If you're seeing this message, it means we're having trouble loading external resources on our website.
Se você está atrás de um filtro da Web, certifique-se que os domínios *.kastatic.org e *.kasandbox.org estão desbloqueados.
Quando estudamos Genética, devemos estar atentos a alguns importantes conceitos. Genótipo e fenótipo, por exemplo, são conceitos essenciais para a compreensão da hereditariedade.
Tópicos deste artigo
- 1 - O que é genótipo?
- 2 - O que é fenótipo?
O que é genótipo?
Definimos como genótipo a constituição genética de um organismo, ou seja, o conjunto de genes que um indivíduo possui. Essa constituição genética é proveniente dos ancestrais que esse ser possui.
Nos seres humanos, o genótipo é formado por uma combinação entre os genes do pai e da mãe. Imagine, por exemplo, que uma mulher apresente pigmentação normal da pele, mas que possua um gene para o albinismo, sendo ela, portanto, Aa. Quando nos referimos aos genes que ela possui, referimo-nos ao seu genótipo.
O que é fenótipo?
O fenótipo é a expressão do genótipo mais a interação do ambiente. Quando falamos da cor da pele de uma pessoa, estamos falando de uma característica que surgiu em decorrência de informações presentes em seu DNA, entretanto, essa mesma pessoa pode expor-se ao sol por várias horas durante o dia, causando alterações em seu tom de pele. É por isso que dizemos que o fenótipo é igual ao genótipo mais influências do meio.
Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)
De maneira simplificada, podemos dizer que:
Fenótipo = Genótipo + Ambiente
É importante salientar que muitas vezes ouvimos dizer que o fenótipo é uma expressão observável do genótipo. Entretanto, nem todos os fenótipos são observáveis. Um bom exemplo são os grupos sanguíneos. Cada tipo de sangue é determinado por um genótipo diferente, entretanto, não conseguimos observar que tipo sanguíneo uma pessoa tem sem o uso de técnicas especiais.
ATENÇÃO: Diferentes genótipos podem dar origem ao mesmo fenótipo. Isso acontece porque existem genes dominantes e genes recessivos. Os genes dominantes expressam seu fenótipo mesmo quando ocorrem em dose única. Os genes recessivos só se expressam aos pares.
Por Ma. Vanessa dos Santos
Fenótipo é um importante conceito adotado em Genética e costuma ser definido como o conjunto de características observáveis de um organismo. Nesse sentido, incluem-se nesse conjunto as características morfológicas e fisiológicas de um indivíduo.
→ O que determina o fenótipo?
Como dito anteriormente, o fenótipo nada mais é que a totalidade das características observáveis de um indivíduo, as quais são determinadas pelo conjunto de nossos genes. Diante disso, podemos dizer que o fenótipo é a expressão do genótipo. Entretanto, é importante salientar que o fenótipo não é determinado apenas pelos genes, sofrendo influência também do meio no qual esteja inserido um indivíduo.
Costuma-se resumir a relação entre genótipo e fenótipo da seguinte forma:
Genótipo + Ambiente → Fenótipo
Um exemplo fácil de ser compreendido em relação ao fenótipo é a cor da nossa pele. Imagine que uma pessoa apresente pele clara, mas, após alguns dias na praia, verifica-se o seu escurecimento por causa da produção de melanina. A cor de pele clara foi determinada geneticamente, entretanto, seu tom é influenciado pelo meio, nesse caso, pela exposição ao sol na praia.
Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)
Podemos perceber, portanto, que o fenótipo é variável ao longo do desenvolvimento de um indivíduo e que o apresentado no momento atual é dependente do fenótipo apresentado anteriormente pelo organismo. Isso é facilmente notado quando observamos uma criança e suas mudanças ao longo dos anos de vida.
→ Todo o fenótipo é facilmente observável?
Geralmente, quando falamos que o fenótipo é uma característica observável, enfatizamos características como pele, cabelo e olhos. Entretanto, o fenótipo não é apenas a aparência física do organismo. Um exemplo que gera confusão é o tipo sanguíneo. Quando dizemos que alguém tem sangue A, B, AB ou O, estamos referindo-nos a seu fenótipo que, apesar de não ser observado facilmente, pode ser
identificado por meio de técnicas laboratoriais.
Por Ma. Vanessa Sardinha dos Santos
Equipa de investigadores descobriu que o ambiente social em que o indivíduo se desenvolve pode reverter efeitos genéticos do seu comportamento, um dado particularmente importante quando as experiências recorrerem a animais geneticamente modificados. O estudo publicado na revista ELife analisou os comportamentos associados à oxitocina, uma das conhecidas “hormonas da felicidade”, e mostrou que estes podem ser revertidos no indivíduo, com ou sem oxitocina, consoante o grupo social com que interage.
As interações entre indivíduos da mesma espécie moldam muitos aspetos da sua biologia, incluindo o seu comportamento social. Os efeitos sociais genéticos ocorrem quando o fenótipo de um indivíduo, definido como as suas características observáveis, é afetado pelas características genéticas dos outros indivíduos da sua espécie. A equipa de investigação liderada por Rui Oliveira estudou o papel da oxitocina, uma molécula com um papel importante na regulação do vínculo social. Usando o peixe-zebra (Danio rerio) como organismo modelo, os investigadores procuraram perceber a forma como os efeitos sociais genéticos afetam a interação entre o indivíduo e o seu ambiente social ou, neste caso, o seu cardume. Para tal, usaram dois tipos de peixe-zebra: uns semelhantes aos encontrados na natureza e outros nos quais o gene da oxitocina foi removido, deixando de estar funcional.
Os resultados do estudo mostram que tanto a preferência como a integração e a influência sociais mudam dependendo da presença ou ausência da oxitocina no cardume. Contrariamente, a genética do indivíduo é o que determina se este consegue criar memórias e por isso discriminar entre cardumes diferentes. “As diferenças genéticas do grupo social interagem com as do indivíduo durante a aquisição de comportamentos sociais e durante o seu desenvolvimento, podendo em alguns casos reverter características comportamentais associadas à oxitocina”, explica Rui Oliveira.
Estes resultados têm especial interesse quando se desenham modelos experimentais com edição de genes. “Os nossos resultados realçam a necessidade de maior cuidado no desenho e interpretação de estudos que usam organismos geneticamente modificados, já que as diferenças comportamentais observadas podem ser consequência de efeitos sociais genéticos e não da edição genética em estudo”, acrescenta Rui Oliveira.
Ler artigo científico
Ler Comunicado de Imprensa