Um estudo do Instituto Locomotivas e da empresa de consultoria PwC identificou que 33,9 milhões de pessoas estão desconectadas e outras 86,6 milhões não conseguem se conectar todos os dias na internet no país. Show Usada por milhões de brasileiros todos os dias, a internet já faz parte da vida cotidiana dos brasileiros. Acesso a banco, pagamento de contas, trabalho, checagem de informações, acesso a serviços, praticamente tudo precisamos da rede nos dias de hoje. Mas, infelizmente, para 33 milhões a facilidade da internet não existe. Um estudo do Instituto Locomotivas e da empresa de consultoria PwC identificou que 33,9 milhões de pessoas estão desconectadas e outras 86,6 milhões não conseguem se conectar todos os dias na internet no país. Entre os que não têm o acesso garantido à internet, estão 44,8 milhões que formam o grupo chamado pela pesquisa de “parcialmente conectados”, que em média têm internet em 25 dias por mês, e outros 41,8 milhões de “subconectados”, que usam o serviço em 19 dias por mês, em média. O estudo indicou que o grupo de “desconectados” representa 20% da população brasileira com mais de 16 anos, enquanto os “subconectados” e os “parcialmente desconectados” equivalem a 25% e 26% da população, respectivamente. Ainda segundo o levantamento, esses grupos são formados principalmente por pessoas negras, que estão nas classes C, D e E, e que são menos escolarizadas. Por outro lado, os “plenamente conectados”, que usam internet 29 dias por mês, em média, somam 49,4 milhões de brasileiros. O grupo representa 29% da população com mais de 16 anos e é composto principalmente por pessoas brancas, que estão nas classes A e B, e que são mais escolarizadas. O levantamento apontou ainda a desigualdade nas condições de acesso à internet dificulta o dia a dia de uma parcela de internautas que trabalham em casa. Entre os principais obstáculos apontados por esses profissionais está a instabilidade do sinal da internet (48%), a velocidade da internet (44%) e a qualidade do sinal (44%). Para 28%, a falta de conhecimentos para usar a internet também atrapalha a rotina. Esse último fator vai ao encontro de uma percepção de 85% dos entrevistados, que consideram importante que trabalhadores saibam usar bem a internet atualmente. Para 91% dos entrevistados, saber usar bem a internet será importante no futuro. Infelizmente a desigualdade é ainda grande problema enfrentado no Brasil que tem quase metade da sua população sem saneamento básico e 33 milhões de pessoas passando fome. Fonte: g1
A pandemia de coronavírus vem servindo para mostrar os efeitos da desigualdade social no Brasil com mais clareza. Enquanto algumas pessoas, nos grandes centros urbanos, estão acessando a internet de dentro dos seus quartos, a maioria dos brasileiros possui uma conexão precária e inconsistente. Com as regras de distanciamento, a desigualdade social passou a ser representada no mundo digital. De acordo com pesquisas, cerca de 70 milhões de brasileiros têm acesso precário à internet ou não dispõe de uma rede. Segundo especialistas em tecnologia, a pandemia mostra a agravante desigualdade digital. Levantamento do Cetic.br mostra as facetas da desigualdade digital A pesquisa aponta, por exemplo, que 25 milhões dos brasileiros mais pobres apenas possuem acesso à internet pelo celular. Com critérios mais rígidos, o Cetic só considera como usuário digital quem fez algum acesso nos últimos três meses. Seguindo os critérios, o levantamento mostrou que 44% das pessoas que costumam ficar por mais de três meses longe da internet, e não são considerados usuários pelo Cetic, pertencem às classes D e E. O Cetic divide a desigualdade em dois níveis: o primeiro, considera aqueles que têm, ou não, acesso à internet. O segundo, engloba os usuários que costumam acessar à internet, mas com sérias limitações. Confira mais alguns dados obtidos pelo levantamento: - Cerca de 70 milhões de brasileiros possuem acesso precário ou não têm acesso à internet; Auxílio Emergencial evidencia desigualdade digital Começando pelo fato de muitos não terem todos os documentos e nem conta bancária, a maioria das pessoas teve bastante dificuldade para solicitar o Auxílio Emergencial. O aplicativo Caixa Tem ainda se destacou pela instabilidade e falta de acesso. Nem mesmo a liberação das operadoras ao app para pessoas sem crédito no celular, conseguiu solucionar o problema. Dados oficiais apontam que 50 milhões de pessoas solicitaram o auxílio, mas a IFI (Instituição Fiscal Independente) do Senado estima que o número pudesse ser de 80 milhões. Em resumo, a desigualdade digital no Brasil contribuiu seriamente para que muitas pessoas, principalmente, as moradoras de áreas rurais, não conseguissem solicitar o Auxílio Emergencial. Essa é uma constatação grave e que atinge os mais pobres, como os dados do Cetic apontam. O que impede o acesso à internet no Brasil?Entre os principais obstáculos apontados por esses profissionais, estão a instabilidade do sinal da internet (48%), a velocidade da internet (44%) e a qualidade do sinal (44%). Para 28%, a falta de conhecimentos para usar a internet também atrapalha a rotina.
O que dificulta o acesso à internet?Os avanços são positivos, mas o levantamento aponta que pobreza e falta de escolaridade são entraves à democratização do acesso à internet. De acordo com a pesquisa do IBGE, o acesso à rede mundial de computadores cresce conforme aumenta o grau de escolaridade e de renda.
Quais as principais causas da falta de acesso à internet?Hoje, 46 milhões de brasileiros não tem acesso à internet. Desse total, 45% explicam que a falta de acesso acontece porque o serviço é muito caro e para 37% dessas pessoas, a falta do aparelho celular, computador ou tablet também é uma das razões.
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