Nos últimos tempos, diferentes estudos científicos demonstraram que os pacientes podem ser vítimas de falhas que ocorrem desde o atendimento. Nesse contexto, a segurança do paciente ajuda a prevenir possíveis danos que geram um aumento no tempo de internação, sequelas permanentes e até mesmo a morte.
A qualidade do serviço prestado nas instituições de saúde vem se tornando uma exigência cada vez maior da população, e cabe às unidades de saúde adotar medidas que irão atender a todas as expectativas da sociedade.
Ao longo deste post iremos apresentar o conceito e como aplicar a segurança do paciente.
O que é a segurança do paciente?
A segurança do paciente é um conjunto de práticas executadas pelas instituições de saúde para reduzir ao máximo os danos no ambiente hospitalar.
O Brasil é um dos países que compõe a Aliança Mundial para a Segurança do Paciente, criada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 2004. O objetivo desse acordo é adotar parâmetros que aperfeiçoam o atendimento do usuário e aumentem a qualidade dos serviços prestados.
Nos últimos tempos, diferentes estudos científicos demonstraram que os pacientes podem ser vítimas de falhas que ocorrem desde o atendimento. Esses danos podem gerar um aumento no tempo de internação, sequelas permanentes e até mesmo a morte do paciente.
A qualidade do serviço prestado nas instituições de saúde vem se tornando uma exigência cada vez maior da população, e cabe às unidades de saúde adotar
medidas que irão atender a todas as expectativas da sociedade.
O que é o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP)?
O Ministério da Saúde Brasileiro instaurou em abril de 2013, por meio da Portaria nº 529, de 01/04/2013, o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP). Ao aplicar essas medidas, as entidades demonstram maior comprometimento com o bem estar do paciente. Afinal, um único erro pode causar danos irreversíveis à saúde de uma pessoa.
Você entende como a segurança do paciente se relaciona nas dimensões da qualidade no atendimento em saúde?
A segurança do paciente é uma das seis dimensões consideradas mais importantes para que a assistência à saúde possa ser considerada de qualidade.
Dessa forma, essas seis dimensões asseguram que a assistência à saúde deve ser:
- segura: tudo aquilo que deve ser feito para evitar que o paciente sofra danos desnecessários causados pela assistência;
- efetiva: a assistência deve ser realizada com o foco em fazer a coisa certa para quem precisa. Isso quer dizer que ela não deve cometer excessos e nem deixar de realizar qualquer tipo de medida;
- centrada no paciente: os valores e preferências do indivíduo sempre devem estar consideradas para a tomada de qualquer decisão;
- eficiente: o atendimento ao paciente deve ser racional, evitando qualquer tipo de desperdício ou excesso. Não devem ser gastos quaisquer recursos sem que haja necessidade;
- igualitária: a qualidade da assistência prestada deve ser igual para qualquer ser humano. Não importando gênero, raça, idade, religião, condição econômica ou característica social ou cultural;
- oportuna: qualquer perda de tempo ou atraso deve ser evitado a todo custo, tanto do ponto de vista do paciente, quanto do ponto de vista do profissional.
Veja a seguir, as medidas que o ajudarão a obter mais sucesso em alguns aspectos.
Como acontece a identificação do paciente?
A identificação do paciente é uma das partes mais importantes, pois pode evitar erros graves no atendimento. Por isso foi criado um protocolo de identificação do paciente.
Alguns erros que ele pode evitar são:
- erro ao administrar os medicamentos;
- troca de membro durante o processo cirúrgico;
- erro de diagnóstico médico ocasionado por troca de exames;
- troca de recém-nascidos na maternidade;
- risco de infecção hospitalar, e outros.
O protocolo de identificação do paciente exige, entre outras coisas, a necessidade de usar pelo menos dois identificadores (ex.: nome e data de nascimento do paciente). Na pediatria, também é indicada a identificação com o nome da mãe.
Além disso exige-se o uso de pulseiras de cores diferentes, colocada normalmente no braço do paciente (em casos de bebês recém-nascidos, coloca-se no tornozelo), para que todos os dados sejam conferidos antes do atendimento.
Esta confirmação da identificação do paciente antes de seu atendimento inclui ainda processos como:
- a orientação da administração correta de medicamentos;
- tipo sanguíneo do paciente (para o caso de transfusão);
- coleta de material para a realização de exames;
- entrega correta;
- dieta;
- realização de procedimentos mais agressivos.
Você entende a importância do treinamento da equipe em prol do aumento a segurança do paciente?
Para garantir a segurança do paciente, a participação ativa de todos os profissionais nas fases do processo é extremamente importante.
Qualquer erro cometido pela equipe, pode colocar em risco a segurança do paciente. Geralmente ainda que por boa intenção do profissional, erros que acontecem no processo de atendimento podem marcar pra sempre a vida do paciente.
Normalmente isso está diretamente ligado às falhas no atendimento do sistema de saúde e à falta de preparo dos profissionais.Portanto, uma equipe bem educada e treinada é a garantia de um cuidado seguro e eficaz ao paciente.
Você tem os principais links e documentos sobre segurança do paciente?
Abaixo, alguns links e documentos para auxiliar em sua pesquisa sobre a segurança do paciente:
Portarias, Notas Técnicas e Resoluções:
- Portaria 529/2013
- Portaria 529/2013 – 2
- RDC 36-2013 – Segurança do Paciente
- RDC Nº 63 – Boas práticas em estabelecimentos em saúde
- Portaria 1377-2013 – Protocolos de segurança
- Portaria 2095-2013 – Protocolos de segurança
- Nota Técnica Anvisa 03/2017 – Práticas seguras para prevenção de Lesão por Pressão em serviços de saúde
- Nota Técnica Anvisa 04/2017 – Práticas seguras para prevenção de retenção não intencional de objetos após realização de procedimento cirúrgico em serviços de saúde
Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde (ANVISA):
- Módulo 1- Assistência Segura
- Módulo 2 – Critérios Diagnósticos IRA Saúde
- Módulo 3 – Neonatologia
- Módulo 4 – Medidas de Prevenção de IRA a SaúdeMódulo 5 – Investigação de Eventos
- Módulo 6 – Implantação dos NSP em SS
Protocolos contidos em Portarias 2095 e 1377:
- Protocolo cirurgia segura
- Protocolo higiene das mãos
- Protocolo identificação do paciente
- Protocolo prevenção de quedas
- Protocolo segurança medicamentosa
- Protocolo úlcera por pressão
Materiais e protocolos preventivos:
- Plano de segurança do paciente – PSP 2018
- Portaria nomeação NUSP
- Protocolo de higienização das mãos
- Protocolo de identificação do paciente
- Protocolo de lesão por pressão
- Protocolo de prevenção de quedas
- Protocolo de segurança na prescrição, uso e dispensação de medicamentos
A segurança do paciente deve ser uma preocupação de toda a instituição de saúde. E, no momento atual, com os vários recursos tecnológicos disponíveis no mercado, tornou-se significativamente fácil proporcionar um atendimento de qualidade. Diante deste cenário, todos os aspectos acima devem ser estudados e aplicados para que os riscos à saúde do paciente diminuam a um nível aceitável.