Como a variação do câmbio afeta as operações de importação e exportação no comércio exterior?

Como é possível inferir, os indicadores econômicos de um país influenciam diretamente nos fluxos do comércio internacional e, consequentemente, no posicionamento daquela nação dentro do quadro global de exportações e importações. Considerando esses fatores, sem dúvidas, a variação cambial tem um peso decisivo quando pensamos, dentre outros pontos possíveis, no preço dos insumos para a cadeia industrial e na venda de produtos para o exterior.

Para elucidarmos melhor esse cenário, pensemos na realidade do comércio internacional brasileiro nos últimos meses. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia divulgados em maio, o Brasil acumulou um novo superávit nos quatro primeiros meses deste ano, alcançando recorde de US$ 19,94 bilhões na balança comercial e com alta, tanto nas exportações (16,7%, somando US$ 28,90 bilhões), quanto nas importações (35,7%, totalizando US$ 20,75 bilhões).

Certamente, um dos fatores que contribuiu para esse cenário foi a queda do dólar, que também até maio teve redução nominal de mais de 14%, favorecendo tanto a importação de insumos essenciais para diferentes setores da economia brasileira, quanto a exportação de produtos finais para diferentes nações.

Mas a influência cambial vai além de fatores relativos à cadeia produtiva e trazem impactos também no plano dos processos logísticos do comércio exterior. Considerando, por exemplo, o frete internacional, a relação da moeda nacional com a de outros países pode:

  • Elevar ou reduzir o preço final de um frete;
  • Aumentar ou diminuir os custos alfandegários e de processos gerais de distribuição;
  • Ter influência direta no preço final e na competitividade de um produto exportado.

Tal cenário, por sua vez, reforça a importância de que as empresas que desejam expandir seus negócios internacionalmente e conquistar clientes no exterior busquem suporte especializado o quanto antes, de modo que possam, dentre outros pontos:

  • Agilizar processos de cotação: inclusive por meio de processos digitalizados que aumentam a escala para a avaliação das melhores condições de frete expresso internacional, considerando diferentes indicadores como a variação cambial;
  • Garantir preços mais competitivos: por meio de um parceiro forte no mercado é possível reduzir custos, considerando o maior volume de entregas realizadas pelo agente logístico e seus conhecimentos sobre as melhores alternativas de distribuição;
  • Otimizar o compliance: com o apoio de uma consultoria especializada, a empresa também não corre riscos quanto a adequação de seus processos às regras no mercado externo. Ou seja, além de reduzir custos, a entrega é agilizada, contribuindo para a satisfação do consumidor final.

Com isso, esteja sua empresa dando os primeiros passos dentro de sua jornada no comércio exterior ou já tenha o negócio alguma experiência, mas queira otimizar processos operacionais e fazer uma avaliação mais acurada dos fatores que podem influenciar seu fluxo de exportações – do peso do câmbio à questão burocrática – vale a pena considerar a busca por um parceiro especializado.

Com isso, o crescimento de seu negócio pode ser levado para além das fronteiras do país com segurança, previsibilidade e eficiência!

Você já se perguntou o porquê do valor da moeda americana mudar todos os dias? Qual o significado de taxa de câmbio? Ou ainda qual a relação de tudo isso com a lei da oferta e da procura (ou demanda)?

Nesse post, vamos esclarecer todas essas questões e ainda auxiliar importadores e exportadores  a descobrirem qual o melhor momento para importar ou exportar: quando a moeda americana está em alta ou em baixa?

Mas, antes de começar, preparamos um quizz especialmente para você poder testar seus conhecimentos antes de iniciar a leitura. Não se preocupe se você não acertar muitas questões, você saberá todas as respostas após ter lido o texto!

Vamos lá!
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A lei da oferta e procura

A oferta e a demanda são duas forças que, além de movimentar as economias de mercado, também determinam a quantidade produzida de um determinado bem e por qual preço ele será vendido.

Mas, para poder compreender a lei da oferta e da demanda, faz-se necessário antes entender o significado individual de suas partes constituintes. A demanda estuda o comportamento dos consumidores. O que determina quanto alguém vai consumir é a sua renda individual e, na prática, pode-se comprovar em nosso dia a dia, quando um produto se torna mais barato o consumo tende a aumentar. Isso ocorre porque a renda real do consumidor aumenta, ou seja, seu poder de compra.

As seguintes relações entre a oferta, a demanda e preço podem ser estabelecidas:

  • A demanda cai quando um determinado produto aumenta de preço;
  • O preço de um produto cai quando a demanda é elevada.
  • Quando a oferta de um bem excede a procura, seu preço tende a cair;
  • Já quando a demanda supera a oferta desse produto, a tendência é um aumento do preço.
  • Assim, preços menores indicam uma maior quantidade de demanda.
  • Preço e quantidade comprada por um consumidor são inversamente proporcionais: o aumento do preço diminui a quantidade comprada pelo consumidor e vice-versa.

Moedas, Taxas de câmbio e lei da oferta e demanda

Mas, afinal de contas, por que o valor do dólar não é constante, o que é taxa de câmbio e o que tudo isso tem a ver com a lei da oferta e procura?

Primeiro, a taxa de câmbio é a relação de valor entre moedas. Ela oferece o preço de uma moeda estrangeira de acordo com a moeda nacional, o real no caso do Brasil. As taxas de câmbios se aplicam quando há a compra ou venda de uma moeda estrangeira.

De acordo com Eduardo Fortuna, autor do livro O Mercado Financeiro, “a moeda estrangeira é uma mercadoria e, como tal, está sujeita às forças de oferta e procura. A taxa cambial é a relação de valor entre duas moedas, ou seja, corresponde ao preço da moeda de um determinado país em relação a outra de outro país. Assim, a taxa de câmbio reais/ dólares indica quantos reais são necessários para comprar um dólar”.

As taxas de câmbio são usualmente utilizadas por muitos brasileiros. Compras internacionais de cartão de crédito, passagens de avião e até mesmo a compra de moeda estrangeira em espécie: todos esses valores são definidos pelas taxas de câmbio, que usualmente é mais conhecida como a cotação de uma moeda estrangeira.

Assim, na figura a seguir, retirada da página principal do site da Brasil Importex, verifica-se que a taxa de câmbio para a compra do dólar comercial no dia 15 de fevereiro de 2018 é de 3,2216. Ou seja, um real brasileiro (BRL) equivale a 3,2216 dólares americanos (USD).

Agora já temos os meios para compreender o porquê de o dólar valorizar ou desvalorizar em relação ao real.

Formação da taxa de câmbio

Se você leu atentamente o texto até aqui, talvez já tenha visto a razão da flutuação do valor do dólar. Como afirmou Fortuna, a moeda estrangeira pode ser vista como um produto, uma mercadoria. E como tal, seu valor varia de acordo com a oferta e a procura. Assim:

  • Quanto menor for o preço de determinada moeda, maior será a procura;
  • Quanto maior o preço, menor a procura;
  • Normalmente, quanto menor o preço de uma moeda, menor será a quantidade ofertada e vice-versa.

Além das forças que regem o mercado e que são externas ao governo, há também aquelas que podem influenciar o valor de uma moeda estrangeira, como é o caso do Banco Central no Brasil. O órgão brasileiro pode atuar comprando dólares do mercado, fazendo com que diminua a oferta e, consequentemente, de acordo com a lei da oferta e demanda, valorizando a moeda estrangeira. E o contrário também é possível: o BC pode vender dólares, saturando o mercado (aumenta a oferta) e fazendo com que a moeda se desvalorize.

Porém, é importante destacar que essa manobra realizada pelo banco nem sempre dá certo. São inúmeros os fatores – tantos internos quanto externos – que regulam a economia do mercado.

Importações e exportações e taxas cambiais

Para os importadores, uma operação realizada no mercado internacional é mais vantajosa quando o dólar está em baixa, ou seja, um valor que se aproxime ao máximo de 1 real. Na prática, isso significa que os produtos que chegam ao país apresentam uma vantagem em relação aos preços nacionais, aumentando a margem de lucro.

Já para o exportador, um negócio vantajoso é feito quando o dólar está em alta. Lembre-se que a base mais comum utilizada para as operações internacionais é o dólar. Assim, da mesma maneira que um importador brasileiro deve realizar o pagamento em dólar, o importador recebe a quantia a ele devida nessa mesma moeda.

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Como a variação na taxa de câmbio afeta a importação e exportação?

Além disso, quando a taxa de câmbio está favorável para o importador, o produto do exterior se torna mais competitivo, permitindo que o empresário obtenha uma maior margem de lucro. Enquanto isso, o exportador está em vantagem quando a taxa de câmbio do dólar está em alta.

Como a exportação e a importação são influenciadas pelo câmbio?

Afinal, o que acontece quando a taxa de câmbio aumenta? Diante da desvalorização cambial, quando a moeda interna perde valor e o dólar sobe, as compras feitas no exterior ficam mais caras. Dessa maneira, empresas que trabalham com exportação são beneficiadas.

Qual a relação do câmbio com a inflação e as importações e exportações?

Por outro lado, quando o câmbio do país está valorizado, a alta impacta negativamente no produto exportado (pois está mais caro) e, por sua vez, incide no crescimento da importação de produtos do exterior.

Qual o efeito da taxa de câmbio sobre o comércio internacional?

A título de exemplo, as taxas de câmbio afetam os preços no comércio internacional. Quando é possível obter mais dólares por 1 euro ou, por outras palavras, quando se verifica uma apreciação do euro, os produtos dos Estados Unidos tornam-se menos onerosos para a população da área do euro.

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