Doenças causadas pelo excesso de água

A água, apesar de ser essencial para nossa sobrevivência, está relacionada com diversas doenças que afetam os seres humanos. Denominamos de doenças relacionadas com a água aquelas que sua transmissão, de alguma maneira, está ligada a essa substância. Essas doenças podem estar diretamente relacionadas com a água, quando são ocasionadas, por exemplo, por sua ingestão, ou indiretamente, isto é, quando a água serve de criadouro para algum vetor, como é o caso da dengue.

De uma maneira geral, as doenças relacionadas com a água poderiam ser evitadas com medidas bastante simples. Além disso, o investimento em saneamento básico é essencial para evitar grande parte dessas enfermidades.

Tópicos deste artigo

  • 1 - → As formas de transmissão das doenças relacionadas com a água
  • 2 - → As formas de prevenção contra as doenças relacionadas com a água

As formas de transmissão das doenças relacionadas com a água

Veja as principais formas de transmissão:

  • Doenças relacionadas com a ingestão de água contaminada:A ingestão de água que contém substâncias ou organismos patogênicos pode desencadear uma série de problemas, que, na maioria das vezes, resultam em casos de diarreia. Uma das principais doenças relacionadas com a ingestão de água contaminada é a amebíase, causada pela Entamoeba histolytica. Essa doença pode causar febre, dores abdominais, diarreia com sangue, flatulência, anemia e, até mesmo, morte. Além da amebíase, podemos citar a cólera, a giardíase e a hepatite A.

  • Doenças relacionadas com o contato com água contaminada: Algumas vezes o simples contato com a água pode expor nosso corpo a agentes patogênicos. Esse é o caso da esquistossomose, que é transmitida após a penetração de larvas (cercárias) pela nossa pele e mucosas. Essa doença pode ser aguda ou crônica. Na fase aguda, pode desencadear diarreia, febre, dores de cabeça, emagrecimento, náusea e vômitos. Na fase crônica, podem ocorrer problemas como o aumento do fígado. Outro exemplo de doença transmitida dessa maneira é a leptospirose, causada por urina de rato contaminada.

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  • Doenças relacionadas com a falta de saneamento básico e má higiene: A falta de saneamento básico e hábitos de higiene precários podem colocar o sujeito em situações de risco. Ao não lavar as mãos adequadamente ou ainda não lavar os alimentos ou lavá-los com água contaminada, podemos entrar em contato com agentes patogênicos, sendo esse o caso de algumas verminoses, como a ascaridíase, também chamada de lombriga.

  • Doenças relacionadas com vetores que se desenvolvem na água:Nesse caso, temos doenças transmitidas por organismos que passam parte do seu ciclo de vida na água e são essenciais para a transmissão de algumas enfermidades. Como exemplo de doenças transmitidas por vetores e que se relacionam com a água, podemos citar a malária, a zika, a chikungunya e a dengue. Em todos os casos citados, a doença é transmitida por um mosquito, que passa parte de seu desenvolvimento em ambientes aquáticos.

As formas de prevenção contra as doenças relacionadas com a água

Como é possível perceber, as formas de prevenção quando o assunto é doenças relacionadas com a água são várias, uma vez que existem diferentes formas de transmissão. Apesar desse fator, algumas medidas básicas são fundamentais para evitar essas e outras doenças:

  • Lavar bem as mãos e os alimentos;

  • Beber apenas água filtrada ou fervida;

  • Não fazer as necessidades fisiológicas em locais não apropriados;

  • Não deixar expostos recipientes que podem acumular água;

  • Tampar a caixa d'água.;

  • Não jogar lixo em ambientes aquáticos e em locais impróprios para o descarte desse material;

  • Evitar água de enchentes e locais em que a qualidade da água não é conhecida.

Por Ma. Vanessa dos Santos

Você provavelmente já deve ter ouvido que precisa tomar bastante água, pelo menos dois litros por dia. Para você pode até ser difícil ingerir essa quantidade, mas há pessoas com algumas condições e doenças que sentem mais sede do que o normal.

A sede é a vontade de ingerir líquidos, ela ocorre quando o hipotálamo percebe a falta de água no organismo e envia uma mensagem ao córtex cerebral, responsável por traduzir a informação na sensação de sede.

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Em condições normais, a sede é influenciada por fatores ambientais, como altas temperaturas e clima seco; por fatores envolvendo a alimentação, como consumo de embutidos, enlatados, alimentos ricos em sal, sódio e açúcar, e também por fatores comportamentais, como a prática de atividade física.

No entanto, a sede também pode se manifestar como sintoma inicial de várias doenças, quando aparece de maneira excessiva, esse quadro é chamado de polidipsia. A seguir, veja quais problemas de saúde podem causar sede excessiva:

  • Doenças psiquiátricas

Doenças como esquizofrenia, transtorno bipolar ou depressão podem levar ao desenvolvimento de sede insaciável e ao consumo exagerado de água, esse sintoma é denominado potomania. A potomania não está relacionada com desidratação ou aumento da concentração do sangue e, sim, a um desequilíbrio neuro-humoral direto. Geralmente esse distúrbio tem como consequência baixos valores de sódio no sangue.

  • Diabetes mellitus

Imagem: iStock

Na diabetes ocorre um excesso de glicose (açúcar) no sangue, seja pela resistência das células à insulina ou pela diminuição/ausência de níveis de insulina produzida pelo pâncreas. Como consequência, o corpo entende que este estado de muita concentração de glicose, chamado estado de hiperosmolaridade, requer mais água a fim de "diluir" essa quantidade de glicose que estaria a mais no sangue.

Além disso, o desequilíbrio do açúcar no organismo também leva à uma desidratação pelo aumento da diurese, ocasionando a sede.

  • Diabetes insipidus

A diabetes insipidus, que não tem nenhuma correlação com a alteração de açúcar como no diabetes mellitus, é uma doença rara que se apresenta com perda de água renal causando uma vontade excessiva de urinar, desidratação e também sede excessiva.

Geralmente é um problema ocasionado pela glândula hipófise no sistema nervoso central, por falta do hormônio antidiurético, ou uma alteração renal, onde este hormônio não consegue agir corretamente.

  • Doenças renais

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Existem vários tipos e graus de doença renal. No caso de pacientes que são submetidos à diálise como forma de tratamento, há teorias que atribuem a sede ao aumento do hormônio antidiurético (ADH), uma vez que nessas pessoas ocorre uma grande variação de peso.

Como elas não eliminam a urina pela perda da função renal, ganham líquido e durante a hemodiálise é retirado o excesso de líquidos. Com isso, o volume do sangue aumenta e diminui abruptamente interferindo na elevação do ADH e gerando a sede.

Além disso, ocorre um ressecamento das mucosas e saliva espessa que esses pacientes têm devido à restrição hídrica que precisam fazer. Para amenizar essa sede, os pacientes podem evitar ou reduzir o consumo de sal, de alimentos com alto teor de sódio, enxaguar a boca com água gelada e até mesmo chupar um cubo de gelo. Outra teoria é a elevação da ureia nos períodos entre as diálises gerando um aumento da concentração do sangue e disparando a sede.

  • Anemia

Uma das possíveis causas da anemia crônica provocar sede seria devido à piora da secreção da saliva, pois a anemia leva a uma precariedade da circulação sanguínea nas glândulas salivares por conta da queda dos glóbulos vermelhos, apresentando uma boca mais seca e, consequentemente, a sede.

  • Desidratação

Imagem: Getty Images

A desidratação é um sinal de alarme no organismo, quando isso acontece, o volume de líquido nos nossos vasos diminui e muitos órgãos e tecidos também sofrem com essa escassez de água. A boca seca é um dos sinais que se apresentam para instigar a pessoa a ingerir mais líquidos e voltar a equilibrar o organismo. Essa falta de água ativa receptores de sede, levando a maior ingesta de água.

A sede aparece quando já estamos com alguma deficiência de líquidos, por isso a importância de mantermos o consumo de água regular e programado, salvo quando existir alguma contraindicação.

  • Fibrose cística

Na fibrose cística ocorre uma mudança na regulação de bombas celulares de cloro interferindo nos mecanismos de regulação do sódio. Como consequência, as secreções de diversas glândulas do corpo tornam-se mais espessas e há um aumento nos níveis de sódio no suor, contribuindo para uma perda de água do plasma e causando a sensação de sede.

Como isso também afeta a secreção de enzimas digestivas pelo pâncreas, há uma má digestão de gorduras, proteínas e carboidratos gerando diarreia volumosa e crônica, o que demanda ainda mais a ingestão de líquido. Outro motivo também pode acontecer pela elevação da glicose no sangue por uma deficiência na secreção de insulina pelo pâncreas, causando sede excessiva.

  • Tabagismo

Imagem: iStock

O tabagismo é um dos hábitos mais nocivos à saúde de forma geral, o mecanismo de desencadeamento de sede com uso de cigarros está relacionado às ações da fumaça inalada em si que promove ressecamento de secreções, de mucosas e descompensação de problemas respiratórios que também podem levar a uma sede aumentada.

O cigarro contém inúmeras substâncias que quando inaladas também podem desencadear uma percepção para um ressecamento de vias aéreas superiores o que também dispara o desejo por líquidos. A melhor forma de lidar neste caso e de proteção para a saúde é a interrupção do hábito de fumar.

Fontes: José de Almeida Castro Filho, médico de família e comunidade, diretor de residência médica e pós-graduação lato sensu da SBMFC (Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade), e especialista em gestão da clínica nas Redes de Atenção à Saúde (IEP/Hospital Sírio Libanês); Bruna M. G. Mascarenhas Nakano, endocrinologista, membro da SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia) e pós-graduanda na Unifesp (Universidade Federal de São Paulo); e Gabriel Barsotti, nefrologista, assistente da UTI de Nefrologia do HC-FMUSP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo) e assistente da disciplina de nefrologia do Hospital Mário Covas - Faculdade de Medicina do ABC.

Qual o máximo de litros de água por dia?

Ela precisa de 35 ml para cada kg. Então: 35 ml x 75 kg = 2.60 litros de água por dia. Ficou fácil saber agora quantos litros de água devemos beber por dia? ... Como calcular a quantidade de água por dia?.

Pode beber 5 litros de água por dia?

Qual quantidade de água devemos beber? Vale dizer que a quantidade mínima diária recomendada é de cerca de dois litros, mas pode-se, tranquilamente, ingerir mais água do que isso, chegando a, até mesmo, cinco litros por dia, segundo Reginaldo Valácio.

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