Como funciona a aplicação de Injetaveis?

Os medicamentos injetáveis possuem esse nome devido à sua forma de aplicação, que é feita por meio de injeção. Eles representam um grande avanço na medicina e se configuram como importantes mecanismos para garantir maior eficácia nos tratamentos dos mais variados tipos de doenças, além de promoverem a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos. Você sabe quando medicamentos injetáveis são mais indicados?

Sua administração costuma ser feita na veia, na pele ou no músculo, podendo ser aplicada em outras partes do corpo, dependendo do caso. Os injetáveis são utilizados quando há necessidade de absorção mais rápida pelo organismo, visto que a administração via oral é mais lenta.

O medicamento só pode ser injetado se tiver sido preparado com técnica asséptica. Por isso, é importante que sejam preparados e administrados por profissionais qualificados que conhecem a maneira correta de usar o remédio para que não haja possíveis efeitos colaterais e danos à saúde do paciente.

Por cair diretamente na corrente sanguínea, o efeito é praticamente instantâneo em casos de dor. As agulhas mais indicadas são as que possuem, respectivamente, comprimento/calibre 30×8 ou 25×8, pois a probabilidade de fragmentar as rolhas é menor que em outros tamanhos como 40×12.

Também é importante estar atento às orientações do fabricante sobre o processo de diluição do produto. No geral, ela é feita com água estéril para injeção, cloreto de sódio 0,9% e glicose 5%.

Alguns exemplos dos medicamentos injetáveis mais conhecidos são: voltaren, diclofenaco, benzilpenicilina, morfina, dexametasona, anticoncepcionais, insulina, entre outros. Conheça abaixo as formas de administração mais comuns:

Intramuscular

Neste caso, o medicamento é administrado diretamente na massa muscular do paciente, geralmente na região do tríceps e glúteo, sendo o último o mais comum. A quantidade de remédio aplicada está relacionada às características do músculo. Por isso, é preciso estar atento às recomendações do fabricante para não comprometer os resultados.

Intravenosa

Consiste na aplicação da substância líquida diretamente na veia, alcançando a corrente sanguínea no mesmo instante para que o efeito do medicamento seja mais rápido. Trata-se de um processo delicado, então requer muito cuidado na hora de injetar o remédio. Existem dois tipos: intravenosa direta, quando diretamente na veia; e infusão intravenosa, quando a aplicação pode levar algumas horas porque a sua administração é gota a gota através da veia.

Subcutânea

O medicamento é injetado no tecido adiposo, logo abaixo da derme. Para que o tecido absorva corretamente e continuamente a substância, a aplicação deve ser mais lenta do que nos outros casos. Este tipo de injeção costuma ser utilizado para aplicação de medicamentos como insulina, morfina, goserelina, diacetilmorfina, entre outros.

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Tempo de leitura: 8 minutos

Administrar medicamentos exige responsabilidade e atenção. Garantir que uma injeção seja feita na via certa garante efetividade e segurança para o paciente.

Mas como saber quais são as principais vias de aplicação de injetáveis? Simples. É obrigatório que a prescrição contenha a indicação da via de aplicação. As bulas e as bases de dados sobre medicamentos devem ser consideradas como fontes de informação para avaliação da prescrição e decisões referentes ao preparo e aplicação.

Neste artigo, você vai encontrar as vantagens, riscos e principais informações sobre as vias de aplicação de injetáveis mais utilizadas:

  • Endovenosa (EV);
  • Intradérmica (ID);
  • Intramuscular (IM) e
  • Subcutânea (SC).

Em cada via, um tecido diferente recebe o medicamento e, por este motivo, são diferentes os tempos de absorção.

Nas farmácias a maioria das injeções realizadas são feitas na via IM e SC. Aplicações na via intradérmica e endovenosa, apesar de permitidas, são pouco frequentes.

Antes de me aprofundar em cada via de aplicação, gostaria de recomendar a leitura do artigo “Aplicação de vacinas injetáveis – cuidados especiais sobre vias e regiões” que está disponível no blog.

Agora sim, vamos lá?

VIA ENDOVENOSA

Na via endovenosa (EV), também descrita como intravenosa (IV), o início de ação do medicamento é imediato, pois ele é administrado diretamente na corrente sanguínea. Esta é uma vantagem importante, especialmente, em urgências. Por este motivo, esta via é bastante utilizada nos hospitais.

Esta é uma via que requer grande habilidade pelo profissional. Como a procura pela endovenosa é pouco frequente nas farmácias, é raro encontrar profissionais experientes nestes estabelecimentos.

Além do efeito rápido, outra vantagem desta via é a capacidade de administrar grandes volumes de solução. Os riscos são: a flebite (inflamação da veia por irritação química ou mecânica) e o extravasamento do medicamento no espaço intersticial.

Muita atenção aos cuidados fundamentais:

  • Antes de aplicar, sempre confirmar se a agulha ou cateter está, de fato, dentro da veia;
  • Utilizar velocidade determinada em referências técnicas para o medicamento.

Preferencialmente ao conjunto agulha e seringa, na via endovenosa deve-se utilizar cateter venoso periférico que pode ser:

  • Agulha tipo borboleta, que pode ser usado na injeção de medicamentos em bolus e
  • Cateter sobre agulha, que é mais confortável e não limita os movimentos do paciente.

Para a escolha do cateter, é preciso conhecer sua descrição de medida. A unidade usada é o gauge. Quanto maior o gauge, menor o calibre da cânula do cateter. Os calibres menores, como os de 27G a 24G, são mais indicados para crianças, bebês, idosos, veias estreitas e pele resistente.

Já os calibres maiores, como os de 19G a 14G, são usados quando há necessidade de infusão rápida, administração de sangue e componentes do sangue; exige veias calibrosas. Os calibres 21G e 20G são de uso mais frequente.

Nesta via, o ângulo de aplicação é, geralmente, de 30° e a agulha deve ser introduzida com o bisel apontado para cima.

VIA INTRADÉRMICA (ID)

Nesta via, o medicamento é aplicado na derme, região onde o aporte sanguíneo é reduzido e a absorção acontece lentamente. É pouco utilizada, apenas para aplicação de vacinas e realização de testes, também chamados de testes cutâneos ou testes alérgicos.

Como exemplo de vacina, temos a BCG (Bacillus Calmette-Guérin), contra a tuberculose, que é aplicada no recém-nascido. Entre os testes, há o PPD (Purified Protein Derivative) usado para diagnóstico de tuberculose e o de sensibilidade à penicilina. Normalmente não são administrados em farmácias.

As áreas usadas para a ID são a face interna do antebraço e a parte superior das costas. Deve-se dar preferência para locais pouco pigmentados, livres de lesões e com poucos pelos.

É característica da ID a formação de uma pápula, uma pequena bolsa formada pelo líquido que se acomoda dentro da fina camada da pele.

A injeção deve ser feita com ângulo de 5 a 15 graus e com bisel apontado para cima.

A seringa geralmente utilizada é a que tem capacidade de 1 mililitro (1 mL), conhecida como seringa de tuberculina, geralmente acompanhada de agulha com 13 milímetros (mm) de comprimento.

VIA INTRAMUSCULAR (IM)

É a via usada para aplicação de alguns dos medicamentos mais frequentes nas prescrições atendidas nas farmácias: anti-inflamatórios, anticoncepcionais, vacinas e antibióticos.

Esta injeção promove maior rapidez na absorção, quando comparada com a aplicação subcutânea. Ela oferece o benefício de uma duração de efeito maior do que a endovenosa.

Os locais recomendados (ventroglúteo, dorsoglúteo, vasto lateral e deltóide) têm tecido muscular com espessura compatível com a administração dos volumes recomendados.

Nenhuma injeção é isenta de complicações. Na intramuscular, é possível ocorrer abscessos, nódulos, eritema, edema, hematomas e paralisia. As complicações estão geralmente relacionadas à(ao):

  • Erro na definição do local, o que leva ao risco de atingir vasos sanguíneos de maior calibre ou lesões em nervos;
  • Erro na técnica de aplicação;
  • Aplicação do medicamento no tecido subcutâneo ao invés do tecido intramuscular, com consequente comprometimento no efeito, formação de inflamação, nódulos, abscessos e dor no local;
  • Refluxo (retorno do medicamento através do corte feito pela agulha), o que causa perda do volume administrado (dose inferior à prescrita). Saiba como evitar o refluxo assistindo ao vídeo “Como aplicar anticoncepcionais injetáveis sem erro”.

A escolha da agulha certa tem um papel fundamental para garantir a injeção no músculo. Por isso, aprenda como escolher agulhas para injeções na via intramuscular com o vídeo disponível em nosso blog.

A posição do paciente interfere no conforto, facilita a delimitação do local e a realização da técnica. Posições que mantêm os músculos relaxados reduzem a dor. A maioria das literaturas recomenda que o paciente esteja deitado (posição de decúbito) ou sentado.

VIA SUBCUTÂNEA (SC)

Injeções subcutâneas são muito frequentes. Vacinas, anticoagulantes, hormônios, insulinas, incretinas e anticorpos monoclonais são exemplos de medicamentos administradas por esta via.

A administração é feita no tecido conjuntivo que fica abaixo da derme. Tem como vantagens absorção lenta e uniforme, efeito constante do medicamento e fácil aplicação, o que permite autoaplicação.

A autoaplicação é bem frequente e o profissional de saúde tem papel fundamental para educar o paciente e os cuidadores sobre os procedimentos indicados para garantir segurança e eficácia na terapia.

Para a escolha da agulha, sabe-se que aquelas que têm os menores comprimentos são as mais indicadas. Saiba mais sobre escolha de agulha para subcutânea acessando este conteúdo que preparamos especialmente para você.

As regiões recomendadas para aplicação subcutânea são:

  • Nos braços, no terço médio da face posterior dos braços. Para delimitar esta região, cria-se uma linha imaginária distante, aproximadamente, três a quatro dedos a partir da axila e outra linha distante, aproximadamente, três a quatro dedos acima do cotovelo.
  • Nas coxas, no terço médio da face anterior e lateral externa superior. Para delimitar esta região, cria-se uma linha imaginária distante, aproximadamente, três a quatro dedos a partir da virilha e outra linha distante, aproximadamente, três a quatro dedos acima do joelho.
  • No abdome, nas regiões laterais direita e esquerda, distante três a quatro dedos da cicatriz umbilical.
  • Nas nádegas, nos quadrantes superiores laterais externos.

Atenção, tenho uma dica importante! Os dedos considerados para a delimitação dos locais para aplicação devem ser do paciente.

Em aplicações frequentes, como insulina e anticoagulantes, deve ser feito o rodízio para preservar o tecido e evitar a formação de complicações locais, como a lipo-hipertrofia, comum entre os que usam insulina, causada pelo excesso de injeções sem respeitar um intervalo de tempo. Na educação para a autoaplicação, o farmacêutico deve explicar sobre a importância do rodízio e orientar o cliente e cuidadores quanto ao seu planejamento.

Neste artigo eu procurei falar sobre as principais vias de aplicação de injetáveis. Gosto sempre de dizer que aplicação de injeções requer conhecimento, pois é uma tarefa que exige muita responsabilidade. Por isso, é importante sempre estudar!

Fico à disposição para mais esclarecimentos e aguardo seus comentários e sugestões!

Há, lembre-se de compartilhar esse conteúdo com outros colegas!

Quais são os passos para aplicação de injetáveis?

Faça a antissepsia do local utilizando algodão embebido em álcool 70% ou álcool swab; Pince a dobra subcutânea da região com os dedos indicador e polegar, fazendo uma prega; Insira a agulha em um ângulo de 45 ou 90º, dependendo do medicamento e do comprimento da agulha.

Como funciona medicamentos Injetaveis?

Sua administração costuma ser feita na veia, na pele ou no músculo, podendo ser aplicada em outras partes do corpo, dependendo do caso. Os injetáveis são utilizados quando há necessidade de absorção mais rápida pelo organismo, visto que a administração via oral é mais lenta.

Quais os cuidados para se administrar medicamentos injetáveis?

Ler a bula é fundamental, sempre! Além disso, é importante verificar se o medicamento que foi prescrito pode ser, realmente, administrado pela via definida na receita. Outro aspecto relativo ao cuidado na aplicação é a velocidade da administração.

Quais os locais de aplicação de injeção?

Os locais usuais para a aplicação de injeção IM são: o músculo deltóide (região deltóide — D), os músculos da região glútea (região dorso-glútea — DG e região ventro-glútea — VG) e os mús- culos da face lateral da coxa (região da face ântero-lateral da coxa) — FALC).

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