Agora que já conhecemos e estudamos as orações subordinadas com sentido de substantivo, vamos estudar as que funcionam como adjunto adverbial, as adverbiais! Nesse tipo de orações teremos a introdução de conjunções subordinativas (com exclusão das integrantes). A classificação das orações subordinadas adverbiais acontecerá de acordo com a conjunção ou locução conjuntiva que as introduz. Caso você não lembre quais são as conjunções subordinativas, vá ao capítulo sobre classes gramaticais e retome esse conteúdo.
Seguimos?
Causais, Consecutivas e Condicionais
Leia a tirinha abaixo, procure encontrar a conjunção e a sua classificação.
Data de acesso: 23/08/2019
Então, acharam a conjunção e a sua classificação?
Estamos diante de uma conjunção subordinativa causal: porque. Como a classificação indica, conjunções subordinativas causais são aquelas que exprimem uma relação de causa. Por causa disso, Lucy diz que não pode pegar a bola, porque o campo é irregular.
Logo, a oração subordinada adverbial causal também será classificada como aquela que exprime uma circunstância de causa.
Leia o trecho da notícia abaixo.
Àquela altura, essa “linha de corte” estabelecida por Temer funcionou como uma blindagem para auxiliares que haviam sido citados nas delações premiadas da Odebrecht e, em abril, se tornariam alvos de inquéritos.
Pelas regras apresentadas pelo presidente, não haveria motivo para afastar ministros investigados. Segundo esse entendimento, só seria necessário que ele deixasse o governo se a Justiça os transformasse em réus.
Questionado pela Folha, em maio, se ele mesmo deixaria o cargo casso fosse denunciado pelo procurador-geral, Temer se diferenciou de seus ministros.
“Sou chefe do Executivo. Os ministros são agentes do Executivo, de modo que a linha de corte que eu estabeleci para os ministros, por evidente, não será a linha de corte para o presidente”
Disponível em: //www1.folha.uol.com.br/paywall/signup.shtml?//www1.folha.uol.com.br/poder/2017/06/1892134-temer-recua-e-pretende-manter-ministros-denunciados-no-governo.shtml Data de acesso: 18/03/2019
A oração “Os ministros são agentes do Executivo, de modo que a linha de corte que eu estabeleci para os ministros…” tem uma estrutura de oração subordinada adverbial consecutiva, uma vez que está introduzida pela locução conjuntiva consecutiva “de modo que”, e exprime uma ideia de consequência em relação ao enunciado anterior.
Nessa classificação, a ideia de consequência é dada também no momento em que se coloca um termo intensificador (tão, tanto, tamanho, etc.)
Leia a tirinha a seguir.
Data de acesso: 23/08/2019
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Data de acesso: 23/08/2019
Agora que estamos vendo que as conjunções sempre aparecerão, você já percebeu qual é a conjunção subordinada em questão? Pense aí…
Bom, é a conjunção subordinativa condicional “se”. Analisando melhor a oração “Se você não arrastasse aquele tigre pra todo lugar, coisas como essa não aconteceriam.”, vemos a divisão em oração subordinada adverbial condicional (Se você não arrastasse aquele tigre pra todo lugar) e oração principal (coisas como essa não aconteceriam). Então, a oração subordinada adverbial condicional é a que apresenta uma condição, podendo ser real ou não, em relação à oração principal.
Sabemos também que a posição do advérbio/locução adverbial na oração é sempre a final. Então, quando a oração subordinada adverbial é colocada na frente da oração principal, podemos dizer que ela está deslocada de seu lugar “oficial” na estrutura da oração. Sendo assim, marcamos esse deslocamento com a vírgula.