Deficientes é o mercado de trabalho

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A lei de cotas, aprovada em 1991, garante aos deficientes físicos o acesso ao mercado de trabalho. Segundo a lei, as empresas devem reservar cotas para as pessoas com deficiência em seu quadro de funcionários. Na realidade, porém, os deficientes ainda encontram muitos desafios em sua procura por uma vaga de emprego. Neste artigo explicitamos os fundamentos da lei de cotas e quais são as perspectivas para os deficientes físicos no mercado de trabalho no Brasil. Continue lendo e confira!

O perfil do deficiente físico no Brasil

Segundo dados do IBGE, 1,3% da população brasileira tem algum tipo de deficiência física. Desse total, 46,8% tem grau intenso ou muito intenso de limitações.

As lesões medulares são as mais frequentes, acarretando em paraplegia e tetraplegia. Em seguida, vem as deficiências causadas por amputações de membros inferiores ou superiores.

A lei de cotas

A Lei nº 8213, de 1991, traz a proposta de inclusão social do deficiente físico no mercado de trabalho, garantindo a ocupação de vagas nas empresas por pessoas reabilitadas ou portadoras de deficiência.

Conhecida como lei de cotas, a lei estabelece que as empresas com 100 ou mais funcionários estão obrigadas a preencher seus cargos com pessoas portadoras de deficiência, na seguinte proporção:

  • até 200 funcionários: 2%
  • de 201 a 500 funcionários: 3%
  • de 501 a 1000 funcionários: 4%
  • de 1001 em diante: 5%

O valor da multa é de R$ 1.101,75 por pessoa não contratada.

Apesar de já estar em vigor há muitos anos, a lei de cotas para deficientes não tem sido seguida pela maioria das empresas. As delegacias do trabalho, nos últimos anos, têm intensificado a fiscalização para garantir que a lei seja cumprida. Mesmo assim, a participação de pessoas com deficiência no mercado de trabalho ainda é muito baixa. Estima-se que apenas 5% dos brasileiros com deficiência estão empregados.

Entre os motivos alegados pelas empresas para não cumprirem a lei, está a falta de qualificação dos candidatos aos cargos oferecidos, já que muitas vezes não têm a formação mínima exigida.

De fato, há diferença significativa no nível de escolaridade entre pessoas com deficiência e a população geral. Dessa forma, faz-se necessário um fortalecimento da inclusão escolar e melhoria na acessibilidade — que é um motivo pelo qual muitos deficientes físicos abandonam os estudos, já que é difícil conseguir se locomover até o local das aulas.

Por outro lado, muitos empregadores, embora não admitam, deixam de contratar pessoas portadoras de deficiência por discriminação. Além da existência de uma lei que obriga a contratação de funcionários com deficiência, há muitos mitos e preconceitos que precisam ser derrubados para mudar a postura das empresas.

A inclusão só vai ser efetiva a partir da conscientização, com uma estratégia ampla de educação social, para a construção de um país mais inclusivo, justo e humano. Podemos observar que esse trabalho de conscientização tem sido feito, em conjunto com a intensificação da fiscalização por parte das delegacias de trabalho, trazendo boas perspectivas de emprego para deficientes nos próximos anos.

Quais contribuições os deficientes físicos podem trazer para o ambiente do trabalho?

Pessoas com diferentes tipos de deficiência física podem exercer praticamente qualquer atividade profissional. Colaboradores com deficiência motora ou dificuldades de mobilidade podem exercer com perfeição funções específicas, atuando, por exemplo, como advogados, professores, artistas, atendentes, caixa, entre inúmeras outras.

Além de exercer seu papel social, trazendo qualidade de vida para o deficiente, empresas que contratam funcionários com deficiência e constroem um ambiente de trabalho inclusivo veem um crescimento no desempenho de toda a equipe, que começa a entender como dificuldades muito maiores podem ser superadas. Todos saem ganhando.

Muitas empresas já se preocupam com essa questão e estão dispostas a oferecer uma oportunidade. Esteja atento a vagas para deficientes físicos no mercado de trabalho e encontre o seu lugar. Gostou do nosso artigo? Deixe seu comentário!

  • Pessoas com deficiência visual ainda enfrentam muito preconceito e capacitismo. Ainda que elas sejam totalmente capazes de exercer suas atividades profissionais, poucas empresas dão oportunidades para a entrada do deficiente visual no mercado de trabalho. 
    • Como é o mercado de trabalho para pessoas com deficiência visual?
    • Quais direitos tem um deficiente visual no ambiente de trabalho?
    • Quais os desafios dos deficientes visuais para entrarem no mercado de trabalho?
    • Como incluir as pessoas com deficiência visual no mercado de trabalho

Pessoas com deficiência visual ainda enfrentam muito preconceito e capacitismo. Ainda que elas sejam totalmente capazes de exercer suas atividades profissionais, poucas empresas dão oportunidades para a entrada do deficiente visual no mercado de trabalho. 

A trajetória de um deficiente visual no mercado de trabalho, ou melhor, de uma pessoa com deficiência visual, não é fácil. Infelizmente ainda há muitos desafios que impedem o acesso igualitário dessas pessoas a diversas profissões.  

Se este for o seu caso — ou se você tem um colega assim, mas não sabe muito bem como deve agir — confira o que você precisa saber para ajudar na inclusão dessas pessoas. 

Como é o mercado de trabalho para pessoas com deficiência visual?

O mercado de trabalho para pessoas com deficiência em geral não é animador. Dados do Ministério do Trabalho relativos a 2020, indicam que pessoas com deficiência ocupam apenas 1,07% das vagas formais — apesar de representarem 6,7% da população. 

A deficiência visual é a mais comum entre os brasileiros. Ela está presente em 3,4% da população, o que equivale a 6,5 milhões de pessoas. 

Comparativamente, a deficiência motora atinge apenas 2,3% da população, enquanto a deficiência auditiva atinge 1,1% e a deficiência mental/intelectual, 1,4%. Os dados são do censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010. 

Ainda assim, segundo informações do Ministério do Trabalho e Emprego, pessoas com deficiência visual representam apenas 16,68% das pessoas com deficiência com trabalho formal. A maior parte delas (44,46%) têm deficiência física e a segunda maior parte tem deficiência auditiva (17,89%). 

Quais direitos tem um deficiente visual no ambiente de trabalho?

As pessoas com deficiência visual estão incluídas na Lei de Cotas, que determina que empresas com cem ou mais empregados preencham uma parte das vagas com pessoas com deficiência.

Quais os desafios dos deficientes visuais para entrarem no mercado de trabalho?

Os principais desafios existentes no mercado de trabalho para PCD, em especial com deficiência visual, são:

Capacitismo

O capacitismo ainda é um desafio para pessoas cegas e com baixa visão no ambiente de trabalho. 

Como há pouco conhecimento sobre a deficiência e o que ela envolve de fato, muitos profissionais ainda se surpreendem com a possibilidade de pessoas cegas e com baixa visão serem capazes de exercer suas funções na empresa como qualquer outra pessoa. 

Preconceito

O maior desafio das pessoas com deficiência no mercado de trabalho é vencer o preconceito. Novamente, como há muito desconhecimento sobre a sua deficiência, muitas empresas simplesmente não dão oportunidade para pessoas cegas e com baixa visão mostrarem seu potencial e sua capacidade de entrega profissional. 

Em geral, é comum que elas deem preferência por pessoas com outro tipo de deficiência, imaginando que sua adaptação ao ambiente seja mais simples.

Como incluir as pessoas com deficiência visual no mercado de trabalho

Os deficientes visuais contam com a tecnologia para vencer os principais desafios do mercado de trabalho. 

Atualmente, a maior parte dos computadores e celulares têm recursos de acessibilidade que “leem” textos, mensagens e páginas da internet para pessoas cegas e com baixa visão. 

Além disso, muitos conseguem digitar no teclado do computador sem necessidade de adaptação para braile. Embora o ideal seja que essa adaptação faça parte das ações de inclusão, fato é que as pessoas se mostram perfeitamente capazes de se adaptar ao contexto atual do mercado.

Eles contam também com recurso de “digitar por voz”, que também é bastante comum em computadores e celulares. 

Com isso em mente, se você tem colegas com deficiência visual no trabalho, pode ajudar na sua inclusão seguindo algumas destas dicas:

  • antes de iniciar uma conversa com o colega deficiente visual, apresente-se. É possível que, com o tempo, ele reconheça que é você sem que isso seja necessário, mas, até que aconteça, não custa ter esse cuidado para facilitar a comunicação e evitar constrangimentos;
  • deixe a cadeira recolhida embaixo da mesa sempre que não estiver sentado;
  • não deixe objetos pelo chão;
  • comunique a mudança de qualquer móvel (até da lixeira) ao seu colega deficiente visual;
  • antes de ajudar uma pessoa com deficiência visual, pergunte se ela quer ajuda; 
  • se a resposta for negativa, aceite e não insista;
  • se ela aceitar ajuda, pergunte qual é a melhor forma de ajudar;
  • não segure o braço da pessoa com deficiência. Se ela quiser a sua ajuda, ofereça o seu braço para ela segurar enquanto você a conduz;
  • não deixe portas meio abertas. O ideal é que elas fiquem sempre totalmente abertas ou totalmente fechadas;
  • se estiver acompanhando o colega a uma reunião ou um encontro informal, descreva o ambiente para ele assim que chegar, dizendo quem está no local;
  • no horário do almoço, pergunte se o colega quer ajuda. É possível que ele peça que você leia as opções do cardápio (se não houver menu em braile) ou ajude a montar o prato se o restaurante for self service. 
  • Tenha empatia, naturalidade e bom humor. Essa mistura é muito importante para manter a autoconfiança do seu colega e ajudar a vencer desafios em situações que nem sempre podemos prever. 

Quer saber mais sobre empatia? Temos tudo explicadinho aqui: 3 maneiras de aumentar a empatia no trabalho. 

Como é a realidade das pessoas com deficiência no mercado de trabalho?

Segundo o presidente do conselho, Alexandre Carvalho, dentre os maiores obstáculos que os deficientes enfrentam, estão o preconceito por parte dos colegas de trabalho, a necessária adaptação de ambientes de trabalho, como rampas e alargamento de portas, e a dificuldade de comunicação com pessoas cegas e surdas.

Como o deficiente e incluindo no mercado do trabalho?

A Lei nº 8.213/91, também conhecida como Lei das Cotas, determina que pessoas com deficiência ocupem de 2% a 5% do quadro de companhias com 100 colaboradores ou mais. Entretanto, não se trata de uma imposição. Amparadas por uma lei, as pessoas com deficiência ganham o direito de ingressar no mercado de trabalho.

Quantas pessoas com deficiência no mercado de trabalho?

Atualmente, cerca de 372 mil profissionais com deficiência estão empregados na Administração Pública, em empresas públicas e sociedades de economia mista e nas empresas privadas, o que representa uma ocupação de apenas 53% das vagas reservadas.

Quais os desafios da pessoa com deficiência no mercado de trabalho?

As principais dificuldades para a inclusão no mercado de trabalho são decorrentes da desinformação e desconhecimento da sociedade acerca da deficiência intelectual, promotoras de atitudes preconceituosas, da defasagem entre as exigências das empresas e o nível de formação e escolarização dos indivíduos.