Quais motivos levaram os conflitos sociais entre patrícios e plebeus em Roma?

Mestra em História (UFRJ, 2018)
Graduada em História (UFRJ, 2016)

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O termo plebeu costuma se referir em geral a indivíduos que não pertencem à nobreza. Historicamente, a nomenclatura é usualmente mais utilizada em referência à República Romana, ao período feudal e à era moderna. Atualmente, o termo pode também casualmente ser usado em relação àqueles sem refinamento social.

Durante grande parte da República Romana, os plebeus eram uma classe trabalhadora de pouca influência política, embora tivesse autonomia em termos de organização formal. Tecnicamente, eles eram todos os romanos livres que não eram aristocratas ou senadores, podendo ter profissões tão diversas como agricultor, artesão, pedreiro ou padeiro. Era uma vida de muito trabalho e sacrifício, que poderia ser recompensada para alguns poucos com ascensão econômica.

Diferentemente dos patrícios, que seriam os descendentes dos fundadores lendários de Roma, os plebeus eram os descendentes das populações imigrantes de outras regiões da Península Itálica. Assim sendo, não tinham direitos políticos, e eles não poderiam participar do governo ou mesmo se casar com patrícios. Com o aumento da pressão por parte da classe, porém, eles conseguiriam garantir mais direitos, em um processo político liderado pelos irmãos Graco. Oriundos de uma rica família plebeia, eles seriam eleitos tribunos da plebe e proporiam medidas vistas como ameaçadoras na época, como reforma agrária. Ambos acabariam assassinados, mas suas iniciativas possibilitariam o fim do domínio patrício na política romana. Já durante o Império Romano, os plebeus já eram influentes o suficiente para que os imperadores procurassem agradá-los por meio de verdadeiros subornos conhecidos como a “política do pão e circo”.

A decadência e o fim do império não significou o fim da classe social plebeia. Durante o período feudal, os plebeus eram tecnicamente os homens livres que podiam ou não viver nas cidades, caso no qual eles passavam a ser chamados de burgueses. Na prática, porém, a classe acabava sendo igualada a dos laboratores. Por meio de esforço pessoal, alguns poderiam se tornar cavaleiros ou, mais raramente, clérigos.

Nos séculos finais da Idade Média, as disputas políticas entre a nobreza feudal e as Casas reais de diversas regiões da Europa atingiram um auge, com diversos conflitos epidêmicos ocorrendo em diversos reinos. Eventualmente, ao fim do período feudal, as realezas acabariam por aliar-se com a ascendente burguesia, que passou então por seu momento político mais influente até então. Tratou-se também do período em que repúblicas independentes se organizariam, como a Suíça, cuja força mercenária seria outro sustentáculo das monarquias nacionais.

A intimidade recém-adquirida entre realeza e burguesia também transmitiu para os plebeus em geral um hábito tipicamente nobiliárquico: o uso de sobrenomes. Eles poderiam ser ocupações (como Ferreira), patronímicos (como Peres), alcunhas (como Moreno), origens (como da Costa) ou mesmo animais (como Lobo). Alguns membros da burguesia passaram também a adquirir a comprar terras e mesmo procurar ser nobilitados, embora jamais alcançassem a mesma estatura do que a antiga aristocracia de sangue.

A partir do século XVII, entretanto, seriam burgueses centros de destaque, ou mesmo de liderança, em relação a movimentos revolucionários como a Revolução Puritana (também conhecida como Guerra Civil Inglesa), Revolução Gloriosa, Revolução Americana e Revolução Francesa. Tal papel de importância garantiria à parcela abastada dos plebeus grande importância social. Hoje, isso se reflete no controle financeiro exercido pela burguesia no cenário geopolítico mundial.

Bibliografia:

COSTA, Antonio Luiz M.C.. Títulos de nobreza e hierarquias – um guia sobre as graduações sociais na história. São Paulo: Editora Draco, 2014.

https://marcosgocalves42.blogspot.com/2013/06/a-vida-na-roma-antiga-vida-urbana-e.html

https://antigaroma.webs.com/monarquia.htm

https://tudosobrearepublicaromana.blogspot.com/2012/09/a-reforma-agraria-dos-irmao-graco.html

Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/historia/plebeus/

Qual o motivo dos conflitos entre patrícios e plebeus?

O fortalecimento do Senado e o exercício do poder executivo pelos magistrados reproduziram a exclusão dos plebeus da vida política romana. Essa exclusão política e a exploração econômica resultaram em inúmeros conflitos sociais em Roma, opondo patrícios e plebeus.

Por que ocorreram conflitos sociais na República Romana?

Resposta. tudo aconteceu por causa da pax romana, com o fim das guerras e conquistas os soldados permaneciam em Roma as riquezas Romanas era baseada em saques e escravos e com o fim destas ações deu-se inicio aos conflitos internos, foi nesta época que surgiu circo e Pão de graça.

Quais foram os motivos que levaram a República Romana?

Além da reimplantação da ditadura em Roma, houve outros motivos para o colapso da República Romana, entre eles o fracasso dos irmãos Graco ao tentar realizar uma reforma agrária; guerras civis e revoltas populares; movimentos separatistas e insurreições de escravos.

Por que o Senado instituiu a República na Roma antiga?

Durante a Monarquia Romana (séculos VIII a VI a.C.), quando foi formado o Senado, sua função era a de debater os assuntos públicos que interessavam aos habitantes da cidade. ... Havia sido criada durante o período monárquico romano a Cúria, ou Assembleia, formada por todos os cidadãos romanos em idade militar.

O que queriam os plebeus quando começaram a pressionar os patrícios?

Cientes da sua importância tanto para a economia quanto para a segurança de Roma, os plebeus iniciaram uma luta por igualdade de direitos, onde, para pressionar os patrícios, eles se retiravam de Roma e ameaçavam não participar mais do exército. ... *Lei Canuleia (445 a.C) - Permitia o casamento entre patrícios e plebeus.

O que queriam os plebeus no Senado romano?

Esvaziando as tropas militares da cidade, os plebeus se refugiaram no Monte Sagrado exigindo a criação de um cargo político exclusivamente controlado por plebeus. Em resposta, o Senado Romano constituiu a magistratura dos Tribunos da Plebe, que poderiam vetar qualquer lei que ferisse o interesse dos plebeus.

Quem eram os patrícios qual era o principal privilégio Patrício na sociedade romana?

Resposta: Em Roma, os patrícios detinham vários privilégios governamentais, dentre eles a isenção de tributos, a exclusiva possibilidade de se tornarem soberanos de Roma e também a de serem magistrados, oficiais e senadores. Desempenhavam altas funções no exército, na religião, na justiça e na administração pública.

O que era a beleza para os gregos?

O termo grego mais próximo para beleza ou belo é Kalón: significa aquilo que agrada, que suscita admiração, que atrai o olhar. Os gregos antigos, contudo, não tinham uma definição clara sobre o que é beleza. Associavam a beleza a outros valores.

O que é beleza ideal para os gregos?

Na sua constante busca da perfeição, os artistas gregos criaram uma arte de elaboração intelectual em que predominam o ritmo, o equilíbrio e a harmonia, valorizando as medidas proporcionadas, modelos de beleza ideal.

Quais foram os principais conflitos entre patrícios e plebeus?

O Conflito das Ordens foi uma disputa política entre plebeus ("comuns") e patrícios ("aristocratas") na antiga República Romana e que durou de 494 até 287 a.C., no qual os plebeus lutaram por igualdade política com os patrícios. O conflito teve um papel preponderante no desenvolvimento da Constituição republicana.

Como os conflitos entre os plebeus e patrícios foram resolvidos?

Resposta verificada por especialistas. Na Roma antiga tais conflitos entre patrícios e plebeus foram resolvidos com a promulgação da Lei Hortênsia em 287 AC., uma lei proclamada pelo plebeu Quintus Hortensius. Lei Hortênsia: Confirma a obrigatoriedade dos plebiscitos.

Quais as principais causas do conflito entre patrícios?

A divisão de classes com as distinções e desigualdades; a busca pela conquista por novas conquistas; o interesse na participação no Senado e na formação de famílias.

Qual era a relação entre os patrícios e os plebeus?

Diferentemente dos patrícios, que seriam os descendentes dos fundadores lendários de Roma, os plebeus eram os descendentes das populações imigrantes de outras regiões da Península Itálica. Assim sendo, não tinham direitos políticos, e eles não poderiam participar do governo ou mesmo se casar com patrícios.