A teoria da Transição Demográfica explica uma mudança específica na dinâmica demográfica, que é a queda acentuada das taxas de fecundidade, de natalidade e de mortalidade. Essa
teoria foi proposta considerando-se as relações entre o crescimento populacional e desenvolvimento socioeconômico. Essa oscilação só ocorre uma vez em cada país e acontece alinhada ao processo de desenvolvimento urbano-industrial. Portanto, o desenvolvimento econômico e a modernização das sociedades são os principais fatores responsáveis pelas mudanças nas taxas de natalidade e de mortalidade, refletindo no
crescimento populacional. É importante salientar que da mesma forma que os países se desenvolveram de formas diferentes, a Transição Demográfica também não ocorre da mesma maneira entre as diversas sociedades. Além disso, esse fenômeno acarreta em mudanças importantes nas estruturas populacionais. 📚 Você vai prestar o Enem? Estude de graça com o Plano de Estudo Enem De Boa 📚 A teoria da Transição Demográfica foi criada pelo americano Warren Thompson no fim da década de 1920, com o objetivo de contestar a Teoria Demográfica Malthusiana. De acordo com a teoria de Thompson a
população não possui um crescimento acelerado, mas sim um crescimento que possui oscilações periódicas, que alternam em crescimentos e desacelerações demográficas e até mesmo períodos de estabilidade. A referência histórica base utilizada por Thompson na criação dessa teoria foi o período da Revolução Industrial e por consequência, o estabelecimento da sociedade moderna.
Em períodos antecessores a esse, as taxas de mortalidade e natalidade eram constantemente elevadas, o que acarretava em certa estabilidade demográfica. Entretanto, com a urbanização, ocorreu uma grande melhoria nas condições de vida, resultando a elevação da expectativa de vida e consequentemente, a queda das taxas de mortalidade. Essa combinação da variação entre esses índices
demográficos foi responsável pelo súbito aumento da população em um curto período de tempo. 🎓 Você ainda não sabe qual curso fazer? Tire suas dúvidas com o Teste Vocacional Grátis do Quero Bolsa 🎓 Devido às variações entre as taxas de natalidade e mortalidade, considera-se que a Transição Demográfica
possui quatro fases, considerando o desenvolvimento em que as sociedades se encontram: Também conhecida como Pré-Transição, a primeira fase da Transição Demográfica é marcada por elevadas taxas de natalidade e mortalidade, o que culminou em um pequeno
crescimento populacional. Essa fase caracteriza populações que se concentram no meio rural, onde não há as facilidades da vida urbana. A taxa de natalidade se apresenta elevada nessa porque o planejamento familiar é praticamente nulo. Além disso, pelo fato da maioria das sociedades serem rurais nesse período de Pré-Transição, o grande número de
filhos representava grande quantidade de mão-de-obra disponível para os trabalhos familiares. Índice
Introdução
Fases da Transição Demográfica
1ª Fase
A alta taxa de mortalidade dessa fase deve-se ao baixo desenvolvimento da medicina, às péssimas condições sanitárias e às constantes guerras e epidemias ocorridas durante esse período.
A primeira fase da Transição Demográfica ocorreu na Europa desde o surgimento das primeiras civilizações até o meio do século XVIII. No Brasil, o período Pré-Transição perdurou até a década de 1940. Atualmente, não há países no mundo que encontram-se nessa fase.
2ª Fase
Na segunda fase da Transição Demográfica, a taxa de natalidade se manteve elevada enquanto a taxa de mortalidade apresenta uma queda. A combinação desses fatores levou à um grande crescimento populacional, que ficou conhecido como explosão demográfica.
Nos países europeus, essa fase está estritamente relacionada com a Revolução Industrial, período no qual surgiram tratamentos para doenças, as condições sanitárias e médico-hospitalares melhoraram e se produzia alimentos em larga escala. A segunda fase da Transição Demográfica também marca o início da urbanização e da superação da condição rural.
Atualmente, o Haiti e alguns países africanos são exemplos de nações que se encontram nessa fase.
3ª Fase
Na terceira fase da Transição Demográfica, a taxa de mortalidade se manteve baixa e a taxa de natalidade passa a ser menor também. O crescimento vegetativo ocorre, mas é em menor velocidade do que na segunda fase.
A consolidação da vida na cidade em detrimento à vida rural é uma característica marcante dessa fase. A queda na taxa de natalidade pode ser explicada pelo fato de que anteriormente, os filhos - que serviam como mão-de-obra nos trabalhos familiares -, passam a representar altos gastos.
Além disso, com o crescente ingresso da mulher no mercado de trabalho, não só tornou mais difícil para ela ter muitos filhos, como também menos desejável, uma vez que outros objetivos passaram a fazer parte de suas preocupações diárias. Neste período surgem também a maioria dos métodos contraceptivos, que auxiliarão em um planejamento familiar melhor.
Neste período encontram-se a maior parte dos países subdesenvolvidos industrializados, como o Brasil, Índia e México.
4ª Fase
A quarta fase da Transição Demográfica é resultado da continuação das tendências da fase anterior, ou seja, a taxa de natalidade que apresentava quedas se estabiliza em valores baixos e a taxa de mortalidade (que apresenta quedas desde a segunda fase) continua baixa também. Com isso, o crescimento vegetativo da população também é baixo.
Essa fase é marcada pelo envelhecimento da população, pelo fato da idade média nos países que passam por esse período ser relativamente alta. Esse envelhecimento se deve à elevada expectativa de vida (que é estritamente relacionada com a baixa mortalidade), associada com o pequeno número de filhos por casal.
Quando um país se encontra nessa fase, considera-se que sua Transição Demográfica foi encerrada. O Japão, a Noruega e a Suécia são exemplos de nações de se encontram neste grupo.
Apesar de o modelo de Transição Demográfica apresentada por Thompson descrever apenas quatro fases, atualmente estuda-se a possibilidade de uma quinta fase, onde há uma diminuição na população absoluta. Essa diminuição se deve a uma queda ainda maior na taxa de natalidade, que chega a ficar menor que a taxa de mortalidade, o que gera um crescimento vegetativo negativo. Este fenômeno pode ser prejudicial aos países e já pode ser observado na Alemanha, na Itália e na Lituânia.
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Exercício de fixação
UEPB/2007
“Acompanhando uma tendência mundial, o crescimento da população brasileira vem diminuindo nas últimas quatro décadas. [...] Além de estar crescendo menos, a população brasileira também apresenta outra característica: o envelhecimento.” Este processo de mudanças no perfil da população brasileira, que é denominado “transição demográfica”, tem como características:
I - O aumento da longevidade e da queda da fecundidade e da mortalidade, sobretudo, com o progresso da medicina e das condições sanitárias.
II - A diminuição do número de filhos por famílias em razão das transformações econômicas e sociais que levaram a mulher ao mercado de trabalho.
III - A mudança no desenho da pirâmide etária brasileira que passa a apresentar base mais estreita e topo mais largo.
IV - O aumento da participação dos homens na pirâmide etária, que passaram a viver mais que as mulheres, as quais se tornaram mais expostas à mortalidade por homicídios e acidentes.
Estão corretas apenas as proposições:
A I, II e III.
B III e IV.
C I, III e IV.
D II e III.
E I, II e IV.