80% de todo o lixo marinho é composto por plástico (Foto: Thinkstock) Show Segundo dados divulgados pela ONU, 80% de todo o lixo marinho é composto por plástico e a estimativa é que em 2050 a quantidade supere a de peixes; hoje, a presença de microplásticos nos mares já superam a quantidade de estrelas na galáxia. Nas mais diversas plataformas, as pessoas tentam diariamente lembrar e alertar dos riscos desse problema ao meio ambiente, incentivando uma vida mais saudável e uma prática sustentável no dia a dia. Segundo o Greenpeace UK, a cada ano são despejados nos oceanos cerca de 12,7 milhões de toneladas de plástico, desde garrafas até canudos. A designer Cristal Muniz, do blog Um ano sem lixo, lembra que o maior impacto negativo dessa poluição é a ingestão desses resíduos pelos animais. O consumo dessas embalagens plásticas, como garrafas PET, impede que os animais mergulhem profundamente, impossibilitando-os de caçar e até de comer. “Quando se perde animais de uma cadeia alimentar equilibrada, você aumenta a quantidade de animais que serviam de caça para aquele que diminuiu, consequentemente reduzindo a comida dos predadores”, completa Cristal. O cenário ideal, para ela, é uma vida com a produção de menos lixo e a utilização de produtos circulares, ou seja, aqueles que podem ser reutilizados e reciclados, sem virar lixo após o uso. Pequenas mudanças no dia a dia podem representar uma grande melhora no futuro. A cada ano são despejados nos oceanos cerca de 12,7 milhões de toneladas de plástico no oceano (Foto: Thinkstock) O lixo pode ser dividido em três grandes categorias: reciclável, orgânico e de rejeito. O primeiro é aquele que pode ser transformado em um novo material utilizável e, no caso do plástico, muitos não se enquadram na categoria (caso dos canudos e das sacolas plásticas). Para piorar a situação, atualmente apenas 18% das cidades brasileiras possuem coleta seletiva. O orgânico é aquele que deveria ser compostado, ou seja, ser transformado em adubo. Já a última categoria, como o próprio nome já diz, são aqueles que não podem ser reciclados ou compostados de nenhuma maneira, ou seja, são de rejeito. Nessa categoria ficam os adesivos, papel higiênico, absorventes e até as fraldas descartáveis. O único destino desses itens é o aterro sanitário. O problema é que, apesar da coleta seletiva e da ação de muitas empresas para separar o lixo, a maior quantidade é dividida apenas entre reciclável e de rejeito, tirando portanto, a possibilidade do reaproveitamento por meio do adubo. No aterro sanitário, a decomposição dos resíduos orgânicos é inadequada, por ser este um ambiente anaeróbico (sem a presença de oxigênio). Além disso, os aterros contribuem para o risco de contaminação da água e do solo e geram produção do gás metano (um dos responsáveis pelo agravamento do efeito estufa). “Produzir lixo orgânico que vai para o aterro sanitário é tão ruim quanto produzir lixo reciclável que não vai pra reciclagem”, afirma Cristal. 5 medidas por parte do governo que ajudariam a melhorar esse cenário:
Poluição por meio de plásticos: os impactos no meio ambienteSacos e embalagens plásticas são práticos e baratos, o que os tornam materiais convenientes para usar do dia a dia. Mas você sabia que o plástico é produzido através de derivados do petróleo, um recurso natural não-renovável, e que leva cerca de 450 anos para se decompor na natureza? Por isso, se não for destinado corretamente, o material pode se acumular na natureza e causar um grande impacto negativo: Materiais tóxicosDurante a fabricação do plástico, centenas de matérias tóxicos são emitidos, causando danos sobre o ambiente e efeitos graves para a saúde do ser humano. E, como o plástico leva anos para se decompor, também há a liberação de mais elementos tóxicos no processo. Além disso, com a queima de plásticos –atividade comum em áreas rurais, por exemplo– produtos venenosos são eliminados durante a combustão e contaminam o ar, causando problemas no sistema respiratório dos seres vivos. Nos maresA maior parte do lixo marinho, no litoral brasileiro, é plástico, devido ao descarte incorreto do lixo dos banhistas, das embarcações e empresas, bem como a falta de coleta seletiva em alguns regiões. O contato desses resíduos sólidos com o ambiente marinho acarreta diversos problemas como formação de ilhas de plásticos nos oceanos e risco de vida aos animais marinhos. Esses animais acabam confundindo o plástico como alimento e acabam ingerindo os resíduos carregados de poluentes, o que geralmente resulta em contaminação e na morte dos mesmos. Muitas vezes, também, os animais ficam presos nos detritos e morem por asfixia. Os dados são preocupantes: mais de 100.000 animais, como golfinhos, baleias, pinguins e tartarugas perdem a vida devido ao lixo plástico. Nas áreas rurais e urbanasO descarte incorreto do plástico é o principal problema nessas áreas: o material é jogado no chão e, com as chuvas, por exemplo, são transportados para os oceanos através de esgotos. Além disso, quando o plástico é descartado nas ruas, pode acumular água e gerar proliferação de mosquitos causadores de doenças. SoluçõesHá várias maneiras de diminuir o impacto do lixo plástico no ambiente. Desde pequenas atitudes a grandes ações de conscientização, é possível evitar a poluição e o uso indevido de recursos: – Levar sacolas ecológicas quando for fazer compras e usá-las ao invés das sacolas plásticas que os comércios oferecem. Porque o plástico é prejudicial ao meio ambiente?Resistente, o plástico leva em média 400 anos para se decompor e ainda libera gases tóxicos que podem afetar o solo, a água e o ar, prejudicando alimentos, animais causando doenças nas pessoas. Já o papel, por exemplo, demora de 3 a 6 meses para se decompor.
Quais são os problemas causados pelo uso excessivo de plástico?O uso abusivo de plásticos descartáveis tem trazido inúmeros problemas ao meio ambiente: descarte inadequado no solo, esgotamento dos aterros sanitários e poluição dos ambientes aquáticos. A lenta decomposição do plástico no solo e na água gera uma série de substâncias que são danosas à saúde humana.
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