O que as Cortes portuguesas pretendiam em relação ao Brasil e em relação AD Pedro?

Licenciatura Plena em História (Faculdade JK-DF, 2012)
Pós-graduação em História Cultural (Centro Universitário Claretiano, 2014)

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Após a volta de D. João VI para Portugal, as cortes portuguesas queriam que D. Pedro I também retornasse para que fosse nomeado como governador e o Brasil voltasse a ter o status de colônia.

Os liberais radicais do Brasil em contrapartida à corte portuguesa, se organizaram e reuniram 8 mil assinaturas para a permanência de D. Pedro I. Pressionado por ambas as nações no dia 9 de janeiro de 1822 disse:

“Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto! Digam ao povo que fico.”

O que as Cortes portuguesas pretendiam em relação ao Brasil e em relação AD Pedro?

Dom Pedro I, Imperador do Brasil entre 1822 e 1831.

Essa foi uma das decisões mais importantes da história brasileira, uma vez que impediu que o país retrocedesse e mudou de uma vez por todas a sua relação com Portugal. Dom Pedro I ao contrariar as ordens da corte portuguesa, rompeu com o tratado que mantinha o Brasil como Reino Unido de Portugal e Algarves.

Com a popularidade de Dom Pedro I em alta, para benefício dos brasileiros que não queriam mais ser colônia pela autonomia comercial já adquirida assim como os avanços obtidos desde a vinda da corte, ficaram todos a seu favor e o príncipe ficou visto como um defensor do país.

Os comerciantes conservadores só pensavam nos seus interesses e queriam a independência para não pagarem mais impostos a Portugal. Eles pretendiam enriquecer e comercializar livremente com outros países. Já os liberais radicais compostos por padres, jornalistas, estudantes, funcionários de setores públicos e pesquisadores, queriam realizar melhorias no âmbito social, acabar com a escravatura e trazer moradia e melhor qualidade de vida a milhares de brasileiros que viviam no país através da reforma agrária. A partir desse contexto, surgiu então o primeiro partido de Brasil: o Partido Brasileiro.

Os membros da corte de Portugal desrespeitaram a vontade do príncipe regente do Brasil, dando menos credibilidade a ele. Mas quanto mais se afastava de Portugal, mais se aproximava do Brasil. A princesa e esposa de D. Pedro I, Leopoldina de Habsburgo, deu total apoio ao marido e o encorajou a permanecer firme e forte em suas decisões.

Após as “rebeldias” de D. Pedro I, dois mil militares da corte portuguesa comandados por Jorge Alvilez se concentraram no Morro do Castelo e em compensação, foram cercados por dez mil brasileiros armados da Guarda Real da Polícia. Foi então que o Príncipe regente dispensou o comandante português e ordenou que ele e sua tropa se retirassem do país e voltassem a Portugal.

José Bonifácio ficou responsável pelas relações estrangeiras do Brasil e ficou muito próximo de D. Pedro I. Ele achava necessária a elaboração de uma assembleia constituinte para evitar uma anarquia. Enquanto Gonçalves Ledo e os liberais só queriam oferecer ao príncipe o cargo de defensor do Brasil, e achavam indispensável uma convocação de uma Assembleia Constituinte para estabelecer as regras. O príncipe atendeu aos pedidos dos Liberais e se reuniram para fazerem as eleições dos deputados e as legislações.

D. Pedro I seguiu para São Paulo para constatar a lealdade dos paulistas. Enquanto estava fora a sua esposa Leopoldina, que também era contra as ordens dos portugueses, ficou tomando conta do Rio de Janeiro e junto com os ministros assinou a declaração da efetiva separação do Brasil de Portugal. Esse fato foi informado ao seu marido através de uma carta que ele recebeu no dia 7 de setembro às margens do Rio Ipiranga. Nesse momento disse: "Amigos, as Cortes Portuguesas querem escravizar-nos e perseguir-nos. A partir de hoje as nossas relações estão quebradas. Nenhum vínculo unir-nos mais".

Tirou os símbolos que representavam Portugal de sua farda e continuou a falar:

"Tirem suas braçadeiras, soldados. Viva independência, à liberdade e à separação do Brasil."

"Para o meu sangue, minha honra, meu Deus, eu juro dar ao Brasil a liberdade"

E gritou a famosa frase: "Independência ou morte". Que entrou para história como: Grito do Ipiranga.

Sem o “dia do fico”, nada disso teria acontecido.

Referências:

http://ensina.rtp.pt/artigo/o-dia-do-fico/ 21.01.2019.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_do_Fico 21.01.2019.

Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/historia-do-brasil/dia-do-fico/

Quais foram as primeiras Cortes Portuguesas?

As Cortes reunidas em Leiria em 1254 por D. Afonso III de Portugal foram as primeiras Cortes portuguesas conhecidas a incluir explicitamente representantes dos municípios. Nisso, Portugal estava acompanhando o padrão nos reinos ibéricos vizinhos (por exemplo, os reis de Leão admitiram representantes da cidade em suas Cortes já em 1188).

Quais eram as principais características das cortes no Reino de Portugal?

[ 4] No Reino de Portugal, na época medieval, as Cortes eram uma assembleia de representantes das Estados do reino - a nobreza, o clero e a burguesia. Eram convocadas e dispensadas pelo rei de Portugal à sua vontade, no local de sua escolha.

Quais foram as principais características das Cortes de tomar?

As Cortes de Tomar de 1581, onde Filipe II de Espanha foi coroado rei de Portugal, por Jan Luyken (detalhe) Os monarcas portugueses, explorando as riquezas do império português no exterior, ficaram menos dependentes dos subsídios das Cortes e as convocaram com menos frequência.

Quando Portugal reconheceu a independência brasileira?

Foi por intermédio da Inglaterra que, em 1825, Portugal reconheceu a independência brasileira em troca de uma indenização de dois milhões de libras. Não é possivel enviar novos comentários.

O que a Corte Portuguesa pretendia em relação ao Brasil e a Dom Pedro?

Defendia também a preservação das vantagens conquistadas pelo Brasil desde 1808, e a igualdade de direitos políticos e civis entre cidadãos de Portugal e do Brasil. No entanto, as Cortes, reunidas desde janeiro de 1821, trabalhavam pela recolonização.

O que queriam as cortes portuguesas?

Ela defendia a formação de uma monarquia constitucional, exigindo o retorno imediato de Dom João VI, que estava no Brasil desde 1808. Além disso, os revolucionários queriam a manutenção do Brasil como colônia de Portugal.

O que as cortes portuguesas exigiam de D. Pedro?

Mas você lembra o contexto dela? Em 9 de janeiro de 1822, há 200 anos, o então príncipe regente D. Pedro I anunciou que não voltaria para Lisboa, como as Cortes portuguesas exigiam, e permaneceria no Brasil. O episódio, que foi um marco no processo de independência brasileira, ficou conhecido como o “Dia do Fico”.

Qual foi o posicionamento dos cortes portuguesas em relação ao Brasil?

Pedro. As Cortes portuguesas, instituição política surgida com a Revolução do Porto, tomaram algumas medidas que foram bastantes impopulares no Brasil: o retorno de algumas instituições originadas no Período Joanino em Portugal, o envio de mais tropas para o Brasil e o retorno do príncipe regente para o país europeu.