O iodo é um micronutriente essencial para o homem e outros animais. No organismo humano ele é utilizado na síntese dos hormônios produzidos pela tireóide, uma glândula que se localiza na base frontal do pescoço. Estes hormônios têm dois importantes papéis: atuam no crescimento físico e neurológico e na manutenção do fluxo normal de energia, principalmente na manutenção do calor do corpo. São muito importantes para o funcionamento de vários órgãos como o coração, fígado, rins, ovários e outros.
Os distúrbios por deficiência de iodo – DDI – são fenômenos naturais e permanentes amplamente distribuídos em várias regiões do mundo. Populações que vivem em áreas deficientes em iodo sempre terão o risco de apresentar os distúrbios causados por esta deficiência, cujo impacto sobre os níveis de desenvolvimento humano, social e econômico são muito graves. A deficiência de iodo pode causar cretinismo em crianças (retardo mental grave e irreversível), surdo-mudez, anomalias congênitas, bem como a manifestação clínica mais visível – bócio (crescimento da glândula tireóide). Além disso, a má nutrição de iodo está relacionada com altas taxas de natimortos (nascimento de bebês mortos) e nascimento de crianças com baixo peso, problemas no período gestacional, e aumento do risco de abortos e mortalidade materna.
Causas dos distúrbios por deficiência de iodo:
– consumo de alimentos oriundos de solos pobres em iodo;
– uso de sal não iodado na alimentação;
– baixo consumo de alimentos ricos em iodo.
Alimentos ricos em iodo:
Os principais alimentos ricos em iodo são os de origem marinha (ostras, moluscos, mariscos e peixes de água salgada); leite e ovos também são fontes de iodo, desde que oriundos de animais que tenham pastado em solos ricos em iodo ou que foram alimentados com rações que continham o nutriente; vegetais oriundos de solos ricos em iodo também são boas fontes.
Orientações para o uso do sal iodado:
– ao comprar o sal, observe no rótulo se ele é iodado;
– se você faz
tempero caseiro ou tempero completo em casa, USE SEMPRE O SAL IODADO na mistura. Faça em pequenas quantidades e não guarde na geladeira;
– se você compra tempero completo, PROCURE VARIAR usando também o sal iodado. Não há garantia de que a fábrica usou o sal iodado para fazer este tempero;
– ao comprar o sal iodado, prefira aquele com maior prazo de validade, pois caso esteja vencido, ocorre prejuízo da qualidade do iodo;
– ao armazenar o sal iodado em casa, coloque-o sempre em local
fresco e ventilado, longe do calor. Evite colocá-lo perto do fogão a gás ou a lenha, pois o calor pode prejudicar a qualidade do iodo;
– ao abrir o saco do sal iodado, não retire o sal desta embalagem, mas sim coloque-o dentro de um pote ou vidro com tampa, mantendo-o sempre fechado;
– não coloque o pote de sal iodado na geladeira;
– mantenha o sal iodado longe de locais úmidos e não coloque colheres molhadas dentro da embalagem. A umidade pode prejudicar o teor do iodo.
IMPORTANTE: Somente médicos e cirurgiões-dentistas devidamente habilitados podem diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. As informações disponíveis em Dicas em Saúde possuem apenas caráter educativo.
Dica elaborada em dezembro de 2.007.
Fonte:
Ministério da Saúde. Cadernos de Atenção Básica
Os distúrbios hormonais podem acometer homens e mulheres em todas as faixas etárias, entretanto, os sintomas podem ser variáveis no que tange a intensidade e a frequência.
Primeiramente, é preciso explicar que o ser humano possui glândulas endócrinas muito importantes, são elas: Hipófise, tireóide, paratireóide, pâncreas supra renais, ovários e testículos.
Quando alguma dessas glândulas não está funcionando adequadamente, podem surgir outros problemas de saúde que comprometem a qualidade de vida.
De maneira geral, é o sistema endócrino que produz todas as substâncias químicas que são chamados de “hormônios”, eles são enviados para o sangue para regular as células do organismo.
Sintomas dos distúrbios hormonais
Algumas pessoas apresentam sintomas, outras não prestam atenção quando o corpo está querendo dizer algo. Por isso, é fundamental manter um cronograma de consultas com o endocrinologista ao longo da vida para fazer exames e dosar como estão os hormônios.
Os sintomas dos distúrbios hormonais podem ser variados, vai depender do tipo do problema. Contudo, no geral, quando uma pessoa apresenta alguma das queixas abaixo, é ideal procurar um endocrinologista!
- Cansaço excessivo;
- Crescimento excessivo o reduzido em crianças;
- Disfunção sexual;
- Alterações na menstruação;
- Aparecimento de pêlos nas mamas na puberdade;
- Alterações no peso;
- Problemas de pele ( escurecimento);
- Acnes em excesso;
- Má digestão;
- Alterações de humor;
- Aumento da fome;
- Hipoglicemia/hiperglicemia;
- Surgimento de pêlos em excesso nas mulheres;
Obviamente que esses sintomas não estão apenas relacionados com distúrbios hormonais, entretanto, é sugestivo e devem ser investigados por um médico.
São muitos os distúrbios hormonais, citamos os principais:
• Síndrome dos ovários policísticos
Esse problema consiste no aparecimento de pequenos cistos na parte externa dos ovários, esse distúrbio hormonal pode causar: irregularidade na menstruação, acnes em excesso, ganho de peso e o aparecimento anormal de pêlos.
• Hipotireoidismo
Quando a glândula tireoide não consegue produzir hormônios o suficiente, isso pode afetar a temperatura corporal, onde a pessoa pode sentir mais frio do que o normal, fadiga, constipação e ganho de peso.
• Hipertireoidismo
Nesse caso, a tireoide produz mais hormônios do que necessário, como consequência, o metabolismo fica acelerado e sintomas como sudorese intensa, batimentos cardíacos acelerados e irritabilidade podem surgir.
• Carência de Testosterona
O público masculino deve avaliar os níveis de testosterona, pois sua redução pode causar desenvolvimento no tecido mamário, disfunção erétil e até mesmo infertilidade.
• Hipogonadismo
Esse distúrbio hormonal acontece na puberdade, pois é quando os adolescentes começam a produzir hormônios sexuais.
Quando ocorre um mal funcionamento nesse processo, existem riscos de atrasar o desenvolvimento da massa muscular, retardar o crescimento do pênis, manter a voz aguda, desenvolver mama e pêlos em excesso nas pernas e braços.
Nas meninas, pode ocorrer o atraso na primeira menstruação , baixo crescimento e pouco desenvolvimento nos seios.
• Crescimento alterado
Crianças que cresce demais ou de menos também devem ser avaliadas, pois o problema pode ter relação com distúrbios hormonais, genéticos ou até mesmo nutricionais.
• Doenças da Suprarrenal
Essa glândula é responsável pela produção de vários hormônios, entre eles: Cortisol, adrenalina, noradrenalina e outros.
Sinais de que algo não vai bem podem incluir estrias vermelhas, aumento do peso, muitos pêlos pelo corpo, escurecimento da pele, pressão alta ou baixa.
• Problemas na Hipófise
Importante citar que essa glândula que fica localizada na base do cérebro tem funções essenciais para regular a tireoide, glândula supra renal, ovários, testículos, hormônio do crescimento, hormônio oxitocina ( fundamental no trabalho de parto) e a prolactina, ( hormônio importante na lactação).
Causas dos distúrbios hormonais
São inúmeras, em determinadas situações, doenças como diabetes, câncer e alterações psicológicas podem ser grandes responsáveis pelo desequilíbrio dos hormônios.
O estresse, ansiedade, depressão e distúrbios alimentares também são apontados como grandes causadores desse problema.
No entanto, outras causas devem ser citadas como uso de alguns tipos de medicamentos e a má formação nas glândulas endócrinas.
Para investigar os distúrbios hormonais, o médico endocrinologista pede uma série de exames de sangue e de imagem para ver o funcionamento das glândulas e possíveis tumores.
Além de indicar um tratamento, o profissional da saúde ainda poderá recomendar mudanças no estilo de vida para melhorar sintomas e diminuir a incidência da diabetes, pressão alta, colesterol, câncer, ansiedade, depressão, infertilidade e alguns tipos de câncer como mama e endométrio.
Dr. Sidney Senhorini
Médico endocrinologista com título de especialista pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). Professor do curso de medicina da Universidade Ingá (UNINGÁ) e de cursos de pós graduação nas áreas de nutrição e psicologia, onde ministra conteúdo de neuroendocrinologia e metabologia, transtornos nutricionais, reposições e prevenção de doenças.