Plano de intervenção pedagógica Língua Portuguesa

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Plano de intervenção pedagógica Língua Portuguesa

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Plano de intervenção pedagógica Língua Portuguesa

PROFESSOR na E. E.. ALBERTINO FERREIRA DRUMOND

plano de intervenção pedagógica de Língua Portuguesa

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  1. 1. ESCOLA ESTADUAL “ALBERTINO FERREIRA DRUMOND”-68580121920 PROJETO: PLANO DE INTERVENÇÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA (PIP) 2011ANO: 2011AUTOR EDMIRSON JOSÉ DE OLIVEIRATURMAS:PERÍODO DE EXCUÇÃO: 2011<br />DOMÍNIO DO CÓDIGO ALFABÉTICOOBJETIVOSPROVIDÊNCIAS PARA REALIZAÇÃO DA ATIVIDADEPRÉ-REQUISITOS SUGESTÕES DE TEXTOS ETC.Compreender e usar produtiva e autonomamente, recursos lingüísticos compatíveis com o domínio, o suporte e o destinatário previsto.Utilizar corretamente o dicionário não só para sanar dúvidas, como também elemento de pesquisa.Selecionar atividades diversificadas sobre o uso das maiúsculas, emprego das letras e dificuldades ortográficas.Deixar dicionários à disposição da turma para constantes consultas.É importante,primeiramente, detectar as dificuldades mais latentes da turma, reforçar a teoria de forma criativa e convincente.Textos que apresentem formas usuais e variadas de palavras, que tenham significadosnovos.Caça-palavras.PROCEDIMENTOS DE LEITURALocalizar informações no texto (selecionando pistas verbais e não-verbais sinalizadoras de sentidos mais facilmente previsíveis em uma leitura linear do texto).Inferir uma informação implícita em um texto.Perceber os pressupostos e subentendidos contidos nos textos.Relacionar os gêneros de texto às práticas sociais que os textos requerem.Respeitar os gêneros orais, a alternância dos turnos da fala que se fizer necessária. Selecionar textos de diversos gêneros, em livros, revistas, propagandas, folder, jornais.Pedir aos alunos que tragam todos os tipos de suportes textuais que encontrarem em casa para que possam ser utilizados em sala de aula.A disposição das carteiras na sala de aula deve ser mudada (se possível) para sair da rotina.Começar o procedimento com textos curtos.Os alunos já deverão ter a noção de que algumas informações não estão explícitas no texto, mas que podem ser pressupostas a partir de informações disponíveis no texto e de outras do conhecimento prévio do leitor.Tirinhas, charges, textos poéticos, quadrinhas etc.Horóscopos, receita de culinária, bula de remédio, lista de compras, cardápios.Instruções de uso, resenha, carta eletrônica.Músicas, jograis e teatro.Sarau de poesia.IMPLICAÇÕES DO SUPORTEIdentificar os diversos suportes textuais (jornais, revistas, manuais etc.) e localizar o domínio discursivo do mesmo: familiar,religioso,pedagógico, jurídico, artístico, científico, jornalístico, industrial etc.Utilizar espaços diferenciados (se possível) da escola para o exercício da atividade.É importante realizar este tipo de procedimento deixando bem claro para os alunos as noções do que seja SUPORTE, GÊNERO e DOMÍNIO.Telegramas.DepoimentosEntrevistas.Ata.Requerimentos.Nota fiscal.COERÊNCIA E COESÃOReconhecer a relação lógico-discursiva presente nos textos.Estabelecer as relações de causa e conseqüência entre partes de um determinado texto.Ao se trabalhar determinado tema, pedir ao colega(professor) para aprofundar o tema iniciado, principalmente, se ele for pertinente a sua matéria.É importante realizar este procedimento deixando claro para os alunos a noção de COESÃO e COERÊNCIA textuais. Pode-se trabalhar aqui: músicas, poesias, jograis, teatro, fragmentos de textos de divulgação científica, poemas narrativos, fábulas, júri simulado, artigos de opinião.<br />

Como resolver as dificuldades acadêmicas dos meus alunos?

Essa é uma pergunta que provavelmente todo profissional da educação já se fez. E ela pode ser respondida de milhares de formas diferentes.

Isso porque, com toda a tecnologia de nossos tempos, não faltam recursos e abordagens para aperfeiçoar o processo de ensino e aprendizagem. Em outras palavras, existem inúmeras modalidades de intervenção pedagógica que podemos adotar.

Além disso, um grande desafio encontrado hoje pelas instituições de educação superior (IES) é o combate à evasão de alunos. Segundo a Secretaria de Modalidades Especializadas de Educação (Semesp), a evasão no ano de 2021 chegou a 36,6%.

Como muitos estudantes universitários trabalham e estudam, pensar em intervenções pedagógicas é fundamental. Pois elas ajudam a combater o cansaço mental, aumentar o engajamento nas aulas e a produtividade de professores e alunos. Sendo assim, também contribuem com a redução dos índices de evasão.

No presente artigo, vamos apresentar as intervenções pedagógicas sobre vários aspectos, passando pelos seguintes tópicos:

  • O que é intervenção pedagógica
  • A intervenção pedagógica enquanto pesquisa
  • O que é um plano de intervenção pedagógica e como montá-lo, passo a passo
  • 10 ações de intervenção pedagógica para aplicar em sua sala de aula

Ao final do texto, você terá um conhecimento técnico, aprofundado e prático sobre a intervenção pedagógica, contando com todas as informações para colocá-la em prática o mais cedo possível.

Tenha uma boa leitura!

A intervenção pedagógica é uma interferência no processo de ensino-aprendizagem, realizada pelo professor quando se identifica alguma dificuldade pelos alunos. Dizendo de outra maneira, é uma forma de aplicar iniciativas para superar obstáculos na construção do conhecimento.

É muito comum que o corpo estudantil, em toda sua diversidade, aprenda em ritmos diferentes e de formas diferentes. Por isso, os profissionais da educação devem adaptar seus métodos de ensino de forma a garantir que todos os alunos tenham boas oportunidades durante o curso.

As intervenções pedagógicas contribuem, portanto, para a personalização do ensino, retenção de alunos e melhoria dos resultados acadêmicos de uma IES. Mas, para que estes resultados sejam alcançados, é necessário conferir-lhes certa seriedade acadêmica.

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2. A intervenção pedagógica enquanto pesquisa

Aproveitar todo o potencial de uma intervenção pedagógica requer que se reconheça, antes de tudo, seu caráter científico. Isso significa que pedem por um cuidado metodológico típico das pesquisas acadêmicas, porque elas de fato são pesquisas acadêmicas.

Para explicar melhor essa ideia, vamos nos reportar a um artigo científico, intitulado “Discutindo pesquisas do tipo intervenção pedagógica”, publicado nos Cadernos de Educação da Universidade Federal de Pelotas (UFPel).

Trata-se de um marco teórico importante para aprofundar o debate relacionado às intervenções pedagógicas. Foi elaborado por uma equipe multidisciplinar de seis pesquisadores, especializados em diversos campos educacionais:

  • Magda Floriana Damiani, psicóloga, Mestre em Psicologia Educacional e Doutora em Educação. Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq. Professora Associada da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Pelotas.
  • Renato Siqueira Rochefort, professor de Educação Física, Mestre em Ciência do Movimento Humano e Doutor em Educação. Professor Associado da Escola Superior de Educação Física da Universidade Federal de Pelotas.
  • Rafael Fonseca de Castro, Cientista da Computação (UCPel); Especialista, Mestre e Doutorando em Educação (UFPel); Especialista em Linguagens Verbais e Visuais (IF-Sul); Coordenador Pedagógico EaD e Gerente Moodle do Departamento de Medicina Social (UFPel).
  • Marion Rodrigues Dariz, graduada em Letras (UCPel), Especialista em Educação (FURG) e Mestre em Educação (UFPel). Professora da Rede Pública Municipal de Ensino de Pelotas e Técnica em Assuntos Educacionais (IF Sul).
  • Silvia Nara Siqueira Pinheiro, psicóloga, Doutoranda em Educação, Mestre em Saúde e Comportamento. Professora Assistente do Curso de Psicologia da Universidade Federal de Pelotas.

Vamos abordar, neste tópico, alguns pontos de destaque apresentados no artigo em comento, para subsidiar nosso entendimento sobre o assunto.

Leia também: Entenda a relação entre projeto pedagógico e as atividades de ensino, pesquisa e extensão

Compreendendo as pesquisas do tipo intervenção pedagógica

Pesquisas do tipo intervenção pedagógica são “investigações que envolvem o planejamento e a implementação de interferências (mudanças, inovações) – destinadas a produzir avanços, melhorias, nos processos de aprendizagem dos sujeitos que delas participam – e a posterior avaliação dos efeitos dessas interferências” (Discutindo pesquisas, pág. 58).

Como podemos perceber, o termo “intervenção”, neste contexto, está associado a interferências planejadas no processo de ensino-aprendizagem. 

Alguns autores sinalizam que “intervenção” e “interferência” são termos dotados de certa carga pejorativa. É o entendimento de Szymanski e Cury, que os associam à ideia de autoritarismo ou cerceamento, e de Fernando Becker, que atribui essa conotação negativa à perspectiva comportamentalista da Psicologia (Discutindo pesquisas, pág. 58).

Apesar deste pano de fundo etimológico, os autores do artigo em análise propõem uma ressignificação do termo “intervenção” para designar um tipo específico de pesquisa.

A ideia, portanto, é despir o conceito de sua carga pejorativa e passar a enxergá-lo como um instrumento de investigação pedagógica. Assim, não se trata apenas de uma ação espontânea, feita por professores ou tutores, por exemplo, para tentar melhorar o ensino.

O termo deve refletir, na verdade, ações planejadas e cujos efeitos são posteriormente avaliados, seguindo certo rigor metodológico típico da área acadêmica.

A compreensão da intervenção pedagógica enquanto pesquisa colabora também para que haja uma comunicação efetiva dentro da comunidade acadêmica e pedagógica. Se a execução e resultados das intervenções pedagógicas são documentados e sistematizados, de forma organizada, fica mais fácil compartilhar a experiência com outras pessoas.

Pesquisas de caráter aplicado

Em função do caráter prático da intervenção pedagógica, os autores do artigo relatam certa resistência no mundo educacional em considerá-las como pesquisas. Contudo, esse problema passa por uma percepção equivocada do que se entende por pesquisa. 

Existem, certamente, as chamadas pesquisas básicas, que buscam ampliar conhecimentos sem necessariamente se preocupar com seus benefícios aplicados. Mas, ao lado dessa categoria, encontramos também as pesquisas aplicadas, que o autor Colin Robson denomina como “pesquisas no mundo real” (Discutindo pesquisas, pág. 58).

A intervenção pedagógica cairia, então, na segunda categoria. Robson chama atenção também para uma distância existente, na área da Educação, entre produção acadêmica e a prática profissional nas instituições de ensino, o que aumenta a importância deste tipo de pesquisa.

A questão é que muitos professores repetem práticas feitas por outras pessoas, em contextos diversos, sem que haja uma preocupação de avaliar os efeitos dessas práticas. Se houvesse, para cada intervenção pedagógica, um relatório científico, discriminando seus resultados, seria mais fácil selecionar as práticas corretas.

Essa discussão nos revela uma orientação importante aos professores de IES: é preciso investigar e refletir mais sobre nossas práticas no contexto educacional. A construção de mais bibliografia nesse sentido pode contribuir, inclusive, para promover transformação social, no entendimento de Zeichner e Diniz-Pereira (Discutindo pesquisas, pág. 59).

Relatórios de pesquisas do tipo intervenção pedagógica

Os autores do artigo em análise também chamam muita atenção para os relatórios de intervenções pedagógicas:

Os relatórios das intervenções devem ser elaborados de tal forma que permitam ao leitor reconhecer suas características investigativas e o rigor com que as pesquisas foram levadas a cabo, para que não sejam confundidas com relatos de experiências pedagógicas” (Discutindo pesquisas, pág. 60).

Quando não há um relatório bem feito, é mais difícil enxergar com nitidez os efeitos reais de cada iniciativa dos professores. Ele é fundamental, neste contexto, também para que outras pessoas possam averiguar a eficácia de cada intervenção e, eventualmente, aplicá-la em sua realidade.

Em face disso, os autores propõem um verdadeiro roteiro para relatório de intervenção pedagógica. Vamos apresentá-lo no próximo tópico, quando explicarmos os passos para fazer um plano de intervenção pedagógica.

Leia também: Saiba o que é e como elaborar um plano de aula ensino superior

3. O que é um plano de intervenção pedagógica?

O plano de intervenção pedagógica consiste na aplicação mais sistemática e organizada dessa estratégia pedagógica. Em outras palavras, como o nome indica, é a intervenção pedagógica planejada.

Como vimos no último tópico, é comum que as intervenções pedagógicas sejam aplicadas de uma maneira desorganizada. Os professores identificam problemas de aprendizagem, ficam sabendo de alguma abordagem e aplicam em sua sala de aula, sem que haja uma pesquisa prévia ou registro durante o processo.

Nesse contexto, tomar ações mais estruturadas é uma forma de garantir que as iniciativas tenham sucesso. Por isso, vamos falar agora sobre como montar um plano de intervenção pedagógica.

Passo a passo para montar um plano de intervenção pedagógica

  1. Identifique o(s) problema(s) de aprendizagem
  2. Selecione a intervenção mais adequada ao caso
  3. Execute e registre
  4. Elabore e publique um relatório sobre a intervenção pedagógica

Passo 1: Identifique o(s) problema(s) de aprendizagem

O primeiro passo da intervenção pedagógica é identificar eventuais problemas ou dificuldades de aprendizagem.

Isso pode ocorrer de uma forma mais intuitiva, com base na observação geral da turma pelo professor, ou de maneiras mais direcionadas, como as que listamos abaixo:

  1. Avaliações: são os indicadores clássicos sobre o conteúdo que foi de fato apreendido pelos alunos, e sobre o que ficou para trás.
  2. Relatórios virtuais: diversas plataformas digitais de aprendizagem conseguem emitir relatórios sobre o rendimento dos alunos. Isso é feito com base na interação de cada um com a plataforma: quais atividades foram realizadas, qual o índice de acerto em cada questão, e etc.
  3. Formulários: outra sugestão é enviar formulários virtuais aos alunos, por onde eles podem falar sobre os principais problemas enfrentados no ensino, quais foram os tópicos de maior dificuldade, e outras questões sobre seu processo de aprendizado.

É importante lembrar, também, que o tutor possui uma importância fundamental nesta etapa e pode contribuir muito para acompanhar a trajetória de cada aluno com mais proximidade.

Passo 2: Selecione a intervenção mais adequada ao caso

Depois de conhecer em maiores detalhes o problema de aprendizagem, é hora de procurar pela intervenção pedagógica que mais se adeque à sua resolução.

Neste mesmo artigo, compilamos um total de dez intervenções pedagógicas que têm apresentado bons resultados no ensino superior brasileiro. Você pode conferir esta lista, que será apresentada ao final do texto, e começar seus estudos!

Lembre-se: é importante pesquisar com bastante afinco antes de tomar uma decisão. Nossa atuação, enquanto professores, deve ser pautada por critérios científicos para conseguir os melhores resultados.

Também é possível pensar fora da caixa e aplicar intervenções pedagógicas personalizadas, conforme a sua realidade. Uma boa dica nesse sentido é utilizar o método design thinking na educação.

Leia também: Tudo o que você precisa saber sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Superior

Passo 3: Execute e registre

Agora que já selecionamos a intervenção pedagógica, é hora de colocá-la em prática.

A parte mais importante desta etapa é efetuar um registro detalhado de todo o processo — é importante, inclusive, que as etapas anteriores também sejam documentadas, desde a identificação do problema.

Tire fotos, mantenha um registro escrito, peça aos alunos que escrevam depoimentos (antes, durante e após a intervenção) e use outros recursos disponíveis. O objetivo dessa documentação é fazer com que tenhamos material o suficiente para avaliar a intervenção, e para que a comunidade científica também tenha condições de fazê-lo.

Passo 4: Elabore e publique um relatório sobre a intervenção pedagógica

Com todo o registro da iniciativa em mãos, é hora de tomar o passo final e elaborar um relatório completo. Esse é talvez o passo mais importante do plano, pelo que vamos explicá-lo em detalhes mais profundos.

No artigo “Discutindo pesquisas do tipo intervenção pedagógica”, que apresentamos ao início do texto, os autores nos deixam uma grande contribuição: um roteiro para o relatório da intervenção pedagógica.

Na verdade, a preocupação principal do artigo, neste ponto, é auxiliar a desenvolver o método da pesquisa e seus achados. Por isso, ele não se preocupa em propor uma padronização de estrutura para os relatórios; ela pode variar conforme o caso.

Como vimos, defende-se que a intervenção pedagógica seja dotada de certo rigor metodológico para qualificá-la enquanto pesquisa. Isso pede que algumas técnicas e procedimentos sejam obedecidos ao longo da execução da prática e de seu registro.

O método das pesquisas do tipo intervenção pedagógica possui dois componentes principais, que devem ser identificados e separado ao longo do relatório:

  1. Método da intervenção (método de ensino) e
  2. Método de avaliação da intervenção (método de pesquisa propriamente dito).

Entender a diferença e dividir bem esses dois componentes é essencial para garantir a devida compreensão do processo investigativo. Por isso, vamos detalhar sua constituição e o que cada um deve conter.

Método da intervenção pedagógica

O método da intervenção pedagógica deve descrever a abordagem de ensino levada a cabo. Ou seja, deve apresentar o método de ensino eleito pelo professor para combater os problemas de aprendizagem.

Essa descrição deve não somente pormenorizar a prática, mas mostrar o embasamento teórico que justifica sua escolha. 

Isso revela outro caráter importantíssimo da intervenção pedagógica: sua escolha não deve ser arbitrária ou apenas seguir alguma tendência. Ela deve, na verdade, ser precedida de estudos sobre a eficácia e modo de execução de cada intervenção pedagógica. 

Nessa parte do relatório, o foco está na atuação pedagógica do professor. Ou seja, preocupa-se em descrever a prática enquanto agente da intervenção, evitando incluir informações referentes à sua atuação como pesquisador (elas vêm no próximo item).

Isso significa que não é ideal, por agora, falar sobre métodos de pesquisa, como procedimentos para análise e coleta de dados. O objetivo é descrever a intervenção pedagógica em detalhes, mas evitando muitas repetições.

Método de avaliação da intervenção

Aqui, o objetivo é descrever os aspectos metodológicos e científicos utilizados para analisar os resultados da intervenção pedagógica. É uma parte fundamental do relatório, já que seu desenvolvimento correto permite que tenhamos uma ideia nítida do sucesso de nossas iniciativas.

O agente da intervenção deve, portanto, focar na sua atuação enquanto pesquisador. Nessa parte, serão apresentados os instrumentos científicos escolhidos para coleta e análise de dados, além de justificar essa opção.

Essa justificativa passa por referenciais teóricos sobre metodologia científica. Ou seja, é ideal que o professor-pesquisador esteja familiarizado com esse tipo de conhecimento.

Importa ressaltar, também, outra sugestão que o artigo nos apresenta: é interessante separar os achados da avaliação em duas partes:

  • Achados relativos aos efeitos da intervenção sobre seus participantes, que diz respeito às alterações observadas nos alunos após a prática;
  • Achados relativos à intervenção propriamente dita, que tenta realizar as características da intervenção pedagógica responsáveis por operar os efeitos observados. A ideia é listar os pontos fortes e fracos da iniciativa com relação aos objetivos traçados.

Leia também: 4 estratégias para otimizar a gestão acadêmica de sua IES

10 ações de intervenção pedagógica para aplicar em sua sala de aula

Agora que já possuímos o arcabouço teórico sobre a intervenção pedagógica, vamos apresentar dez iniciativas que você poderá aplicar na prática.

Muitas dessas ações são ferramentas de metodologias ativas. Ou seja, são intervenções pedagógicas que valorizam a construção de maior autonomia por parte dos alunos.

Quando o corpo estudantil toma as rédeas do próprio aprendizado, seus resultados acadêmicos melhoram consideravelmente.

Várias das ações que listamos também estão associadas à aplicação de tecnologia na educação, o que também é outra tendência crescente e muito benéfica ao aprendizado.

A equipe Saraiva Educação elaborou artigos específicos para algumas das intervenções pedagógicas que iremos sugerir a seguir. Clicando nos links inseridos em cada tópico, você será redirecionado para estes conteúdos, onde se encontram mais detalhes sobre cada uma.

Navegando por nossos conteúdos, você encontrará referências científicas que amparam cada uma das intervenções. No entanto, aconselhamos que você vá além e procure outras fontes, além daquelas que apresentamos!

Isso porque, conforme vimos, investir no aspecto acadêmico da intervenção pedagógica é garantir seus bons resultados.

Vamos em frente!

Quais são as principais ações de intervenção pedagógica atualmente?

  1. Aulas de revisão de conteúdos-chave
  2. Conteúdos em microlearning
  3. Gamificação
  4. Sala de aula invertida
  5. Plataforma digital de aprendizagem
  6. Aprendizagem baseada em projetos
  7. Aprendizagem baseada em problemas
  8. Aprendizagem entre pares
  9. Formação de grupos de estudo
  10. Aplicação de conteúdos digitais

1. Aulas de revisão de conteúdos-chave

Esta intervenção pedagógica é bem simples, e consiste em dedicar aulas à explicação de conteúdos específicos em que foram identificados problemas de aprendizagem.

Enquanto ministram as aulas, é comum que os professores identifiquem os temas em que alunos tiveram mais ou menos dificuldades. Isso pode ser observado de várias formas.

Nas aulas presenciais ou aulas síncronas, é uma boa ideia observar, por exemplo, o índice de perguntas sobre cada tema ou as expressões faciais dos alunos.

Mas é possível reconhecer as maiores dificuldades de maneira ativa. Os professores podem perguntar à turma quais foram os temas de mais dúvidas e planejar a aula de revisão com base nesse feedback direto.

Outra sugestão é disponibilizar uma espécie de “caixinha de sugestões” para definir o conteúdo da aula de revisão. Pode ser tanto uma caixinha física quanto uma caixinha virtual, feita a partir de formulários eletrônicos.

Lembrando que, para que a intervenção pedagógica seja eficaz, é necessário investigar sobre a apreensão do conteúdo antes e depois da abordagem. Além disso, é importante ministrar o conteúdo de formas diferentes na aula de revisão, e não apenas repetindo o que foi dito antes.

2. Conteúdos em microlearning

Microlearning (ou microaprendizagem, no português) diz respeito a um formato específico de conteúdo em vídeo. É uma intervenção pedagógica que faz uso de tecnologia digital a fim de otimizar a absorção de conteúdo.

Com a ampliação do acesso à rede no Brasil, o ensino superior a distância se consolidou e passou a ter grande demanda. Em função disso, o uso de conteúdo audiovisual na educação também foi popularizado.

Na verdade, o microlearning é aplicável em todas as modalidades de ensino (seja a distância, híbrido ou presencial). A ideia é que sejam produzidos vídeos-pílula, de curta duração, para abordar tópicos pontuais e mais simples de cada disciplina.

Existe vasta bibliografia científica comprovando a eficácia desta intervenção pedagógica, como este estudo publicado no Diário Internacional de Pesquisa Educacional. A questão é que, quando assistem a conteúdos pela rede, os alunos não apresentam rendimentos tão bons quando os vídeos são longos.

3. Gamificação

A gamificação na educação é outra tendência crescente, que também aplica tecnologia nos processos de ensino-aprendizagem.  De forma resumida, essa intervenção pedagógica procura aplicar elementos, ferramentas e estratégias típicas de jogos no campo educacional. 

Os jogos virtuais já fazem parte da vida de muitos alunos, desde a popularização da internet e dos dispositivos eletrônicos. Por isso, aproveitar sua lógica e design em atividades educacionais é uma forma de dialogar com a realidade do corpo estudantil.

Também por isso, a gamificação é uma ótima maneira de elevar o engajamento dos estudantes. Quando a tarefa que deve ser executada toma uma forma mais lúdica, aumenta o interesse em completá-la.

Os jogos virtuais na educação também seguem uma lógica de recompensa, que na verdade já esteve presente no ensino há anos. É a ideia das “estrelas douradas” atribuídas aos alunos no ensino básico — similar a passar de nível em algum videogame, para ilustrar.

O ensino, com essa abordagem, torna-se mais interativo e divertido.

Leia também: Confira 12 dicas sobre como fazer aulas interativas no ensino superior

4. Sala de aula invertida

A sala de aula invertida é outra intervenção pedagógica muito comum no contexto das metodologias ativas.

Foi idealizada a partir de pesquisas das renomadas universidades americanas de Harvard e Yale, nos anos 90. A partir dos anos 2000, o autor J. Wesley Baker amadureceu o conceito e apresentou o modelo da “Flipped Classroom”, que foi amplamente disseminado em várias IES pelo mundo.

A lógica dessa abordagem é realizar uma verdadeira inversão das atividades realizadas dentro e fora da sala de aula, considerando o modelo tradicional das aulas expositivas. Ou seja, o aluno passa a chegar na sala já tendo estudado parte do conteúdo.

Assim, o momento da aula é dedicado a dialogar sobre o conteúdo com professor e demais alunos, realizar projetos e aplicar aquilo que foi aprendido de antemão. Cresce o interesse na problematização do objeto de aprendizado, ao invés de sua apreensão passiva e acrítica.

Em outras palavras, o aluno deixa de ser um mero receptor do conhecimento, ao mesmo passo em que o professor deixa de ser um mero transmissor.

É importante ressaltar que, para que esta intervenção pedagógica surta bons efeitos, o material didático precisa ser acessível. Não adianta estimular a autonomia do estudante sem que haja conteúdo de qualidade que ele consiga acessar antes das aulas.

Por isso, contar com uma biblioteca digital ou com outros conteúdos digitais é uma boa opção. Ao optar por este tipo de material, contribuímos para aumentar a acessibilidade do ensino.

7 Dicas para implementar a sala de aula invertida no Ensino Superior

A sala de aula invertida possui uma série de vantagens no processo de aprendizado dos estudantes. Confira agora 7 dicas para potencializar os benefícios dessa metodologia;

  1. Pense em todas as aplicações;
  2. Seja sucinto;
  3. Ofereça materiais complementares;
  4. Use da comunicação de maneira efetiva;
  5. Abrace a metodologia;
  6. Tenha um planejamento aberto às possibilidades;
  7. Valorize cada encontro.
1. Pense em todas as aplicações

Existem inúmeras possibilidades de se aplicar a sala invertida, não se apegue a moldes. O importante é pensar em um método que seja mais funcional para todos e que se adeque aos fins desejados. 

2. Seja sucinto

Faça sempre uma introdução e uma conclusão a cada aula, contudo, não utilize vídeos e textos longos. Um dos objetivos da sala invertida é aumentar a participação dos estudantes .

3. Ofereça materiais complementares

As pesquisas não podem ficar só sob responsabilidade dos estudantes. Os professores devem conduzir sutilmente os estudos a partir de atividades complementares. Isso garante, inclusive, que as fontes utilizadas serão seguras. 

4. Use a comunicação de maneira efetiva

Aulas com o ritmo lento, ou seja, pouco dinâmicas e impessoais não fortalecem o engajamento dos estudantes no processo. Por isso, é necessária uma comunicação aberta e sincera, apontando os pontos positivos e negativos de cada investigação.

5. Abrace a metodologia

Novas metodologias podem ser desafiadoras e causar desconfiança no começo, mas não desista. Tenha consigo os benefícios dessa metodologia e reforce-os sempre com os alunos, a adesão e a compreensão vai acontecer aos poucos.

6. Tenha um planejamento aberto às possibilidades

Como o método da sala invertida possui inúmeras variáveis, o seu planejamento educacional deve ser flexível para adaptar-se às possibilidades. Sair um pouco do plano é comum e adequá-lo às necessidades e resultados é fundamental.

7. Valorize cada encontro

Boa parte do modelo de sala invertida a construção do conhecimento é realizada fora de sala de aula. Portanto, cada segundo dos encontros presenciais deve ser aproveitado ao máximo.

Inverter a sala de aula vai muito além de permitir que os estudantes tenham acesso aos conteúdos de maneira prévia em casa. Sendo assim, os encontros devem ser aproveitados para tirar dúvidas, promover debates e atribuir atividades. 

5. Plataforma digital de aprendizagem

A plataforma digital de aprendizagem é outra intervenção pedagógica interessante, e surge também no sentido de tornar os materiais de estudo mais acessíveis.

Existem vários recursos para se aprender por meio do ambiente virtual. Leitura digital, vídeos e aulas em áudio são alguns deles, focados na transmissão do conhecimento por diversos formatos.

As plataformas de aprendizagem, por outro lado, contam com recursos que auxiliam em estudos mais práticos e na identificação de problemas de aprendizagem. Por isso, são ferramentas muito interessantes quando falamos em intervenções pedagógicas.

Dentre as diversas plataformas existentes, há também diversos recursos que variam de uma para outra. Mas as funcionalidades mais comuns são:

  • Banco de questões e conteúdos interativos, relacionados à matriz curricular de cada situação;
  • Suporte pedagógico para os docentes (como, por exemplo, geração de relatórios gerenciais de desempenho dos alunos).

Ao utilizar uma dessas plataformas, você consegue não só introduzir outras ferramentas de estudo, mas também obter acesso a dados concretos sobre a compreensão de cada tópico.

6. Aprendizagem baseada em projetos

A aprendizagem baseada em projetos tem como principal objetivo situar o processo de ensino-aprendizado no contexto concreto de vivências do corpo estudantil. Dizendo de outra forma, procura aliar teoria à prática na educação.

Trata-se, também, de uma metodologia ativa, também conhecida pelo termo em inglês: “Project Based Learning” (PBL). A ideia é apresentar problemas materiais aos alunos, para que sejam resolvidos com base nas competências apreendidas ao longo de cada curso.

O aprendizado através de projetos desenvolve uma série de habilidades, como adaptabilidade, protagonismo, pensamento crítico e consciência social.

De forma resumida, essa intervenção pedagógica passa pelas seguintes etapas:

  1. o professor sugere um problema para a turma; 
  2. os alunos investigam possíveis causas e elaboram hipóteses sobre esse problema;
  3. após conhecer melhor o problema e suas origens, eles definem como propor uma solução;
  4. estabelecem um plano de ação e o apresentam;
  5. executam as ações e demonstram os resultados alcançados;
  6. recebem a avaliação do professor.

7. Aprendizagem baseada em problemas

A aprendizagem baseada em problemas surgiu no final da década de 60, com aplicação pioneira nas universidades McMaster, no Canadá e Maastricht, na Holanda. Seu embasamento teórico remonta aos ensinamentos do psicólogo Jerome Seymour Bruner e do filósofo John Dewey.

De forma sintética, Jerome Bruner entendia que os estudantes deveriam ser colocados em contato com problemas durante sua educação. O exercício de levantar problemas e buscar sua resolução eram as premissas centrais da Aprendizagem pela Descoberta (Learning by Discovery, no inglês). 

Já o filósofo John Dewey defendia que os processos educacionais deveriam ser orientados por uma reconstrução da experiência. Nessa linha, o estudante que é colocado em maior contato com sua realidade material aprenderia melhor.

Confira, a seguir, os pilares desta intervenção pedagógica:

  • organização por temas em torno de problemas e não de disciplinas;
  • integração interdisciplinar;
  • combinação entre teoria e prática, com a aplicação do conhecimento para a solução de problemas;
  • ênfase no desenvolvimento cognitivo;
  • abordagem centrada no aluno.

Leia também: Entenda o que é, desafios e oportunidades da inovação curricular no ensino superior

5 passos para aplicar a aprendizagem baseada em problemas 

Confira agora alguns passos para aplicar de maneira efetiva a intervenção de aprendizagem baseada em problemas:

  1. Separe os alunos em grupos;
  2. Defina o problema;
  3. Estimule o debate sobre possíveis resoluções para o problema;
  4. Permita a busca por informações; 
  5. Realize a apresentação da solução e a discussão coletiva do processo;

8. Aprendizagem entre pares

A aprendizagem entre pares, por sua vez, é uma intervenção pedagógica que procura estimular o espírito de colaboração entre os alunos.

Também conhecida como peer instruction, consiste em uma metodologia ativa que incentiva debate e construção conjunta do conhecimento — um dos principais paradigmas atuais da educação.

Podemos localizar as origens desta intervenção nos anos 90, na Universidade estadunidense de Harvard. Foi desenvolvida por Eric Mazur, um professor de física da IES.

Este docente sentiu a necessidade de rever o modelo tradicional de aulas na instituição, baseado em palestras, para conseguir uma postura mais ativa dos alunos.

De fato, a divisão de uma turma em pares traz vários benefícios pedagógicos. Os alunos conseguem treinar suas aptidões de comunicação, argumentação e pensamento crítico. Além disso, podem melhorar a própria empatia e sensibilidade ao aprender em conjunto com seus colegas.

7 Dicas para implementar a aprendizagem entre pares em sua IES

Muitos profissionais têm dificuldade para incorporar a aprendizagem entre pares nas suas salas de aula ou nas suas IES. Por esse motivo, elaboramos 7 dicas para facilitar o processo de implementação.

  1. Demonstrar a importância da aprendizagem entre pares para os estudantes;
  2. Conhecer bem seu corpo discente;
  3. Planejar as atividades que serão realizadas entre pares;
  4. Pensar na metodologia de divisão dos grupos;
  5. Fomentar programas de tutoria;
  6. Fornecer orientação aos alunos;
  7. Desenvolver sistemas de recompensas;
1. Demonstrar a importância da aprendizagem entre pares para os estudantes

Para obter o engajamento dos alunos, é fundamental que eles compreendam o porquê de realizar atividades com essa metodologia.  Para isso, é importante  demonstrar como o método de aprendizagem entre pares contribui com a formação profissional dos estudantes.

Portanto, é incentivado que crie-se um documento com estudos que comprovam a eficiência dessa metodologia, assim como descrição do método e suas regras. 

2. Conhecer bem seu corpo discente

Depois de definir o objetivo do método, é importante aplicar avaliações para se ter um diagnóstico preciso sobre as dificuldades dos estudantes a nível de conteúdo e suas preferências.  

3. Planejar as atividades que serão realizadas entre pares

Simplesmente colocar os estudantes em grupos para trabalharem não resultará em nada. Fazer uma boa aula/atividade em grupo exige um bom planejamento didático

É preciso pensar também na metodologia a ser aplicada, assim como os meios que serão utilizados: livros, computadores, tablets, artigos científicos, produção culturais, etc.

4. Pensar na metodologia de divisão dos grupos

Muitos profissionais se valem apenas da divisão numérica dos grupos, sem levar em conta as especificidades de cada estudante.

Por isso, é importante conhecer bem seu corpo docente e aplicar a avaliação diagnóstica. Assim será possível aumentar as possibilidades de divisão dos grupos e potencializar o aprendizado a partir dessa metodologia. 

Algumas possibilidades de divisão dos grupos:

  • Grupos aleatórios,
  • Grupos numéricos,
  • Grupos por afinidade.
5. Fomentar programas de tutoria

Outra forma de pensar a aprendizagem entre pares, é através dos programas de tutoria. Eles agrupam estudantes mais velhos das IES com estudantes mais novos para trocar experiências e conhecimentos. 

Tais programas já são comuns em algumas universidades e comprovadamente melhoram o índice de desempenho dos estudantes. 

6. Fornecer orientação aos alunos

Durante todo o processo de trabalho os professores devem acompanhar os estudantes fornecendo-lhes feedbacks e garantindo a eles os instrumentos necessários para a realização das tarefas.

A orientação aproximada durante a realização da tarefa permite trabalhar o tempo de resposta dos estudantes, assim como a capacidade de resolução de problemas. 

7. Desenvolver sistema de recompensas

As recompensas não se limitam a acréscimos de notas e bens materiais! Pensar em um sistema de recompensas que reconheça as boas práticas é fundamental na aprendizagem entre pares. 

Pode-se utilizar aqui de sistemas desenvolvidos nas práticas de gamificação.

9. Formação de grupos de estudo

As turmas do curso também podem ser divididas em grupos maiores ao invés de duplas, formando-se grupos de estudos pontuais ou permanentes.

Quando optamos por esta abordagem, conseguimos potencializar os benefícios da aprendizagem baseada em pares. Afinal, se mais pessoas trabalham juntas na formação do conhecimento, é possível ter acesso a mais ideias e opiniões para enriquecer a experiência de aprendizado.

No entanto, o estudo através de grupos pode ser mais difícil de administrar do que a atividade entre pares. É o que muitos alunos sentem quando realizam trabalhos em grupo, por exemplo.

Mas, por ser uma proposta mais desafiadora, pode acarretar grandes desenvolvimentos para os alunos e para toda a turma.

Ao exercitar a construção do conhecimento em grupos, os alunos adquirem aptidões importantes para sua vida pessoal e profissional. Aprendem a escutar mais, a ter mais  paciência e podem, inclusive, descobrir seu potencial de liderança. 

5 Dicas para montar um bom grupo de estudos

Montar um grupo de estudos pode ser algo desafiador, por isso, separamos 5 dicas para você montar um bom grupo de estudos.

  1. Estabeleça um local e um dia fixo para as reuniões;
  2. Defina um método para escolher os participantes;
  3. Limite o número de participantes;
  4. Incentive os debates;
  5. Diversifique os perfis;
1. Estabeleça um local e um dia fixo para as reuniões

Para que o grupo de estudos cumpra com seu papel e seja capaz de desenvolver capacidades e aprofundar os estudos sobre um determinado tema, ele deve ser levado a sério por seus participantes.

Por isso, definir um dia e um local fixos para as reuniões é essencial. Desse modo, o grupo deve ser visto como um compromisso fixo na agenda de seus integrantes e deve, também, ser incluído na rotina de estudos do aluno.

2. Defina um método para escolher os participantes

Um grupo de estudos não é um encontro de amigos, embora colegas possam ingressar em conjunto.

As pessoas precisam ser comprometidas, desta forma, é importante escolher um bom meio de seleção, que possibilite identificar aqueles indivíduos que estão realmente interessados em desenvolver o grupo. 

3. Limite o número de participantes

Um número de pessoas limitado é fundamental para o sucesso do grupo. Pois os objetivos deste tipo de organização de estudos é fomentar o debate de qualidade, o que fica inviável com muitas pessoas.

Outro aspecto importante é que com menos pessoas fica mais fácil assegurar a realização das reuniões. 

4. Incentive os debates

Os debates são fundamentais no avanço do aprendizado dentro de um grupo de estudos. Além disso, ele pode agregar outros conhecimentos, advindos de pesquisas individuais à discussão.

5. Diversifique os perfis

Diferentes participantes enriquecem o grupo com diferentes habilidades. Então organizar grupos interdisciplinares, que envolvam mais de um curso, é uma boa dica. 

Além disso, perfis diversos também preparam os alunos para lidar com trabalho em equipe e desenvolver competências socioemocionais, que são muito valorizadas pelo mercado de trabalho.

10. Aplicação de conteúdos digitais

Aplicar conteúdos digitais no ensino é outra intervenção pedagógica essencial no atual contexto da educação. No cenário atual de disrupção tecnológica em que vivemos, não se pode pensar a educação sem inovar e fazer uso das redes.

Para ter certeza disso, basta olhar a demanda crescente pela educação superior a distância. Os novos alunos estão interessados em acessibilidade. Ou seja, querem estudar de qualquer lugar, fazer seus próprios horários, e aproveitar também do potencial que os conteúdos digitais possuem em termos pedagógicos.

Estudar por meio dos inúmeros recursos virtuais é uma necessidade para qualquer IES que queira manter sua sustentabilidade e competitividade no mercado.

Os conteúdos digitais são uma intervenção pedagógica que usa multimídia e hipermídia na educação. Essa iniciativa é ideal porque os alunos, em toda sua diversidade, aprendem de formas diferentes. 

Por isso, se investimos em conteúdos digitais multiformatos, conseguimos abarcar todas essas formas de aprendizado. Textos e livros digitais, vídeos, jogos educacionais, podcasts, simulados com correção automática… são várias possibilidades.

Quando optamos por essa abordagem, temos uma ótima estratégia para alcançar um dos objetivos das intervenções pedagógicas: a personalização do ensino.

Pensando, ainda, de forma mais ampla, é uma estratégia para alcançar um objetivo maior da educação brasileira: a democratização do ensino.

Intervenção pedagógica para o corpo docente

Os docentes constituem parte essencial das escolas e instituições de ensino.  Sendo assim, pensar de maneira constante a formação continuada dos professores, assim como formas de melhorar a relação entre eles e os alunos, é essencial.

Nesse sentido, elaborar intervenções pedagógicas para professores também pode conferir bons resultados na melhoria da qualidade de ensino de sua IES. 

Confira algumas vantagens de se pensar a intervenção pedagógica para o corpo docente:

  • autoconhecimento do profissional;
  • melhoria da produtividade do professor;
  • dinamização dos processos de ensino/aprendizagem; 
  • melhoria no rendimento acadêmico dos alunos.

Proposta de intervenção pedagógica para professores

A intervenção pedagógica voltada a profissionais da educação é comprovadamente eficiente na melhoria dos rendimentos, tanto do professor quanto do aluno.

Por isso, estruturamos aqui uma proposta de intervenção pedagógica dividida em  4 etapas. Elas foram desenvolvidas para serem realizadas com professores e estudantes de licenciaturas, como forma de otimizar o processo de ensino-aprendizagem.  

  1. Educação e relações interpessoais: relação professor-aluno;
  2. O cotidiano da sala de aula: o ensino e a aprendizagem;
  3. Metodologias de ensino;
  4. Inovação em práticas pedagógicas.

1.  Educação e relações interpessoais: relação professor-aluno

O objetivo dessa etapa é pensar a interação entre professores e alunos, nos seus diferentes âmbitos. Os alunos de uma sala de aula apresentam diversas diferenças socioculturais, psicológicas e cognitivas.

Desse modo, cabe também ao professor promover a diversidade na educação, fornecendo respostas adequadas a cada possibilidade de conflito gerado por tais diferenças.   

Essa atividade é realizada a partir de uma palestra reflexiva que deve abordar temas como:

  • Atitude dos alunos e dos professores dentro da sala de aula;
  • Do que os alunos reclamam em sala de aula
  • Relação professor-aluno
  • Simpatias e antipatias dos estudantes com relação aos professores

A partir das reflexões pontuadas na palestra,  deve-se se organizar então um espaço para os professores presentes apresentarem suas percepções pessoais sobre o tema. 

Por último, o condutor/palestrante deve evidenciar os contrastes observados entre a exposição na palestra e o que foi apresentado pelos profissionais presentes.

2. O cotidiano da sala de aula: o ensino e a aprendizagem 

A próxima etapa a ser realizada após a reflexão tem como tema as abordagens de ensino em contexto de aprendizagem e o cotidiano em sala de aula.

A segunda etapa será dividida em dois momentos:

  1. Exposição de vídeos;
  2. Discussão sobre o tema;

Para a exposição de vídeos busque por conteúdos relacionados a atividades pedagógicas, repercussão das mudanças sociais, econômicas e tecnológicas nas instituições de ensino, assim como os desafios de ser professor.

Já no segundo momento da atividade, que é o momento da discussão, o condutor da intervenção deve apresentar alguns elementos para o debate:

  • Como aproveitar melhor o tempo em sala de aula;
  • O comportamento e o pensamento dos alunos diante de uma aula
  • Maneiras de lidar com as reações dos estudantes em sala de aula;

3. Metodologias de ensino

A terceira etapa, ou o terceiro encontro da intervenção, tem como objetivo debater a eficiência das metodologias de ensino existentes, como por exemplo:

  • Metodologia tradicionais;
  • Metodologias ativas;

O condutor deste momento da intervenção deve apresentar os principais aspectos de cada metodologia de ensino, para que seja possível para os professores da instituição identificar qual se adequa melhor à realidade de cada curso. 

Vale dizer que saber aplicar a metodologia correta para a necessidade de cada curso, não só contribui com a formação de profissionais melhores. Tal prática, tem se mostrado um importante agente de redução da evasão nas instituições de ensino.

4.  Inovação em práticas pedagógicas

A última etapa consiste em apresentar práticas e estilos educacionais inovadores para a melhoria do processo de ensino-aprendizagem. Hoje existem diversas práticas que comprovadamente estimulam o raciocínio, a reflexão e a criatividade, além de otimizar o tempo em sala de aula.

Alguns exemplos simples de inovação em práticas pedagógicas são:

  • Estudos de caso;
  • Discussão de artigos científicos;
  • Produção de fluxogramas;
  • Relacionar temas de sala de aula com produções artísticas, como pinturas, filmes, etc.

As inovações aqui exemplificadas são consideradas simples. Por isso, é importante que o condutor da atividade vá além e busque apresentar práticas que envolvam o uso de tecnologia e recursos inovadores de Tecnologia da Informação e comunicação.

Veja alguns exemplos de recursos tecnológicos inovadores em práticas didático-pedagógicas:

  • Utilização de plataformas de ensino digitais;
  • Interação multimídia, como vídeos, podcasts, e-books;
  • Realização de atividades gamificação a partir da internet;

Cabe dizer que buscar práticas inovadoras, além de aumentar o rendimento dos estudantes e dos profissionais, também pode melhorar na avaliação do MEC sobre a IES. E que, ao terminar as 4 etapas da intervenção, as práticas pedagógicas devem ser avaliadas coletivamente com os participantes, recolhendo, assim, os feedbacks.

Após 3 meses da aplicação da atividade, e caso seja possível, é interessante que se organize um encontro com os participantes a fim de debater as modificações aplicadas em sala de aula. Assim como os resultados obtidos a partir da aplicação da intervenção. 

Esperamos que tenha gostado deste texto sobre intervenção pedagógica! Que tal seguir aprofundando seus conhecimentos e conferir este outro artigo, sobre como montar uma trilha de aprendizagem?

Como montar uma intervenção pedagógica?

Passo a passo para montar um plano de intervenção pedagógica.
Identifique o(s) problema(s) de aprendizagem..
Selecione a intervenção mais adequada ao caso..
Execute e registre..
Elabore e publique um relatório sobre a intervenção pedagógica..

Quais são as intervenções pedagógicas?

Uma intervenção pedagógica acontece quando se observa dificuldades que atrapalham o desenvolvimento no aprendizado dos alunos. Conduzida pelo professor, essa interferência tem o objetivo de ajudar os estudantes a aprender e superar os desafios.

Como elaborar um Plano de intervenção?

Elaboração do Plano de Intervenção.
Definição dos objetivos;.
Definição das medidas de intervenção a serem adotadas;.
Seleção das técnicas a serem empregadas;.
Descrição do Plano de Intervenção..

Como se inicia um projeto de intervenção pedagógica?

Todo projeto de intervenção pedagógica surge da reflexão sobre a prática em sala de aula ou do contexto educacional geral. Na educação, chamamos essa reflexão oriunda da prática e que gera novas práticas de práxis pedagógica. A primeira observação geralmente é feita sem diagnóstico formal.