Pronomes complemento direto e indireto português

A função destes pronomes está intimamente relacionada com a estrutura argumental do verbo da oração ou da frase a que pertencem, uma vez que tudo depende dos argumentos que esse verbo exige e com os quais estabelece uma determinada relação gramatical — a de complemento direto ou a de complemento indireto.

Os pronomes que têm a relação gramatical de complemento direto constituem o objeto lógico dos verbos transtivos, como, por exemplo, adorar, agarrar, atacar, chatear, compreender, descobrir, detestar, enganar, entender, esquecer, estudar, imaginar, matar, ouvir, queimar, querer, recordar, sentir, supor, ter, ultrapassar, ver. Repare-se nas seguintes frases:

«Ele viu-me na praia.»

«Eu ultrapassei-te.»

«Os teus pais compreenderam-me.»

«Os nossos amigos adoram-te.»

«Eles detestam-nos.»

«O mecânico enganou-vos.»

«Ela estudou-nos durante muito tempo.»

«Ela agarrou-te.»

«Tu ouves-me.»

Como formas de se identificar o complemento direto, podem ser usados os seguintes testes:

a) formular uma interrogativa sobre o complemento direto segundo o esquema Quem/O que é que Sujeito Verbo? Por exemplo:

Na frase «Ele viu-me na praia».

P.: Quem/O que é que ele viu na praia?

R.: Eu [me].

b) O complemento direto de uma frase ativa tem, na passiva correspondente, a relação gramatical de sujeito. Por exemplo:

Na frase «Ele viu-me na praia».

Frase passiva: «Eu fui vista na praia por ele.»

Por sua vez, o constituinte com a relação gramatical de complemento indireto é tipicamente o argumento interno de verbos de três lugares — ditransitivos/transitivos diretos e indiretos [como, por exemplo, anunciar, apresentar, comprar, dar, dizer, mostrar, oferecer, pedir, pagar, vender, trazer] — ou de verbos de dois lugares ou transitivos indiretos [como acudir, agradar, assistir, concordar, convir, obedecer, pertencer, repugnar, suceder]. Por exemplo:

«Ele deu-me um livro.»

«Os miúdos pediram-te a bicicleta.»

«Eu comprei-te um bolo.»

«Elas trouxeram-nos flores.»

«A exposição agradou-me.»

«Essa data convém-vos.»

«Ele sucedeu-te no cargo de presidente.»

«Os médicos assistiram-me.»

Para identificação do complemento indireto, aconselha-se o seguinte teste:

a) pode formular-se uma interrogativa sobre o constituinte com a relação gramatical de complemento indireto segundo o esquema A quem/A que é que sujeito verbo?. Por exemplo:

Na frase «Ele deu-me o livro».

P.: A quem é que ele deu o livro?

R.: A mim [me].

Os pronomes oblíquos constituem uma das subdivisões pertencentes a esta classe gramatical, ora representada pelos pronomes pessoais do caso reto, caso oblíquo e de tratamento. Figurando-se entre a modalidade em questão, identificamos os seguintes pronomes:

Desta feita, focalizaremos nossa atenção para o título a que se refere este artigo. A existência de dois termos nos desperta para um fato interessante – complementos verbais. Ora, se falamos sobre tais, fato é que estamos nos referindo a objeto direto e indireto, logo, contextualizamo-nos à sintaxe.

Mas pronomes não estão condicionados à morfologia, visto que representam as classes gramaticais? Daí concluímos que a língua nos conduz a grandes descobertas, não é mesmo? A verdade é que assim como os adjetivos exercem, sintaticamente, a função de predicativos do sujeito (qualidade), os pronomes também ocupam a posição de complementos verbais, atuando ora como objeto direto, ora como indireto.
E, por assim dizer, vejamos como estas ocorrências se evidenciam mediante os enunciados linguísticos:

Os pronomes pessoais do caso oblíquo, representados por o, a, os, as (lo, la, los, las, no, na, nos, nas), em determinadas circunstâncias funcionam como objeto direto.
Exemplos:

Gostaria de vê-los mais tarde em minha casa.

O verbo ver, de acordo com sua transitividade, classifica-se como transitivo direto, ou seja: quem vê, vê alguém. Portanto, quem o sujeito gostaria de ver? Eles.
Neste caso, o pronome “los” ocupa a função de objeto direto.

Convidaram-na para a reunião na empresa.
Convidaram quem? Ela.

O pronome pessoal oblíquo “lhe” (lhes) representa o complemento de um verbo transitivo indireto, atuando, portanto, como objeto indireto.
Exemplos:

Entregamos-lhe todos os presentes que recebera.

Atendo-nos à transitividade verbal, identificamos que se trata de um verbo transitivo indireto e direto, pois sempre

entregamos algo

(objeto direto)

a alguém

(objeto indireto).

Concedemos-lhe um desconto especial na compra daquela mercadoria.

Semelhantemente ao exemplo anterior, constatamos que algo só pode ser concedido a alguém.

Quanto aos demais pronomes, a referida classificação se dá, também, mediante a transitividade expressa pelo verbo.
Exemplos:

Eles te respeitam muito / Todos me conhecem pelo apelido.

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O que é pronome complemento direto e indireto?

Os pronomes complemento direto e indireto aparecem antes do verbo e, diferente do português, também são usados no início da oração. Isso só não ocorre quando há um imperativo afirmativo, gerúndio ou infinitivo, nestes casos são posicionados após e junto ao verbo, sem hífen.

Quais são os pronomes de complemento direto?

Os pronomes complemento do objeto direto (COD): me, te, le, etc..

Como saber se é complemento directo ou indirecto?

Para se distinguir um complemento do outro devem fazer-se as seguintes perguntas ao verbo: O quê? Quem? (para se determinar o complemento direto) A quem? (para se determinar o complemento indireto)

Quais são os Pronombres complemento indirecto?

ATENÇÃO: Os pronomes lo, la, los e las nunca são CI; sempre são CD. Os pronomes de CI são: ME, TE, SE, LE, NOS, OS, SE, LES: Maria me dio um regalo. Maria ME lo dio.

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