Onde o Renascimento das artes na Europa teve sua principal expressão e artistas?

Na Espanha, a Renascença teve importante desenvolvimento nas áreas da literatura e pintura.


Onde o Renascimento das artes na Europa teve sua principal expressão e artistas?

El Greco: um dos principais artistas do Renascimento na Espanha

Contexto histórico e características

O Renascimento Cultural (séculos XV e XVI) teve início na Itália, porém este movimento se espalhou por vários países da Europa. Foi no século XVI que o Renascimento Cultural ganhou grande expressão no território espanhol, motivado pela entrada de grandes volumes de recursos financeiros  (principalmente ouro e prata) vindos das colônias americanas. Estas riquezas serviram, em parte, para incentivar o desenvolvimento artístico na Espanha.

O Renascimento na Espanha só não foi mais brilhante porque foi, de certa forma, prejudicado pelo movimento de Contrarreforma Católica que inibiu, em diversos aspectos, o avanço cultural e científico espanhol.

Em termos gerais, principalmente nas artes plásticas, o Renascimento Cultural na Espanha recebeu várias influências italianas, as quais foram mescladas com elementos artísticos e culturais espanhóis. Esta mistura produziu um movimento artístico e cultural muito rico e único.

Principais artistas do Renascimento na Espanha:

El Greco: foi um dos mais importantes pintores do Renascimento Espanhol. Um dos principais aspectos de suas obras foi a fusão entre elementos celestiais e terrestres. São principais obras são: Vista de Toledo sob a tempestade, O enterro do conde Orgaz e O martírio de São Maurício.

Miguel de Cervantes: um dos mais importantes escritores da literatura espanhola. Sua grande obra foi Dom Quixote.

Tirso de Molina: importante dramaturgo e poeta renascentista. É autor da dramatização histórica Don Juan.

Lope de Vega: um dos mais importantes poetas e dramaturgos da Espanha. Escreveu mais de duas mil peças para teatro, principalmente comédias.

Felipe Vigarny: foi um dos grandes expoentes da escultura renascentista espanhola. Entre várias obras, podemos destacar: Sepultura de Gonzalo de Lerna e Retábulo da Capela Real de Granada.

Juan de Herrera: importante representante da arquitetura renascentista espanhola. Entre muitas obras de grande importância, podemos destacar a Catedral de Valladolid, Palácio Real de Aranjuez e Mosteiro de San Lorenzo de El Escorial.

Tomás Luís de Victória: importante representante da música renascentista na Espanha. Foi compositor, maestro de capela e cantor. 

Onde o Renascimento das artes na Europa teve sua principal expressão e artistas?
Miguel de Cervantes: principal escritor renascentista espanhol.

Última revisão: 05/03/2020

Por Jefferson Evandro Machado Ramos
Graduado em História pela Universidade de São Paulo - USP (1994).




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Bibliografia Indicada

A civilização do Renascimento
Autor: Delumeau, Jean
Editora: Edições 70 - Brasil

Fonte de pesquisa do artigo:

- PROENÇA, Graça. História da Arte. São Paulo: Editora Ática, 2018.


Entre os séculos XIV e XVI, observamos o desenvolvimento de uma série de transformações que atingiram profundamente a forma pela qual o homem europeu encarava o mundo à sua volta. Condensada sob o nome do Renascimento, essa série de mudanças determinaram o reconhecimento de novos modos de pensar e executar as artes, as ciências e as relações político-sociais.

O termo Renascimento, que advém da ideia de se “nascer outra vez”, tem sua origem fixada no expresso interesse que os homens dessa época tinham nas manifestações da cultura greco-romana. Para alguns que vivenciaram tal época, a renascença buscava recuperar uma visão de mundo que havia sido deixada de lado com o forte sentimento religioso desenvolvido na Idade Média.

Sob tal aspecto, observamos que o renascimento tinha uma expressa tendência humanista. Isso quer dizer que as preocupações, sentimentos e comportamentos humanos passavam a ser extremamente valorizados no campo da literatura, da pintura, da escultura e até nas instituições políticas. Nesse contexto, a Igreja viria a enfraquecer o antigo monopólio de conhecimento que lhe garantia posição central na produção do saber.

Além da tendência antropocêntrica, o renascimento também esteve próximo ao hedonismo, quando o corpo, os prazeres terrenos, a busca pelo belo e perfeição se tornaram vigentes no campo das artes. Paralelamente, o renascimento também teve um traço naturalista ao explorar os mínimos detalhes da natureza, das plantas, animais e da própria anatomia humana.

Do ponto de vista histórico, todas essas inovações tiveram seus primeiros passos desenvolvidos no interior das ricas cidades comerciais italianas. Na condição de porta de entrada para várias mercadorias, essas cidades recebiam pessoas de vários lugares que acabavam possibilitando a circulação de novos conhecimentos e valores. Além disso, o ambiente das cidades italianas também esteve favorecido pela ascensão de uma rica camada de comerciantes interessados em financiar a obra e artistas e intelectuais.

Ocorrido ao longo de vários séculos e em diferentes lugares, os historiadores subdividem especialmente o movimento renascentista italiano em três épocas distintas: Trecento, que abarca os anos de 1300; o Quattrocentro, que envolve as manifestações do século XV; e, finalmente, o Cinquecento, que compreende os anos “quinhentos”, o século XVI. Não sendo previamente organizado, observamos que o renascimento surge em de modo difuso pelas nações da Europa.

Além de modificar a natureza das artes, com a introdução de técnicas mais apuradas e o gosto pela temática humanística, o renascimento também provoca uma mudança no meio científico. Por meio de ações que envolviam a observação e a experimentação do mundo, os cientistas dessa época conquistaram importantes informações que contribuíram no desenvolvimento da medicina, da astronomia e da física.

Observado como um todo, não podemos simplificar o renascimento como uma mera substituição da forma medieval de se enxergar o mundo. Devemos lembrar que muitos artistas e estudiosos dessa época não abandonaram suas crenças e, em muitos casos, também valorizaram trabalhos de temática religiosa. De tal modo, o renascimento coloca-se como uma importante experiência que oferece outra possibilidade do homem europeu lidar com o mundo à sua volta.

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Em qual cidade europeia surgiu a arte renascentista?

O movimento artístico que chamamos “Renascimento” nasceu na Itália, em Florença, nas primeiras décadas do século XV. Nos finais de 1400, tinha-se espalhado por toda a Itália.

Como surgiu o Renascimento artístico na Europa?

O renascimento surgiu na Europa entre os séculos XV e XVI e teve seu desenvolvimento ligado a uma série de mudanças sociais, políticas e econômicas que ocorreram no final da História Medieval. Após a queda de Constantinopla, os antigos bizantinos se instalaram na Itália, onde desenvolveram a cultura clássica.

Onde os artistas do Renascimento buscavam inspiração para fazer sua arte?

Durante o século XIV ocorreu o Renascimento Cultural e Artístico nas cidades italianas, movimento inspirado na Antiguidade Clássica (Grécia e Roma).

Como e onde começou a arte no Renascimento?

Assim, o renascimento nas artes plásticas se originou, de forma gradual e natural na Itália e foi propagado e abraçado pela Europa e ao redor do globo, modificando e transformando a pintura, a escultura, a arquitetura, a filosofia, a literatura e a música.