As vozes verbais, classificadas em três, são usadas para identificar se o sujeito gramatical é agente ou paciente da ação expressa pelo verbo. Show
As vozes verbais são usadas na língua portuguesa para identificar uma relação que ocorre entre o sujeito e o verbo na qual ele faz ligação. Em suma, são as ações verbais responsáveis pelo entendimento de todo o contexto que está sendo apresentado. Além dos fatores citados acima, são as vozes verbais que identificam, dentro de uma oração, quem pratica e também quem recebe a ação expressada pelo verbo. Em outras palavras, elas definem quem é o agente ou o paciente. Em suma, as vozes verbais se dividem na voz ativa, na voz passiva – que se divide em analítica e sintética – e também na voz reflexiva. Levando em conta as características de cada uma, em algumas ocasiões, pode ocorrer da voz ativa se transformar em voz passiva e vice-versa. Contudo, isso varia em cada ocasião e depende, principalmente, da intenção do interlocutor. Vozes verbais – voz ativaPinterestEm síntese, para se identificar a voz ativa, basta analisar quando o enunciado evidencia a pratica e a ação do sujeito (agente). Nesse ínterim, o sujeito será o executor da ação que acontece no enunciado. Sendo assim, o agente ficará em evidência. Veja os exemplos a seguir:
Sujeito (agente) + Verbo na voz ativa + continuação do predicado. Vozes verbais – voz passivaEm contrapartida, na voz passiva, pode-se considerar a ação do sujeito paciente, como o que passa a sofrer ou receber a ação.
Primeiramente, é necessário identificar, por meio do predicado, o elemento que sofre a ação. Dessa forma, esse se tornará o sujeito da frase. Em suma, é realizada uma troca e o sujeito da voz ativa se tornará somente uma parte do predicado. Além disso, a voz passiva tem duas classificações: a voz passiva analítica e a voz passiva sintética ou pronominal. Em síntese, a voz passiva analítica se caracteriza quando a oração é composta pelos verbos ser, estar, ficar + o verbo principal no particípio. Veja alguns exemplos a seguir:
Por outro lado, a voz passiva sintética é quando a oração é composta por um verbo na 3ª pessoa do plural ou singular com acréscimo da partícula -se. Veja exemplos:
Vozes verbais – voz reflexivaEm suma, a voz reflexiva é determinada pela presença de um único sujeito. Ela pode ser classificada em voz reflexiva simples, quando a oração é composta por um verbo na voz ativa + pronomes oblíquos, como me, te, se, nos, vos. Além disso, serve como objeto direto e, algumas vezes, como objeto indireto. Veja exemplos:
Todavia, a voz reflexiva pode ser recíproca, ou seja, ser determinada pela presença de dois ou mais sujeitos. Nesse ínterim, a voz reflexiva recíproca é determinada quando ocorre uma ação mútua que é correspondida. Em outras palavras, o verbo indica uma ação de reciprocidade. Veja os exemplos a seguir:
Conversão entre vozesPor fim, outra característica no que tange o assunto de vozes verbais é a conversão. Isso porque, é possível converter uma oração que está na voz ativa para a voz passiva. Entretanto, isso é um caso à parte e a escolha de se usar uma voz ou outra, depende do autor. Em suma, as conversões podem ocorrer entre: Voz ativa para a voz passiva analítica e voz ativa para a voz passiva sintética. Veja exemplos: Todavia, pode acontecer de a voz ativa passar para voz analítica. Basicamente isso se dá em consequência de um processo onde o sujeito assume o lugar de agente da passiva, transformando o objeto direito no sujeito e a verbo de transição na locução verbal.
Em suma, quando a voz ativa se transforma na voz passiva sintética, é comum que o sujeito se torne a partícula –se. Nesse ínterim, o objeto direto se tonar o sujeito da passiva.
E aí, conseguiu aprender mais sobre as vozes verbais? Que tal dar uma olhadinha na nossa matéria sobre o uso da vírgula – Regras, quando e como usar o sinal de pontuação Fontes: Educa mais Brasil, Brasil Escola, Mundo Educação, Conjugação, Toda Matéria Imagens: Pinterest, Vários exemplos, Descomplicando na Web, Maxi Educa e Toda Matéria As vozes verbais dizem respeito à relação que se estabelece entre o sujeito do enunciado e o verbo ao qual está ligado. Essa relação ajuda a definir não só o significado do enunciado, mas também o foco e a entonação, como perceberemos a seguir. Leia também: Cinco dicas sobre dúvidas verbais As vozes verbais costumam ser divididas em voz ativa, voz passiva (esta se divide em analítica e em sintética) e voz reflexiva. Algumas vezes, esses enunciados podem passar de voz ativa para voz passiva e vice-versa dependendo da intenção do interlocutor em evidenciar determinadas informações. Vamos aprender um pouco mais sobre isso? As vozes verbais indicam a relação entre o sujeito e a ação expressa pelo verbo.Voz ativaA voz ativa ocorre quando o enunciado evidencia que o sujeito pratica a ação (também chamado de sujeito agente). Nesse caso, o sujeito é aquele que executa, de modo ativo, a ação ocorrida no enunciado, portanto, o agente fica em evidência. Leia estes exemplos: O rapaz ouve a moça no rádio. Sujeito agente + verbo na voz ativa + continuação do predicado Uma criança feriu seu filho na escola. Sujeito agente + verbo na voz ativa + continuação do predicado As meninas lerão muitos livros. Sujeito agente + verbo na voz ativa + continuação do predicado Ao contrário da voz ativa, a voz passiva evidencia o sujeito que sofre determinada ação (o chamado sujeito paciente). Logo, a voz passiva pode ser usada para evidenciar não o agente, e sim quem está sendo impactado por ela. Para entendermos esse conceito, vamos pegar os exemplos anteriores, que estão na voz ativa, e passá-los para a voz passiva: 1. Primeiro, identificamos, no predicado, quem é o elemento que está sofrendo a ação. Esse passará a ser o sujeito da frase. 2. Consequentemente, o sujeito agente da voz ativa passará a ser apenas parte do predicado, ou seja, o sujeito agente troca de lugar com o sujeito paciente. Vale lembrar que deve haver preposição para ligar o verbo ao predicado, já que se trata de voz passiva. 3. Utilizaremos os mesmos verbos, porém com alguns ajustes: haverá um verbo auxiliar (ser ou estar) seguido do verbo principal conjugado no particípio passado. Vejamos os exemplos a seguir: A moça é ouvida pelo rapaz no rádio. Sujeito paciente + verbo auxiliar e verbo principal na voz passiva + continuação do predicado Seu filho foi ferido por uma criança na escola. Sujeito paciente + verbo auxiliar e verbo principal na voz passiva + continuação do predicado Muitos livros serão lidos pelas meninas. Sujeito paciente + verbo auxiliar e verbo principal na voz passiva + continuação do predicado Como o nome já diz, a voz passiva sintética só difere da voz passiva analítica por ser mais “resumida”. Ela utiliza o pronome apassivador “se” para sintetizar a ideia de que algo “é/está feito por alguém”. Veja os casos a seguir: Apartamentos são alugados. Sujeito paciente + verbo auxiliar e verbo principal na voz passiva Convertendo para a voz passiva sintética, Alugam-se apartamentos. Verbo principal na voz ativa + partícula apassivadora (se) + sujeito paciente Muito gado é criado aqui. Sujeito paciente + verbo auxiliar e verbo principal na voz passiva + continuação do predicado Convertendo para a voz passiva sintética, Cria-se muito gado aqui. Verbo principal na voz ativa + partícula apassivadora (se) + sujeito paciente + continuação do predicado Leia também: Diferenças entre a voz passiva analítica e a voz passiva sintética Voz reflexivaMuitas vezes, produzimos enunciados em que o sujeito executa a ação em si mesmo, ou seja, ele é o sujeito agente por executar a ação E o sujeito paciente por sofrer a própria ação executada. Nesses casos, ocorre a voz reflexiva. Para que essa ideia fique clara, podemos utilizar o verbo seguido da construção “a si mesmo”, isto é, “ao próprio sujeito”. Por exemplo: “Ele penteou a si mesmo.” Porém, podemos simplificar o enunciado apenas utilizando os pronomes oblíquos, que se ligam ao verbo e passam a mesma mensagem: “Ele se penteou.” ATENÇÃO: o pronome oblíquo que acompanha o verbo possui função sintática de objeto, ou seja, embora esteja ligado ao verbo, seu significado está ligado ao objeto do enunciado. Note que: Ele penteou a si mesmo. Sujeito + verbo + objeto Portanto, Ele se penteou. Sujeito + objeto (se) + verbo Observe os exemplos a seguir: O rapaz ouve-se no rádio. Sujeito agente + verbo na voz ativa e objeto (se) + continuação do predicado Uma criança feriu-se na escola. Sujeito agente + verbo na voz ativa e objeto (se) + continuação do predicado Eu me deitarei sempre no mesmo horário. Sujeito agente + objeto (me) e verbo na voz ativa + continuação do predicado Leia também: Como se forma o modo imperativo? Exercícios resolvidos1 – Passe os enunciados a seguir da voz passiva para a voz ativa: a) A moça era amada por muitos. b) Diversas conquistas serão feitas por nós. 2 – Passe os enunciados a seguir da voz passiva analítica para a voz passiva sintética: a) Crianças são alfabetizadas na escola. b) Ali, material didático é elaborado. 3 – Assinale VPS para Voz Passiva Sintética e VR para Voz Reflexiva: ( ) Cria-se qualquer história ao gosto do freguês. ( ) Machuca-se sempre jogando bola. ( ) Vestiu-se para a festa. ( ) Vendeu-se aquele imóvel. RESPOSTAS 1 – a) Muitos amavam a moça. b) Nós faremos diversas conquistas. 2 – a) Alfabetizam-se crianças na escola. b) Ali, elabora-se material didático. 3 – VPS: “Qualquer história é criada ao gosto do freguês.” VR: “Machuca a si mesmo sempre jogando bola.” VR: “Vestiu a si mesmo para a festa.” VPS: “Aquele imóvel foi vendido.” |