Os mapas a seguir mostram os limites das placas litosféricas e as regiões onde ocorrem mais abalos

As zonas sísmicas, por definição, podem ser entendidas como as áreas onde acontecem os terremotos com maior frequência, isto é, as regiões do planeta mais geologicamente instáveis e mais suscetíveis à ação dos agentes internos ou endógenos de transformação do relevo.

O registro cartográfico e o conhecimento sobre as regiões sísmicas da Terra é importante para a elaboração de planejamentos sociais e urbanos que levem em conta a possibilidade de tremores de terra repentinos. Afinal, não é qualquer área do espaço geográfico que se encontra predisposta a apresentar aqueles terremotos cujos efeitos são mais duramente sentidos e que geram perda de patrimônio e, principalmente, de vidas.

Para identificar a localização das principais zonas sísmicas da Terra, é preciso levar em consideração o posicionamento das placas tectônicas, pois é nas áreas de encontro entre elas que existe a maior incidência de tremores, sobretudo quando há o choque entre uma placa e a outra. O que explica os tremores é justamente a liberação de energia acumulada nos pontos de tensão entre formações geologicamente distintas, o que contribui, inclusive, para dar novas formas ao relevo, tais como os vulcões e as cadeias montanhosas.

Observe a seguir o mapa de localização das principais placas tectônicas da Terra. Compare essa informação com o mapa das zonas sísmicas disposto logo abaixo e repare a similaridade entre a posição das bordas dessas placas e a frequência e intensidade dos terremotos.

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Mapa de localização das placas tectônicas da Terra


Mapa das zonas sísmicas da Terra

Uma das principais zonas sísmicas da Terra encontra-se em uma região que abrange boa parte dos limites do Oceano Pacífico, indo desde o sul da América do Sul, passando pelo norte da América do Norte e estendendo-se pelo extremo leste da Ásia e da Oceania. É nessa conjunção de áreas que ocorre a maioria dos terremotos do planeta e, por isso, ela é denominada de Anel de Fogo do Pacífico ou, ainda, Círculo de Fogo do Pacífico. Ela representa justamente os limites da Placa do Pacífico, além de englobar a área de encontro entre a Placa de Nazca e a Placa Sul-americana.

É nessa região que tragédias recentes e antigas anunciaram-se, como os terremotos do Japão, do Chile, da Indonésia e do Alasca, entre outros. O maior tremor já registrado pelo ser humano ocorreu também nessa área, na cidade de Valdívia, em território chileno, na década de 1950. Além dos frequentes terremotos, ainda se manifestam os problemas relativos aos tsunamis e também ao constante vulcanismo. 

As placas tectônicas são grandes blocos formados por camadas litosféricas. Elas movimentam-se em razão da energia proveniente das correntes de convecção de magma oriundas do manto terrestre. A teoria das placas tectônicas é o principal arcabouço teórico-metodológico que busca explicar a movimentação litosférica.

Leia também: Falha de San Andreas — uma falha geológica provocada pela movimentação de duas placas tectônicas

Resumo sobre placas tectônicas

  • As placas tectônicas são grandes blocos rochosos que formam a porção superficial da camada litosférica terrestre.

  • A movimentação das placas tectônicas foi explicada por meio da chamada teoria de tectônica de placas.

  • As placas tectônicas são classificadas conforme a sua localização geográfica em continentais, oceânicas e continentais e oceânicas.

  • São exemplos de placas tectônicas: Placa do Pacífico, Placa Norte-americana, Placa Sul-americana e Placa de Nazca.

  • As placas tectônicas, situadas na crosta terrestre, movimentam-se mediante a ação do magma do manto por meio das correntes de convecção.

  • Os limites entre as placas tectônicas são classificados em divergente, convergente e transcorrente.

  • O Brasil está situado na porção central da Placa Sul-americana.

O que são as placas tectônicas?

As placas tectônicas são grandes estruturas formadas pela crosta litosférica terrestre que movimentam-se mediante forças internas do planeta, especialmente oriundas do manto. O movimento dessas placas é constante, em deslocamentos de aproximação ou distanciamento, ocasionando fenômenos como terremotos.

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Qual é a teoria das placas tectônicas?

A teoria das placas tectônicas foi elaborada por meio de um desdobramento da teoria da deriva continental, desenvolvida por Alfred Wegener, em meados de 1913. A teoria da deriva continental defendia que a Terra era formada, há milhões de anos, por um único continente, chamado Pangeia. Por sua vez, a movimentação das placas tectônicas provocou a separação desse grande bloco de terra até a divisão atual dos continentes terrestres.

Foi com base nesses estudos que foi desenvolvida a teoria das placas tectônicas. Essa teoria defende que a crosta terrestre é formada por vários blocos de terra que se movimentam em razão de forças advindas do interior terrestre, provocando reconfigurações da distribuição espacial superficial do planeta. Assim, as placas tectônicas estão em constante movimentação, provocando fenômenos diversos.

Videoaula sobre teoria das placas tectônicas

    Quais são os tipos de placas tectônicas?

    Há três tipos de placas tectônicas, que são classificados conforme a sua localização geográfica. São eles:

    • Placas tectônicas oceânicas: são as placas tectônicas situadas no assoalho oceânico.

    • Placas tectônicas continentais: são as placas tectônicas localizadas nos continentes.

    • Placas tectônicas oceânicas e continentais: são as placas tectônicas encontradas entre o assoalho oceânico e o continente.

    As placas tectônicas são classificadas conforme sua localização geográfica em oceânicas ou continentais.

    Quais são as principais placas tectônicas?

    A superfície terrestre possui 52 placas tectônicas, sendo 14 de maior tamanho e 38 de tamanho inferior. As principais placas tectônicas mundiais estão listadas abaixo:

    • Placa Africana;

    • Placa Antártica;

    • Placa Australiana;

    • Placa Eurasiática;

    • Placa do Pacífico;

    • Placa Norte-americana;

    • Placa Sul-americana;

    • Placa de Nazca;

    • Placa de Scotia;

    • Placa Caribenha;

    • Placa Indiana;

    • Placa das Filipinas.

    Movimento das placas tectônicas

    O movimento das placas tectônicas é constante. Esses grandes blocos rochosos deslocam-se devido às correntes de convecção que ocorrem no manto terrestre, fruto de alta temperatura local, que provoca movimentos circulares de magma.

    Assim, as placas tectônicas, situadas na crosta terrestre, movimentam-se mediante a ação do magma do manto. Esses movimentos são, em geral, de afastamento ou colisão. Eles são muito lentos, mas contínuos. A movimentação das placas tectônicas desencadeia fenômenos como os vulcões e os terremotos.

    Limite das placas tectônicas

    O limite das placas tectônicas ocorre nas zonas de contato desses blocos, ou seja, onde uma placa encontra-se com a outra. Há três tipos de limites entre as placas tectônicas.

    Limite divergente

      Nesse tipo de limite, ocorre um afastamento das placas tectônicas. Assim, essa movimentação, comumente de separação entre duas ou mais placas, gera consequências como a formação de dorsais mesoceânicas, a expansão do assoalho oceânico, a constituição de falhas e ainda os fenômenos de vulcões e terremotos.

      Em um limite divergente, ocorre o afastamento das placas tectônicas.

      Limite convergente

        Nesse tipo de limite, ocorre uma aproximação das placas tectônicas. Logo, há um choque entre uma placa e outra, que provoca movimentos de afundamento e/ou ascensão de uma determinada placa. Essa movimentação tem como consequência a formação de dobras, fossas e montanhas. Esse tipo de limite explica, por exemplo, a formação dos chamados dobramentos modernos.

         Em um limite convergente, ocorre o choque entre placas tectônicas.

        Limite transcorrente

        Nesse tipo de limite ocorre um contato lateral das placas tectônicas. Portanto, esse contato lateral, em que há um deslize de uma placa em relação a outra, não provoca a destruição e/ou criação de novas placas. A consequência mais comum dos limites transcorrentes é a formação de falhas.

        Em um limite transcorrente, ocorre o deslizamento lateral entre placas tectônicas.

        Placas tectônicas do Brasil

        O Brasil está situado na porção central de uma grande placa tectônica, a Placa Sul-americana, que compreende boa parte do subcontinente América do Sul. O fato de o território brasileiro estar localizado espacialmente longe dos limites entre placas tectônicas explica o fato de serem registrados sismos de pequena magnitude do país.

        Saiba mais: Círculo de Fogo do Pacífico — a área que concentra a maioria dos vulcões e terremotos que ocorrem no planeta

        Exercícios resolvidos sobre placas tectônicas

        Questão 1

        (Enem)

        A colisão entre uma placa continental e uma oceânica provocará a subducção desta última sob a placa continental, que, a exemplo dos arcos e ilhas, produzirá um arco magmático na borda do continente, composto por rochas vulcânicas acompanhado de deformações e metamorfismo tanto de rochas preexistentes como de parte das rochas formadas no processo.

        TEIXEIRA. W et al. (Org). Decifrando a Terra. São Paulo. Oficina do Textos, 2000.

        Qual feição fisiográfica é gerada pelo processo tectônico apresentado?

        A) Planícies abissais.

        B) Planaltos cristalinos.

        C) Depressões absolutas.

        D) Bacias sedimentares.

        E) Dobramentos modernos.

        Resolução:

        Alternativa E

        A colisão entre placas tectônicas promove um choque entre elas que gera consequências como a formação das grandes cadeias montanhosas, chamadas conceitualmente de dobramentos modernos.

        Questão 2

        (UCPel) Considera-se que a crosta terrestre é constituída por cerca de seis grandes placas tectônicas e outras menores, que se deslocam sobre a astenosfera e provocam a deriva dos continentes. Alguns tipos de contatos entre as placas tectônicas são responsáveis por fenômenos naturais que têm significativa importância para a vida da humanidade. Sobre alguns tipos de contatos entre placas tectônicas, é correto afirmar que

        A) na faixa de contato entre duas placas continentais ou oceânicas conservativas ocorre o movimento orogenético, que explica o surgimento das grandes cadeias de montanhas.

        B) na faixa de contato entre duas placas divergentes oceânicas, quando uma mergulha sob a outra (movimento de subducção), ocorre metamorfismo, terremotos e dobramentos.

        C) na faixa de contato entre duas placas, sendo uma oceânica e outra continental, ocorre um movimento de expansão com a formação de crista.

        D) na faixa de contato entre duas placas convergentes oceânicas, quando uma mergulha sob a outra, ocorre a formação de uma fossa.

        E) na faixa de contato entre duas placas convergentes continentais, quando uma mergulha sob a outra, ocorre uma zona de subducção e a formação de uma falha.

        Resolução:

        Alternativa D

        Em um limite divergente, em que há colisão entre placas tectônicas, quando uma placa oceânica mergulha sob a outra, há a formação de uma forma de relevo chamada de fossa oceânica.  

        Quais são os limites entre as placas litosféricas?

        Limites tectônico consistem das extremidades de encontro entre as placas tectônicas. Existem três tipos de limites tectônicos: Transformante, divergente e convergente.

        É possível estabelecer alguma relação entre os mapas explique sua resposta?

        Resposta: Sim é possível estabelecer alguma relação entre os dois mapas. A primeira imagem mostra a erosão do solo e a segunda monstra a cobertura da vegetação. O que podemos concluir é: As imagens mostram problemas ambientais que ocorrem quando a vegetação é desmatada para os terrenos serem utilizados pelos humanos.

        O que acontece nas zonas limites das placas tectônicas?

        Nesse tipo de limite, ocorre um afastamento das placas tectônicas. Assim, essa movimentação, comumente de separação entre duas ou mais placas, gera consequências como a formação de dorsais mesoceânicas, a expansão do assoalho oceânico, a constituição de falhas e ainda os fenômenos de vulcões e terremotos.

        É possível estabelecer alguma relação entre as placas tectônicas?

        Resposta. Sim. Os vulcões são formados a partir de duas placas tectônicas convergentes, ou seja, que vão de encontro uma a outra. muito obg,ajudou bastante.

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