Consequências da degradação do solo e da desertificação

O solo é um dos elementos naturais mais importantes, uma vez que todos os seres vivos estão sobre ele. Todo sustento humano é retirado desse recurso.

Apesar da extrema importância que o solo desempenha, o seu uso realizado de forma inadequada facilita o aparecimento de vários problemas.

• Esgotamento dos solos: o crescente aumento das erosões é resultado da forma equivocada de plantio desenvolvida por muitos agricultores ao longo do território brasileiro, isso tem transformado grandes áreas produtivas em solos inférteis;

• Lixiviação: termo usado para designar um processo que ocorre quando as águas da chuva realizam uma espécie de “lavagem” do solo, retirando um elevado percentual de nutrientes, tornando-o menos fértil. Em decorrência desse fato, faz-se necessária a aplicação cada vez maior de fertilizantes.

• Laterização: é um processo que acontece em lugares nos quais predominam duas estações bem definidas (seca e chuvosa). Essa característica favorece a concentração de hidróxido de ferro e alumínio no solo. A concentração desses minerais forma a laterita, que torna difícil o manejo do solo em virtude do surgimento de uma ferrugem por cima dele, deixando-o mais duro.

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As atividades agrícolas são agentes degradantes dos solos, causando anualmente a perda de milhões de toneladas. Veja a seguir alguns dados relacionados ao tipo de produção rural com seus respectivos resultados negativos.

Áreas constituídas por matas naturais: 4 quilos de solo por hectare ao ano.

Pastagem: 700 quilos de solo por hectare ao ano.

Cafezal: 1.100 quilos de solo por hectare ao ano.

Algodão: 38.000 quilos de solo por hectare anuais.

Sem plantação: 100.000 quilos por hectare ao ano.

Por Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola

O processo de degradação do solo pode ocorrer de várias maneiras diferentes, geralmente resultantes de seu mau uso e conservação por parte das atividades humanas. A ocorrência dessas situações pode estar associada ao esgotamento de nutrientes ou à remoção da vegetação, entre outros inúmeros fatores.

As principais formas de degradação do solo, isto é, os tipos com que esse problema se apresenta, são:

1. Desertificação

A desertificação consiste no processo de degradação e esgotamento dos solos que ocorre em regiões de clima árido, semiárido e subúmido, onde a pluviosidade não é maior do que 1400mm anuais e, portanto, a evaporação é maior do que a infiltração. A desertificação recebe esse nome porque provoca uma mudança da paisagem para algo próximo à paisagem de um deserto, embora não necessariamente a área formada possa ser considerada como tal.

Embora esse problema apresente algumas causas naturais, como o clima e a predisposição para a sua ocorrência, os seus principais determinantes estão associados às práticas antrópicas, tais como o desmatamento, as queimadas, o uso intensivo do solo pela agropecuária, mineração, irrigação incorreta, entre outros.

2. Arenização

A arenização é, muitas vezes, confundida com a desertificação, mas se trata de fenômenos diferentes. A arenização consiste na formação de bancos de areia em solos já de consistência arenosa em regiões que, diferentemente das áreas que se desertificam, apresentam climas mais úmidos e com maiores volumes de chuva, onde a infiltração e o escoamento da água são superiores aos índices de evaporação.

As causas para o processo de arenização estão, sobretudo, relacionadas com a remoção da vegetação, que protege e firma os solos. Assim, as chuvas vão gradativamente lavando o terreno e removendo os seus nutrientes em um processo que pode ser ainda mais intensificado pela prática exaustiva da agricultura ou da pecuária. No Brasil, esse processo é bastante comum na região Sul.

3. Processos erosivos

A erosão é um dos mais conhecidos tipos de degradação do solos. Trata-se de um processo natural que pode ser intensificado pelas práticas humanas e que consiste no desgaste dos solos e das rochas com posterior transporte e deposição do material sedimentar que é produzido.

Os processos erosivos, além de alterarem a forma do relevo formando crateras que podem ocupar grandes áreas, também são responsáveis pela retirada de nutrientes dos solos. Em alguns casos, a lavagem excessiva da camada superficial pela água das chuvas – processo chamado de lixiviação ou erosão laminar – torna os solos mais ácidos ou improdutivos. Além disso, as erosões também estão associadas a problemas de movimentação de massas e desabamento de encostas.

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4. Salinização

A salinização consiste no processo de aumento dos sais minerais existentes, a ponto de afetar a produtividade dos solos de uma determinada região. Esses sais minerais apresentam-se na forma de íons, tais como o Na+ e o Cl-, sendo mais comuns em áreas de clima árido e semiárido, onde as taxas de evaporação são muito acentuadas.

Resumidamente, a ocorrência da salinização está relacionada com a prática da irrigação que se utiliza de água com elevado teor de sais (lembrando que os sais minerais estão sempre presentes na água, a exemplo do potássio e muitos outros). Assim, com a evaporação da água, os sais acumulam-se no solo e aumentam a sua salinidade. Outras causas possíveis para a salinização são a elevação acentuada do nível freático e a evaporação de águas salgadas ou salobras acumuladas de mares, lagos e oceanos.

5. Laterização

A laterização consiste no acúmulo de hidróxidos de ferro e alumínio, alterando a composição e a aparência dos solos. Esse processo é resultante, principalmente, da alteração da camada superficial pelo intemperismo químico associado à sua lavagem exaustiva pela lixiviação.

O processo de laterização é mais comum em áreas úmidas e quentes de climas tropicais e pode ser intensificado por queimadas e desmatamentos, pois a vegetação ajuda a proteger os solos do elevado desgaste proporcionado pela água das chuvas. Apesar de ser importante para a formação dos latossolos, a laterização pode ser considerada um problema de degradação ambiental, pois dificulta a penetração de raízes e diminui a fertilidade.

6. Poluição direta e contaminação

A poluição direta ou contaminação consiste na alteração química da composição dos solos, tornando-os, muitas vezes, inférteis. Trata-se de um problema eminentemente antrópico e causado pelo uso excessivo de agrotóxicos, defensivos e fertilizantes na agricultura e também pela infiltração de materiais orgânicos poluentes em áreas de lixões, aterros sanitários e até em cemitérios, onde há uma elevada taxa de formação de chorume.

Além de tornar os solos improdutivos e afetar a qualidade de vida da população que vive sobre eles, esse tipo de contaminação pode afetar o lençol freático, a vegetação de uma determinada localidade e até a fauna, prejudicamento o funcionamento dos ecossistemas. Para isso, é preciso haver uma maior conscientização social e a adoção de medidas de diminuição da poluição dos solos e de seus recursos naturais.


Por Me. Rodolfo Alves Pena

Quais são as consequências da degradação do solo?

Consequências da degradação do solo para a agricultura.
perdas de solo por erosão;.
redução da fertilidade natural devido à lixiviação de nutrientes;.
compactação do solo;.
acidificação e salinização do solo;.
poucos indícios de atividade biológica e matéria orgânica;.
menor retenção e infiltração de água;.

Quais as principais consequências da desertificação?

Entre as consequências da desertificação, encontram-se fatores naturais, sociais e econômicos, tais como: redução e escassez total de recursos hídricos; perda de áreas agricultáveis, rendendo prejuízos aos seus proprietários; salinização e alcalinização dos solos; aumento dos índices de erosão; eliminação da cobertura ...

Qual a relação do processo de desertificação com a degradação do solo?

Desertificação A desertificação consiste no processo de degradação e esgotamento dos solos que ocorre em regiões de clima árido, semiárido e subúmido, onde a pluviosidade não é maior do que 1400mm anuais e, portanto, a evaporação é maior do que a infiltração.

Como acontece a poluição degradação do solo e desertificação?

Os principais motivos desse tipo de degradação são o pisoteio do gado, o tráfego de máquinas agrícolas e o manejo do solo em condições inadequadas de umidade. Em geral, solos compactados são impermeáveis, o que impede a penetração de água e nutrientes, causando sua infertilidade.