Quais são os motivos que explicam o predomínio do PEA no setor terciário em vários países subdesenvolvidos?

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No Brasil, o aumento da expectativa de vida da população, acompanhado da queda das taxas de natalidade e mortalidade, vem promovendo uma mudança na pirâmide etária brasileira. Está ocorrendo um significativo estreitamento em sua base, que corresponde aos jovens e, um alargamento do meio para o topo, por causa do aumento da participação percentual da população de adultos e idosos. De 1992 para 2008, a participação dos menores de 10 anos na população total do país caiu de 22,1% para 15,5%, enquanto a de pessoas acima de 60 anos aumentou de 7,9% para 11,1%. Quanto à distribuição da população brasileira por gênero, o país se enquadra nos padrões mundiais: nascem cerca de 106 homens para cada 100 mulheres; entretanto a taxa de mortalidade masculina, tanto infantil, juvenil e adulta é maior e a expectativa de vida, por isso menor. Assim, embora nasçam mais homens que mulheres, a população feminina é ligeiramente maior. As mulheres têm maior expectativa de vida, além disso, as mortes violentas vitimam mais homens jovens. Segundo o IBGE a população de homens no Brasil corresponde a 48,6% do total da população; e das mulheres, 51,4%. Um aspecto demográfico da população brasileira que vem se tornando cada vez mais preocupante é o aumento das mortes de adolescentes e adultos jovens do sexo masculino por causas externas, como assassinatos e acidentes automobilísticos causados por excesso de velocidade, imprudência e uso de álcool. Isso provoca impactos na distribuição etária da população e na proporção entre os sexos, além de trazer implicações socioeconômicas. Segundo o IBGE, se não ocorresse morte prematura da população masculina, a esperança de vida média dos brasileiros seria maior. Como resultado dessa realidade, vem aumentando o predomínio de mulheres na população total. Em 1980 havia 98,7 homens para um grupo de 100 mulheres. Em 2010 esse número baixou de 96,3 homens para cada grupos de 100 mulheres. 5.2 População e atividades econômicas14 Tradicionalmente, é comum classificar as atividades secundárias (industriais e construção civil) e terciárias (comércio, serviços) como urbanas; e as atividades primárias (agropecuária) como rurais. 14 Extraído na íntegra: f1colombo-geografando.blogspot.com/2013/08/13-estrutura-da-populacao.html> 19 Hoje, em dia, porém, devido à modernização dos sistemas de transportes e comunicações, verificada em várias regiões do planeta, ampliaram-se as possibilidades de industrialização e a oferta de serviços no campo. Por exemplo, nas modernas agroindústrias localizadas na zona rural, é maior o numero de pessoas que trabalham operando e cuidando da manutenção de máquinas diversas, organizando a administração e informatizando a empresa que o número de pessoas que trabalham em atividades tipicamente primárias, como o preparo do solo, cultivo e colheita. Em outras palavras, nas modernas agroindústrias, as atividades industriais e de serviços empregam mais pessoas do que as atividades agrícolas ou primárias. Também, o setor industrial (secundário) passou por muitas transformações nas últimas décadas. O processo de automação nas linhas de montagem e produtiva tem elevados índices de robotização, reduzindo o número de operários. Já as atividades administrativas, jurídicas, de publicidade, vendas, alimentação, segurança, limpeza e vários outros empregam um número crescente de trabalhadores. Assim, a maioria dos empregados das indústrias de ponta migraram para o setor terciário, ocupando atividades no comércio ou em serviços. Dessa forma, a PEA (população economicamente ativa) de um país indica de certa forma o seu nível de desenvolvimento. Os países desenvolvidos possuem a maior parte da sua PEA no setor terciário, principalmente o de serviços. Já os países mais atrasados e pobres tem maior participação da sua população economicamente ativa no setor primário. Veja a tabela abaixo: PAÍS PEA – Setor Primário PEA – Setor Secundário PEA – Setor Terciário Alemanha 2,4% 29,7% 67,8% China 43,0% 25,0% 32,0% Estados Unidos 1,2% 19,2% 79,6% Inglaterra 1,4% 18,2% 80,4% Índia 60,0% 12,0% 28,0% Uganda 82,0% 5,0% 13,0% 20 A população economicamente ativa no Brasil se distribuiu de maneira bem irregular: 42,3% estão nos serviços; 17,4% trabalham no comércio, mesmo índice dos trabalhadores nas atividades agropecuárias (17,4%); já a indústria possui 15,1% dos trabalhadores ativos e a construção emprega 7,5%. Os índices demonstram que uma parcela significativa da população brasileira trabalha em atividades agropecuárias. Embora esse número venha diminuindo devido à modernização e a mecanização do campo, em algumas localidades, nas regiões mais pobres a agricultura é praticada de forma tradicional e ocupa muita mão-de-obra. O setor secundário brasileiro absorve 22,6% da PEA, valor comparável a de países desenvolvidos. A partir da abertura econômica que se iniciou na década de 1990 houve grande modernização do parque industrial brasileiro. Hoje o Brasil possui multinacionais como a Petrobras, a Vale, a Gerdau e a Embraer. Já as atividades terciárias apresentam mais problemas, por englobar os maiores níveis de subemprego. No Brasil 59,7% da PEA exercem atividades terciárias. No entanto, na maioria das vezes, essas pessoas estão apenas em busca de sobrevivência, de complementação da renda familiar, ou tentando “driblar” o desemprego em atividades informais, como a de camelo, guardador de carro nas ruas ou vendedor ambulante. Mesmo no setor formal de serviços como escolas, hospitais, repartições públicas, transportes, etc.; as condições de trabalho e nível de renda são muito contrastantes: há instituições avanças tecnologicamente e com boas condições de trabalho e salários, ao lado de outras bastante atrasadas. Outro, problema, mas especificamente no setor de serviços (em algumas funções) que exige alta qualificação, é que não se encontra facilmente no mercado brasileiro devido à baixa formação da população. Quanto à composição da PEA por gênero, nota-se no Brasil certa desproporção: 42,4% dos trabalhadores são do sexo feminino. Nos países desenvolvidos a participação é mais igualitária, com índices próximos a 50%. Mesmo assim, referente às décadas passadas, houve um grande crescimento da participação da mulher no mercado de trabalho. Esse aumento ganhou grande impulso com os movimentos feministas das décadas e 1970 e 1980, que passaram a reivindicar igualdade de gênero no mercado de trabalho, nas atividades políticas e demais esferas da vida social. Além disso, a perda de poder aquisitivo dos salários em geral fez com que as mulheres cada vez mais entrassem no mercado de trabalho para complementar a renda familiar. As mulheres muitas vezes se sujeitam a salários 21 menores do que dos homens, mesmo quando exercem função idêntica, com o mesmo nível de qualificação e na mesma empresa. Embora, ainda seja minoritária, isto tem feito que parte dos empresários prefira a mão-de-obra feminina. 5.3 Distribuição de renda Se o planejamento governamental de um país não considerar a distribuição da renda nacional, suas políticas de educação, saúde, habitação, transporte, abastecimento, lazer, etc., estarão condenadas ao fracasso. A análise dos indicadores da distribuição da riqueza mostra que nos países subdesenvolvidos e emergentes há grande concentração da renda nacional em mãos de pequena parcela da população., enquanto nos países desenvolvidos ela está mais bem distribuída. O que ocasiona isso? Além dos baixos salários que vigoram nos países pobres e alguns emergentes e de dificuldade de acesso à propriedade regular urbana e rural, há basicamente dois fatores que explicam a concentração de renda: o sistema tributário – os impostos pesam mais para os pobres; e a inflação – quase sempre não repassada aos salários, que faz diminuir o poder de compra de quem

Quais os motivos do predomínio da PEA no setor terciário em vários países emergentes?

Os motivos do predomínio da PEA no setor terciário em vários países subdesenvolvidos são a baixa industrialização desses países, mão de obra não qualificada e altos níveis de desemprego no setor primário e secundário.

Quais são as causas do crescimento do setor terciário?

O crescimento do setor terciário está diretamente relacionado à urbanização em decorrência da ampliação do comércio e da oferta de serviços. Dessa forma, países com maiores taxas de urbanização apresentam maior contingente populacional empregado no terceiro setor.

Quais fatores contribuem para que o setor terciário seja o maior setor econômico do Brasil atual?

Além da industrialização, outro fenômeno socioespacial que serve de justificativa e entendimento do crescimento do setor terciário no Brasil foi a expansão da urbanização, que também predominou a partir da segunda metade do século XX.

Quais são as críticas feitas pela divisão da PEA em três setores econômicos?

As críticas feitas à divisão da PEA em três setores econômicos é que ela não compreende os novos mercados da economia, como o da tecnologia da informação e o de empresas sem ânimo de lucro e que atuam na execução de políticas públicas.

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