Qual a participação do setor de energia solar na matriz energética brasileira?

Usinas de geração de energia solar já somam potência instalada operacional superior à das termelétricas movidas a gás natural e biomassa. Com isso a energia solar se tornou a terceira fonte mais representativa da matriz elétrica do Brasil, segundo levantamento divulgado pela Absolar, Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica.

Os dados apontam que o país conta atualmente com 16,41 gigawatts (GW) de capacidade instalada em usinas solares fotovoltaicas, considerando a geração centralizada (projetos de grande porte) e a distribuída (instalações menores em telhados, fachadas e terrenos).

O número representa 8,1% da matriz brasileira, atrás das fontes hídrica (53,9%) e eólica (10,8%).

Já as termelétricas a gás natural somam 16,37 gigawatts GW de potência, um pouco abaixo da energia solar, mas também com 8,1% de participação na matriz energética. E as movidas a biomassa e biogás, 16,30 gigawatts GW, com 8,0%.

A entidade estima que a fonte solar já gerou mais de 86,2 bilhões de reais em investimentos no Brasil desde 2012, além de ter evitado a emissão de 23,6 milhões de toneladas de gás carbônico na geração de eletricidade.

*Com informações da Reuters

postado em 20/07/2022 06:00

(crédito: Brasal/Divulgação)

A energia solar ganha cada vez mais espaço e confiança entre os brasileiros. De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar e Fotovoltaica (Absolar), esse tipo de energia já é a terceira maior fonte na matriz elétrica nacional, perdendo apenas para a hídrica e a eólica.

Um estudo feito no ano passado pela Bloomberg New Energy Finance previu que a energia fotovoltaica chegará à liderança entre todas as matrizes energéticas do país até 2050. A projeção indica que, daqui a 28 anos, 32% de toda a energia consumida no Brasil virá do sol, enquanto que 30%, terá origem hídrica.

"A fonte solar é cada vez mais competitiva, e é um equipamento que se instala muito rapidamente. Isso faz da energia solar um importante vetor de crescimento do país", afirma o diretor da Absolar, Carlos Dornellas.

No total, a energia solar corresponde a 8,1% da matriz energética brasileira, com cerca de 16,4 gigawatts (GW). Recentemente, a fonte fotovoltaica ultrapassou o gás natural (16,3 GW) e a biomassa (16,3 GW) no ranking de valores da capacidade instalada no Brasil, que podem ser encontrados, tanto em grandes usinas (geração centralizada), quanto em residências (geração distribuída).

Outra vantagem do crescimento da energia fotovoltaica é a geração de trabalho. De acordo com a Absolar, 492,4 mil empregos foram criados com a expansão do setor, sem contar os diversos benefícios para o meio ambiente. A associação estima que a produção de 24,6 milhões de toneladas de CO2 foi evitada pela energia solar. "Realmente é um conjunto de fatores que nos fazem acreditar que a projeção da Bloomberg vai acontecer e, de preferência, em um menor tempo", disse Dornellas.

pri-2007-energia (foto: pri-2007-energia)

Conta mais baixa

Em Formosa (GO), a 80km de Brasília, o advogado Sandro de Almeida Rodrigues, 43, decidiu, há três anos, instalar placas fotovoltaicas na casa e na fazenda. Na época, ele pagava em torno de R$ 400 na conta de luz e, com a mudança, esse valor recuou para cerca de R$ 100. "Consegui colocar na fazenda da minha mãe e na casa de alguns tios essa instalação fotovoltaica. Há mais de três anos que tenho essa experiência, foi uma das melhores coisas que eu coloquei em casa", afirmou.

Para o diretor da Absolar, a competitividade da fonte solar e fotovoltaica deve-se à redução nos custos da instalação, que ainda pode ser a maior dificuldade, alinhada com a posição geográfica favorável do país, que recebe altos níveis de radiação solar durante o dia. "A tecnologia, hoje, é mais acessível. E temos capacidade de gerar energia solar Brasil afora, o que é muito interessante", avaliou.

*Estagiários sob a supervisão de Odail Figueiredo

Estudo indica que o Brasil lidera geração de energia limpa entre os países dos Brics

Publicado em 10/08/2021 14h59 Atualizado em 31/10/2022 15h38

Quase metade da energia energética produzida no Brasil vem de fontes renováveis, de acordo com o Ministério de Minas e Energia. A maior parte é produzida em usinas hidrelétricas, mas nos últimos anos, a geração de energia eólica, produzida pelo vento, e a solar vem ganhando destaques.   

“A matriz brasileira é uma das mais renováveis do mundo com uma proporção de 48%, indicador mais de três vezes superior ao mundial”, ressaltou o diretor do Departamento de Informações e Estudos Energéticos do Ministério de Minas e Energia (MME), André Osório.

Energia eólica

De acordo com dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a energia eólica hoje representa 10,9% da matriz elétrica brasileira e a expectativa é que chegue a 13,6% ao fim de 2025. Os maiores parques estão na região Nordeste. Em julho, foram quatro recordes de geração eólica média e quatro de geração instantânea (pico). Segundo o ministério, em um único dia, a média inédita chegou a 11.399 MW, suficiente para abastecer a 102% da região Nordeste durante 24 horas.

Energia solar 

A energia solar representa 2% da matriz elétrica do país, podendo atingir 2,9% até o fim de 2021, de acordo com a ONS. Nos últimos três anos, o crescimento da energia solar centralizada (gerada por grandes usinas) foi de 200%, enquanto que a solar distribuída (pequenas centrais de geração) passou de 2.000%. Segundo o Ministério de Minas e Energia, só em 2020, a capacidade instalada em energia solar fotovoltaica cresceu 66% no país.

Compromisso

O crescimento na matriz de energia limpa ajudar o Brasil a honrar o compromisso assumido na Cúpula do Clima deste ano de antecipar a neutralidade climática de 2060 para 2050. 

“Para qualquer cenário de planejamento energético realizado pelo MME, em que pese a antecipação da neutralidade climática, verifica-se que a participação das renováveis na matriz elétrica deve continuar acima de 80% até 2030, chegando a 85% em 2050. Tais resultados serão alcançados em boa medida com o aproveitamento pelo país de seus potenciais eólico, solar e de biomassa bem como em decorrência de todo esforço já estabelecido pelas políticas públicas, da mudança do perfil do consumidor brasileiro que vem buscando economicidade e aprimoramentos tecnológicos nas soluções de suprimento de energia elétrica”, destacou André Osório.

Entre os incentivos oferecidos pelo Governo Federal para o aumento da energia limpa está a eliminação de impostos de importação para equipamentos de energia solar, o que tem permitido o aumento da competitividade da fonte solar no Brasil, tanto para a geração centralizada como para a geração distribuída.

“Nesse processo de expansão, o ministério não se descuidou da sustentabilidade ambiental, instituindo programas de incentivo às fontes renováveis de energia como Proinfa (Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica) e Renovabio (Política Nacional de Biocombustíveis)”, explicou o diretor.

Liderança nos Brics

A produção de energia limpa pelo Brasil é destaque entre os países que compõem os Brics (Brasil, Rússia, África do Sul, Índia e China). Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta que a matriz energética brasileira, em 2019, foi formada por 45% de fontes renováveis e 54% de fontes fósseis. Os números superam os demais países do bloco. As fontes de energia fósseis chegam a 97% na África do Sul, 94% na Rússia, 92% na Índia e 87% na China.

“Nosso país é dotado de uma riqueza de recursos energéticos que supera muitas vezes a demanda de energia total estimada pelos próximos anos. Passaremos de uma posição de importador líquido de energia para outra realidade, a de ofertante líquido. Assim, percebemos que o nosso papel agora é de administrar a abundância de recursos energéticos”, ressaltou o diretor.  

“Há uma diversidade das fontes renováveis mais tradicionais. Mas vamos continuar com grande participação de hidrelétricas, PCHs e de biomassa. As fontes eólicas e solar irão se expandir fortemente e ainda há fontes limpas e menos tradicionais que estão recebendo grande atenção para sua viabilização como resíduos sólidos urbanos, eólica off shore e o hidrogênio” concluiu.

Qual a participação da energia solar na matriz energética brasileira?

No total, a energia solar corresponde a 8,1% da matriz energética brasileira, com cerca de 16,4 gigawatts (GW).

Qual é a participação das fontes de energia renovável na matriz energética do Brasil?

Para a Oferta Interna de Energia Elétrica (OIEE) de 2022, espera-se o aumento de 3%, sendo as fontes de energia renováveis responsáveis por mais de 84% na matriz elétrica brasileira. Destaca-se ainda a oferta nacional de energia hidráulica, com alta de 8,9% no ano.

Qual fonte de energia possui a maior participação na matriz energética brasileira?

No Brasil, as fontes de energia mais usadas são as renováveis. Com grande destaque para a hidrelétrica, a grande base de nossa matriz energética. Segundo dados de 2019 do Balanço Energético Nacional Interativo, 64,9% da energia consumida no Brasil é de fonte hidráulica.

Qual a participação das fontes renováveis de energia atualmente na matriz energética do Brasil e do mundo?

Fontes renováveis como solar, eólica e geotérmica, por exemplo, juntas correspondem a apenas 2% da matriz energética mundial, assinaladas como “Outros” no gráfico. Somando à participação da energia hidráulica e da biomassa, as renováveis totalizam aproximadamente 14%.

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