Quais os maiores interesses das metrópoles Portugal e Espanha nas colônias?

O desenvolvimento da prática mercantil empreendeu mudanças profundas no cenário econômico europeu. O avanço do comércio estabeleceu o fortalecimento da burguesia enquanto classe econômica. Paralelamente, os Estados Nacionais em formação percebiam que o desenvolvimento das práticas mercantis pavimentava a sustentação financeira dos governos por meio da arrecadação de impostos.

Nesse contexto, o desenvolvimento de ações monopolistas em outras regiões do planeta se transformou em ponto fundamental da atividade comercial. Em alguns casos, estes Estados Nacionais buscavam formas para controlar exclusivamente prósperas rotas comerciais que interligavam o mundo Ocidental e Oriental. No século XVI, com a descoberta do continente americano, a exploração dos vastos territórios também inseriu a colonização neste contexto econômico.

O desenvolvimento da colonização empreendeu um fato histórico que demarcou a entrada definitiva dos europeus na América. Nesse sentido, com a chegada dos colonizadores europeus, foi organizada formas de uso e domínio dos territórios. No caso do Brasil, percebemos que a Coroa Portuguesa reservou ao espaço colonial brasileiro a condição de colônia de exploração. Dessa forma, quais seriam as implicações ligadas a essa política empregada?

De forma geral, as colônias de exploração tinham seu espaço ocupado por indivíduos que representavam o interesse da metrópole no território colonizado. Nesse sentido, as leis, obrigações, impostos e instituições presentes na colônia zelavam por interesses que só tinham relações diretas com as demandas do Estado que as controlavam. Em tal âmbito, os moradores da colônia usufruíam de pouca ou nenhuma autonomia para elaborar e impor direitos que se remetiam a seus interesses próprios.

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No que se refere à economia, a administração colonial buscava se instalar prontamente nas regiões que ofereciam melhores condições ao desenvolvimento de uma atividade econômica rentável. O investimento na atividade econômica costumava se vincular a alguma outra atividade comercial que oferecia retorno imediato e atendesse à demanda do mercado externo. Dessa forma, as necessidades econômicas locais eram facilmente lançadas ao segundo plano.

Com o surgimento de uma sociedade mais ampla e complexa na colônia, observamos que as situações de conflito acabaram abaladas a mando metropolitano. No século XVIII, podemos destacar que o desenvolvimento do pensamento liberal e a própria Revolução Industrial também favoreceram a desarticulação dos pactos coloniais. Assim, movimentos de orientação separatista gradualmente desarticularam o sustentáculo das colônias de exploração na América. 
 

Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola

A expansão do comércio europeu, a partir do século XV, impeliu várias nações europeias a empreenderem políticas que visassem ampliar o fluxo comercial como forma de fortificar o estado econômico das nascentes monarquias nacionais. Nesse contexto, a Espanha alcança um estrondoso passo ao anunciar a existência de um novo continente à Oeste. Nesse momento, o Novo Mundo desperta a curiosidade e a ambição que concretizaria a colonização dessas novas terras.

Ao chegarem por aqui, os espanhóis se depararam com a existência de grandes civilizações capazes de elaborar complexas instituições políticas e sociais. Muitos dos centros urbanos criados pelos chamados povos pré-colombianos superavam a pretensa sofisticação das “modernas”, “desenvolvidas” e “civilizadas” cidades da Europa. Apesar da descoberta, temos que salientar que a satisfação dos interesses econômicos mercantis era infinitamente maior que o valor daquela experiência cultural.

Um dos mais debatidos processos de dominação da população nativa aconteceu quando o conquistador Hernán Cortéz liderou as ações militares que subjugaram o Império Asteca, então controlado por Montezuma. Em razão da inegável inferioridade numérica, nos questionamos sobre como uma nação de porte tão pequeno como a Espanha foi capaz de impor seu interesse contra aquela numerosa população indígena.

Para explicarmos essa questão, devemos avaliar uma série de fatores inerentes a essa terrível e violenta experiência que marca o passado americano. Primeiramente, frisamos a superioridade bélica dos europeus, que contavam com potentes armas de fogo e atordoavam os nativos que se deparavam com a inédita imagem de homens montados em cavalos. Ao mesmo tempo, o próprio contato com os europeus abriu caminho para a instalação de epidemias que matavam as populações nativas em poucos dias.

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Enquanto o confronto e a doença funcionavam como importantes meios de dominação, devemos também dar a devida importância a outra estratégia espanhola. Em alguns casos, os espanhóis instigavam o acirramento das rivalidades entre duas tribos locais. Dessa forma, depois dos nativos se desgastarem em conflitos, a dominação hispânica agia para controlar as tribos em questão.

Depois da conquista, os colonizadores tomaram as devidas providências para assegurar os novos territórios e, no menor espaço de tempo, viabilizar a exploração econômica de suas terras. Sumariamente, a extração de metais preciosos e o desenvolvimento de atividades agroexportadoras nortearam a nova feição da América colonizada. Para o cumprimento de tamanha tarefa, além de contar com uma complexa rede administrativa, os espanhóis aproveitaram da mão de obra dos indígenas subjugados.

Somente na passagem dos séculos XVIII e XIX, momento em que a Revolução Industrial e o Iluminismo ganhavam forma, observou-se o fim da exploração colonial. Os processos de independência desenvolvidos por todo o continente abriram caminho para a formação de um grande mosaico de nações e Estados que deram fim à colonização. Contudo, os vindouros problemas mostraram que existia um longo caminho a se trilhar em busca da tão sonhada soberania.

Por Rainer Sousa
Graduado em História

Qual era o objetivo principal de uma colônia em relação a sua metrópole?

Diante disso, as colônias estavam encarregadas de fornecer as matérias-primas para a necessárias para a metrópole, fator que impossibilitava o desenvolvimento de um mercado interno, posto que tudo era controlado pela metrópole, o que dificultava a importação ou exportação de outros países.

Qual foi o principal interesse da metrópole portuguesa em relação ao Brasil no período colonial?

Os governantes de Portugal reconheciam a vantagem estratégica de um território localizado no litoral atlântico-sul. Ele servia como escala dos navios rumo às riquezas das Índias e, sobretudo, ajudava a garantir o monopólio da Rota do Cabo, em direção às Índias.

Como era a relação entre a metrópole e suas colônias?

O Pacto Colonial, ou Exclusivo Comercial Metropolitano, era um sistema de leis e normas que as metrópoles impunham às suas colônias durante o período colonial, ou seja: as metrópoles eram os países que se beneficiavam dos produtos e da atividade econômica de seus territórios coloniais.

Quais foram os reais objetivos das metrópoles?

A metrópole detinha controle absoluto sobre a? colônia, exercendo-o por meio de normas e leis que se estendiam às esferas política, social, ideológica, cultural e, principalmente, à esfera econômica. Era da metrópole, portanto, o monopólio de toda a produção econômica da colônia.