O que significa a reação negativa dos prisioneiros que não querem ser libertados

A alegoria da Caverna � seguramente o texto mais conhecido de Plat�o e um dos mais comentados em toda a hist�ria da Filosofia, o que releva a enorme riqueza das quest�es que coloca. Este facto ensina-nos uma outra coisa muito importante:  quando as quest�es filos�ficas s�o relevantes, nunca est�o encerradas. H� sempre novas perspectivas para analisar.

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O que � a caverna? O mundo em que vivemos. Que s�o as sombras das estatuetas? As coisas materiais e sensoriais que percebemos. Quem � o prisioneiro que se liberta e sai da caverna? O fil�sofo. O que � a luz exterior do sol? A luz da verdade. O que � o mundo exterior? O mundo das ideias verdadeiras ou da verdadeira realidade. Qual o instrumento que liberta o fil�sofo e com o qual ele deseja libertar os outros prisioneiros? A dial�tica,. O que � a vis�o do mundo real iluminado? A filosofia. Por que os prisioneiros zombam, espancam e matam o fil�sofo (Plat�o est� se referindo � condena��o de S�crates � morte pela assembleia ateniense?) Porque imaginam que o mundo sens�vel � o mundo real e o �nico verdadeiro.

CHAUI, Marilena. Convite a filosofia. S�o Paulo: Editora �tica, 1999. p. 41

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"A caverna corresponde ao mundo do vis�vel e o Sol � o fogo cuja luz s projecta dentro dela. A ascens�o para o alto e a contempla��o do mundo superior � o s�mbolo do caminho da alma em direc��o ao mundo intelig�vel. � com a sua "esperan�a" pessoal que S�crates (...) apresenta isto. (...).O conceito de esperan�a  � aqui empregado com especial refer�ncia � expectativa que o iniciado nos mist�rios experimenta em rela��o ao al�m. A ideia da passagem do terrestre � outra vida � aqui transladada � passagem da alma do reino vis�vel ao reino invis�vel. O conhecimento do verdadeiro Ser representa ainda a passagem do temporal ao eterno. A �ltima coisa que que na regi�o do conhecimento puro a alma aprende a ver, "com esfor�o", � a ideia d Bem. Mas, uma vez que aprende a v�-la, necessariamente tem de chegar � conclus�o de que esta ideia � a causa de tudo quanto no mundo existe de belo e de justo, e de que for�osamente a deve ter contemplado quem quiser agir racionalmente tanto na vida privada como na p�blica." (...)

A alegoria da caverna � "uma alegoria da paideia (cultura). (...) Uma alegoria da natureza humana e da sua atitude perante a cultura e a incultura". 

JAEGER, Werner -Paideia.A Forma��o do Homem Grego. Lisboa. Editorial Aster.s/d

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Mais Coment�rios

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Reflex�o sobre a Alegoria da Caverna ( 1 )

Com esta hist�ria Plat�o quer mostrar para todos n�s que devemos aprender a raciocinar por n�s mesmos, e n�o pensar apenas sobre o que querem que pensemos, e que � preciso aprender a ver n�o s� o que as pessoas que tem o poder nos mostram, mas ver al�m das coisas concretas. Os homens que n�o queriam sair da caverna, somos n�s que n�o estamos dispostos a pensar, porque j� estamos acomodados a esta vida med�ocre que levamos, acostumados a ver somente o que os donos do poder nos mostram e acreditando que somente aquilo � verdadeiro que somente eles est�o certos, e que n�s n�o precisamos pensar porque j� tem que o fa�a por n�s. Ent�o somos convidados a sair da caverna para ver a realidade e deixarmos de ser submissos a estes tais donos do poder. Agora s� depende de cada um para acordar para esta realidade e aprendermos a pensar, n�o sobre o que querem que pensemos e sim que descubramos o verdadeiro mundo que existe e n�s n�o conhecemos.

Gustavo Baptista Soares - Col�gio Santa Isabel -1�A . Setembro de 2004
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Reflex�o sobre a Alegoria da Caverna ( 2 )

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Sendo um dos mitos mais conhecidos, pode, ainda hoje, se perceber que � uma a��o atual a que aconteceu l�.

O homem que saiu da caverna, n�o tinha que ser propriamente um fil�sofo, poderia ser tamb�m uma pessoa mais esclarecida. Qualquer pessoa poderia sair da caverna, mas para que mudar sua rotina?  � muito mais f�cil continuar na ignor�ncia do que ter mais trabalho para fazer uma mudan�a radical.

Como exemplo, temos uma coisa bem atual: As elei��es, na verdade, a pol�tica em si. � bem mais f�cil voc� pensar que tudo o que lhe � passado pela TV � verdade, do que pesquisar e procurar saber o que realmente foi feito, se � boa aquela mudan�a para o governo ou para a sociedade, se os impostos que voc� paga est�o sendo usados em boas coisas etc. Isso quer dizer que voc� n�o saiu da caverna, que prefere ser ignorante nesse assunto.

 N�o se pode culpar quem n�o quer mudar, � muito mais c�modo e te causa bem menos preocupa��es. Como quando se � crian�a, voc� n�o se preocupa com nada. � s� crescer mais um pouco e j� come�am os v�rios problemas. Amor, fam�lia, amigos, estudo, responsebilidades mil... Como todos acham que j� � dif�cil a vida s� com isso, imagine ent�o a vida fora da caverna, onde voc� n�o pode mais ficar se enganando...

Al�cia - Col�gio Santa Isabel (Petr�polis) - 1� ano . Setembro de 2004

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Reflex�o sobre a Alegoria da Caverna ( 3 )

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 A Alegoria da Caverna se refere a vida, pois se pensarmos bem veremos que a caverna nada mais � do que o mundo em que n�s, seres humanos, vivemos, as sombras s�o as id�ias impostas como �nicas,o prisioneiro que se liberta � o fil�sofo, que se ofusca com a luz do sol que representa a realidade. Todos esses elementos est�o presentes na vida, pois tudo � imposto e influenciado de uma maneira ou de outra. Por j� convivermos com isso muito tempo � quase imposs�vel se conhecer a realidade, ter id�ias pr�prias. Infelizmente, a maioria da sociedade � influenciada em seus h�bitos, gostos, atos e em tantos outros setores.  Isso causa total falta de personalidade e ignor�ncia, pois a verdade nos � roubada por pessoas ego�stas que s� v�em o seu pr�prio bem. Um exemplo disso � a televis�o, que � um meio de comunica��o bastante popular que mesmo sem perceber nos influencia a seguir a tend�ncias que s�o interessantes e rendam lucros para ela.  O primeiro passo para nos tornarmos o prisioneiro que se liberta da caverna � termos consci�ncia de que v�rias id�ias nos s�o impostas incansavelmente todos os dias, tentar saber o que realmente queremos, somos, gostamos.Talvez a grande dificuldade seja ter consci�ncia desta imposi��o, mas ap�s termos � necess�rio vencer o desafio de descobrir a verdadeira realidade pois s� assim a felicidade ser� alcan�ada.

   Gisele Souza Pereira -Col�gio Santa Isabel- 1�B  (Petr�polis). 2004
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Reflex�o sobre a Alegoria da Caverna ( 4 )

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O mito da caverna, nos faz refletir sobre a vida, Plat�o queria que nos consciencializar de que n�o devemos dar valor apenas as coisas terrenas (coisas materiais), e sim que procur�ssemos nos libertar do que nos foi imposto, como por exemplo: a televis�o que � um dos factores mais intensos de �cavernismo� que consiste em um fato que � apresentado na TV, e ap�s algumas vis�es j� passa a ser imitado no dia a dia, a moda tamb�m � um produto muito divulgado pela televis�o, nos tornando escravos do que a m�dia quer que utilizemos.

Outro exemplo disso, � o que os governantes nos fazem; n�o dando estudo para seus futuros eleitores que acabar�o desempregados ou com empregos de pouca renda, sendo completamente dependentes de promessas pol�ticas que no final acabam n�o sendo cumpridas, como os de casa pr�pria, saneamento b�sico, �gua encanada, direitos de todo cidad�o, exemplo maior disso se encontra no nordeste onde estudiosos j� conclu�ram que existem muitos len��is fre�ticos , mais para eles n�o � conveniente que os canalizem pois assim estar�o perdendo os eleitores, porque os eleitores estar�o satisfeitos , com isso n�o poder�o ser subornados, j� tendo o que mais querem que � a �gua. Os pol�ticos est�o assim at� os dias atuais nos tratando como marionetes, nos deixando cada vez mais aprisionados no fundo de uma caverna.

Para nos livrarmos disso o primeiro passo � nos consciencializarmos que isso tudo est� acontecendo. Isto j� acontece com algumas pessoas. Por�m, n�o sabem como colocar em pr�tica, mas s� os verdadeiros fil�sofos conseguem pensar e agir de maneira correta. Para n�s � um grande desafio nos libertarmos da barreira que � sairmos da caverna em que vivemos.

O que significa a reação negativa dos prisioneiro que não querem ser libertados?

Explicação: ✏ Significa que pra eles a realidade era apenas a caverna e as sombras e não acreditava naquele que havia saído, de tanto tentar convence-los a saírem ele foi morto.

Quem é a pessoa do prisioneiro que se liberta e sai da caverna?

( ) No mito da caverna, o prisioneiro que se liberta e contempla a realidade fora da caverna, devendo voltar à caverna para libertar seus companheiros, representa o filósofo que, na concepção platônica, conhecedor do Bem e da Verdade, é o mais apto a governar a cidade.

Como o filósofo deseja libertar os outros prisioneiros?

Dentre os instrumentos que libertam o filósofo e com qual ele deseja libertar os outros prisioneiros, pode-se citar: pensamento; questionamento; senso crítico.

Como se caracteriza o processo de libertação do prisioneiro?

A libertação destes prisioneiros ocorre quando uma só pessoa consegue se libertar e conhecer o que está fora daquela escuridão. Como este liberto não está acostumado, a realidade e a luz do sol é incomoda a seus olhos, mas ele acaba se acostumando e conhecendo o que há no mundo efetivo.