Transformações economicas e sociais provocadas pela conquista romana

Desagregação é o termo que os historiadores utilizam para explicar a queda do Império Romano, que aconteceu em 476 d.C., quando o último imperador romano, Rômulo Augusto, foi destituído por Odoacro, rei do povo germânico hérulo. A parte ocidental do império foi ocupada pelos germânicos, e a parte oriental continuou existindo sob o nome de Império Bizantino.

Crise do Império Romano

A crise do Império Romano iniciou-se a partir do século II-III d.C. Marcaram esse período a crise econômica, a corrupção, os sucessivos golpes e assassinatos realizados contra imperadores e, como elemento final, as invasões germânicas.

O século III foi marcado por uma grande sucessão de imperadores, o que evidenciou a instabilidade desse período, pois, em um período aproximado de 50 anos, o Império Romano teve cerca de 16 imperadores – muitos deles mortos após conspirações.

Além disso, o fim da expansão territorial romana afetou fortemente a economia. A partir do século II, o Império Romano passou a priorizar a manutenção do gigantesco território conquistado. Isso afetou diretamente o sistema escravista, que era sustentado a partir dos prisioneiros de guerra levados ao Império como escravos. A crise do sistema escravista foi ampliada na medida em que os povos conquistados recebiam o direito à cidadania romana.

Esse contexto desencadeou uma crise econômica em razão da diminuição da produção agrícola e do encarecimento dos alimentos. O encarecimento dos alimentos gerou fome, e revoltas aconteceram em determinadas regiões. Além disso, essa crise econômica afetou diretamente a manutenção dos exércitos localizados nos limes, as fronteiras do Império Romano.

Germânicos

A crise econômica resultou na diminuição do contingente militar romano e, assim, as fronteiras tornaram-se vulneráveis aos ataques estrangeiros. As fronteiras sempre foram ameaçadas por povos estrangeiros, mas, a partir do século II, essa ameaça acentuou-se e, no século V, tornou-se insustentável com o fluxo migratório dos germânicos.

Os povos germânicos eram chamados de “bárbaros” pelos romanos por não compartilharem a mesma cultura e por não falarem latim. Eles habitavam regiões ao norte e leste das fronteiras do império, que eram chamadas de Germânia pelos romanos. Além disso, parte dos povos germânicos – em sua maioria, pagãos – converteram-se ao cristianismo arianista, que havia sido condenado pela Igreja Católica como heresia. Isso contribuiu para que a rivalidade entre romanos e germânicos aumentasse. O arianismo era uma interpretação teológica do Cristianismo que negava a divindade de Jesus Cristo.

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As invasões germânicas, em geral, são explicadas pelo resfriamento climático e pelo aumento populacional, o que criou uma necessidade por melhores terras para garantir a sobrevivência. Por essa razão, partes do Império Romano (Gália e Península Ibérica) já haviam sido invadidas desde o século III.

O principal motivo levantado pelos historiadores para explicar a grande migração germânica do século V foi a chegada dos hunos – um povo nômade que havia migrado desde as estepes da Ásia Central. Por onde chegavam, os hunos traziam pânico, e muitos povos escolhiam fugir da presença huna. A chegada dos hunos causou a migração de dois povos para as terras ocidentais do Império Romano: ostrogodos e burgúndios.

Em 410, a cidade de Roma foi saqueada pelos visigodos e, a partir daí, uma sucessão de povos invadiu as terras romanas: alanos, suevos, vândalos, alamanos, jutos, anglos, saxões, hunos, francos etc. Todos esses povos, ao perceberem o enfraquecimento da parte ocidental do Império Romano, instalaram-se nas terras e criaram novos reinos. Muitos deles foram absorvidos por outros a partir da guerra.

O Império Romano do Ocidente agonizou até 476, quando a cidade de Roma foi invadida pelos hérulos e o último imperador romano foi destituído. O estabelecimento dos povos germânicos nas antigas terras romanas levou ao surgimento de novos reinos, que originaram as nações modernas da Europa. As transformações que aconteceram nesse processo resultaram na formação das características que definiram a Europa no auge do período medieval.


Por Daniel Neves
Graduado em História

A expansão territorial e as mudanças sociais em Roma

Um dos aspectos que mais caracterizam o que foi sentido por Roma durante a época de República, certamente reflete na conquista e na expansão em território o que, no caso, acarretou também em uma série de mudanças sociais na cidade.

Na fase de República, certamente o marco para a feição e desenvolvimento da população com características sociais próprias foi a partir da conquista crescente de novas terras. Durante essa fase, Roma passou por um número sem igual de transformações, começando pela economia agropastoril que disputava o seu espaço com o comércio já um tanto quanto articulado principalmente nas regiões mais próximas do mar Mediterrâneo.

Com uma ampliação grande no número de escravos, ocorreu também na nação romana uma grande oferta de alimentos. Por outro lado, os magistrados e generais eram os principais avantajados, já que levavam benefícios com base na tributação oriunda das mais novas províncias.

Sobre a expansão territorial em Roma

É certo de que Roma sempre foi uma nação forte e com grande capacidade para se auto proteger de grande parte das invasões estrangeiras que ocorreram durante essa fase. A evolução dos exércitos militares romanos foi incrível e intensificada com o passar dos anos, principalmente ao longo da era monárquica.

Sendo assim, no começo da República os romanos já haviam conquistado quase que toda a península itálica, passando a exercer uma política verdadeiramente imperialista, com destaque para as expansões de caráter expansionistas.

Além disso, um fator importante nessa época é que Roma entrou em um conflito com o Cartago, uma colônia fenícia localizada na região norte da África. O choque ocorreu pelo fato de que os fenícios controlavam o comércio marítimo em todos os arredores do mar Mediterrâneo localizado na região africana.

O conflito marcado entre Cartago e Roma foi chamado de Guerra Púnica e marcou o seu início durante o ano de 264 antes de Cristo, que foi a época em que os romanos se anexaram à Sicília, o que ocorreu até o ano de 146 antes de Cristo, que foi quando o exército romano destruiu de vez a região de Cartago.

Nesse momento, começa a expansão territorial romana por todos os lados: tanto no continente europeu como também no africano, neste segundo com destaque para as regiões do Oriente Médio. Isso aconteceu principalmente pelo fato de que os romanos foram atraídos pelas riquezas presentes daquele lado do oriente.

Sendo assim, as conquistas não foram nada limitadas: Roma conquistou o Egito, a Macedônia e a própria ilha que está localizada hoje a Grécia. Além disso, toda a parte ocidental do continente europeu, assim como o Oriente Médio, a península ibérica e a Gália, que também tiveram seus territórios dominados pelos romanos.

As mudanças sociais em Roma

É certo de que essa expansão territorial em massa traria uma série de mudanças para a estrutura da sociedade romana, principalmente nos âmbitos econômicos, políticos e culturais.

1. A marginalização dos plebeus. Na realidade, esse processo pode ser diretamente relacionado com o próprio empobrecimento dos comerciantes e pequenos proprietários, que começaram a perder o seu espaço e foram substituídos pelos escravos, que tinham mão de obra muito mais barata. As classes dos plebeus acabaram sem emprego e também sem-terra, o que fez com que eles se tornassem verdadeiros marginais.

2. Com a falência confirmada dos pequenos comerciantes, surgem também os latifúndios, que eram terras conquistadas pelo próprio estado e com destino aos camponeses. O patriciado não tarda para conquistar essas terras e tornar o seu poder ainda maior.

3. Certamente, uma das mudanças sociais mais agravantes durante a expansão territorial tem a ver com o aumento do trabalho escravo. Isso foi intencionado assim que os prisioneiros da guerra foram vistos como “boas oportunidades” para aumentar o número de escravos de Roma.

4. Outra mudança bem agravante na população tem a ver com o próprio surgimento de uma nova classe, que eram chamados de “homens novos” ou cavaleiros durante essa fase. Esse público era aquele que tinha enriquecido justamente por conta do comércio ou então por meio de serviços que eram prestados para o próprio Estado, como a construção de entradas, a exploração das minas e de outros recursos naturais e o serviço de cobrar os impostos dos plebeus.

5. Novos costumes eram criados e houve, também, um aumento do luxo para as classes que tinham condição de pagar por ele.

6. Mas, é claro que esses costumes não poderiam ser criados e nem mesmo alimentados por todos. A marginalização dos plebeus, lado a lado com o escravismo crescente, fez com que as cidades ficassem superlotadas. Isso gerou o aumento de violência, a proliferação de doenças e demais epidemias e a própria fome extrema. Com o intuito de manter o controle dessa massa urbana que o Estado apostou na Política do Pão e Circo, oferecendo alimentos e formas de diversão totalmente gratuitas.

Por fim, podemos concluir que toda a riqueza conquistada por Roma pode ser atribuída ao uso da mão de obra escrava, que foi possibilitada por conta da expansão territorial.

Quais foram as transformações econômicas que o Império Romano obteve com suas conquistas?

As atividades econômicas romanas diversificaram-se após as conquistas. A economia, antes baseada exclusivamente na produção agrícola, foi obrigada a abrir espaço para atividades comerciais. Na realidade, após a conquista do Mediterrâneo, Roma tornou-se uma potência mercantil.

Quais as principais mudanças provocadas pelas conquistas romanas?

As mudanças sociais provocadas pela expansão romana se vem de esplendor econômico em vitórias contínuas de Guerras onde Soldados e outros membros do exercito tinham seus salários em dia, domínio dos patrícios no governo, abolimento da escravatura, decaimento do esplendor econômico onde os plebeus e escravos competiam a ...

Quais as transformações sociais e econômicas ocorridas na expansão de Roma durante a República com o consequente domínio da bacia do Mediterrâneo?

A expansão de Roma durante a República, com o consequente domínio da bacia do Mediterrâneo, provocou sensíveis transformações sociais e econômicas, dentre as quais: marcado processo de industrialização, êxodo urbano, endividamento do Estado.

Quais foram as transformações na estrutura social de Roma?

Devido a transformação na estrutura social de Roma surgiu a criação do "Pão e Circo". Uma estratégia do imperador Otávio Augustus voltada para a administração interna com a criação de obras voltadas para o público, para manutenção da ordem social devido ao grande aumento populacional.

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