Qual é a parte do sistema nervoso capaz de estimular as atividades do nosso corpo?

Denominamos de impulso nervoso a corrente elétrica que passa pela membrana dos neurônios e propaga-se ao longo dessas células. São esses impulsos que garantem que um sinal seja percebido e que uma resposta seja transmitida.

Como ocorre o impulso nervoso?

O impulso nervoso inicia-se quando o neurônio sofre um estímulo suficientemente forte para desencadeá-lo. Isso acontece quando uma membrana está em potencial de repouso, uma condição em que a superfície interna da membrana possui carga negativa em relação à superfície externa.

Nessa condição, há uma diferença de potencial entre o interior e o exterior de, aproximadamente, -70 mV. Isso ocorre porque as concentrações de Na+ (sódio) fora da célula são muito maiores do que as concentrações na parte interior. O K+ (potássio), por sua vez, é encontrado em maior quantidade dentro da célula. Essa concentração é mantida pelo transporte ativo de íons, que ocorre através da membrana por meio da bomba de sódio e potássio.

Quando o neurônio sofre um estímulo, há a abertura dos canais de Na+ e uma entrada rápida desse íon para o interior da célula. Nesse momento, a diferença de potencial passa a ser +20 mV. O Na+ difunde-se para outras partes da membrana, e os canais de Na+ abrem-se ao longo da membrana do neurônio.

Qual é a parte do sistema nervoso capaz de estimular as atividades do nosso corpo?

Observe como ocorre a propagação do impulso nervoso pela membrana do neurônio

A entrada de Na+ desencadeia a mudança de potencial, o fechamento dos canais de Na+ e a saída dos íons K+ em razão das modificações nas proteínas da membrana, o que facilita a saída desse íon. Tudo isso ocorre de maneira bastante rápida para que a condição de repouso seja restabelecida, ou seja, a membrana é repolarizada. Essas alterações no potencial elétrico da membrana são chamadas de potencial de ação ou impulso nervoso.

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Ao chegar à extremidade do neurônio, na sinapse (espaço entre dois neurônios ou entre um neurônio e uma glândula ou músculo), o impulso nervoso desencadeia a liberação de uma substância química conhecida como neurotransmissor. Essa substância provoca a abertura dos canais de sódio na célula adjacente, desencadeando o impulso nessa outra célula.

Os impulsos podem ocorrer de forma contínua?

Após um estímulo, a fibra nervosa permanece por um período de tempo sem que um novo estímulo seja capaz de desencadear um impulso. Esse período é conhecido como período refratário absoluto e nenhuma resposta nesse momento é desencadeada. Com o passar do tempo, a fibra passa para o período refratário relativo, que se caracteriza pela capacidade de responder a estímulos, entretanto, estímulos mais fortes que o normal.

O que é o princípio do tudo ou nada?

O impulso nervoso só é transmitido pela fibra quando o estímulo apresenta um determinada intensidade. Dizemos que essa intensidade é o limiar da fibra nervosa e, se esse limiar for atingido, o impulso na fibra será máximo.

Índice

Introdução

O Sistema Nervoso é dividido em Sistema Nervoso Central (SNC) e Sistema Nervoso Periférico (SNP). O SNP, por sua vez pode dividir-se em Sistema Nervoso Periférico Voluntário e Sistema Nervoso Periférico Autônomo ou Involuntário. 

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O Sistema Nervoso Autônomo

O Sistema Nervoso Autônomo relaciona-se com o controle de órgãos internos, como rins, intestinos e da musculatura lisa, bem como com a modulação do ritmo cardíaco e com a secreção de algumas glândulas. Esses órgãos e estruturas apresentam um tipo de funcionamento involuntário

O termo autônomo pode dar a impressão de que esta parte do Sistema Nervoso funciona de modo completamente independente, o que não é verdade. As funções do Sistema Nervoso Autônomo sofrem constantemente a influência da atividade consciente do Sistema Nervoso Central.

O conceito de Sistema Nervoso Autônomo é principalmente funcional. Anatomicamente, ele é formado por aglomerados de células nervosas localizadas no Sistema Nervoso Central, por fibras que saem do Sistema Nervoso Central através de nervos cranianos e espinhais e pelos gânglios nervosos situados no caminho dessas fibras.

O Sistema Autônomo é uma rede de dois neurônios. O primeiro neurônio da cadeia autônoma está localizado no Sistema Nervoso Central.

Seu axônio entra em conexão sináptica com o segundo neurônio da cadeia, localizado num gânglio do Sistema Autônomo ou no interior de um órgão.

As fibras nervosas (axônios) que ligam o primeiro neurônio ao segundo são chamadas pré-ganglionares, e as que partem do segundo neurônio para os efetores são as pós-ganglionares.

O Sistema Nervoso Autônomo divide-se em:

  • SNP autônomo simpático: garante respostas adequadas às situações de emergência ou estresse que requerem respostas rápidas e intensas, como brincar ou fazer exercício. O sistema simpático é o sistema de alerta e de maior gasto de energia. 
  • SNP autônomo parassimpático: normaliza o funcionamento dos órgãos internos quando cessa uma situação de perigo. Portanto, esse sistema dirige as atividades dos órgãos nas situações de rotina

Os sistemas simpático e parassimpático coordenam ações antagônicas no controle das funções do organismo.

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O SNP Autônomo Simpático

No Sistema Nervoso Autônomo Simpático, os nervos partem da medula espinhal e formam-se gânglios nervosos paralelos à medula, distante dos órgãos inervados por eles.

Os núcleos nervosos - grupos de células nervosas - do Sistema Simpático localizam-se nas porções torácica e lombar da medula espinhal. Axônios desses neurônios saem pelas raízes anteriores dos nervos da medula espinhal dessas regiões. 

Os nervos da divisão simpática geralmente liberam uma substância - a noradrenalina - que promove reações associadas a um estado de alerta: aceleração dos batimentos cardíacos e aumento do ritmo e frequência respiratória, inibição do funcionamento do sistema digestório, liberação de glicose para o sangue pelo fígado, dilatação das pupilas, entre outras. 

A relação entre SNP Autônomo Simpático e Parassimpático

A maioria dos órgãos inervados pelo Sistema Nervoso Autônomo recebe fibras do Simpático e do Parassimpático.

Em geral, nos órgãos em que o Simpático é estimulador, o Parassimpático tem ação inibidora, e vice-versa. Por exemplo: a estimulação do Simpático acelera o ritmo cardíaco, ao passo que a estimulação das fibras parassimpáticas diminui esse ritmo.

Em alguns casos, os sistemas Simpático e Parassimpático são relacionados a situações extremas de antagonismo. Entretanto, não é correto associar a ação dessas duas divisões do SNP Autônomo apenas com situações de alerta e relaxamento.

Essas situações são extremas e não correspondem ao funcionamento regular do nosso organismo. Alguns órgãos, como o coração e o ritmo cardíaco, podem receber estímulo simpático e parassimpático ao mesmo tempo, produzindo uma resposta intermediária. 

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Qual parte do sistema nervoso capaz de estimular as atividades do nosso corpo?

Sistema nervoso central O sistema nervoso central é constituído pelo encéfalo e pela medula espinhal. O sistema nervoso central é a parte do sistema nervoso que garante a recepção e a interpretação dos estímulos, podendo ser considerado o centro de processamento de informações do nosso corpo.

Qual é a parte do sistema nervoso capaz de estimular as atividades do nosso corpo e qual parte tem função de desacelerar as atividades do nosso corpo?

Medula espinhal A medula é considerada o centro dos chamados arcos reflexos, ou seja, o caminho dos impulsos que provocam as ações involuntárias no corpo humano.

Qual a parte estimulada do sistema nervoso?

Juntamente com os hormônios, esses sistemas agirão para regular uma série de fenômenos em nosso corpo. Um exemplo disso é o ritmo cardíaco: o coração é estimulado pelo SNA simpático e inibido pelo parassimpático.

Quem estimula o sistema nervoso?

Tronco Encefálico Além disso, produz os estímulos nervosos que controlam as atividades vitais como os movimentos respiratórios, os batimentos cardíacos e os reflexos, como a tosse, o espirro e a deglutição.