diz a verdade

Satisfação garantida

Obsolescência programada

Eles ganham a corrida

Antes mesmo da largada

(...)

Os diferentes modelos produtivos de cada momento do sistema capitalista sempre foram o resultado da busca por caminhos para manter o crescimento da produção e do consumo.

A crítica ao sistema econômico presente na letra da canção está relacionada à seguinte estratégia própria do atual modelo produtivo toyotista:

  1. aceleração do ciclo de renovação dos produtos
  2. imposição do tempo de realização das tarefas fabris
  3. restrição do crédito rápido para o consumo de mercadorias
  4. padronização da produção dos bens industriais de alta tecnologia

1.C 2.D 3.D 4.A 5.C
6.D 7.E 8.D 9.D 10.A

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