O que é bom para micose na pele

Remédio caseiro para micose: entenda o que funciona

Muitos tratamentos caseiros não têm comprovação científica

O que é bom para micose na pele

Escrito por Nathalie Ayres Redatora

O que é bom para micose na pele

Pé com micose - Foto: Getty Images

A micose é uma infecção causada por fungos e pode atingir a pele, unhas e cabelos.

Esses fungos já vivem naturalmente na nossa pele, cabelo e unhas, mas algumas condições favoráveis, como calor, umidade e baixa imunidade podem ajudar a fazer com que eles se reproduzam mais rapidamente e causem problemas.

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Quando falamos em formas de tratar esse problema, sempre tem alguém que conhece uma receitinha para aplicar na pele, como:

  • Fatias de mamão
  • Farinha de sementes de mamão
  • Cataplasma de folhas de cássia
  • Sementes de mostarda
  • Compressas com chá de folhas de mandioca
  • Óleo de orégano
  • Iogurte natural
  • Aplicar limão
  • Bicarbonato de sódio
  • Óleo essencial de sálvia
  • Babosa

No entanto, de acordo com o dermatologista Cristiano Kakihara, esses tratamentos caseiros não têm comprovação científica alguma para melhorar a micose.

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Como a micose é causada por fungos, é preciso seguir o tratamento específico, que envolve uma variedade de drogas antifúngicas. O tipo que você usa depende de onde a infecção está localizada e o quão grave ela é.

Normalmente o mais usado é o creme antifúngico, mas dependendo da gravidade da infecção, remédios orais e injeções podem ser necessários.

O mais importante é que o tratamento com cremes é feito em casa, mas deve ser acompanhado pelo médico e o paciente não deve desistir devido à demora nos resultados.

"Às vezes, o paciente interrompe o tratamento e acha que já está curado porque a região afetada parece recuperada mas, na verdade, ainda não se alcançou a cura total e o tratamento tem que começar novamente", alerta a dermatologista Meire Parada Brasil. Portanto, o paciente só deve parar quando for uma recomendação do médico.

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Quando falamos em micose nas unhas, alguns cuidados feitos em casa podem ajudar.

Um deles é evitar esmaltes por um tempo, por impermeabilizar as unhas, dificultando a penetração do remédio. "O esmalte comum não é indicado, porque torna o processo de cura mais demorado, já os antimicóticos são excelentes porque tratam o problema com maior eficiência", ressalta Meire.

Além disso, cuidar dos fatores de risco que aumentam a proliferação dos fungos pode ajudar, evitando umidade e calor na região em que a micose apareceu.

Se você chegou até aqui é porque, provavelmente, está em busca de informações sobre como tratar micose na pele. Correto? Bastante incômoda, essa infecção por fungos costuma surgir em várias áreas do corpo humano — que vão desde a pele e mucosas até o cabelo e as unhas.

Quando não tratada em tempo, os microrganismos presentes nessa infecção ainda podem ser transmitidos, seja por itens de uso compartilhado ou, até mesmo, quando frequentamos ambientes com alto índice de umidade e calor. E o melhor caminho a seguir é conhecer mais sobre essa complicação dermatológica e depois investir na melhor solução para combater de vez o problema.

Pensando nisso, trouxe aqui todas as informações relevantes sobre o assunto: desde as suas causas até qual o especialista mais capacitado para indicar o tratamento. Confira!

Afinal, o que causa a micose de pele?

As micoses são complicações de pele causadas por fungos, que podem atingir não somente a derme, como também as nossas unhas, mucosas e cabelos.

Na maioria dos casos, as micoses são transmitidas de um indivíduo para o outro, uma vez que são caracterizadas como infecções contagiosas. Mas, o que determinará se esses fungos irão ou não se manifestar na pele, é o seu sistema imunológico — o grande responsável por combater os microrganismos e evitar o surgimento de qualquer tipo de sintoma.

E como você sabe, não é sempre que a nossa imunidade está em dia. De acordo com o nosso quadro de saúde, esse sistema se torna extremamente frágil e incapaz de se proteger da melhor maneira. Isso significa que, dependendo de como está o seu sistema imune, o seu corpo está mais (ou menos) propenso a servir de palco para o desenvolvimento das micoses.

É um dos casos, por exemplo, da manifestação de Candida albicans nas mulheres no período pré ou pós-menstrual. Durante essa fase, o sistema imunológico está mais sensível, e é bastante comum o surgimento de candidíase.

Existem ainda, outras questões que contribuem para o aparecimento dessa complicação. Esse é o caso de pessoas que fazem uso contínuo de antibióticos que, em longo prazo, eliminam a biota útil para o bom desempenho do organismo.

Assim como toda complicação de saúde, a micose também apresenta alguns fatores de risco. Ou seja, situações que colaboram para o desenvolvimento do problema. São elas:

  • pessoas que apresentam problemas de circulação;
  • lesões e infecções que não foram tratadas corretamente;
  • andar descalço em ambientes úmidos;
  • trabalhar em locais muito quentes;
  • suar de forma excessiva.
O que é bom para micose na pele

Quais são os principais sintomas de uma micose?

É muito comum encontrar pessoas que já contraíram micose — os fungos estão em todos os lugares, então, é praticamente impossível não se expor a eles.

As pessoas mais afetadas pelo problema são aquelas que vivem nas regiões dos trópicos, que são as áreas do globo com altos níveis de umidade e calor — condições excelentes para a proliferação dos microrganismos.

Existem diferentes tipos de micose de pele: a pitiríase versicolor, as tineas e a candidíase. Conheça melhor os sintomas de cada uma delas a seguir.

Pitiríase versicolor

Também conhecida como “pano branco”, essa é a variação mais comum da micose e costuma surgir, principalmente, em adolescentes e indivíduos com a pele bastante oleosa. Como o nome já sugere, a sua manifestação se dá por meio de manchas esbranquiçadas, que descamam e surgem nas áreas dos braços, pescoço, tronco e rosto.

Tíneas

Esse tipo de micose é causada por um fungo que se alimenta da queratina da nossa pele, unhas e cabelos. Tais microrganismos podem ser transmitidos de diversas maneiras: por animais, pelo solo ou pelo contato com outra pessoa já infectada.

Uma vez que atinge uma região, as tineas fazem com que o local fique com a pele mais grossa, avermelhada, com bolhas e escamas.

Candidíase

Como mencionei, essa é uma infecção causada por um fungo denominado Candida albicans, conhecido apenas como cândida. Além de prejudicar a superfície da pele, esse microrganismo pode atingir as unhas e as mucosas.

Dos sintomas mais comuns da candidíase, estão a coceira excessiva, vermelhidão, descamação e concentração de líquido na região afetada.

O problema pode surgir a partir da baixa imunidade do indivíduo, longa exposição ao calor e à umidade ou pelo uso prolongado de certos medicamentos, como antibióticos.

Como tratar micose na pele?

Felizmente, existem várias alternativas para quem deseja saber como tratar micose na pele. Por ser uma doença causada por fungos, essa condição é combatida com remédios antifúngicos, que devem ser prescritos por um médico de sua confiança.

O tratamento é longo e dura, em média, 60 dias. É de extrema importância que o paciente siga todas as recomendações do especialista para que todos os microrganismos sejam eliminados e a micose não volte a surgir.

Já o método de tratamento é indicado de acordo com a variação da micose e o seu local de proliferação, sendo os mais comuns a seguir.

Pomadas

As pomadas são recomendadas para o tratamento de micoses como o pano branco ou a candidíase. A aplicação do medicamento deve ser mantida por um período que varia de 1 a 4 semanas ininterruptas.

Esmaltes para as unhas

Essa alternativa é prescrita para indivíduos que apresentam sintomas de micoses na unha. Diferentemente dos esmaltes que encontramos nas perfumarias, estes são considerados medicamentos com ação antifúngica, sendo excelentes para impedir a proliferação dos microrganismos e evitar danos à estrutura da unha.

Soluções de uso tópico

Para micoses de pele ou do couro cabeludo, há as soluções de uso tópico. Tais fórmulas são compostas por princípios ativos poderosos no combate ao fungo e devem ser aplicadas na região afetada conforme as recomendações de um dermatologista. Elas também podem ser encontradas em forma de loções ou de esmalte, mas nunca como shampoos.

Comprimidos via oral

É comum a prescrição de comprimidos via oral para o tratamento apresentar resultados satisfatórios. Esses medicamentos são recomendados para pacientes com micoses de pele extensas, que causam um grande desconforto e atrapalham o bem-estar do indivíduo.

Como evitar o aparecimento de micoses?

O primeiro passo para se proteger contra o surgimento da micose, é investir no acompanhamento de um especialista no assunto: o dermatologista.

Somente com o auxílio de um especialista na área é possível recorrer aos tratamentos certos e seguir as melhores indicações para evitar que a doença se prolifere.

De qualquer forma, você ainda pode ter alguns cuidados básicos de higiene para impedir que o fungo volte a aparecer. Das práticas mais recomendadas, estão:

  • somente tome banho em locais públicos usando um chinelo;
  • mantenha a pele sempre seca, inclusive nas regiões da virilha e entre os dedos dos pés;
  • procure não usar sapatos fechados por muito tempo;
  • troque as suas roupas íntimas e meias todos os dias;
  • evite compartilhar roupas (principalmente as íntimas), toalhas e demais objetos com pessoas que apresentam sintomas de micose.

Como você pôde perceber, tratar micose na pele é bastante simples, mas requer paciência e persistência. Tenha em mente que o tratamento para micose é fundamental. Quando não realizado corretamente, ele pode causar inúmeros incômodos, como coceiras e dores intensas, dificuldade para caminhar e infecções graves. Melhor evitar, não é mesmo?

Para cuidar ainda mais da sua saúde, é importante ter o acompanhamento de uma equipe responsável e dedicada. Entre em contato conosco e agende uma consulta com um de nossos excelentes dermatologistas!