Qual a origem da força das correntes de convecção nas zonas de limites?

Segundo a Teoria da Tectônica de Placas, a litosfera da Terra está fraturada em pedaços menores denominados Placas Tectônicas, que estão mergulhadas com maior ou menor profundidade no manto. Acredita-se que essas placas se movem devido às correntes de convecção presentes na Astenosfera, camada do manto superior mais fluida. O material mais quente do manto sobe até a base da litosfera, resfria, fica pesado e desce, gerando as chamadas células de convecção (Figura abaixo).

Células de convecção do manto. Fonte: //geografialinks.com/site/wp-content/uploads/2010/03/06-TECT%C3%94NICA-GLOBAL.pdf

Essas células promovem o movimento das placas tectônicas que podem ser de três tipos: limites convergentes ou destrutivos (zonas de choque de placas), limites divergentes ou construtivos (áreas de separação de placas) e limites transformantes ou conservativos (as placas deslizam lateralmente). Esses movimentos são responsáveis por diversos fenômenos como terremotos, vulcanismo e formação de cadeias de montanhas.

Veja mais detalhado:

1. Limites divergentes ou construtivos

  • Ocorre em áreas de separação de placas tectônicas.
  • Como consequência há a formação de um oceano ou mar, além das chamadas Cordilheiras Meso-oceânicas. Exemplo: A separação da Placa Sul-americana (onde está o Brasil) e da Placa Africana deu origem ao Oceano Atlântico e a formação da Dorsal Mesoatlântica (Figura abaixo).

A pressão do interior da Terra provoca o fraturamento da Crosta continental (primeiro bloco), fazendo com que o magma ascenda à superfície (segundo bloco), levando a formação gradual de um oceano (terceiro bloco) e com o tempo da Dorsal meso-oceânica. Fonte://geografialinks.com/site/wpcontent/uploads/2010/03/06-TECT%C3%94NICA-GLOBAL.pdf

Como se formam as Dorsais?

As células de convecção do manto exercem uma força no sentido de separar as placas, de forma a propiciar uma abertura para que o magma do manto ou da astenosfera possa emergir, e em contato com a superfície, solidificar e dar origem as dorsais oceânicas.

  • Importante: Os limites divergentes são chamados também de limites construtivos, pois com a separação das placas ocorre a formação de nova crosta, a partir da solidificação do magma que ascende à superfície. Por isso que a crosta oceânica é mais jovem que a crosta continental.

2. Limites convergentes ou destrutivos

  • Ocorre em áreas de choque de placas tectônicas.
  • Como consequência do choque de placas ocorre a formação de feições como cadeias montanhosas, fossas oceânicas e ilhas vulcânicas.

Existem três tipos de convergências entre as placas tectônicas: oceânico-continental, continental-continental e oceânica-oceânica.

  • oceânico-continental:esse tipo de convergência dá origem a cadeias montanhosas, como a Cordilheira dos Andes, que se formou com o choque da Placa de Nazca e da Placa Sul-americana. A Placa de Nazca por ser mais densa afunda em direção ao manto da Terra, enquanto a placa mais leve (a Sul-Americana) sofre com deformações, que dão origem às grandes cadeias de montanhas e aos vulcões.
  • Além disso, ocorre a formação de fossas oceânicas, que são desníveis nos oceanos causados pela subducção de crostas oceânicas nos limites de placas convergentes.

Fonte://novaescola.org.br/conteudo/2196/a-paisagem-da-crosta-ao-cumeO choque de placas
  1. Há cerca de 60 milhões de anos, as placas tectônicas de Nazca e Sul-americana se chocaram, provocando dobras na crosta terrestre.
  2. O choque fez com que a placa de Nazca entrasse embaixo da Sul-americana, em um movimento que continua até hoje.
  3. O terreno dobrou porque era composto de rochas sedimentares, maleáveis. É provável que elas fossem do fundo de um oceano. 
  4. O dobramento ajudou a “afundar” a superfície do interior continental, impactando o relevo dos pampas, do Pantanal e da Amazônia.
O ciclo das rochas
  1. O resfriamento da lava vulcânica na superfície origina rochas ígneas.
  2. A ação do vento e das chuvas sobre as rochas provoca erosão e o transporte de sedimentos até o mar.
  3. Depositados no fundo do oceano, esses sedimentos se transformam em rochas sedimentares.
  4. Conforme afundam na crosta oceânica, essas rochas tornam-se metamórficas. Ao mergulharem no manto, fundem-se e voltam à superfície como lava.
  • Convergência continental-continental: nesse tipo de limite ocorre o fechamento de um oceano e a formação de cadeias de montanhas, como a Cordilheira do Himalaia (choque da Placa Indo-australiana com a Placa eurasiática).

Saiba Mais!

 Convergência continental-continental

Estágio 1 – Devido à diferença de densidade entre a crosta oceânica e a crosta continental, a crosta oceânica (mais densa) é geralmente empurrada por baixo da crosta continental (menos densa), mergulhando para as regiões mais profundas da Terra, ao longo da zona de subducção.

Estágio 2 – Se esse movimento continua, a crosta oceânica é totalmente destruída, dando origem à colisão de continentes. Nesse processo, os continentes se aglutinam uns aos outros, resultando numa grande cadeia de montanhas. A Cordilheira dos Himalaias, exemplo desse tipo de convergência, foi formada a partir da colisão das placas da Índia e da Ásia, no processo iniciado há cerca de 70 milhões de anos e que continua até hoje em dia.

Fonte: //www.drm.rj.gov.br/index.php/areas-de-atuacao/44-pedagogico/100-pedagogicoteori

  • Convergência oceânica-oceânica:Assim como ocorre uma zona de subducção na convergência oceano – continente, o mesmo fenômeno se dá quando duas placas oceânicas se encontram. Neste processo também há a formação de uma fossa oceânica. A Fossa das Marianas (paralela às Ilhas Marianas), com profundidade próxima a 11 km, é produto da convergência da Placa do Pacífico com a das Filipinas.
  • Neste processo também ocorrem vulcões. E depois de milhões de anos de acúmulo de lavas desses vulcões submarinos, formam-se inúmeras ilhas vulcânicas. Estas, por sua vez, dão origem aos arquipélagos, conhecidos como “arcos de ilhas”, situados atrás da zona de subducção (observe a FIGURA).
Convergência de Placa Oceânica com Placa Oceânica. Fonte://www.drm.rj.gov.br/index.php/areas-de-atuacao/44-pedagogico/100-pedagogicoteoria

3. Limites transformantes ou conservativos

  • É o deslizamento lateral de uma placa em relação à outra, ou seja, não há criação nem destruição da crosta. Neste caso, ocorrem as chamadas falhas de transformação, como a Falha de Santo André, nos Estados Unidos. Observe as figuras abaixo:

 Limite transformante ou conservativo. Fonte://ufrr.br/lapa/index.php?option=com_content&view=article&id=%2094

Falha de Santo André. Fonte://ufrr.br/lapa/index.php?option=com_content&view=article&id=%2094

Para mais informações, acesse o arquivo abaixo!!!

Teoria das Placas tectônicas

Teoria das Placas tectônicas

 Referências bibliográficas

 MANSUR, Kátia. Teoria da Tectônica de Placas. Disponível em: <//www.drm.rj.gov.br/index.php/areas-de-atuacao/44-pedagogico/100-pedagogicoteoria&gt;. Acesso em: 10 dez 2016.

O que provoca as correntes de convecção?

As correntes de convecção se formam em razão da diferença de densidade do ar. Quando o ar é aquecido ele se expande e torna-se menos denso que o ar frio; dessa forma, o ar frio desce e o quente sobe formando as correntes de convecção.

Onde são geradas as correntes de convecção?

As Correntes de Convecção da Terra (também chamadas de Células de Convecção) são os movimentos dos fluidos internos que se realizam no manto, abaixo da crosta terrestre.

Como explicar as correntes de convecção no manto?

O mecanismo de convecção no manto tem origem essencialmente térmica, sendo diferente daquele que ocorre no núcleo, onde grande parte da convecção é originada pela formação e mergulho de material denso (Fe-Ni) em direção à parte mais central (convecção gravitacional) devido ao seu processo de resfriamento.

Como são formadas correntes de convecção no manto terrestre?

Há muito se sabe que por todo o manto circulam correntes de convecção, causadas pela diferença de temperatura no interior e na superfície terrestre. O material quente do núcleo externo da Terra sobe muito lentamente (ao longo de milhões de anos) por todo o manto.

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