Quem é Manuel Antônio de Almeida?

Manuel Antônio de Almeida

Manuel Antônio de Almeida nasceu em 17 de dezembro de 1831, no Rio de Janeiro, RJ, e faleceu em 28 de dezembro de 1861, em Macaé, RJ.
Filho de pais humildes, Antônio de Almeida e Josefina Maria de Almeida, Manuel ingressou na faculdade de Medicina em 1848.
Entre os anos de 1852 e 1853, publicou Memórias de um Sargento de Milícias, sua única obra.
Mesmo formado em medicina, exerceu sempre a profissão de jornalista.
Tornou-se diretor da Tipografia Nacional no ano de 1857, foi nesse período que ele deu emprego ao jovem Machado de Assis.
Em 1859, Manuel foi nomeado 2° oficial da Secretaria da Fazenda.
Sua vontade, em 1861, foi de candidatar-se à Assembleia Provincial do Rio de Janeiro, mas enquanto fazia campanha morreu tragicamente no naufrágio do navio Hermes, próximo a Macaé, em 1861.

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Manuel Antônio de Almeida era filho dos portugueses Antônio de Almeida e de Josefina Maria de Almeida. Enquanto fazia Faculdade de Medicina, as dificuldades financeiras o levaram ao jornalismo e às letras. Formou-se em Medicina em 1855, mas nunca exerceu a profissão.

De junho de 1852 a julho de 1853 publicou, anonimamente, os folhetins que compõem as "Memórias de um Sargento de Milícias", reunidas em livro entre 1854-55, em dois volumes, com o pseudônimo de "Um Brasileiro". Na 3ª edição, em 1863 - já póstuma - apareceu com seu nome verdadeiro.

Na mesma época, ele ainda escreveu a peça "Dois Amores" e a compôs versos esparsos. Além do romance, publicou a tese de doutoramento em Medicina e um libreto de ópera.

Em 1858 foi nomeado Administrador da Tipografia Nacional, onde conheceu Machado de Assis, que trabalhava como aprendiz de tipógrafo. No ano seguinte, foi nomeado 2º Oficial da Secretaria da Fazenda. Em 1861, quando se preparava para entrar em campanha como candidato à Assembleia Provincial do Rio de Janeiro, faleceu no naufrágio do navio Hermes, próximo a Macaé (RJ).

Não estava interessado em sucesso nem na moda literária, por isso escreveu sem compromissos e apresentou, em tom direto, bem humorado e com tendências realistas, a sociedade de então, principalmente a gente simples que povoava o Rio de Janeiro. Seu romance fez sucesso pelo humor imparcial e amoral, o estilo coloquial e, principalmente, por seu grande talento como narrador.

Mesmo assim, a crítica só percebeu, muito tempo depois. Recentemente, alguns críticos, como Paulo Rónai, apontam como influência tanto na elaboração como nas características do protagonista, Leonardo, o romance espanhol picaresco e de costumes.

Doutorado em Letras - Literatura e Língua Portuguesa (PUC-Rio, 2013)
Mestrado em Linguística, Letras e Artes (PUC-Rio, 2008)
Graduação em Jornalismo (PUC-Rio, 2001)

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Manuel Antônio de Almeida nasceu no Rio de Janeiro em 17 de novembro de 1831. De origem humilde, fica órfão de pai aos dez anos. Na juventude, cursa aulas de Desenho na Academia de Belas-Artes e a faculdade de Medicina. Após se formar, tenta, sem êxito, a clínica.

Contando com escassos recursos de família, trabalha constantemente no Jornalismo como redator e revisor do Correio Mercantil. Nele, elabora e escreve A Pacotilha, um suplemento literário e de variedades, que também viria a abrigar sua obra máxima: Memórias de um Sargento de Milícias, publicado em folhetim sob o pseudônimo de “um brasileiro”. Na época do lançamento, em 1853, o autor tinha apenas 21 anos. Nos anos seguintes (1854-1855), devido ao estrondoso sucesso, a obra seria publicada em dois volumes.

Manuel Antônio de Almeida.

O romance, ambientado no início do século XIX no Rio de Janeiro, narra a história de Leonardo, um menino levado que apronta mil diabruras na vizinhança. Na juventude, o menino termina se alistando forçadamente no exército, onde continua participando de arruaças e descumprindo continuamente as ordens do Major Vidigal. Desse modo, acaba preso, mas, devido a sagacidade, consegue não apenas a liberdade, como a promoção a sargento de tropa e a conquista do coração de Luisinha, seu grande amor.

No romance, é patente o diálogo com a literatura picaresca espanhola, pelo tom cômico da narração das aventuras e desventuras do herói. Também são apontadas semelhanças com o mestre do folhetim francês Honoré de Balzac.

Poucos anos depois, já famoso, é nomeado administrador da Tipografia Nacional, onde trava relação com o jovem aprendiz Machado de Assis. Posteriormente, enquanto exerce o cargo de oficial de secretaria do Ministério da Fazenda, decide ingressar na política, candidatando-se ao cargo de deputado provincial.

Durante a campanha, em viagem eleitoral a Campos dos Goytacazes, município do norte da província, vem a falecer no trágico naufrágio do vapor “Hermes”, junto a ilha de Santana, ocorrido em 28 de novembro de 1861, quando o autor contava com apenas trinta anos.

Apesar da vida e obra breves, Manuel Antônio de Almeida passou a posteridade como um dos autores de ficção mais conhecidos e celebrados do Romantismo brasileiro, admirado por público e crítica da época, que o considerava superior em termos estéticos a contemporâneos como Joaquim Manuel de Macedo. Para alguns críticos, como Afrânio Coutinho e Alfredo Bosi, o autor exerceu, junto ao colega Machado, o papel de precursor do romance realista, dados os atributos de sua prosa.

Além de Memórias, o autor escreveu, em 1861, a peça de teatro Dois Amores, apresentada no mesmo ano após a sua morte. A opereta, que contava com música da Condessa Rosawadowska, não chegou a atingir sucesso. Além disso, foram publicadas três antologias complementares: correspondência, depoimentos de contemporâneos e fortuna crítica pré-modernista sobre a obra do autor.

Referências bibliográficas:

BOSI, A. História Concisa da Literatura Brasileira. São Paulo: Cultrix, 2001.

COUTINHO, A. A Literatura no Brasil, Volume II. Rio de Janeiro: Sul Americana, 1969.

GLOBO.COM. Educação/Literatura. //educacao.globo.com/literatura/assunto/resumos-de-livros/memorias-de-um-sargento-de-milicias.html

WIKIPÉDIA. //pt.wikipedia.org/wiki/Manuel_Ant%C3%B4nio_de_Almeida.

Texto originalmente publicado em //www.infoescola.com/escritores/manuel-antonio-de-almeida/

Quem foi Manuel António de Almeida no romantismo?

Manuel Antônio de Almeida foi um escritor romântico. Sua principal obra é “Memórias de um sargento de milícias”, um romance urbano com traços realistas. Manuel Antônio de Almeida nasceu em 17 de novembro de 1831, no Rio de Janeiro. Mais tarde, formou-se em Medicina, porém nunca exerceu a profissão.

Qual foi a principal obra de Manuel Antônio de Almeida?

Manuel Antônio de Almeida foi um escritor brasileiro. “Memórias de um sargento de milícias”, seu único romance, é um romance urbano, romântico, mas com traços realistas.

Onde nasceu Manuel Antônio de Almeida?

Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, BrasilManuel Antônio de Almeida / Local de nascimentonull

O que retrata a obra de Manuel Antônio de Almeida?

O romance de Manuel Antônio de Almeida, escrito no período do romantismo, retrata a vida do Rio de Janeiro no início do século XIX e desenvolve pela primeira vez na literatura nacional a figura do malandro. A história se passa no começo do século XIX, ocasião em que a família real portuguesa se refugiou no Brasil.

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