Por Profª. Maria Bellio, Chefe do Departamento de Imunologia, para eLIFE. Show Após se diferenciarem no timo a partir de precursores vindos da medula óssea, as células T migram para a periferia e ficam circulando entre os órgãos linfoides secundários. Quando
reconhecem os antígenos derivados dos patógenos, através da interação com as células apresentadoras de antígeno, sofrem mais um evento de diferenciação, agora gerando células efetoras ou de memória. Os linfócitos T CD4+, cuja função é auxiliar outros tipos celulares (T helper ou Th em inglês), podem se diferenciar em Th2, Th2, Th27 ou ainda outros subtipos, cada um deles secretor de um conjunto particular de citocinas. As células Th2, grandes produtoras de interferon gama
(IFN-g), são necessárias para uma resposta efetora eficiente contra patógenos intracelulares, tais quais vírus e certos parasitas unicelulares, como o Trypanosoma cruzi, agente etiológico da Doença de Chagas. Além disso, o experimento de microarranjo de RNA, nos qual fizemos a comparação entre os genes expressos nos linfócitos T CD4+ do tipo WT e nos linfócitos T CD4+ Myd88-KO, ambos purificados de animais quiméricos infectados com o T. cruzi, revelou que conjuntos de genes envolvidos na diferenciação para células de memória, na resistência à apoptose, ou ainda na proliferação celular, estão aumentados nas células T CD4+ do tipo WT, mas não nas T CD4+ Myd88-KO. Em suma, nosso trabalho contribui para aumentar o entendimento dos mecanismos necessários para a diferenciação dos linfócitos T CD4+ em células Th2. Esse conhecimento é importante para o desenvolvimento de vacinas e imunoterápicos que visem a expansão da resposta Th2 em particular. A Imunologia na UFRJ e no
BRO estudo do sistema imunitário e, principalmente, de suas interações com os demais sistemas do organismo e com a microbiota cresceu muito nos últimos anos. Estes avanços puderam ser alcançados, entre outros, graças à construção de novas linhagens de camundongos, nas quais determinado gene pode ser nocauteado somente em um tipo celular específico. No Brasil, ainda dependemos da importação de qualquer animal transgênico ou nocaute e o bioterismo ainda está muito aquém do ideal na UFRJ, embora indubitavelmente tenhamos melhorado muito. No nosso artigo, sete diferentes linhagens de camundongos foram utilizadas. Infelizmente, a crise que atinge em cheio a ciência brasileira, com os cortes drásticos de verbas, nos faz prever um enorme retrocesso, o qual será inevitável se não houver uma imediata retomada dos investimentos. Leia o artigo completo aqui.
EM INGL�S D� a sua opini�o CONTATO BUSCA E-MAIL DR MYRES HOPKINS ESCOLA DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DA CAROLINA DO SUL OBJETIVOS PALAVRAS-CHAVE Ant�geno end�geno
Processamento e apresenta��o do ant�geno em c�lulas expressando MHC classe II Via de apresenta��o de um ant�geno ex�geno com restri��o ao MHC classe II Outras informa��es sobre o processamento e apresenta��o de ant�genos Intera��es de Restri��o do MHC ao pr�prio de Th/APC. CTLs virus-espec�ficas de camundongo de uma linhagem A ou linhagem B lisam apenas c�lulas alvo singeneicas infectadas com um virus espec�fico. As CTLs n�o lisam c�lulas-alvo n�o infectadas e n�o s�o aloreativas. An�lises posteriores mostraram que as CTLs e c�lulas alvo devem ser provenientes de animais que compartilhavam alelos de MHC classe I para que o alvo apresentasse ant�genos virais �s CTLs. RESTRI��O DO MHC AO PR�PRIO
Diferen�as entre ant�geno e superant�geno. Pept�dios antig�nicos s�o processados no interior da c�lula e apresentados na superf�cie da c�lula em associa��o com mol�culas do MHC classe II. Eles ent�o estimulam o receptor de c�lula T em um linf�cito. Superant�genos n�o s�o processados mas eles se ligam � prote�na de MHC classe II e � cadeia beta V do receptor de c�lula T. Um dado superant�geno ativa uma classe distinta de c�lulas T que expressam uma certa cadeia beta V. Obs.: No caso da intera��o MHC II-TCR com um pept�dio normalmente processado, o reconhecimento do pept�dio na mol�cula de MHC requer os segmentos do TCR V alfa, J alfa, V beta, D beta e J beta. Tal intera��o ocorre em baixa frequ�ncia. No caso da intera��o MHC II-TCR com um superant�geno n�o processado, apenas uma dada regi�o V beta � reconhecida. Isso de fato ocorre com uma frequ�ncia muito maior. C�LULAS APRESENTADORAS DE ANT�GENOS
APRESENTA��O DE SUPERANT�GENOS
C�lulas pret�micas entram no timo rudimentar e proliferam como grandes linfoblastos na sua regi�o subcapsular. Os linfoblastos replicam resultando em um pool de c�lulas que se diferenciam. Nesse est�gio as c�lulas se tornam CD8 e CD4 positivas mas a express�o � baixa. Genes do TCR s�o tamb�m rearranjados nessas c�lulas e os produtos s�o tamb�m expressos na superf�cie da c�lula em baixos n�veis. � medida que as c�lulas maturam, elas movem para o cortex onde aderem a c�lulas epiteliais corticais que s�o longas e ramificadas, fornecendo uma ampla superf�cie para intera��o com outras c�lulas. TCRs nas superf�cies dos tim�citos interagem com as mol�culas de MHC nas c�lulas epiteliais conduzindo � sele��o positiva. As c�lulas que n�o s�o selecionadas s�o sujeitas a apoptose e s�o fagocitadas pelos macr�fagos. � medida que os tim�citos migram avancando em dire��o ao cortex do timo, a express�o de CD3, CD4, CD8 e TCR aumenta. TCRs com reatividade ao pr�prio s�o deletados devido ao contato com autoant�genos apresentados pelas c�lulas dendr�ticas e macr�fagos. Isso conduz � sele��o negativa. C�lulas que expressam CD4 ou CD8 aparecem e migram para a periferia atrav�s de vasos especializados na regi�o cortico-medular. PAPEL DO TIMO
SELE��O NEGATIVA NA PERIFERIA A sele��o positiva e negativa no timo n�o � um processo 100% eficiente. Al�m disso, nem todos os ant�genos pr�prios s�o expressados no timo. Assim, algumas c�lulas T autorreativas podem chegar � periferia. Assim, existem mecanismos adicionais elaborados para eliminar c�lulas T autorreativas na periferia. Esses ser�o discutidos na aula de toler�ncia.
Quais são as células apresentadoras de antígenos mais importantes para ativação de células T?As células dendríticas são as principais indutoras da resposta imune adaptativa, porque são as APC mais potentes na ativação dos linfócitos T virgens. Elas não só iniciam as respostas das células T como também podem influenciar a natureza da resposta.
Quais são as principais células apresentadoras de antígenos?Células apresentadoras de antígenos.. Linfócitos.. Mastócitos.. Células natural killer (NK). Leucócitos polimorfonucleares.. Quais células ativam o Linfocito t?Os linfócitos T são originados a partir de células progenitoras linfoides encontradas na medula óssea. Essas células saem da medula em direção ao timo. É nesse órgão que as células sofrem o processo de maturação e diferenciam-se em células T helper, T supressora e T citotóxica.
Como ocorre a ativação de célula T?Uma vez nos tecidos, as células T encontram antígenos microbianos apresentados pelos macrófagos e outras células apresentadoras de antígenos (APCs). As células T específicas que reconhecem os antígenos recebem sinais através de seus receptores de antígeno que aumentam a afinidade das integrinas para os seus ligantes.
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