1. As frentes frias que atingem o Sul e o Sudeste do Brasil são resultado do deslocamento de massas de ar frio da Antártida. Lá, por causa das baixas temperaturas, o ar próximo ao solo é muito denso. Já as camadas elevadas da atmosfera ficam mais “vazias”, formando uma área de menor pressão 2. A tendência natural é que o espaço pouco ocupado nas camadas mais altas seja preenchido pelo ar da vizinhança, o que pressiona ainda mais o ar frio próximo
ao solo. Resultado: a massa de ar local escapa para áreas de menor pressão, que são regiões onde a temperatura é mais alta. Com isso, a massa fria da Antártida se desloca rumo ao Equador 3. Em geral, uma massa de ar frio sai da Antártida com uma temperatura de -40 ºC. Após cerca de uma semana, ela atinge o Sul do Brasil com aproximadamente 10 ºC positivos. No caminho, ela pode deslocar-se pelo continente – mantendo temperaturas mais baixas – ou seguir pelo oceano – perdendo um pouco de sua
força, pois a temperatura das águas é maior 4. Quando essa massa de ar frio encontra uma massa quente e úmida, elas não se misturam. Fica uma “empurando” a outra. Essa zona de contato é chamada de frente e se estende do solo até cerca de 5 mil metros de altitude. A frente fria surge quando a massa gelada avança e força a massa quente a ir para camadas mais altas da atmosfera 5. A massa de ar quente está cheia de vapor de água que, ao subir, condensa, formando nuvens de chuva. Na
superfície, com a massa fria dominando o pedaço, a temperatura pode cair muito. Durante o ano todo, pelo menos uma frente fria por semana passa pelo Sul do Brasil. No inverno elas só chegam mais fortes – ou seja, mais geladas Continua após a publicidade
- AR
- atmosfera
- chuva
- frio
- Geografia
- inverno
- temperatura
Como se forma e se desloca uma frente fria?
1. As frentes frias que atingem o Sul e o Sudeste do Brasil são resultado do deslocamento de massas de ar frio da Antártida. Lá, por causa das baixas temperaturas, o ar próximo ao solo é muito denso. Já as camadas elevadas da atmosfera ficam mais “vazias”, formando uma área de menor pressão 2. A […]
Superinteressante pelo menor preço do ano!
PRORROGAMOS A BLACK FRIDAY!
Ainda dá tempo de assinar um dos títulos Abril e também ter acesso aos
conteúdos digitais de todos os outros*
Ciência, história, tecnologia, saúde, cultura e o que mais for interessante, de um jeito que
ninguém pensou.
*Acesso digital ilimitado aos sites e às edições das revistas digitais nos apps: Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Placar, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH. **Pagamento único anual de R$52, equivalente à R$1 por semana.
Imagem de satélite mostra uma frente
fria no Oceano Atlântico, entre o Rio de
Janeiro e o
Espírito Santo. Foto: Inpe
Seja no inverno ou no verão, as previsões do tempo frequentemente anunciam a chegada ou a aproximação de uma "frente fria", preparando-nos para enfrentar alguns dias com temperaturas mais baixas e, de vez em quando, acompanhados de chuva. Mas você sabe exatamente o que isso significa? "Frente fria é uma zona de transição entre uma massa de ar quente e outra de ar frio, que geralmente se forma em regiões de grande contraste térmico", esclarece Amanda Sabatini Dufek, professora de Meteorologia do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP). Na América do Sul, essa área de contraste coincide com as regiões sul e noroeste da Argentina, onde se formam as frentes frias que percorrem o litoral do continente. "Elas são tipicamente configuradas na direção noroeste-sudeste e apresentam uma trajetória de sudoeste para nordeste", diz a meteorologista.
No Brasil, as frentes frias atingem as regiões Sul e Sudeste o ano inteiro, cerca de três a cinco vezes ao mês. "Esse número é ligeiramente maior durante a primavera", afirma Amanda Sabatini A professora explica que a passagem de uma frente fria dura em média três dias, provocando significativas alterações no clima. "Elas estão associadas ao aumento das nuvens, à presença de chuva, às variações na direção do vento e à forte mudança de temperatura", diz. "Após a sua passagem, geralmente observa-se a entrada de massas de ar frio que, dependendo de sua trajetória e intensidade, provocam quedas bruscas de temperatura e ocasionalmente geadas em locais serranos, principalmente nos meses de outono e inverno".
As frentes frias avançam com uma velocidade média de 10m/s e podem ser previstas com até 15 dias de antecedência. "A previsão do tempo, incluindo as frentes frias, é feita por meio de diagnósticos de imagens de satélite, cartas de superfícies, dados observados e modelos numéricos atmosféricos", explica a meteorologista. As chances de acerto de uma previsão são de 70% para cinco dias e 95% para as 48 horas que precedem o fenômeno.