Há muito tempo a agropecuária desempenha um papel de grande importância no cenário da economia nacional. A perspectiva para 2020 é um aumento de 2,4% no PIB agropecuário, segundo informações divulgadas pelo Ministério da Economia.
A atividade agropecuária no Brasil representa 8% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro e gera emprego para pelo menos 10% da população economicamente ativa do país.
Outro ponto a ser destacado acerca da relevância que a agropecuária possui no Brasil é quanto à ocupação do território que teve início com a produção de cana-de-açúcar, posteriormente do café e, por fim, a pecuária, que conduziu o povoamento do interior do país.
Por exemplo, o valor bruto da produção agropecuária (VBP) do Brasil em 2019 foi estimado em R$ 603,4 bilhões, alta de 1,2% em relação a 2018 e segunda maior marca registrada pelo país, segundo o Ministério da Agricultura.
O que tem ajudado o crescimento da agricultura pecuária?
O uso de ferramentas modernas é o responsável na melhora do produto colhido, evita perdas, otimiza o trabalho e diminui o impacto ambiental causado pela produção.
A agricultura de precisão também é um método de gestão da produção agrícola que otimiza por meio de vários fatores, como o controle de sua variabilidade espacial, por exemplo.
Essa tecnologia usa da informação para coletar dados e realizar um acompanhamento da variabilidade do clima e do solo.
Como esta os crescimentos anuais?
Em 2019, o Brasil teve um ano de alta nas carnes, especialmente com o aumento das exportações para a China, cuja criação de porcos foi dizimada pela peste suína africana, levando o país a buscar tanto proteínas alternativas quanto a própria carne suína em outras nações.
Para 2020, a projeção era de continuar o crescimento mas com a pandemia, o cenário ficou diferente. A agropecuária não irá parar de crescer, mas crescerá menos.
A agropecuária deve crescer 3,8% neste ano, avalia o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) que também ressaltou a importância da agropecuária para abastecer o país de suprimentos e ajudar os brasileiros a passar por esse momento.
A pecuária sempre ocupou um papel secundário no conjunto da economia colonial, orientada exclusivamente para o mercado externo. Por essa razão, sempre aparece como atividade subsidiária ou satélite da grande lavoura mercantil e de outras atividades econômicas principais que se desenvolveram durante a colonização.
O gado foi introduzido, e passou a ser criado nos engenhos do Brasil em meados do século XVI, para apoiar a economia açucareira como força motriz, animais de tração e de transporte (animal de tiro); num segundo plano, também era destinado à alimentação, através da produção das carnes em conserva: carne-seca e carne-de-sol, entre outras.
A primeira expansão do gado
Com o avanço das plantações de cana e o crescimento dos rebanhos, as duas atividades se separaram. O gado se expandiu pelo interior nordestino, em especial ao longo do rio São Francisco, denominado Rio dos Currais, onde surgiram grandes fazendas de criação, graças à existência de bons pastos, água e reservas de sal-gema. Nessa medida, as fazendas de criação de gado foram responsáveis pela ocupação das terras interioranas, constituindo-se num dos principais agentes da expansão territorial. Contudo, embora separados, o grande mercado consumidor da pecuária eram os engenhos de açúcar do litoral.
Nesse processo, a pecuária extensiva e de baixo índice técnico gerou um outro tipo de sociedade no interior do Nordeste, onde predominava o trabalho livre de mestiços, os vaqueiros ou seus auxiliares, os fábricas. A remuneração, de uma maneira geral, baseava-se na participação do crescimento do rebanho; uma cria a cada quatro nascidas, com o acerto realizado a cada cinco anos.
Veja também:
- Economia Colonial
- Economia Açucareira
- Extrativismo do Pau-Brasil
- Primórdios da Colonização Portuguesa