“Gerenciamento Integrado de Recursos Hídricos para a América Latina” As atividades de 2012 da Cátedra Unesco Memorial da América Latina começaram em 26 de março com a palestra “Universalização do Serviço de Saneamento Básico no Estado de São Paulo”, ministrada por Dante Ragazzi Pauli, assistente executivo da presidência da Sabesp. O tema central pesquisado este ano é o “Gerenciamento Integrado de Recursos Hídricos para a América Latina”, sob a coordenação do professor José Galizia Tundisi. Conheça os temas das palestras deste curso Clique aqui para conferir a lista dos estudantes selecionados Faça o download dos arquivos das apresentações das aulas do curso Saiba o que é a Catedra Unesco Memorial da América Latina O professor Tundisi se formou em bacharel em História Natural pela USP em 1962. Quatro anos depois, ele é mestre em Oceanografia pela Universidade de Southampton. Em seguida, tornou-se doutor em Ciências (1969) e Livre Docente em Ecologia pela USP (1977). Além de desenvolver profícua carreira como professor titular da Universidade de São Paulo (publicou mais de duzentos trabalhos em revistas especializadas de 13 países, nas áreas de Ecologia, Limnologia (ciência que estuda as águas interiores), Planejamento Regional e Oceanografia Biológica), o professor Tundisi presidiu o CNPq de 1995 a 1998 e fundou o Instituto Internacional de Ecologia, sediado em São Carlos, através do qual coordena trabalhos relacionados a análise de efluentes, aquicultura, biodiversidade, ecotoxicologia, ecotecnologia, educação ambiental, meio ambiente, qualidade da água e recuperação de áreas depredadas. O professor Tundisi se notabilizou por, ao longo da carreira de pesquisador, enfrentar temas que estão na ordem do dia ecológico, como produção primária do fitoplâncton em rios, reservatórios, lagos naturais e estuários, ciclos biogeoquímicos em ecossistemas aquáticos, interação sistema terrestre/sistema aquático, recuperação de represas, planejamento regional baseado em recursos hídricos e integração de princípios ecológicos básicos no planejamento regional, entre outros. Acompanhe a entrevista concedida por ele à Fundação Memorial da América Latina sobre a gestão integrada de recursos hídricos para o Brasil, para a América Latina e para o mundo – uma urgência dos nossos tempos. Inicialmente, gostaria que o senhor contasse como foi a seleção dos alunos para esse curso? Esse curso tem um lado pragmático, de enfrentar os
problemas e trazer possíveis soluções, não é? Como foi a seleção dos palestrantes que participarão do curso? Professor Tundisi, é verdade que a próxima guerra vai ser pela água? Quando houve aquela intervenção na Líbia eventualmente se falava que ali havia um aquífero importante… Há uma entidade supra nacional, que possa fazer esse trabalho? Sim, porque, pensando em termos ecológicos, o planeta está realmente em risco. Isso é um problema político, em última análise… Esta é a visão mais recente e mais avançada que se tem na questão dos recursos hídricos e permite uma gestão integrada, sistêmica e preventiva da bacia e uma descentralização do processo de governança, porque o processo de governança deve ser descentralizado, no sentido de permitir à aquelas bacias regerem seus processos de gestão de recursos hídricos, de forma à integrar todo o conjunto de problemas ambientais, sociais e econômicos, com disponibilidade, e controlar a relação disponibilidade e demanda. Você não pode controlar a disponibilidade e a demanda num continente, mas numa bacia hidrográfica é passível. E essa é a idéia então, você ter uma descentralização da gestão, montar essa descentralização a partir de cada bacia. O tamanho de cada bacia vai depender da capacidade administrativa, de montar essa gestão. Pode ser a Bacia do Médio Tietê, mas pode ser a bacia de um tributário do Tietê, que permita uma gestão mais efetiva, numa escala menor. E isso está
acontecendo? A abundancia de água no Brasil ajuda ou atrapalha essa gestão moderna dos recursos hídricos? Uma região metropolitana como a de São Paulo é obrigada a captar água de longe? Mais ou menos quantos quilômetros? Os vários rios que constituem a Bacio do rio Piracicaba foram interligados, não? O que o senhor pensa sobre a transposição das águas do Rio São Francisco? O exemplo do Rio Tietê é um dos piores exemplos em matéria de gestão, não é mesmo? Já o Tietê… Saiba o que é a Catedra Unesco Memorial da América Latina Mais Informações pelo e-mail: , ou pelo telefone: (55 11) 3823-4603. Temas das palestras do curso “Gerenciamento de Recursos Hídricos para a América Latina” Faça o download dos arquivos das apresentações |