Qual o motivo que faz o Brasil ser um excelente cenário para a prática de esportes radicais?

Os esportes radicais se caracterizam por um nível de risco mais elevado, uma vez que envolvem fatores que o homem não pode controlar, como a força da água, do vento e até mesmo da gravidade.

Várias dessas atividades físicas conquistaram um amplo espaço no cenário brasileiro, algumas, inclusive, em razão das características climáticas e geográficas do nosso país, outras simplesmente pela grande descarga de adrenalina que produzem.

A seguir, listamos as modalidades de esportes radicais mais praticados no Brasil, bem como as suas principais características. Então, continue com a leitura e confira quais são eles.

Os cinco esportes radicais mais praticados no Brasil

1. Surfe

Praticado no mar, o surfe é um esporte aquático que consiste em se locomover sobre uma prancha aproveitando-se do movimento das ondas. Exigindo grande equilíbrio, preparo físico e muito traquejo para lidar situações extremas no mar, o esporte começou a ganhar espaço no Brasil em meados de 1950, se popularizando nas décadas seguintes — recentemente produziu campeões mundiais como Gabriel Medina e Adriano dos Santos, o Mineirinho.

2. Skate

Em algum momento entre o final dos anos 1940 e o início da década de 50, surfistas californianos criaram um esporte alternativo visando driblar o tédio quando não havia vento suficiente para a formação de ondas.

Fixando quatro rodas de patinete em uma tábua de madeira, criaram o skate e o esporte que leva o mesmo nome — ou skateboarding. A elaboração de manobras sobre um skate demanda muita agilidade, equilíbrio e concentração, além de proporcionar o fortalecimento dos músculos das pernas e do abdômen.

3. Montanhismo

Basicamente, trata-se de um conjunto de atividades que têm por objetivo subir montanhas. É um dos esportes radicais mais versáteis que existem, pois engloba a prática de várias atividades diferentes, como caminhada, escalada e camping. Requer planejamento, organização, preparo físico e uma série de equipamentos indispensáveis para a segurança do montanhista.

4. Rapel

O rapel consiste na descida de grandes paredões naturais ou artificiais contando com o auxílio de cordas e outros equipamentos especiais, como capacetes e mosquetões.

Geralmente, é praticado em grupo, de tal forma que cada esportista permanece constantemente responsável pela própria segurança e de seus companheiros. A descida bem-sucedida exige o domínio de várias técnicas para controlar a velocidade do deslocamento e pode se dar com ou sem o apoio dos pés em uma superfície vertical.

5. Paraquedismo

É a técnica de aterrissar em segurança com o auxílio de um paraquedas a partir de um ponto muito elevado, geralmente uma aeronave. Traz benefícios como a tonificação dos músculos, o aprimoramento da coordenação motora e do equilíbrio, além da capacidade de concentração.

A exemplo de outros esportes radicais que envolvem risco de vida, também requer o preparo meticuloso de uma série de equipamentos, a começar pelo próprio paraquedas.

Os esportes radicais mais praticados no Brasil são variados e trazem vários benefícios para quem os pratica. Tonificação da musculatura, equilíbrio e melhora da resistência física são apenas alguns deles — sem mencionar a interação com a natureza, uma aliada de peso contra o estresse.

Entre os esportes radicas mais praticados que você acabou de conhecer, qual deles desperta mais o seu interesse? Deixe um comentário contando os motivos pelos quais você tem preferência por um ou mais deles e compartilhe a sua experiência pessoal com a gente!

A seguir, vamos apresentar com mais detalhes alguns dos esportes radicais urbanos mais conhecidos e praticados no mundo.

Skate

Como explicamos antes, o skate é um esporte que foi criado por surfistas na Califórnia, nos anos 1960. 

Em 2021, quando serão disputados os jogos de Tóquio, o skate fará sua estreia como modalidade olímpica.

Será o ápice do reconhecimento a um esporte que, por muito tempo, foi considerado marginal, ligado à contracultura.

O equipamento do skate leva o nome do esporte, e é composto por:

  • Shape: a "prancha" do skatista

  • Rodas: quatro delas, cada uma com um rolamento, em dois eixos, um na frente e outro atrás

  • Trucks: são os eixos, equipamentos de ferro encaixados no shape

  • Lixa: é a parte que vai em cima do shape e serve para aumentar a aderência com o pé do praticante.

Uma das maneiras de praticar o skate e interagindo com o mobiliário urbano, fazendo manobras em escadas, canteiros, cordões e corrimões, por exemplo.

Mas há também o skate freestyle (manobras no chão, sem obstáculo), as pistas (em vários modelos), as piscinas vazias e a modalidade downhill (descida no asfalto em alta velocidade).

Parkour

Apesar de ter surgido na década de 1980, foi só nos anos 2000 que começou a se difundir realmente pelo mundo. O nome é uma variação da palavra francesa parcours, que significa percurso.

Um dos criadores da prática, o francês David Belle, inspirou-se em métodos de ginástica e educação física, além dos ensinamentos de seu pai e mentor, Raymond Belle, que serviu as forças armadas francesas e, depois, integrou o corpo de bombeiros de Paris.

A prática trata, basicamente, de fazer um percurso, transpondo obstáculos como muros, paredes, carros e vãos (entre dois prédios, por exemplo) com nenhum equipamento além do próprio corpo. 

Para isso, o praticante salta e escala.

Para quem vê pela primeira vez o que os desportistas fazem, pode parecer perigoso, mas um dos ensinamentos mais importantes da modalidade é que se deve conhecer os próprios limites, e só executar um salto arriscado depois de ter treinado os movimentos à exaustão.

Apesar de haver iniciativas que defendem a criação de competições, a ideia original é de um parkour em que o indivíduo compete apenas consigo mesmo, sendo uma ferramenta para potencializar a consciência corporal mais que qualquer outra coisa.

Downhill urbano

Em inglês, downhill quer dizer descida (down é "para baixo" e hill é "colina" ou "ladeira"). 

Por isso, o termo é genérico, usado em mais de um esporte, como o próprio skate, conforme mencionamos antes.

O carrinho de rolimã, composto por rodinhas e rolamentos de aço sob uma estrutura geralmente de madeira em que o praticante senta, é outra modalidade de downhill, pois o impulso para ganhar velocidade é o declive da estrada.

O problema é que, devido ao tráfego de veículos, é muito difícil praticar o skate downhill e o carrinho de rolimã na cidade, a não ser que a rua seja fechada especialmente para a prática dos esportes.

Uma alternativa é o chamado downhill urbano, em que os praticantes descem as escadarias da cidade com uma mountain bike.

Nesse caso, não há perigo de se chocar com veículos automotores, mas sim de atropelar quem passa por ali.

Por isso, o ideal é descer uma escada apenas com a certeza de não haver ninguém transitando pelo local ou, então, em uma competição que fecha a área para a prática.

Drift Trike

É uma mistura dos carrinhos de rolimã com bicicleta BMX, resultando em um triciclo (tricycle, que vira trike).

Na frente, há uma roda como a da bicicleta, garfo, guidão e, em alguns modelos, pedal e conjunto de freios.

O assento fica no nível do chão e as duas rodas traseiras são bem menores que a dianteira, feitas com PVC ou polietileno.

Além de servirem para descer as ladeiras como um carrinho de rolimã, o pouco atrito das rodas traseiras com o asfalto (já que elas não têm pneu) permite fazer manobras de derrapagem (drift).

A desvantagem é mesma que mencionamos antes: é perigoso praticar esse esporte em uma estrada que não está fechada para a prática.

Slackline

Slackline é uma atividade de puro equilíbrio, na qual o praticante deve percorrer uma fita elástica estreita, presa entre dois pontos fixos.

Depois de conseguir o básico, que é caminhar sobre a fita - feita geralmente de nylon ou poliéster - o próximo passo é tentar executar movimentos, como giros, saltos, ajoelhar-se ou balançar a fita.

A modalidade surgiu na década de 1980, entre aventureiros que escalavam rochas e montanhas do parque de Yosemite, nos Estados Unidos.

Eles tiveram a ideia de fixar cordas de seus equipamentos de escalada entre pontos fixos para melhorar seu equilíbrio.

Hoje, é muito comum ver pessoas praticando o esporte nas cidades. 

A fita elástica pode ser fixada em dois postes, por exemplo, mas é bem mais agradável quando a prática é feita em um parque, entre árvores, com grama como piso.

Aliás, apesar de poder ser considerado um dos esportes radicais urbanos, ele não é perigoso, pois a fita é fixada a poucos centímetros do chão.

Buildering (ou escalada urbana)

Já que falamos em escalada, o próximo item da lista é o buildering, esporte que também é conhecido como escalada urbana.

É simplesmente a atividade de escalar prédios ou quaisquer outras estruturas construídas pelos humanos, como se estivesse escalando uma montanha rochosa.

O fundador da prática é o americano Harry H. Gardiner

No início do século 20, ele escalou mais de 700 construções pela Europa e América do Norte, usando roupas normais e nenhum equipamento de segurança.

Sem proteção, porém, é um esporte extremamente perigoso. 

Quem gosta de praticá-lo na modalidade free climbing, ou seja, sem cordas de proteção, geralmente o faz à noite e clandestinamente.

Como praticar esportes radicais urbanos?

O primeiro passo para praticar um esporte radical urbano é se preparar. 

Em vários deles, ter um bom preparo físico, estrutura muscular robusta, peso adequado e equilíbrio são pré-requisitos.

Então, dependendo do esporte que você tem interesse, prepare-se adequadamente antes, atingindo um peso e percentual de gordura adequados para iniciar. 

Isso se consegue com boa alimentação, esportes aeróbicos e musculação.

A partir daí, tome todas as medidas de segurança para não se machucar, vestindo os equipamentos de proteção e escolhendo um local adequado para praticar.

Por exemplo, se sua cidade não tiver uma ladeira propícia para o downhill, na qual não haja circulação de carros, é melhor não praticar esse esporte no ambiente urbano.

Nos casos em que não é possível usar equipamentos de segurança, como o parkour, a estratégia para se preservar é outra.

A dica é praticar o movimento em um ambiente seguro e só depois que ele estiver totalmente dominado e se sentir completamente confiante, experimentá-lo em um local mais alto.

Por exemplo, em vez de arriscar um salto difícil entre dois prédios, pratique o movimento entre canteiros. 

Assim, se não conseguir executar, não correrá um risco tão grande.

O que faz o Brasil ser um lugar propício para a prática de esportes na natureza?

Entre os atributos que levaram o Brasil a ser o número 1 no ranking aventura estão: diversão, cenário e clima agradável, itens avaliados com notas acima de 8,5. “Natureza e ecoturismo já são o 2º principal motivo das viagens a lazer realizadas por estrangeiros no país.

Porque as pessoas praticam esportes radicais?

Através da análise dos resultados confirmou-se a hipótese dos motivos que levam a prática de esportes radicais como as sensações de medo, ansiedade, alívio, excitação e, principalmente prazer.

Como surgiu os esportes radicais no Brasil?

O surgimento dos esportes de aventura No Brasil, os Esportes de Aventura, conhecidos comumente como Esportes Radicais, começaram a ganhar força de participação e visibilidade midiática a partir da década de 1980 e, segundo UVINHA (2001, p.

Como os praticantes de esportes radicais são vistos dentro da sociedade?

Os praticantes de esportes radicais são vistos na sociedade como pessoas que não possuem muito apego a vida, pois as práticas esportivas que eles fazem estão sempre colocando suas vidas em risco.

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