Sobre a profissão
O educador social é um profissional que trabalha com a integração de indivíduos que estão em situação de exclusão social, vulnerabilidade e situação de risco, visando a integração das pessoas com a sociedade. A atuação deste profissional poderá envolver as diversas faixas etárias, como crianças, pessoas adultas ou idosos.
O profissional desta área poderá desenvolver oficinas e atividades educativas, além da orientação educacional para indivíduos, familiares ou para um específico grupo de pessoas. Além da atribuição de aulas, o profissional também poderá atuar com a elaboração de relatórios sobre o acompanhamento das pessoas que buscam a integração social.
De acordo com a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), do Ministério do Trabalho, o educador social atua nas seguintes situações:
- Visam garantir a atenção, defesa e proteção a pessoas em situações de risco pessoal, social e a adolescentes em conflito com a lei.
- Procuram assegurar seus direitos, abordando-as, sensibilizando-as e identificando suas necessidades e demandas.
- Controlam o acesso de pessoas e veículos em unidade penal
- Conduzem presos ou internados para desenvolvimento de atividades culturais, esportivas, escolares, laborativas, recreativas e ressocializadoras.
O profissional também poderá desempenhar funções com vítimas de violência, exploração física, psicológica e com segmentos sociais submetidos a algum tipo de exclusão: como jovens envolvidos em atos infracionais; população carcerária; pessoas com deficiência e dependentes químicos, de acordo com a organização Criança Livre de Trabalho Infantil.
No dia 19 de setembro é celebrado o Dia Nacional do(a) Educador(a) Social, em homenagem ao nascimento de Paulo Freire, patrono da Educação Brasileira. Freire é um dos mais conhecidos autores e seu livro Pedagogia do Oprimido, lançado na década de 70, é uma das obras mais conhecidas com a temática social e educacional.
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O educador social atua no combate contra a exclusão social no país. As suas funções visam a ressocialização de indivíduos, a inclusão na sociedade, a continuidade do ensino e da aprendizagem das pessoas e a promoção da cidadania através da educação.
E essa é a principal diferença do educador social para o assistente social. Ambas as profissões promovem assistência e auxílio para a população, mas a utilização da educação como ferramenta para o processo de ressocialização, emancipação ou na busca de melhoria de vida é a característica indissociável do educador social.
Por outro lado, o assistente social analisa, elabora, coordena e executa planos para que as políticas e direitos sociais sejam acessíveis para a população em geral. Ele está presente na aplicação das demandas envolvendo educação, saúde, previdência, habitação e cultura para a sociedade.
Dentro das propostas educacionais, de aulas e oficinas, o educador social poderá ministrar conteúdos como: educação ambiental, educação sexual, atividades de saúde e recreação, atividades esportivas, identidade e cultura nacional. Para as ações descritas, o profissional levará em conta o público-alvo (faixa etária, por exemplo) e os objetivos da ação para elaboração do conteúdo.
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O educador social poderá atuar em instituições de ensino, centros hospitalares, centros comunitários e conselhos tutelares. Há possibilidade do profissional trabalhar em centros esportivos e de lazer e organizações não governamentais (ONGs).
É muito comum que o educador social atue em órgãos como o Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) e em instituições públicas. Consequentemente, a admissão desta profissão geralmente é feita através de concursos públicos.
De acordo com o portal de recrutamento Glassdoor, o salário médio de um Educador Social no país é de R$2.050 no Brasil. Por outro lado, o mesmo portal afirma que o maior salário registrado na plataforma é de R$3.698,00 no país.
Caso você tenha dúvidas sobre cursos ou áreas de atuação que são possíveis ao educador social, faça o seu questionamento na Comunidade Quero. A Comunidade Quero é um ambiente para troca de conhecimento, onde você pode tirar suas dúvidas e ajudar outros integrantes da Comunidade com as dúvidas sobre o curso.
Como se tornar um Educador social?
A aprovação da lei, que regulamente a profissão de educador social, foi realizada em 2019 e aponta a necessidade da conclusão do curso superior para ingressar nesta profissão. Apesar de não ser exigida uma graduação específica, a formação mais comum dos educadores sociais é Pedagogia.
O curso de Pedagogia foi o curso mais procurado pelos estudantes brasileiros até o ano de 2019. De acordo com o censo da Educação Superior 2020, 816.427 alunos se matricularam no curso superior de Pedagogia. Para comparação, o segundo curso com mais matriculados foi Direito, com 759.361 estudantes. Para mais informações sobre o ranking dos 10 cursos com maior número de matrículas, segundo o Censo 2020, confira a matéria da Quero Bolsa.
Afinal, a ciência que estuda o processo de educação é a Pedagogia. Entretanto, há outros cursos correlatos com a profissão, por exemplo, Serviço Social, Psicologia, Ciências Sociais e Artes Cênicas. Além disso, a pessoa que tem interesse na área da educação social também encontrará opções de pós-graduações na área de atuação profissional.
De acordo com a página da Quero Bolsa, as especializações em Educação Social podem ser disponibilizadas nas modalidades presencial, semipresencial e a distância. É comumente oferecida com durações mais enxutas: de seis até 12 meses, por exemplo. Por outro lado, a pessoa interessada em se especializar como educador social poderá realizar cursos mais amplos: entre 1 e 2 anos de duração para a conclusão do curso.
O profissional deve ter algumas habilidades e conhecimentos sobre:
- Preparação psicológica
- Conhecimento sobre ensino-aprendizagem
- Organização e empatia
- Olhar crítico e analítico
- Boa comunicação e escuta.
Veja também: As avaliações dos cursos de Pedagogia no Guia da Faculdade 2021. Dos 1460 cursos de Pedagogia cadastrados no Guia de 2021, 25 receberam a avaliação máxima (5 estrelas). Confira todos os cursos participantes da pesquisa realizada pela Quero Educação em parceria com o Estadão.