Qual a principal diferença do leite humano para os demais?

Qual a principal diferença do leite humano para os demais?

Apesar de a alimentação variar enormemente, o leite materno, surpreendentemente, apresenta composição semelhante para todas as mulheres que amamentam do mundo. Apenas as com desnutrição grave podem ter o seu leite afetado na sua qualidade e quantidade.

Nos primeiros dias, o leite materno é chamado colostro, que contém mais proteínas e menos gorduras do que o leite maduro, ou seja, o leite secretado a partir do sétimo ao décimo dia pós-parto.

O leite de mães de recém-nascidos prematuros é diferente do de mães de bebês a termo. Veja na Tabela 1 as diferenças entre colostro e leite maduro, entre o leite de mães de prematuros e de bebês a termo e entre o leite materno e o leite de vaca. Este tem muito mais proteínas que o leite humano e essas proteínas são diferentes das do leite materno. A principal proteína do leite materno é a lactoalbumina e a do leite de vaca é a caseína, de difícil digestão para a espécie humana.

A concentração de gordura no leite aumenta no decorrer de uma mamada. Assim, o leite do final da mamada (chamado leite posterior) é mais rico em energia (calorias) e sacia melhor a criança, daí a importância de a criança esvaziar bem a mama.

O leite humano possui numerosos fatores imunológicos que protegem a criança contra infecções. A IgA secretória é o principal anticorpo, atuando contra microorganismos presentes nas superfícies mucosas. Os anticorpos IgA no leite humano são um reflexo dos antígenos entéricos e respiratórios da mãe, ou seja, ela produz anticorpos contra agentes infecciosos com os quais já teve contato, proporcionando, dessa maneira, proteção à criança contra os germens prevalentes no meio em que a mãe vive. A concentração de IgA no leite materno diminui ao longo do primeiro mês, permanecendo relativamente constante a partir de então.

Além da IgA, o leite materno contém outros fatores de proteção, tais como anticorpos IgM e IgG, macrófagos, neutrófilos, linfócitos B e T, lactoferrina, lisosima e fator bífido. Este favorece o crescimento do Lactobacilus bifidus, uma bactéria não patogênica que acidifica as fezes, dificultando a instalação de bactérias que causam diarréia, tais como Shigella, Salmonella e Escherichia coli. Alguns dos fatores de proteção do leite materno são total ou parcialmente destruídos pelo calor, razão pela qual o leite humano pasteurizado (submetido a uma temperatura de 62,5 oC por 30 minutos) não tem o mesmo valor biológico que o leite cru.

Referência:

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.
Saúde da criança: nutrição infantil: aleitamento materno e alimentação complementar. Brasília, 2009.

Basta dar uma breve olhada nas prateleiras para constatar que existe leite para todos os tipos de gosto e necessidades. Fortificados com minerais como zinco, cálcio e ferro; enriquecidos com vitamina A e D, ômega-3, fibras, fitoesterol e prebióticos, o fato é que o alimento, tão tradicional e utilizado por todo mundo, cada vez mais se adéqua às demandas de alimentação, ganhando formas e variações diferentes em suas composições nutricionais. A versão in natura, retirada da vaca, por exemplo, hoje em dia é subdivida em três tipos: A, B e C. Vamos entender um pouco mais!

Segundo a nutricionista Sheila Basso, os leites dos tipo A, B e C possuem praticamente a mesma composição nutricional. A diferença entre eles está no tipo de rebanho, ordenha, processo de obtenção e número de bactérias presentes após pasteurização. Ela explica que todas as versões contêm muitos nutrientes, podendo-se destacar: proteínas, carboidratos, lipídios, vitaminas (em especial a vitamina A) e minerais (cálcio e ferro). A proporção dos nutrientes varia de acordo com a espécie do animal, a sua alimentação, a estação do ano e a época da lactação:

"A composição média do leite de vaca é: proteína 3,3%, - uma das fontes de nitrogênio mais importantes na nutrição humana; gordura 3,5%, que é de fácil digestibilidade, além de seu valor nutricional, o qual está ligado com as vitaminas A, D, E, K e caroteno; é rica em ácidos graxos essenciais, que apresentam como benefícios a inibição de alguns tipos de câncer (intestino, mama e estômago), redução do colesterol total e níveis de triglicerídeos, diminuição da gordura corporal, aumento da massa magra e maior resistência à doenças", destaca a profissional, enfatizando a importância de manter o alimento no cotidiano alimentar, desde que seja de forma equilibrada:

"O leite é sim fundamental, mas desde que inserido em uma dieta equilibrada e prazerosa. Vá ao supermercado e não deixe de experimentar e buscar o lácteo que mais te agrada, opções é que não faltam", enfatizou a especialista, diferenciando as versões da bebida:

Tipo de leite A, B e C

Leite tipo A: É obtido de um único rebanho e não há contato manual com o leite em nenhuma fase do processo, ou seja, a ordenha é mecânica e o leite segue por tubulações diretamente para o compartimento onde sofre pasteurização, homogeneização e envase. O número máximo de bactérias permitido para este leite é de 500/ml.

Leite tipo B: É obtido de rebanhos diferentes e sua ordenha pode ser realizada mecânica ou manualmente. O leite deve ser refrigerado no próprio local da ordenha (propriedade rural) por até 48 horas em temperatura igual ou inferior a 4 ºC e transportado em tanques até o local apropriado, onde será processado. O número máximo de bactérias permitido para este leite é de 40.000/ml.

Leite tipo C: Tem a mesma origem e tipo de ordenha do leite tipo B. Entretanto, não é refrigerado na fazenda leiteira. Após a ordenha, o leite é transportado em tanques até um local apropriado (estabelecimento industrial) até as 10:00 h do dia de sua obtenção, onde só então é processado, seguindo os prazos estipulados por lei. Este processo eleva bastante o número de bactérias presentes no leite, que pode chegar, por determinação da lei, a 100.000/ml.

*Sheila Basso (CRN 21.557) é especialista em nutrição clínica e em obesidade, emagrecimento e saúde pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Quais são as diferenças entre o leite humano é o leite animal?

Com relação às proteínas o que mais diferencia o leite de vaca do leite humano (LH) é o tipo e quantidade deste nutriente. O leite de vaca possui três vezes mais proteína que o LH, sobrecarregando os rins quando consumido em alta quantidade, aumentando a excreção de cálcio pela urina.

Qual a principal vantagem do leite humano quando comparado aos demais leites?

Somente o leite materno é capaz de proteger os bebês contra infecções (diarreias, pneumonias, meningites, infecções de ouvido, bronquites, e outras), de prevenir alergias (de intestino, pele, nariz, pulmão), doenças crônicas no futuro (diabetes, obesidade, hipertensão arterial, doenças do coração) e até diminuir a ...

Quais as principais diferenças entre o leite humano do tipo colostro leite maduro e do leite de vaca?

Nos primeiros dias após o parto, é produzido o colostro. Quando comparado ao leite maduro, ele é mais viscoso, possuindo maiores concentrações de proteínas, minerais e vitaminas lipossolúveis, particularmente A, E e carotenóides, bem como menores quantidades de lactose, gorduras e vitaminas do complexo B1,11.

Qual a diferença entre os efeitos das proteínas do leite humano e do leite de vaca sobre a saúde do lactente?

"No leite de vaca, é preciso adicionar proteínas em excesso para alcançar o nível de aminoácidos de que o bebê precisa", continua. "Mas essas proteínas em excesso são metabolizadas e decompostas em componentes que se transformam em gordura. "Este é um dos problemas da fórmula – os bebês se dão bem demais com ela.