O que estudar para ser professor

Você já tomou uma decisão muito importante antes de chegar aqui: ser professor! Esse é um passo essencial, mas existe uma série de outras informações igualmente importante nesse momento. Antes de ingressar em um curso superior, é necessário saber exatamente em que área vai querer atuar, quais são as características do curso, quanto tempo sua formação demandará, que disciplinas serão vistas, entre outros detalhes.

É válido lembrar que os cursos de graduação são divididos em bacharelado, licenciatura e tecnólogo. Todos correspondem a uma curso superior e permitem que o aluno faça uma pós-graduação depois, se desejar. O que muda é o foco da cada um deles.

Enquanto o bacharelado oferece uma formação generalista voltada para o mercado, a licenciatura já prepara o profissional para dar aulas em nível infantil, fundamental e superior. O tecnólogo, por sua vez, garante uma formação mais técnica, voltada a uma área específica, para atuar em uma indústria, por exemplo.

Querer ser professor é uma decisão importante. Agora, é preciso ter informações para orientá-lo sobre o curso mais adequado aos seus anseios profissionais para não errar na escolha. Veja 7 curiosidades dos cursos de licenciatura que vão te ajudar a tomar essa decisão!

Tempo de estudo

Muitos jovens ficam aflitos para se formarem logo e entrarem no mercado de trabalho. Alguns chegam a escolher o curso que tem a duração mais curta só por causa disso. Mas é preciso ter muito cuidado: às vezes, um curso curto pode não oferecer a formação desejada. Se você escolher um tecnólogo, por exemplo, que pode durar de 2 a 3 anos, ou um bacharelado, que pode ser cursado de 3 a 6 anos, não poderá dar aulas.

Se o seu objetivo é lecionar, você precisa realizar uma licenciatura, que varia de 4 a 5 anos. Em 2015, foi aprovado um parecer do Conselho Nacional de Educação que autoriza um aumento na carga-horária dos cursos de licenciatura de 3 para 4 anos de formação, totalizando 3200 horas.

Disciplinas ministradas

Você deve estar pensando sobre o que impede um bacharel, por exemplo, de lecionar. Primeiro, como um curso em modalidade bacharelado é voltado para o mercado, os conteúdos são com foco em uma realidade totalmente diferente da sala de aula. Para dar aula, é preciso saber conduzir a turma, ter técnicas para transmitir o conteúdo e entender o contexto educacional vigente. No curso de licenciatura, você tem disciplinas como didática e pedagogia, que facilitam esse entendimento.

Formação conjunta

Você já deve ter percebido que alguns cursos, como o de Letras, possibilitam formação dupla, tanto como bacharel quanto como licenciado. Algumas universidades permitem essa formação, mas as disciplinas das duas habilitações são diferenciadas. Enquanto o profissional poderá atuar no mercado como revisor com o título de bacharel, ele só poderá dar aulas no ensino infantil, fundamental ou médio se tiver o título de licenciado. É preciso prestar atenção na grade oferecida pelo curso.

Mercado em alta para professor

Você já deve ter ouvido que a cada ano formam-se menos professores no Brasil. Isso é um fato e o Censo Escolar de 2015 revelou alguns números que mostram que é preciso formar mais professores para atender a demanda do país. O estudo mostrou que mais de 200 mil professores dão aulas em disciplinas nas quais não são formados. Por um lado, isso é preocupante porque revela que muitos profissionais estão em sala de aula despreparados. Por outro, mostra que há muito mercado para quem desejar se profissionalizar e seguir a carreira docente.

Independentemente da área em que você pretende dar aulas, é fundamental saber que a formação é o que vai te apoiar em sala de aula. Por isso, faça tudo conforme pede a lei. A área de Física é a que tem mais demanda por professores e representa uma área bastante promissora: o censo revelou que 68,7% do total de professores que estão dando aula de Física no Brasil não têm formação adequada. Se você tem afinidade com as disciplinas exatas, pode considerar essa área.

Reconhecimento do diploma

Fazer o seu curso de licenciatura em uma faculdade ou universidade que tenha o curso aprovado pelo Ministério da Educação (MEC) é muito importante porque isso confere credibilidade para o seu curso. Você vai perceber que muitos concursos públicos pedem “ser licenciado em curso aprovado pelo MEC” ou algo parecido. Às vezes, o curso tem apenas a autorização do MEC, por isso é bom ficar atento.

Outra dúvida comum é em relação à modalidade de licenciatura à distância. Se você cursou presencialmente ou à distância, o seu diploma será o mesmo. Não há diferença nesse sentido.

Possibilidades de carreira

É muito comum que o aluno de licenciatura pense que poderá apenas dar aulas. O foco de atuação do licenciado é sim a docência, mas isso não impede que ele realize outras atividades relacionadas a sua habilidade, como consultorias, pesquisas e também o serviço público por meio de concursos que exigem apenas a graduação.

É importante ressaltar que, caso o profissional queira dar aulas em universidades, será necessária formação complementar em nível de pós-graduação. A maior parte das instituições está pedindo que o professor tenha no mínimo um mestrado na área de atuação.

Diferenças na prática

Às vezes é difícil visualizar exatamente qual é a diferença das atividades para quem faz um curso de graduação ou licenciatura. Para não ficar nenhuma dúvida, vamos usar o curso de Educação Física como exemplo. Quem se torna bacharel em Educação Física pode se tornar um preparador físico ou personal trainer em academias ou clubes esportivos, por exemplo. Já para quem deseja dar aulas de Educação Física no ensino fundamental ou médio, é preciso fazer o curso de licenciatura.

Ficou mais fácil entender como um curso de licenciatura é importante para você que deseja ser um professor? Como você pôde perceber, há diferenças em relação ao tempo de curso, disciplinas ofertadas e campo de atuação profissional.

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Ser professor é uma coisa que muitos almejam desde criança, por admirar as pessoas que estão ali, fazendo parte da sua rotina, transmitindo conhecimento e fazendo parte da jornada de estudos e formação de muitas pessoas.

Todos nós temos boas referências que marcaram diversos momentos de estudo, seja durante a infância, adolescência ou depois de adultos, algum(a) professor(a) ficou guardado na nossa lembrança com carinho. Durante a carreira universitária, o professor tem um papel essencial para os estudantes, não só de transmitir conhecimento, mas também de ser um grande apoio e ser uma referência para a formação dessas pessoas.

E como ser professor universitário? Preciso fazer alguma graduação específica? 

O processo para fazer parte do corpo docente de uma universidade não é um só e pode ser diferente para cada instituição, especialmente quando falamos de públicas e particulares. Mas algumas etapas são fundamentais para atuar como professor, independente da instituição que você queira exercer a profissão.

Confira a seguir a resposta para as perguntas acima e saiba qual é o passo a passo para seguir carreira na área de educação universitária. 

Escolha sua graduação

A primeira informação que pode te surpreender é: não existe um curso certo ou específico para lecionar em universidades. Não é obrigatório cursar Pedagogia e nem escolher o tipo de graduação Licenciatura, por exemplo, para ser professor(a) de universidade, essas exigências são válidas apenas para o ensino Fundamental e Médio.

Você pode optar por ser Bacharel em qualquer curso que desejar, como por exemplo, Direito, Jornalismo, Engenharia, entre muitos outros, e seguir carreira no ensino Superior. O importante é se identificar com o curso escolhido, já que ele servirá de base para o seu trabalho durante os próximos anos.

Além disso, leituras, pesquisas e estudos fazem parte da rotina de um professor. Muitas pessoas já possuem esse hábito em suas rotinas, mas, caso você queira seguir essa carreira e não tenha costume de ler ou pesquisar muito, pode ser uma boa ideia começar antes mesmo de ingressar em algum curso superior e continuar estimulando essas práticas cada vez mais ao longo dos anos.

Faça iniciação científica ou monitoria

Realizar um projeto de pesquisa ou fazer monitoria são ótimas maneiras de vivenciar a carreira acadêmica para ter uma ideia de como ela funciona na prática. A ideia é que o estudante entre em contato com grupos e linhas de pesquisa, entenda os processos que fazem parte da vida acadêmica, como planejar, organizar e estruturar uma aula ou um projeto, habilidades muito importantes no dia a dia de um professor universitário.

Além disso, a iniciação científica e a monitoria ensinam aos estudantes técnicas e métodos científicos, estimulam o pensamento crítico e criativo, e são ótimas contribuições para o currículo.

Faça uma pós-graduação

Se você realmente quiser ser professor universitário, uma pós-graduação não é apenas algo que vai te abrir caminhos e te destacar entre os outros – ela é obrigatória. Podemos destacar dois tipos de pós-graduação:

  •     Lato sensu: especializações e MBAs
  •     Stricto sensu: mestrados e doutorados

Ambas são válidas para construir uma carreira de docente universitário, mas preste atenção às exigências da instituição que você deseja trabalhar. Algumas instituições contratam profissionais apenas com especializações lato sensu, mas a grande maioria exige que os professores que compõe o corpo docente tenham alguma formação stricto sensu. Um grande exemplo são as faculdades públicas, que em sua maioria só aceitam professores com mestrado e doutorado ou, quando contratam um profissional com lato sensu, são colocados como substitutos.

Isso porque essas formações trazem um aprofundamento maior de conceitos teóricos vistos na graduação. Esse conhecimento mais detalhado dá uma base sólida para o desenvolvimento de aulas e programas de ensino. 

Esteja sempre atualizado

Um porta voz do conhecimento deve estar sempre em dia não só com os acontecimentos do mundo e atualizações na sua área, mas também com novas formas de passar esse conhecimento aos seus estudantes.

Uma boa forma de se manter atualizado, é acompanhar periódicos com publicações científicas que trazem novidades sobre sua área de atuação. Outra opção é frequentar eventos para saber quais são as novidades, os nomes de destaque, os últimos acontecimentos e de que forma isso impacta o mundo atual.

Também é bom lembrar que a tecnologia deixou de ser uma coadjuvante no meio acadêmico e passou a ser uma grande aliada. Existem muitas maneiras de incluir a tecnologia na rotina de ensino, seja através de aulas on-line, utilização de aplicativos ou plataformas para realizar jogos que estimulem o pensamento (e de quebra fornecem dados sobre o nível de compreensão de cada aluno), e até mesmo a utilização de realidade virtual ou projeções como um grande atrativo.

Monte um currículo acadêmico

A Plataforma Lattes do CNPq é um grande banco de dados profissionais de professores e pesquisadores. Certifique-se de mantê-lo sempre atualizado com todas as informações, detalhes, e links para sua atuação em projetos, pesquisas, cursos, publicações de artigos, participações em eventos, entre outros.

Preste concursos

Se você quer saber como ser professor em faculdades públicas, a dica é essa: fique de olho na abertura de editais. A única maneira de entrar para o corpo docente de uma instituição federal ou estadual é através da aprovação em concurso público, que tem sua seleção composta por um plano de aula, provas objetivas e uma análise curricular detalhada. Por isso, se esse é seu objetivo, estude de maneira constante e confira sempre se há abertura de novos editais.

Agora que você está por dentro das principais etapas da jornada sobre como ser um professor universitário, pode começar a planejar seus próximos passos e identificar qual área gostaria de trabalhar. E não se esqueça: estude e leia bastante! Essa dica vai te ajudar durante sua graduação e ao longo da sua jornada profissional como professor universitário.

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