O poema refere-se a rosa de Hiroshima como radioativa

Questão 01 - Descreva o processo de obtenção de energia nuclear.

Questão 02 - O elemento químico utilizado para a obtenção de energia nuclear é: 

a) Urânio 

b) Césio 

c) Hidrogênio 

d) Tório 

e) Chumbo

Questão 03 - Quais os principais países que utilizam a energia nuclear para geração de eletricidade?

Questão 04 - No fim da década de 1960, o governo brasileiro começou a definir o Programa Nuclear Brasileiro, destinado a implantar no país a produção de energia atômica. No entanto, o Programa Nuclear Brasileiro sofreu, nos anos 80, uma aguda desaceleração. Explique os principais motivos desse processo.

Questão 05 - Aponte os aspectos positivos e negativos da energia nuclear.

Questão 06 - (UFABC) ENERGIA NUCLEARRosa de HiroximaPensem nas criançasMudas telepáticasPensem nas meninasCegas inexatasPensem nas mulheresRotas alteradasPensem nas feridasComo rosas cálidasMas, oh, não se esqueçamDa rosa da rosaDa rosa de HiroximaA rosa hereditáriaA rosa radioativaEstúpida e inválidaA rosa com cirroseA anti-rosa atômicaSem cor sem perfumeSem rosa sem nada(Vinícius de Moraes)O poema refere-se à Rosa de Hiroxima como “radioativa, estúpida, inválida”, destacando os efeitos nocivos da radioatividade, um dos subprodutos da energia nuclear e que pode vazar para o ambiente através do lixo atômico ou por acidentes, como o que ocorreu na usina nuclear de Chernobyl, na Ucrânia. Entre as vantagens da energia nuclear, que compensam os perigos de possíveis acidentes, destacam-se:a) o fato de ser renovável, não causar grandes impactos ambientais, como as hidrelétricas, e não ser fonte de conflitos entre países, pois não é uma fonte finita.b) a presença, na geração de energia, tanto de capitais privados como estatais, pois as usinas nucleares são investimentos de baixo custo e retorno rápido.c) o combustível (urânio enriquecido) é relativamente barato, a geração de resíduos é pequena e não há geração de gases que intensificam o efeito estufa.d) a abundância do combustível (urânio) em todo o mundo, o baixo custo de implantação de usinas nucleares e a tecnologia acessível aos países pobres.

e) o controle internacional sobre a geração de energia nuclear e a legislação ambiental rígida, que restringem a construção de usinas pelos países que não seguem as normas.

Questão 07 - (ESPM) Leia os textos e responda: Sob rígidas sansões da ONU por conta de seu programa nuclear, o governo do país anunciou que atingiu 3 mil centrífugas para enriquecimento de urânio. O país afirma que seu programa visa produzir energia, mas EUA e União Europeia temem que o país busque a bomba atômica. Relatório emitido pela Aeia, a Agência Internacional de Energia Atômica, menciona que o país tem 2 mil centrífugas e outras 620 em fase de teste. Mergulhado numa grave crise econômica, o país aceitou desativar todo o seu programa nuclear até o fim deste ano, informou o principal negociador nuclear dos EUA e secretário assistente de Estado, Chistropher Hill, após negociações em Genebra. Em troca o país receberá compensação política e econômica. 

Folha de São Paulo, 3/9/2007. 

Os textos referem-se respectivamente a dois países cujos programas nucleares preocupam a comunidade internacional. Os países são: 

a) Irã e Paquistão 

b) Irã e Coreia do Norte 

c) Coreia do Norte e Paquistão 

d) Coreia do Norte e Turquia 

GABARITO

01 - Para que energia nuclear seja obtida é necessário realizar a fissão do núcleo do átomo de urânio enriquecido, que, por sua vez, libera uma grande quantidade de energia. A energia nuclear mantém unidas as partículas do núcleo de um átomo, a divisão desse núcleo em duas partes provoca a liberação de grande quantidade de energia.

02 - A

03 - Vários países utilizam a energia nuclear para geração de energia elétrica, existem, aproximadamente, 440 usinas nucleares em funcionamento no mundo. Alguns países se destacam na produção de energia elétrica através de usinas nucleares, atualmente os Estados Unidos lideram a produção de energia nuclear, no entanto, os países mais dependentes da energia nuclear para geração de energia elétrica são: França (80%), Suécia (60%), Finlândia (50%) e Bélgica (50%).

04 - O Programa Nuclear Brasileiro não se desenvolveu da forma planejada em razão dos problemas ligados à falta de aproveitamento de energia e de mão de obra qualificada na área de aproveitamento de energia nuclear. Outro fator que contribuiu para o fracasso do programa foram os elevados custos de sua instalação e operação das usinas nucleares, cerca de três vezes maiores que os de uma usina hidrelétrica equivalente. Angra 1 começou a funcionar em 1981, mas foi paralisada em seguida por problemas técnicos. Somente no fim de 1983 seu funcionamento foi retomado em forma de testes e a usina ainda não entrou em operação permanente com capacidade total. As usinas Angra 2 e Angra 3, deveriam funcionar a partir de 1983 e 1984, mas Angra 2 só entrou em funcionamento em 2000, e Angra 3 até hoje não funciona.

05 - Aspectos positivos da energia nuclear: 

- As reservas de energia nuclear são muito maiores que as reservas de combustíveis fósseis; - Comparada às usinas de combustíveis fósseis, a usina nuclear requer menores áreas; - As usinas nucleares possibilitam maior independência energética para os países importadores de petróleo e gás; - Não contribui para o efeito estufa. 

Aspectos negativos: - Os custos de construção e operação das usinas são muito altos; - Possibilidade de construção de armas nucleares; - Destinação do lixo atômico; - Acidentes que resultam em liberação de material radioativo; - O plutônio 239 leva 24.000 anos para ter sua radioatividade reduzida à metade e cerca de 50.000 anos para tornar-se inócuo.

06 - C

07 - B

Em 1954, Vinicius de Moraes escreveu “A Rosa de Hiroshima”, um poema que se refere à bomba atômica como “rosa radioativa”, promovendo uma tocante reflexão sobre os limites da razão humana no uso da ciência e da tecnologia.

Pensem nas crianças Mudas telepáticas Pensem nas meninas Cegas inexatas Pensem nas mulheres Rotas alteradas Pensem nas feridas Como rosas cálidas Mas, oh, não se esqueçam Da rosa da rosa Da rosa de Hiroshima A rosa hereditária A rosa radioativa Estúpida e inválida A rosa com cirrose A anti-rosa atômica Sem cor sem perfume

Sem rosa, sem nada

Em 1987, houve um desastre radioativo em Goiânia. Ocorreu após dois catadores de lixo entrarem em contato com uma porção de Cloreto de Césio, o Césio-137. O componente químico ficava dentro de um aparelho de tratamento de câncer, que estava em uma clínica abandonada na capital de Goiás. Foram necessários apenas 16 dias para que o “brilho da morte”, como a substância ficou popularmente conhecida, matasse quatro pessoas e contaminasse centenas. Em 26 de abril de 1986, a Usina nuclear de Chernobyl, que era localizada na cidade de Pripyat na Ucrânia (na época era parte da União Soviética), era composta por quatro reatores que foram cenário de um dos maiores acidentes nucleares da história. A usina era utilizada para a geração de energia para o país.

Entre as vantagens da produção de energia nuclear que compensam o risco pode-se citar:

A Rosa de Hiroshima é um poema escrito pelo cantor e compositor Vinicius de Moraes. Recebeu esse nome como um protesto sobre as explosões de bombas atômicas ocorridas na cidade de Hiroshima e Nagasaki, no Japão, durante a Segunda Guerra Mundial.

Criada em 1946, a composição foi primeiro publicada no livro Antologia Poética. Mais tarde, em 1973, os versos foram musicados e ganharam corpo na voz do grupo Secos e Molhados.

Conheça abaixo o poema completo, o significado dos versos e os detalhes sobre a publicação.

Poema completo A Rosa de Hiroshima

Pensem nas crianças Mudas telepáticas Pensem nas meninas Cegas inexatas Pensem nas mulheres Rotas alteradas Pensem nas feridas Como rosas cálidas Mas oh não se esqueçam Da rosa da rosa Da rosa de Hiroshima A rosa hereditária A rosa radioativa Estúpida e inválida A rosa com cirrose A antirrosa atômica Sem cor sem perfume

Sem rosa sem nada.

O poema de Vinicius de Moraes foi criado a partir da tragédia da bomba atômica ocorrida no final da Segunda Guerra Mundial, no Japão.

O ano era 1945 e o golpe de misericórdia dado pelos Estados Unidos - o envio de bombas atômicas com proporções inimagináveis - afetou de modo dramático a região.

Para além dos civis assassinados na ocasião, mais de 120 mil pessoas sobreviveram ao estouro da bomba de Hiroshima, ficando com cicatrizes e sequelas permanentes.

A Rosa de Hiroshima tornou-se um grande protesto, primeiro em forma de poema e mais tarde em forma de música. Os versos abordam as consequências da guerra, o desastre que as bombas atômicas - apelidadas pelos norte-americanos de Fat Man e Little Boy - fizeram em Hiroshima e Nagasaki.

Vinicius de Moraes atuou durante muitos anos como diplomata a serviço do Governo Brasileiro e também por esse motivo esteve muito interessado nos conflitos internacionais.

Vejamos com atenção os quatro primeiros versos do poema:

Pensem nas crianças Mudas telepáticas Pensem nas meninas

Cegas inexatas

O início do poema mostra os efeitos da radioatividade nas vítimas civis que foram atingidas. As crianças, alheias ao conflito de duas grandes nações, tornaram-se nos versos de Vinicius de Moraes "mudas telepáticas". As "meninas cegas inexatas" parecem fazer menção às consequências da radioatividade nas gerações futuras.

Os versos a seguir tratam das migrações feitas após a queda da bomba. As cidades atingidas, ambientalmente e economicamente devastadas, precisaram ser evacuadas devido ao alto risco de contaminação:

Pensem nas mulheres
Rotas alteradas

É só no nono, no décimo e no décimo primeiro verso que a causa de todo o mal é revelada:

Mas oh não se esqueçam Da rosa da rosa

Da rosa de Hiroshima

A bomba é comparada com uma rosa porque, quando explodiu, resultou na semelhante imagem de uma rosa a desabrochar. Uma rosa costuma estar relacionada com a beleza, no entanto, a rosa de Hiroshima remete para as horríveis consequências deixadas pela guerra.

Logo a seguir vemos a imagem da rosa se contrapor com o rastro que é deixado pela bomba. "A rosa hereditária / A rosa radioativa" exibem o contraste entre a flor, o auge de um vegetal crescido em um ambiente saudável, e a destruição causada pelo homem.

O poema de Vinicius de Moraes fala das gerações afetadas pela guerra e pelo rastro de sofrimento e desespero deixado nas gerações posteriores. "A rosa com cirrose" faz referência à doença, ao fumo, uma antirrosa sem qualquer beleza, "sem cor sem perfume".

Imagem da bomba atômica, que serve como tema para a composição de Vinicius de Moraes.

Música A Rosa de Hiroshima

O poema de Vinicius de Moraes foi adaptado para música. A canção foi lançada em 1973 no disco de estreia do grupo Secos e Molhados. A sua composição melódica é da autoria de Gerson Conrad, integrante do referido conjunto, cuja formação inicial também incluía João Ricardo e Ney Matogrosso.

A parceria entre Gerson Conrad e Vinicius de Moraes foi imortalizada pela voz de Ney Matogrosso e lançada durante a Ditadura no Brasil.

A Rosa de Hiroshima acabou sendo uma das canções mais escutadas nas rádios brasileiras em 1973 e a revista Rolling Stone brasileira a classificou em 69º lugar entre as 100 Maiores Músicas Brasileiras.

Sobre a publicação do poema

A Rosa de Hiroshima foi publicada na Antologia poética, lançada pela editora A Noite, no Rio de Janeiro, durante o ano de 1954. Nessa época, Vinicius de Moraes trabalhava como diplomata na França.

O livro foi organizado pelo próprio autor com o objetivo de reunir 21 anos de publicações. Amigos ilustres, como Manuel Bandeira, ajudaram a organizar a edição. Rubem Braga assinou a orelha da primeira edição.

Frontispício da edição Antologia poética, lançada em 1954, que trazia o poema A Rosa de Hiroshima.

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