Como alguns indígenas que vivem no Brasil utilizam para marcação do tempo?

Atividade:

Os povos ind�genas t�m uma maneira pr�pria de marcar a passagem do tempo. Para alguns desses povos, a passagem do tempo est� relacionada � agricultura e aos fen�menos naturais, como a chuva e o frio. Observe um calend�rio criado por alguns professores ind�genas. Ele mostra como os povos que vivem no Parque Ind�gena do Xingu associam a passagem do tempo aos fen�menos naturais e �s atividades agr�colas por eles desenvolvidas.

Professor, procure identificar, juntamente com os alunos, quais s�o os principais acontecimentos do ano que est�o representados no calend�rio acima.

Agora, de acordo com o calend�rio ind�gena, associe cada m�s ao acontecimento correspondente.

M�S � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � ACONTECIMENTO

Janeiro��������������������������������������������������� M�s de chuvas e �poca das cheias dos rios.

Fevereiro � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � �poca de colher milho.

Mar�o � � � � � � � � � � � � � � � �� � � � � � � � � � �� Festa do Kuarup.

Abril�������������������������������������� � � � � � � � � �� �poca de derrubada da mata para o plantio.

Maio � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � �� �poca de pescaria.

Junho������������������������������������������������������ Tempo de gaivota.

Julho � � � � � � � � � � � � � � � ������������������������ Chegada do ver�o.

Agosto����������������������������������������������������� Tempo de abacaxi.

Setembro������������������������������������������������ �poca de melancia.

Outubro � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � M�s em que as tartarugas botam ovos.

Novembro � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � �� �poca em que amadurece o pequi.

Dezembro����������������������������������������������� Plantio de mandioca.

Essa atividade foi extra�da da aula O tempo e o calend�rio, da professora Mariane �llen da Silva - Uberl�ndia/MG. Dispon�vel no Portal do Professor/MEC. Acessado em 12/07/2013. Todas as informa��es contidas nela s�o de responsabilidade do autor.

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Desenho kadiweu publicado em VIDAL, Lux (org.). Grafismo Indígena. Studio Nobel, Fapesp, Edusp, SP, 1992.

Os povos indígenas que vivem no Brasil apresentam semelhanças, mas também são muito diferentes entre si.

Suas festas, jogos e brincadeiras, suas formas de ensinar e aprender, tudo isso pode variar muito. Existem diferentes mitos, rituais, pinturas, objetos, músicas e cantos!

Além disso, os povos indígenas constroem casas de diversos jeitos e moram em regiões com paisagens muito diferentes. A alimentação de cada grupo também varia muito, alguns grupos só comem peixe, outros caçam vários tipos de animais, outros ainda criam gado e galinhas para comer.

Así Vivo Yo é um curta metragem feito pelo cineasta belga Jean-Charles L'Ami (produtora 35, Quai du Soleil Inversiones) junto com crianças piaroa da comunidade Betania del Topocho, que fica no estado do Amazonas na Venezuela. A maior parte desse povo vive em comunidades localizadas à margem do rio Orinoco, na floresta amazônica venezuelana. Os Piaroa contam com mais de 12 mil pessoas!

O vídeo contou com o apoio financeiro da Cinemateca Nacional da Venezuela e a colaboração da organização Wataniba.

Assista ao vídeo!

Ciclos celestes demarcavam tempo do plantio e da colheita

Desde tempos pré-históricos, os astros do céu despertaram a atração dos seres humanos. A descoberta de que era possível se orientar por eles – tanto para o deslocamento quando para a agricultura – deu o impulso inicial à astronomia, que se desenvolveu e sofisticou até chegarmos a atual era dos satélites artificiais e telescópios como o Hubble. Muito antes disso, porém, o conhecimento das estrelas e dos movimentos celestes interessava ao homem primitivo no mundo inteiro, o que inclui, é claro, o território que hoje abriga nosso país.

“Como em todo lugar, os índios brasileiros também desenvolveram um conhecimento astronômico”, afirma o pesquisador Luiz Galdino, que recentemente lançou o livro “A astronomia indígena”, pela Editora Nova Alexandria. Galdino, 72, tem formação em Artes e se dedica ao estudo da Pré-História brasileira, em especial da arte rupestre pré-histórica de nosso país, há mais de 30 anos.

No decorrer de suas pesquisas, percebeu que “algumas pinturas e gravuras correspondiam a registros de observações celestes” e enveredou pela arqueoastronomia, que é, como ele explica, “a disciplina, que nos permite conhecer, hoje, os primórdios da astronomia, através da pesquisa arqueológica”. Sobre esse curioso tema, ele concedeu a seguinte entrevista ao UOL Educação.

Como se desenvolveu a astronomia entre os seres humanos pré-históricos?

“O primeiro passo do homem no interesse pelos céus e pelos astros decorreu da percepção de que os ciclos da natureza à sua volta correspondiam a ciclos celestes. Quando ainda estava na fase da caça e da coleta, o homem se apercebeu de que, embora a natureza à sua volta se renovasse constantemente, o céu sempre mostrava os mesmos elementos: estrelas e constelações de aparição cíclica. Com o advento da agricultura, a identificação desses ciclos se tornaria fundamental”.

Você pode dar um exemplo que ajude a compreender isso melhor?

Na Bahia, por exemplo, quando as Plêiades surgiam no firmamento, por volta de junho, os primitivos habitantes da região sabiam que logo viriam as chuvas e eles começariam a plantar. O desaparecimento dessas estrelas, ao contrário, coincidia com a estação da seca, quando tinha lugar a colheita. Desse modo, os povos dali podiam contar com um perfeito calendário que, em vez do sol ou da lua, tinha por base o movimento daquela constelação.

Para o leigo, à simples observação das imagens, as pinturas rupestres que compõem este álbum do UOL Educação podem não parecer necessariamente um material de caráter astronômico. Com base em quê se pode afirmar isso?

Nos casos de estrelas e constelações, basta sobrepor um mapa daquele segmento de céu sobre o desenho pintado ou gravado
na pedra e teremos a exata figura que corresponde a ela. Mas é principalmente através dos 'equipamentos' criados pelos indios,
os vários tipos de observatórios primitivos, destinados a demarcar o surgimento do sol nos solstícios, que o propósito astronômico se comprova.

Como funcionam esses observatórios?

“O tipo mais primitivo é aquele em que o Sol atravessa um furo ou janela abertos na parede de uma gruta, invade o interior de um recinto contíguo e vai iluminar um marco, figura pintada ou gravada intencionalmente no ponto que coincide com aquele atingido pelo primeiro sol de inverno ou de verão. Outro tipo bastante comum é composto de pilares de pedra levantados verticalmente no campo, a espaços regulares, compostos de três, seis, doze ou até mais pilares, de modo que fixando os olhos na altura do primeiro pilar, geralmente o mais alto, é possível acompanhar a subida do sol pela cumeada dos pilares, demarcando o momento em que ele nasce no primeiro dia do inverno.”

Há muitos observatórios como esses no Brasil?

Observatórios do primeiro tipo podem ser vistos no Parque Nacional de Sete Cidades, no Piauí; e na região dos municípios de Central e Xique-Xique, a noroeste da Chapada Diamantina, na Bahia. Os pilares, sempre feito de pedras toscas, mostram-se mais correntes no centro-oeste do Paraná e Santa Catarina. O célebre etnólogo alemão Curt Nimuendaju descobriu e estudou vários alinhamentos, inclusive círculos de pedra, de dimensões maiores, na década de 1920, no Amapá.

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Como os indígenas fazem a marcação do tempo?

A maioria das tribos brasileiras mede o tempo a partir do movimento aparente desse astro no céu, com o Relógio Solar. Feito de uma haste cravada verticalmente no chão, ele perrmite saber as horas pela posição da sombra projetada num terreno horizontal.

O que é a marcação do tempo é importante para os povos indígenas?

Para os homens mais primitivos a marcação do tempo era importante para que soubessem a hora de voltar para casa – ou melhor, caverna ainda na segurança da luz do dia. Não, eles não tinham medo de assaltos, eles temiam os predadores e animais ferozes.

Como os indígenas utilizavam as constelações para saber os períodos de chuva?

As flutuações sazonais indicadas pelas constelações influenciam no período da pesca, caça, plantio e colheita. Cada imagem formada no céu permitia aos índios identificar que uma nova estação do ano estava por vir.

Como os indígenas brasileiros utilizavam seus conhecimentos sobre o céu?

A observação do céu é uma prática milenar realizada por diversos povos de culturas distintas. Dentre esses povos, os indígenas brasileiros contam suas sabedorias sobre os astros através de histórias classificadas como contos ou mitologias.

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