O que significa incidência de dengue por 100 mil habitantes

O combate à dengue em Aracaju vem apresentando resultados satisfatórios, que afastam a capital do risco de uma epidemia. É o que atestam os índices de infestação e incidência da doença, responsáveis por apontar, respectivamente, a presença de larvas do mosquito aedes aegypti nos bairros da capital e o número de casos confirmados a cada grupo de 100 mil habitantes. As taxas diminuem a cada dia e deixam a cidade bem próxima da condição de baixo risco, o que é satisfatório para o controle da dengue, de acordo com o vice-prefeito e secretário municipal de Saúde Silvio Santos."Apesar de todo trabalho realizado pela Prefeitura no combate da dengue, a colaboração da população é fundamental nessa luta. Quanto menor o índice de infestação do Aedes aegypti, a doença não se apresentará de forma epidêmica, porém a dengue não vai deixar de existir", alerta Santos.Antes de tudo é necessário, portanto, explicar o que cada índice significa e a importância do acompanhamento realizado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) na garantia de que esses dados traduzam a realidade e a preocupação para que a dengue não se alastre.A infestação é o percentual de imóveis onde foram encontradas as larvas do mosquito da dengue em um bairro. Para calcular esse índice, a cada dois meses a SMS realiza o Levantamento do Índice Rápido do Aedes aegypt (LIRAa), onde são registrados os índices de infestação predial, que dizem respeito à presença da larva do mosquito transmissor da dengue nos bairros da capital. Para fazer o cálculo, analisa-se o número de casas em que as larvas foram encontradas a cada grupo de 100 residências.

A média de Aracaju no último relatório emitido aponta uma infestação de 1,6%, ou seja, a cada 100 casas os agentes de endemias encontraram as larvas do mosquito da dengue em 1,6 unidades residenciais. Nos bairros Robalo, Inácio Barbosa, Jabotiana, 13 de Julho o índice de infestação foi de 1%, ou seja, houve constatação de larvas do mosquito em 1 a cada 100 casas visitadas; nos bairros Getúlio Vargas e no Santo Antônio, por exemplo, os agentes encontraram criadouros em 2 de cada 100 casas visitadas.

Risco médio
A coordenadora do Programa Municipal de Combate à Dengue Taíse Cavalcante, aponta que o último LIRAa identifica Aracaju como local de risco médio ou alerta, o que significa que a transmissão da doença pode ocorrer em determinados bairros. "Os resultados desses índices determinam a classificação, de cada bairro e da cidade, em situação satisfatória, alerta ou risco para o surgimento de epidemias de dengue. Este ano, já foram realizados quatro levantamentos", explica.Ainda segundo ela, para comprovar a real avaliação do LIRAa o relatório deve ser comparado com os resultados dos mesmos ciclos dos anos anteriores devido às condições climáticas, como períodos de chuva e sol, que são determinantes ou não para o desenvolvimento mais rápido do mosquito da dengue.Nos últimos três anos, portanto os resultados do LIRAa vem caindo. Em julho de 2009, foi registrado um índice de infestação de 2,9%; em julho de 2010, de 2,5% e em julho deste ano, 1,6%. Isso demonstra o trabalho sério e contínuo das ações do Programa Municipal de Controle da Dengue. "Para evitar a transmissão da doença em caráter de epidemia, os índices de infestação precisam cair ainda mais ficando abaixo de 1%, o que aponta o baixo risco e é satisfatório para o controle da dengue", pondera o secretário municipal de Saúde Silvio Santos.

Incidência

O índice de infestação é, portanto, diretamente relacionado ao de incidência de dengue, pois quanto maior for o número de residências que apresentarem a larva do Aedes aegypti, maior será o número de casos da doença. De janeiro a julho de 2011 foram confirmados em Aracaju 614 casos de dengue, o que indica uma média mensal menor que 60 casos para cada grupo de 100 mil habitantes, atestando a condição de ‘baixa incidência', embora haja situação propícia para números mais elevados.

Nessa categoria, o limite é de 100 casos para cada 100 mil habitantes; de 101 a 300 casos confirmados de dengue para cada 100 mil habitantes a incidência é considerada ‘média' e acima de 301 casos para cada 1oo mil habitantes a incidência é considerada ‘alta'. Os meses de abril e maio deste ano concentraram mais da metade dos casos registrados até o momento - foram 363. Em junho, quando começou uma queda significativa desses índices, foram 34 casos confirmados e, até o momento, o mês de julho teve apenas 14.

Tipo 1

"Em abril tivemos a confirmação da circulação do vírus da dengue tipo 1, que não circulava há 10 anos no município, o que aumenta o número de pessoas com a possibilidade de pegar a doença. A recirculação do vírus, por si só, poderia ter provocado uma epidemia da doença, no primeiro semestre, fato que não ocorreu por causa da queda do índice de infestação, resultado do trabalho [de combate e prevenção] realizado", ressalta a coordenadora do Programa Municipal de Combate à Dengue Taise Cavalcante.

A dengue é uma doença viral transmitida por mosquitos que nos últimos anos se espalhou rapidamente por todas as regiões da Organização Mundial da Saúde (OMS). O vírus da dengue é transmitido por mosquitos fêmea, principalmente da espécie Aedes aegypti e, em menor proporção, da espécie Aedes albopictus. Esses mosquitos também transmitem chikungunya e zika. A dengue é generalizada ao longo dos trópicos, com variações locais de risco influenciadas pela precipitação, temperatura e rápida urbanização não planejada. Nas Américas, o principal vetor da dengue é o mosquito Aedes aegypti.

Existem quatro distintos, porém intimamente relacionados, sorotipos do vírus que causa a dengue (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4). A recuperação da infecção fornece imunidade vitalícia contra o sorotipo adquirido. Entretanto, a imunidade cruzada para os outros sorotipos após a recuperação é apenas parcial e temporária. Infecções subsequentes aumentam o risco do desenvolvimento de dengue grave.

Foto: OPAS/OMS. Campanha contra os mosquitos: crianças também colaboram. 

  • Cerca de 500 milhões de pessoas nas Américas correm o risco de contrair dengue.
  • O número de casos de dengue na Região aumentou nas últimas quatro décadas, passando de 1,5 milhão de casos acumulados na década de 1980 para 16,2 milhões na década de 2010-2019.
  • Em 2013, ano epidêmico para a Região, foram registrados pela primeira vez mais de 2 milhões de casos e uma incidência de 430,8 por cada 100 mil habitantes. Também foram notificados 37.692 casos de dengue grave e 1.280 mortes no continente. Em 2019, foram registrados pouco mais de 3,1 milhões de casos, 28 mil graves e 1.534 óbitos.
  • Os quatro sorotipos da dengue (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DEN-V 4) circulam pelas Américas e, em alguns casos, simultaneamente.
  • A infecção com um sorotipo seguida por outra infecção com um sorotipo diferente aumenta o risco de dengue grave e até morte.
  • Nas Américas, o Aedes aegypti é o mosquito vetor da dengue e está amplamente distribuído por todo o território, apenas o Canadá e o Chile continental estão livres da dengue e do vetor. O Uruguai não tem casos de dengue, mas tem o Ae. aegypti.
  • A incidência global da dengue cresceu drasticamente nas últimas décadas. Aproximadamente metade da população mundial está em risco de contrair a doença.
  • A dengue ocorre em climas tropicais e subtropicais, principalmente em áreas urbanas e semiurbanas.
  • A dengue grave é uma das principais causas de doenças graves e morte entre crianças em alguns países da Ásia e da América Latina.
  • Não existe tratamento específico para dengue ou dengue grave. No entanto, a detecção precoce e o acesso a cuidados médicos adequados reduzem as taxas de mortalidade para abaixo de 1%.
  • A prevenção e o controle da dengue dependem de medidas efetivas de controle de vetores.

  • É transmitida pela picada de um mosquito infectado com um dos quatro sorotipos do vírus da dengue.
  • É uma doença febril que afeta bebês, crianças e adultos. A infecção pode ser assintomática ou pode apresentar sintomas que variam de febre baixa a febre alta incapacitante, com forte dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dores musculares e nas articulações e erupções cutâneas. A doença pode progredir para dengue grave, caracterizada por choque, falta de ar, sangramento intenso e/ou complicações graves nos órgãos.
  • Não existe um medicamento específico para tratar a dengue.
  • A doença tem um padrão sazonal: a maioria dos casos no hemisfério sul ocorre na primeira parte do ano e a maioria dos casos no hemisfério norte ocorre na segunda metade.
  • A prevenção e o controle da dengue devem ser intersetoriais e envolver a família e a comunidade.

O Aedes aegypti é o vetor que apresenta o maior risco de transmissão de arbovírus nas Américas e está presente em quase todos os países do hemisfério (exceto Canadá e Chile continental). É um mosquito doméstico (que vive dentro e perto das casas) que se reproduz em qualquer recipiente artificial ou natural que contenha água parada.

O mosquito pode completar seu ciclo de vida, do ovo ao adulto, entre 7 e 10 dias; os mosquitos adultos geralmente vivem de 4 a 6 semanas. A fêmea Aedes aegypti é responsável pela transmissão de doenças porque necessita de sangue humano para o desenvolvimento de seus ovos e para seu metabolismo. O macho não se alimenta de sangue.

O mosquito é mais ativo no início da manhã e ao anoitecer, fazendo com que esses sejam os períodos de maior risco de picadas. No entanto, as fêmeas, que precisam continuar se alimentando, buscarão uma fonte de sangue em outros momentos. A fêmea Aedes aegypti se alimenta a cada 3-4 dias; no entanto, se eles não conseguem tirar sangue suficiente, eles continuam a se alimentar a cada momento que podem.

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O Aedes aegypti prefere colocar seus ovos em recipientes artificiais contendo água (principalmente tambores, barris e pneus) dentro e ao redor de casas, escolas e locais de trabalho. Ovos de Aedes aegypti podem resistir a condições ambientais secas por mais de um ano: na verdade, esta é uma das estratégias mais importantes que a espécie emprega para sobreviver e se espalhar.
 

Para eliminar os mosquitos, são recomendadas as seguintes ações: evite deixar água parada em recipientes ao ar livre (potes, garrafas ou outros recipientes que possam coletar água) para que não se tornem criadouros de mosquitos; cubra adequadamente os tanques e reservatórios de água para manter os mosquitos afastados; e evite acumular lixo, jogando-o fora em sacos plásticos fechados.

  • La OPS/OMS brinda asesoramiento y apoyo técnico para la prevención y el control del dengue sobre la base de una estrategia regional, adoptada por los Estados miembros de la OPS/OMS en 2016, denominada "Estrategia para la Prevención y Control de las Enfermedades Arbovirales" (CD55.R6).
  • En 2008, los Estados Miembros de la OPS/OMS establecieron una Red de Laboratorios del Dengue de las Américas (RELDA) para fortalecer las capacidades técnicas de diagnóstico del dengue. Actualmente, la RELDA ha sido ampliada para incluir el chikungunya y la fiebre de Zika y hoy está integrada por 32 laboratorios en 26 países de la Región.
  • La OPS/OMS está apoyando el desarrollo de un modelo de sistema integrado de vigilancia del dengue en el contexto de la circulación de otras arbovirosis para generar información estandarizada para todas las Américas.
  • En el 2010 la OPS/OMS adaptó las guías clínicas 2009 de la OMS sobre el manejo de pacientes con dengue para su uso en las Américas. Después de su implementación, la tasa de letalidad en casos de dengue disminuyó de 0.07% a 0.05% en el 2019, es decir una reducción del 30%. Una segunda edición de esta guía fue publicada en 2015, incorporando nuevos elementos, incluido el dengue durante el embarazo, dengue en recién nacidos, dengue en ancianos y preparación y respuesta ante brotes de dengue.
  • En 2016 se publicó un instrumento para el diagnóstico y la atención a pacientes con sospecha de arbovirosis (dengue, chikungunya y Zika). Actualmente se trabaja en el desarrollo de la primera guía clínica de arbovirosis siguiendo la metodología GRADE. Esta guía será publicada en el 2020.

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A dengue é uma doença viral transmitida por mosquitos que nos últimos anos se espalhou rapidamente por todas as regiões da Organização Mundial da Saúde (OMS). O vírus da dengue é transmitido por mosquitos fêmea, principalmente da espécie Aedes aegypti e, em menor proporção, da espécie Aedes albopictus. Esses mosquitos também transmitem chikungunya e zika. A dengue é generalizada ao longo dos trópicos, com variações locais de risco influenciadas pela precipitação, temperatura e rápida urbanização não planejada. Nas Américas, o principal vetor da dengue é o mosquito Aedes aegypti.

Existem quatro distintos, porém intimamente relacionados, sorotipos do vírus que causa a dengue (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4). A recuperação da infecção fornece imunidade vitalícia contra o sorotipo adquirido. Entretanto, a imunidade cruzada para os outros sorotipos após a recuperação é apenas parcial e temporária. Infecções subsequentes aumentam o risco do desenvolvimento de dengue grave.

Foto: OPAS/OMS. Campanha contra os mosquitos: crianças também colaboram. 

  • Cerca de 500 milhões de pessoas nas Américas correm o risco de contrair dengue.
  • O número de casos de dengue na Região aumentou nas últimas quatro décadas, passando de 1,5 milhão de casos acumulados na década de 1980 para 16,2 milhões na década de 2010-2019.
  • Em 2013, ano epidêmico para a Região, foram registrados pela primeira vez mais de 2 milhões de casos e uma incidência de 430,8 por cada 100 mil habitantes. Também foram notificados 37.692 casos de dengue grave e 1.280 mortes no continente. Em 2019, foram registrados pouco mais de 3,1 milhões de casos, 28 mil graves e 1.534 óbitos.
  • Os quatro sorotipos da dengue (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DEN-V 4) circulam pelas Américas e, em alguns casos, simultaneamente.
  • A infecção com um sorotipo seguida por outra infecção com um sorotipo diferente aumenta o risco de dengue grave e até morte.
  • Nas Américas, o Aedes aegypti é o mosquito vetor da dengue e está amplamente distribuído por todo o território, apenas o Canadá e o Chile continental estão livres da dengue e do vetor. O Uruguai não tem casos de dengue, mas tem o Ae. aegypti.
  • A incidência global da dengue cresceu drasticamente nas últimas décadas. Aproximadamente metade da população mundial está em risco de contrair a doença.
  • A dengue ocorre em climas tropicais e subtropicais, principalmente em áreas urbanas e semiurbanas.
  • A dengue grave é uma das principais causas de doenças graves e morte entre crianças em alguns países da Ásia e da América Latina.
  • Não existe tratamento específico para dengue ou dengue grave. No entanto, a detecção precoce e o acesso a cuidados médicos adequados reduzem as taxas de mortalidade para abaixo de 1%.
  • A prevenção e o controle da dengue dependem de medidas efetivas de controle de vetores.

  • É transmitida pela picada de um mosquito infectado com um dos quatro sorotipos do vírus da dengue.
  • É uma doença febril que afeta bebês, crianças e adultos. A infecção pode ser assintomática ou pode apresentar sintomas que variam de febre baixa a febre alta incapacitante, com forte dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dores musculares e nas articulações e erupções cutâneas. A doença pode progredir para dengue grave, caracterizada por choque, falta de ar, sangramento intenso e/ou complicações graves nos órgãos.
  • Não existe um medicamento específico para tratar a dengue.
  • A doença tem um padrão sazonal: a maioria dos casos no hemisfério sul ocorre na primeira parte do ano e a maioria dos casos no hemisfério norte ocorre na segunda metade.
  • A prevenção e o controle da dengue devem ser intersetoriais e envolver a família e a comunidade.

O Aedes aegypti é o vetor que apresenta o maior risco de transmissão de arbovírus nas Américas e está presente em quase todos os países do hemisfério (exceto Canadá e Chile continental). É um mosquito doméstico (que vive dentro e perto das casas) que se reproduz em qualquer recipiente artificial ou natural que contenha água parada.

O mosquito pode completar seu ciclo de vida, do ovo ao adulto, entre 7 e 10 dias; os mosquitos adultos geralmente vivem de 4 a 6 semanas. A fêmea Aedes aegypti é responsável pela transmissão de doenças porque necessita de sangue humano para o desenvolvimento de seus ovos e para seu metabolismo. O macho não se alimenta de sangue.

O mosquito é mais ativo no início da manhã e ao anoitecer, fazendo com que esses sejam os períodos de maior risco de picadas. No entanto, as fêmeas, que precisam continuar se alimentando, buscarão uma fonte de sangue em outros momentos. A fêmea Aedes aegypti se alimenta a cada 3-4 dias; no entanto, se eles não conseguem tirar sangue suficiente, eles continuam a se alimentar a cada momento que podem.

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O Aedes aegypti prefere colocar seus ovos em recipientes artificiais contendo água (principalmente tambores, barris e pneus) dentro e ao redor de casas, escolas e locais de trabalho. Ovos de Aedes aegypti podem resistir a condições ambientais secas por mais de um ano: na verdade, esta é uma das estratégias mais importantes que a espécie emprega para sobreviver e se espalhar.
 

Para eliminar os mosquitos, são recomendadas as seguintes ações: evite deixar água parada em recipientes ao ar livre (potes, garrafas ou outros recipientes que possam coletar água) para que não se tornem criadouros de mosquitos; cubra adequadamente os tanques e reservatórios de água para manter os mosquitos afastados; e evite acumular lixo, jogando-o fora em sacos plásticos fechados.

  • La OPS/OMS brinda asesoramiento y apoyo técnico para la prevención y el control del dengue sobre la base de una estrategia regional, adoptada por los Estados miembros de la OPS/OMS en 2016, denominada "Estrategia para la Prevención y Control de las Enfermedades Arbovirales" (CD55.R6).
  • En 2008, los Estados Miembros de la OPS/OMS establecieron una Red de Laboratorios del Dengue de las Américas (RELDA) para fortalecer las capacidades técnicas de diagnóstico del dengue. Actualmente, la RELDA ha sido ampliada para incluir el chikungunya y la fiebre de Zika y hoy está integrada por 32 laboratorios en 26 países de la Región.
  • La OPS/OMS está apoyando el desarrollo de un modelo de sistema integrado de vigilancia del dengue en el contexto de la circulación de otras arbovirosis para generar información estandarizada para todas las Américas.
  • En el 2010 la OPS/OMS adaptó las guías clínicas 2009 de la OMS sobre el manejo de pacientes con dengue para su uso en las Américas. Después de su implementación, la tasa de letalidad en casos de dengue disminuyó de 0.07% a 0.05% en el 2019, es decir una reducción del 30%. Una segunda edición de esta guía fue publicada en 2015, incorporando nuevos elementos, incluido el dengue durante el embarazo, dengue en recién nacidos, dengue en ancianos y preparación y respuesta ante brotes de dengue.
  • En 2016 se publicó un instrumento para el diagnóstico y la atención a pacientes con sospecha de arbovirosis (dengue, chikungunya y Zika). Actualmente se trabaja en el desarrollo de la primera guía clínica de arbovirosis siguiendo la metodología GRADE. Esta guía será publicada en el 2020.

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A dengue é uma doença viral transmitida por mosquitos que nos últimos anos se espalhou rapidamente por todas as regiões da Organização Mundial da Saúde (OMS). O vírus da dengue é transmitido por mosquitos fêmea, principalmente da espécie Aedes aegypti e, em menor proporção, da espécie Aedes albopictus. Esses mosquitos também transmitem chikungunya e zika. A dengue é generalizada ao longo dos trópicos, com variações locais de risco influenciadas pela precipitação, temperatura e rápida urbanização não planejada. Nas Américas, o principal vetor da dengue é o mosquito Aedes aegypti.

Existem quatro distintos, porém intimamente relacionados, sorotipos do vírus que causa a dengue (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4). A recuperação da infecção fornece imunidade vitalícia contra o sorotipo adquirido. Entretanto, a imunidade cruzada para os outros sorotipos após a recuperação é apenas parcial e temporária. Infecções subsequentes aumentam o risco do desenvolvimento de dengue grave.

Foto: OPAS/OMS. Campanha contra os mosquitos: crianças também colaboram. 

  • Cerca de 500 milhões de pessoas nas Américas correm o risco de contrair dengue.
  • O número de casos de dengue na Região aumentou nas últimas quatro décadas, passando de 1,5 milhão de casos acumulados na década de 1980 para 16,2 milhões na década de 2010-2019.
  • Em 2013, ano epidêmico para a Região, foram registrados pela primeira vez mais de 2 milhões de casos e uma incidência de 430,8 por cada 100 mil habitantes. Também foram notificados 37.692 casos de dengue grave e 1.280 mortes no continente. Em 2019, foram registrados pouco mais de 3,1 milhões de casos, 28 mil graves e 1.534 óbitos.
  • Os quatro sorotipos da dengue (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DEN-V 4) circulam pelas Américas e, em alguns casos, simultaneamente.
  • A infecção com um sorotipo seguida por outra infecção com um sorotipo diferente aumenta o risco de dengue grave e até morte.
  • Nas Américas, o Aedes aegypti é o mosquito vetor da dengue e está amplamente distribuído por todo o território, apenas o Canadá e o Chile continental estão livres da dengue e do vetor. O Uruguai não tem casos de dengue, mas tem o Ae. aegypti.
  • A incidência global da dengue cresceu drasticamente nas últimas décadas. Aproximadamente metade da população mundial está em risco de contrair a doença.
  • A dengue ocorre em climas tropicais e subtropicais, principalmente em áreas urbanas e semiurbanas.
  • A dengue grave é uma das principais causas de doenças graves e morte entre crianças em alguns países da Ásia e da América Latina.
  • Não existe tratamento específico para dengue ou dengue grave. No entanto, a detecção precoce e o acesso a cuidados médicos adequados reduzem as taxas de mortalidade para abaixo de 1%.
  • A prevenção e o controle da dengue dependem de medidas efetivas de controle de vetores.

  • É transmitida pela picada de um mosquito infectado com um dos quatro sorotipos do vírus da dengue.
  • É uma doença febril que afeta bebês, crianças e adultos. A infecção pode ser assintomática ou pode apresentar sintomas que variam de febre baixa a febre alta incapacitante, com forte dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dores musculares e nas articulações e erupções cutâneas. A doença pode progredir para dengue grave, caracterizada por choque, falta de ar, sangramento intenso e/ou complicações graves nos órgãos.
  • Não existe um medicamento específico para tratar a dengue.
  • A doença tem um padrão sazonal: a maioria dos casos no hemisfério sul ocorre na primeira parte do ano e a maioria dos casos no hemisfério norte ocorre na segunda metade.
  • A prevenção e o controle da dengue devem ser intersetoriais e envolver a família e a comunidade.

O Aedes aegypti é o vetor que apresenta o maior risco de transmissão de arbovírus nas Américas e está presente em quase todos os países do hemisfério (exceto Canadá e Chile continental). É um mosquito doméstico (que vive dentro e perto das casas) que se reproduz em qualquer recipiente artificial ou natural que contenha água parada.

O mosquito pode completar seu ciclo de vida, do ovo ao adulto, entre 7 e 10 dias; os mosquitos adultos geralmente vivem de 4 a 6 semanas. A fêmea Aedes aegypti é responsável pela transmissão de doenças porque necessita de sangue humano para o desenvolvimento de seus ovos e para seu metabolismo. O macho não se alimenta de sangue.

O mosquito é mais ativo no início da manhã e ao anoitecer, fazendo com que esses sejam os períodos de maior risco de picadas. No entanto, as fêmeas, que precisam continuar se alimentando, buscarão uma fonte de sangue em outros momentos. A fêmea Aedes aegypti se alimenta a cada 3-4 dias; no entanto, se eles não conseguem tirar sangue suficiente, eles continuam a se alimentar a cada momento que podem.

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O Aedes aegypti prefere colocar seus ovos em recipientes artificiais contendo água (principalmente tambores, barris e pneus) dentro e ao redor de casas, escolas e locais de trabalho. Ovos de Aedes aegypti podem resistir a condições ambientais secas por mais de um ano: na verdade, esta é uma das estratégias mais importantes que a espécie emprega para sobreviver e se espalhar.
 

Para eliminar os mosquitos, são recomendadas as seguintes ações: evite deixar água parada em recipientes ao ar livre (potes, garrafas ou outros recipientes que possam coletar água) para que não se tornem criadouros de mosquitos; cubra adequadamente os tanques e reservatórios de água para manter os mosquitos afastados; e evite acumular lixo, jogando-o fora em sacos plásticos fechados.

  • La OPS/OMS brinda asesoramiento y apoyo técnico para la prevención y el control del dengue sobre la base de una estrategia regional, adoptada por los Estados miembros de la OPS/OMS en 2016, denominada "Estrategia para la Prevención y Control de las Enfermedades Arbovirales" (CD55.R6).
  • En 2008, los Estados Miembros de la OPS/OMS establecieron una Red de Laboratorios del Dengue de las Américas (RELDA) para fortalecer las capacidades técnicas de diagnóstico del dengue. Actualmente, la RELDA ha sido ampliada para incluir el chikungunya y la fiebre de Zika y hoy está integrada por 32 laboratorios en 26 países de la Región.
  • La OPS/OMS está apoyando el desarrollo de un modelo de sistema integrado de vigilancia del dengue en el contexto de la circulación de otras arbovirosis para generar información estandarizada para todas las Américas.
  • En el 2010 la OPS/OMS adaptó las guías clínicas 2009 de la OMS sobre el manejo de pacientes con dengue para su uso en las Américas. Después de su implementación, la tasa de letalidad en casos de dengue disminuyó de 0.07% a 0.05% en el 2019, es decir una reducción del 30%. Una segunda edición de esta guía fue publicada en 2015, incorporando nuevos elementos, incluido el dengue durante el embarazo, dengue en recién nacidos, dengue en ancianos y preparación y respuesta ante brotes de dengue.
  • En 2016 se publicó un instrumento para el diagnóstico y la atención a pacientes con sospecha de arbovirosis (dengue, chikungunya y Zika). Actualmente se trabaja en el desarrollo de la primera guía clínica de arbovirosis siguiendo la metodología GRADE. Esta guía será publicada en el 2020.

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A dengue é uma doença viral transmitida por mosquitos que nos últimos anos se espalhou rapidamente por todas as regiões da Organização Mundial da Saúde (OMS). O vírus da dengue é transmitido por mosquitos fêmea, principalmente da espécie Aedes aegypti e, em menor proporção, da espécie Aedes albopictus. Esses mosquitos também transmitem chikungunya e zika. A dengue é generalizada ao longo dos trópicos, com variações locais de risco influenciadas pela precipitação, temperatura e rápida urbanização não planejada. Nas Américas, o principal vetor da dengue é o mosquito Aedes aegypti.

Existem quatro distintos, porém intimamente relacionados, sorotipos do vírus que causa a dengue (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4). A recuperação da infecção fornece imunidade vitalícia contra o sorotipo adquirido. Entretanto, a imunidade cruzada para os outros sorotipos após a recuperação é apenas parcial e temporária. Infecções subsequentes aumentam o risco do desenvolvimento de dengue grave.

Foto: OPAS/OMS. Campanha contra os mosquitos: crianças também colaboram. 

  • Cerca de 500 milhões de pessoas nas Américas correm o risco de contrair dengue.
  • O número de casos de dengue na Região aumentou nas últimas quatro décadas, passando de 1,5 milhão de casos acumulados na década de 1980 para 16,2 milhões na década de 2010-2019.
  • Em 2013, ano epidêmico para a Região, foram registrados pela primeira vez mais de 2 milhões de casos e uma incidência de 430,8 por cada 100 mil habitantes. Também foram notificados 37.692 casos de dengue grave e 1.280 mortes no continente. Em 2019, foram registrados pouco mais de 3,1 milhões de casos, 28 mil graves e 1.534 óbitos.
  • Os quatro sorotipos da dengue (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DEN-V 4) circulam pelas Américas e, em alguns casos, simultaneamente.
  • A infecção com um sorotipo seguida por outra infecção com um sorotipo diferente aumenta o risco de dengue grave e até morte.
  • Nas Américas, o Aedes aegypti é o mosquito vetor da dengue e está amplamente distribuído por todo o território, apenas o Canadá e o Chile continental estão livres da dengue e do vetor. O Uruguai não tem casos de dengue, mas tem o Ae. aegypti.
  • A incidência global da dengue cresceu drasticamente nas últimas décadas. Aproximadamente metade da população mundial está em risco de contrair a doença.
  • A dengue ocorre em climas tropicais e subtropicais, principalmente em áreas urbanas e semiurbanas.
  • A dengue grave é uma das principais causas de doenças graves e morte entre crianças em alguns países da Ásia e da América Latina.
  • Não existe tratamento específico para dengue ou dengue grave. No entanto, a detecção precoce e o acesso a cuidados médicos adequados reduzem as taxas de mortalidade para abaixo de 1%.
  • A prevenção e o controle da dengue dependem de medidas efetivas de controle de vetores.

  • É transmitida pela picada de um mosquito infectado com um dos quatro sorotipos do vírus da dengue.
  • É uma doença febril que afeta bebês, crianças e adultos. A infecção pode ser assintomática ou pode apresentar sintomas que variam de febre baixa a febre alta incapacitante, com forte dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dores musculares e nas articulações e erupções cutâneas. A doença pode progredir para dengue grave, caracterizada por choque, falta de ar, sangramento intenso e/ou complicações graves nos órgãos.
  • Não existe um medicamento específico para tratar a dengue.
  • A doença tem um padrão sazonal: a maioria dos casos no hemisfério sul ocorre na primeira parte do ano e a maioria dos casos no hemisfério norte ocorre na segunda metade.
  • A prevenção e o controle da dengue devem ser intersetoriais e envolver a família e a comunidade.

O Aedes aegypti é o vetor que apresenta o maior risco de transmissão de arbovírus nas Américas e está presente em quase todos os países do hemisfério (exceto Canadá e Chile continental). É um mosquito doméstico (que vive dentro e perto das casas) que se reproduz em qualquer recipiente artificial ou natural que contenha água parada.

O mosquito pode completar seu ciclo de vida, do ovo ao adulto, entre 7 e 10 dias; os mosquitos adultos geralmente vivem de 4 a 6 semanas. A fêmea Aedes aegypti é responsável pela transmissão de doenças porque necessita de sangue humano para o desenvolvimento de seus ovos e para seu metabolismo. O macho não se alimenta de sangue.

O mosquito é mais ativo no início da manhã e ao anoitecer, fazendo com que esses sejam os períodos de maior risco de picadas. No entanto, as fêmeas, que precisam continuar se alimentando, buscarão uma fonte de sangue em outros momentos. A fêmea Aedes aegypti se alimenta a cada 3-4 dias; no entanto, se eles não conseguem tirar sangue suficiente, eles continuam a se alimentar a cada momento que podem.

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O Aedes aegypti prefere colocar seus ovos em recipientes artificiais contendo água (principalmente tambores, barris e pneus) dentro e ao redor de casas, escolas e locais de trabalho. Ovos de Aedes aegypti podem resistir a condições ambientais secas por mais de um ano: na verdade, esta é uma das estratégias mais importantes que a espécie emprega para sobreviver e se espalhar.
 

Para eliminar os mosquitos, são recomendadas as seguintes ações: evite deixar água parada em recipientes ao ar livre (potes, garrafas ou outros recipientes que possam coletar água) para que não se tornem criadouros de mosquitos; cubra adequadamente os tanques e reservatórios de água para manter os mosquitos afastados; e evite acumular lixo, jogando-o fora em sacos plásticos fechados.

  • La OPS/OMS brinda asesoramiento y apoyo técnico para la prevención y el control del dengue sobre la base de una estrategia regional, adoptada por los Estados miembros de la OPS/OMS en 2016, denominada "Estrategia para la Prevención y Control de las Enfermedades Arbovirales" (CD55.R6).
  • En 2008, los Estados Miembros de la OPS/OMS establecieron una Red de Laboratorios del Dengue de las Américas (RELDA) para fortalecer las capacidades técnicas de diagnóstico del dengue. Actualmente, la RELDA ha sido ampliada para incluir el chikungunya y la fiebre de Zika y hoy está integrada por 32 laboratorios en 26 países de la Región.
  • La OPS/OMS está apoyando el desarrollo de un modelo de sistema integrado de vigilancia del dengue en el contexto de la circulación de otras arbovirosis para generar información estandarizada para todas las Américas.
  • En el 2010 la OPS/OMS adaptó las guías clínicas 2009 de la OMS sobre el manejo de pacientes con dengue para su uso en las Américas. Después de su implementación, la tasa de letalidad en casos de dengue disminuyó de 0.07% a 0.05% en el 2019, es decir una reducción del 30%. Una segunda edición de esta guía fue publicada en 2015, incorporando nuevos elementos, incluido el dengue durante el embarazo, dengue en recién nacidos, dengue en ancianos y preparación y respuesta ante brotes de dengue.
  • En 2016 se publicó un instrumento para el diagnóstico y la atención a pacientes con sospecha de arbovirosis (dengue, chikungunya y Zika). Actualmente se trabaja en el desarrollo de la primera guía clínica de arbovirosis siguiendo la metodología GRADE. Esta guía será publicada en el 2020.

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