Por que embriologia comparada é uma evidencias da evolução

As teorias evolutivas sugerem que os organismos sofreram modificações desde o seu surgimento no planeta até os dias atuais e que alguns não foram capazes de sobreviver às pressões exercidas pelo meio e acabaram sendo extintos. Diante disso, é fácil perceber que os seres vivos que hoje habitam o planeta não são os mesmos que habitavam milhares de anos atrás.

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As teorias evolutivas são bem-aceitas nos dias atuais e é possível enumerar algumas evidências que as sustentam. A seguir destacaremos alguns pontos importantes que nos ajudam a perceber que os organismos realmente sofreram mudanças ao longos dos anos.

→ Evidências fósseis

Os fósseis nada mais são do que documentos que atestam que a vida como conhecemos hoje não é igual à vida nos tempos passados. Eles podem ser definidos como restos ou vestígios de seres vivos que ficaram preservados em rochas, gelo, âmbar ou outros materiais. Alguns pesquisadores aceitam a ideia de que os fósseis devem ter mais de 10 mil anos de idade para serem assim chamados.

Os fósseis são considerados evidências da evolução porque esse registro mostra frequentemente organismos bastante diferentes do que vemos hoje. Esse é o caso dos dinossauros, que possuem seu registro bem documentado nos fósseis, sendo encontrados ossos, pegadas, dentes e até mesmo fezes fossilizadas desses animais. Vale destacar também que, nos fósseis, é possível verificar estágios intermediários que mostram semelhanças entre seres ancestrais e seus descendentes.

→ Homologias e analogias

Os organismos vivos apresentam características que os tornam similares a outros, o que pode sugerir que, em algum período da história da vida na Terra, eles compartilharam um ancestral em comum. Quando analisamos os membros de um crocodilo e de um rato, por exemplo, percebemos que eles, apesar da diferença na morfologia, são bastante similares em sua anatomia, o que sugere que eles possam apresentar algum parentesco. Nesse caso, dizemos que a característica é homóloga, ou seja, possui origem embrionária semelhante, mas nem sempre exerce a mesma função.

Algumas vezes, no entanto, as características são semelhantes, mas analisando-se a origem embrionária, percebe-se que elas são bastante distintas. Esse caso pode ser verificado, por exemplo, ao analisar a asa do morcego e a asa de um pássaro, que, apesar de serem semelhantes em função, são diferentes anatomicamente. Uma análise profunda permite concluir, portanto, que são organismos pouco aparentados. Nesse caso, dizemos que as estruturas são análogas, pois possuem mesma função, mas origem embrionária diferente.

→ Órgãos vestigiais

Os órgãos vestigiais são estruturas que se encontram atrofiadas e sem função aparente em um organismo. A presença desses órgãos pode ser interpretada como uma evidência da evolução, uma vez que a estrutura, hoje sem grande função aparente, pode ter sido no passado extremamente importante para os ancestrais daquela espécie.

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→ Evidências celulares e moleculares

Além de todas as evidências descritas acima, podemos destacar as semelhanças observadas nos seres vivos a nível celular e molecular. Em virtude do desenvolvimento de tecnologias modernas, ficou fácil analisar as células dos organismos e as substâncias que as compõem.

Quando falamos em células, é possível perceber que existem diferenças entre um tipo celular e outro, entretanto, algumas características são bastante similares. Além disso, é fundamental citar que todos os seres vivos são constituídos por essas estruturas, sendo uma evidência, portanto, que temos ancestrais em comum.

Analisando o nível molecular, é possível perceber ainda as informações contidas em nosso DNA e as relações entre as diferentes espécies. São muitos os genes compartilhados entre os seres vivos, o que sugere certo parentesco. Estudos indicam que o mapa genético do macaco bonobo, por exemplo, é 98,7% igual ao do ser humano, mostrando que somos parentes próximos desses seres.

Assim sendo, percebe-se que as teorias evolutivas apresentam bases sólidas que permitem afirmar com convicção que os seres sofrem mudanças. Entretanto, muitas teorias divergem em como essas mudanças ocorrem.

Por que embriologia comparada é uma evidencias da evolução

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A teoria da evolução afirma que as espécies atuais descendem de outras espécies que sofreram modificações com o passar do tempo.

Os ancestrais das espécies atualmente existentes são considerados descendentes de predecessores diferentes deles, e assim por diante, a partir de organismos precursores, extremamente primitivos e desconhecidos.

O evolucionismo prega o transformismo, explica a grande diversidade de formas de vida e rejeita o fixismo, segundo o qual o número de espécies é fixo e elas não sofrem modificações.

Entre as principais evidências da teoria da evolução destacamos:

a) Anatomia Comparada

O estudo comparado da anatomia de animais e vegetais mostra a existência de um padrão fundamental similar na estrutura dos sistemas de órgãos. Os sistemas esquelético, circulatório e excretor constituem um exemplo disto, por meio das hemoglobinas.

A razão de homologia seria que os diferentes organismos teriam uma origem evolutiva comum: quanto mais recente o ancestral, maior a semelhança estrutural. Sob a ação do ambiente, pode haver modificações, mas a estrutura fundamental permanecerá.

Outra evidência evolutiva, fornecida pela anatomia comparada, é a existência de órgãos vestigiais.

b) Embriologia Comparada

Animais de espécies diferentes, quando na fase embrionária, são muito semelhantes.

Quanto maior a semelhança entre os adultos de espécies diferentes, mais prolongada é a fase embrionária comum.

c) Bioquímica

O estudo da bioquímica comparada revela a grande semelhança entre proteínas do sangue de vários mamíferos.

d) Fósseis

Paleontologia é a ciência que estuda os fósseis, isto é, restos ou vestígios de animais ou de vegetais que viveram antes dos tempos históricos e que se conservaram nas rochas. Assim, são fósseis não apenas partes de esqueletos que foram preservadas, mas também pegadas de animais em rochas.

Os fósseis documentam a evolução dos organismos no decorrer do tempo geológico.

O estudo da seqüência dos fósseis existentes desde as camadas rochosas mais antigas até as mais recentes revela:

1. Modificação das espécies no transcorrer do tempo continua com a extinção de algumas e modificações em outras;

2. Aumento em diversidade e também em complexidade nas formas fósseis;

3. Existência de formas de transcrição entre dois grupos.

Falando-se em teoria da evolução, também devemos citar dois autores importantes para a evolução do tema. Vejamos:

Segundo Lamarck, uma grande alteração no meio ambiente provocaria, em uma espécie, uma necessidade de se modificar, levando à formação de novos hábitos.

Essa idéias, aliada à observação da natureza, levou Lamarck a formularas duas leis básicas de sua teoria evolutiva:

a) Lei do uso e desuso

Quanto mais uma parte ou órgão do corpo é usado, mais se desenvolve; contrariamente, as partes que não são usadas enfraquecem, atrofiam, chegando até a desaparecer.

b) Lei da herança dos caracteres adquiridos

Qualquer animal poderia transmitir aos seus descendentes aquelas características que se atrofiaram pelo desuso ou se desenvolveram pelo uso.

Portanto, as novas espécies aparecem, por evolução, devido à aquisição ou perda de caracteres.

Em seu livro, A Origem das Espécies, Darwin explicou a evolução por meio da seleção natural. Segundo ele:

- Todos os organismos apresentam uma elevada capacidade reprodutiva;

- Contudo, verifica-se que o número de indivíduos de uma mesma espécie permanece constante, o que só pode ser explicado pela grande mortalidade natural;

- A mortalidade decorre da falta de alimento, pois o suprimento alimentar, para qualquer população, não é ilimitado;

- A falta dos meios de subsistência gera uma competição, ou seja, uma contínua luta pela vida entre os organismos com as mesmas exigências alimentares;

- Em todas as espécies os indivíduos nunca são iguais, exibindo variações que podem ser herdadas;

- Em um determinado ambiente, os indivíduos dotados de variações favoráveis estarão mais capacitados a sobreviver do que os que possuem variações desfavoráveis. Assim, as variações favoráveis são transmitidas para os descendentes e, acumulando-se com o tempo, dão origem a grandes diferenças;

- O processo de seleção natural, imposto pelo meio ambiente e prolongado por várias gerações, produz adaptações cada vez mais perfeitas e complexas, determinando, dessa forma, um processo de evolução progressiva.