Os projetos podem envolver três áreas de atuação: engenharia, suprimentos e obras

O planejamento e controle devem estar presentes em todos os níveis gerenciais da organização de forma integrada, e isso é fato! Isso porque ele busca a minimização das incertezas inerentes ao processo.

Entretanto, é importante preparar os planos em cada nível com o grau de detalhamento apropriado, de acordo, por exemplo, com o horizonte de planejamento.

A difusão de informações nas obras pode encontrar problemas como a resistência de alguns funcionários em trabalhar com o planejamento, a quantidade de informações em formatos não apropriados e ainda a informalidade dada aos planos de nível operacional.

Conforme veremos a seguir, os planos podem ser separados hierarquicamente em nível estratégico (longo prazo), tático (médio prazo) e operacional (curto prazo).

O planejamento e controle, quanto a sua dimensão vertical, podem ser divididos em três níveis hierárquicos, como um mecanismo de combate aos efeitos nocivos da variabilidade e incertezas:

  • Nível estratégico: temos a definição do escopo e das metas do empreendimento a se alcançar. Nesse nível, vamos encontrar o plano mestre (mais comumente conhecido como “planejamento a longo prazo”).
  • Nível tático: Aqui, vamos criar uma ponte entre o que foi estabelecido no nível estratégico e o que foi exigido em nível operacional. Refere-se à aquisição e organização dos recursos refletidos em um planejamento a médio prazo (lookahead).
  • Nível operacional: onde levamos em consideração a execução dos trabalhos, o controle dos processos e a garantia de continuidade e qualidade dos serviços.

Planejamento de longo prazo

O gerenciamento de longo prazo é o nível menos detalhado da gestão, devido ao grande número de incertezas que ainda existem no empreendimento no momento da execução. Tem como características o alto risco, a grande incerteza, longa duração e pouco detalhamento.

O foco principal do planejamento desse nível é o estabelecimento dos objetivos do empreendimento, bem como das estratégias de alto nível para atingi-los. É importante envolver representantes de diversas áreas.

O produto final do planejamento de longo prazo é o plano do empreendimento (“plano mestre”).

O que contém?

Ele contém, basicamente:

  • detalhamento do escopo;
  • as principais linhas de base (custo, prazo);
  • as premissas e restrições consideradas;
  • expectativas;
  • cronograma de suprimentos;
  • marcos gerenciais e físicos;
  • plano de ataque;
  • fluxo de produção;
  • projeto logístico de alto nível;
  • projeto executivo.

O gerenciamento de longo prazo atravessa todo o ciclo de vida do empreendimento; sendo revisado somente quando ocorrem alterações significativas nos objetivos do projeto, que justifiquem uma reanálise.

Portanto, o plano mestre é utilizado para a compreensão da obra e tomada de decisões organizacionais. Deve estabelecer datas de marco, indicando o início e fim de grandes etapas; além de indicar o ritmo de execução e estratégias de ataque à obra.

Por fim, o planejamento de longo prazo da produção pode ser realizado por meio de diferentes técnicas de planejamento e programação, como: Linhas de Balanço, redes de precedência e diagramas de Gantt.

Planejamento de médio prazo

O gerenciamento de médio prazo busca o detalhamento da gestão de longo prazo, de forma a identificar e eliminar restrições de produção. Podemos entender como restrições à produção quaisquer atividades físicas/gerenciais ou recursos que impeçam a execução de uma atividade.

O horizonte estimado para esse nível de planejamento é de, aproximadamente, 90 dias. Além disso, deve haver revisões mensais, tendo como foco a área de suprimentos.

A eliminação de restrições deve ter prazo e responsáveis definidos para a sua eliminação.

Restrições

Esse nível concretiza a característica de recursos puxados, relacionados à programação das tarefas. Além disso, liga as metas definidas no plano de longo prazo à programação de atividades definidas no plano de curto prazo.

Portanto, é fundamental para a melhoria da eficácia do curto prazo.

Outros objetivos:

  • Estudar métodos detalhados para execução do trabalho;
  • Decompor o escopo em pacotes de trabalho gerenciáveis, também chamados de lotes de produção. Esses lotes permeiam todo o processo de gestão (planejamento, execução, monitoramento e controle);
  • Gerar estoque de atividade sem restrição;
  • Definir equilíbrio necessário entre carga de trabalho e capacidade produtiva, de forma a atender aos fluxos de trabalho estabelecidos;
  • Reduzir a parcela de atividades que não agregam valor ao processo produtivo.

Considerações sobre o médio prazo:

Para que esse plano seja consistente, é importante a identificação das restrições associadas a cada atividade. Ou seja, buscando removê-las e aumentar a confiabilidade do plano de curto prazo. Cada atividade é sofre influência por um grande número de restrições.

Claro, a análise de restrições também deve ocorrer nos demais níveis de gerenciamento. Assim, recursos com longo ciclo de aquisição devem ser eliminados no plano de longo prazo; enquanto recursos com baixos ciclo de aquisição são gerenciados a partir do controle de estoque.

Com isso, há a identificação antecipada dos problemas, protegendo a produção da incerteza. A identificação de necessidade de materiais evita compras emergenciais e a paralização de serviços por falta de material.

Além disso, os principais produtos da fase são os lotes do trabalho que devem ser realizadas no próximo período e a relação das restrições associadas a cada uma.

Planejamento de curto prazo

O planejamento de curto prazo busca a proteção da produção por meio do combate à incerteza e garantia do fluxo. Ou seja, trata-se do conceito de “produção protegida”.

A produção protegida, portanto, pode ser definida como a transformação do que deveria ser feito no que pode ser feito. Ela é realizada pelo pressuposto que nenhuma atividade deve iniciar sem que todos os recursos necessários estejam disponíveis.

O trabalho somente deve ser entregue para execução com elevado grau de certeza quanto à sua exequibilidade

remoção de restrições

Neste nível, os principais motivos da baixa aderência da produção ao planejamento são os gargalos de logística e a falta de recursos necessários.

O gerenciamento de curto prazo trabalha com ciclos semanais de acompanhamento e programação.

Uma vez iniciada uma atividade, não deve haver alterações na sua programação, pois a realização do setup gera grandes desperdícios.

Palavras Finais

Então, como podemos observar, cada tipo de planejamento tem sua respectiva importância. Ou seja, a depender do detalhamento buscado, obedeceremos a diferentes abordagens.

Portanto, para garantir o sucesso de um empreendimento, é preciso determinar quais processos serão implementados e qual o grau de complexidade. Além disso, devemos encarar nosso projeto de modo a garantir o alcance dos objetivos a longo, médio e curto prazo.

Por fim, despeço-me com a garantia de que tratei mais temas como esse. Então, saiba que pode contar comigo para te ajudar no que tiver dúvidas.

Engenheiro Civil, ex-Griffon (MWSU), SunDevils (ASU), judoca e pseudo-nadador. Pós-graduando em Gerenciamento de Obras e Tecnologia da Construção.

Quando as fases do ciclo de vida de um projeto são sequências?

4 etapas do ciclo de vida do gerenciamento de projetos. O ciclo de vida da gestão de projetos normalmente é dividido em quatro fases: iniciação, planejamento, execução e encerramento. Essas fases compõem o caminho que leva o projeto do início ao fim.

Quando o projeto já se encontra em execução e?

Execução É nessa fase do projeto que tudo o que foi planejado é colocado em prática. Assim, o gestor precisa reunir a sua equipe e fazer o seu gerenciamento enquanto ela executa as tarefas. Aliado a isso, é necessário se manter fiel ao planejamento.

Para que você possa entregar um bom cronograma do projeto?

Para que voce possa entregar um bom cronograma de projetos, seguindo as boa praticas de gestão de projetos, você deve elaborar os seguintes itens:I - Preparar uma lista de atividades com o prazo de cada uma. II - identificar as atividades predecessoras e sucessores. III - montar um diagrama de rede.

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