No século XI, com o renascimento urbano ocorrido na Europa medieval, as atividades comercias começaram a criar ênfase e no século XII foram realizadas as feiras que ajudaram para interligar o continente europeu dos continentes asiático e africano. Show Assim, no século XIV, as cidades italianas de Gênova e Veneza controlavam as rotas comercias do Mar Mediterrâneo. As mercadorias mais lucrativas naquela época eram as especiarias vindas do Oriente, e os comerciantes compravam da Índia e vendiam na Europa por preços altos. Por isso, alguns países europeus começaram a procurar outros jeitos de chegar á Índia e possuir as especiarias. Portanto, este foi o início das Grandes Navegações. Portugal foi o pioneiro nas navegações intercontinentais. A localização geográfica era privilegiada e favoreceu o Estado no comércio marítimo. Além disso, no século XIV, Portugal havia se tornado o primeiro Estado Nacional europeu, e uma política unificada incentivou no investimento do expansionismo marítimo e comercial. O Humanismo e o Renascimento permitiram que navegadores explorassem o Atlântico, estes movimentos quebraram os dogmas e superstições que existiam naquela época, como a presença de monstros marinhos nos fundos dos oceanos e a ideia de que a Terra era plana. Nesse período, também, a bússola, o astrolábio e a caravela foram aprimorados. Assim, a Cartografia teve um crescimento significativo. Já no começo de sua atividade marítima, Portugal, em 1415, conquistou a cidade de Ceuta, localizada no litoral de Marrocos, norte da África. Ceuta foi um importante centro de comércio para Portugal e foi considerado o início dos descobrimentos portugueses. Além da cidade de Marrocos, os portugueses conquistaram também diversas ilhas também no norte da África, como a ilha da Madeira e São Tomé e Príncipe. Porém, não foi as tropas de Bartolomeu Dias que chegaram lá, mas sim as caravelas comandadas por Vasco da Gama. Em 1498, a frota portuguesa finalmente chegou em Calicute, na Índia, e, após alguns acordos comerciais, voltou para Portugal com um carregamento de especiarias e conseguiram atingir o seu maior objetivo. Neste tempo, a Espanha se tornou um Estado Nacional e começou a se interessar pela exploração do oceano Atlântico. Portugal, preocupado com a concorrência, estabeleceu um acordo com a Espanha chamado de Tratado de Toledo, onde a Espanha só poderia explorar as terras ao norte das ilhas da Madeira e Açores, e Portugal, ao sul delas. Neste contexto, a Espanha “descobriu” a América viajando no sentido oeste com o objetivo de chegar as Índias. Portugal, quando soube do ocorrido, queria também obter parte dessas terras “descobertas” e propôs ao papado uma reformulação do tratado. Então, em 1493, foi estabelecida a Bula Inter Coetera, onde um uma linha meridional seria traçada a 100 léguas (aproximadamente 420 km) de Cabo Verde, e as terras a leste desta linha pertenceriam a Portugal, e a oeste, a Espanha. Porém, essa divisão não favorecia a Portugal, pois este não teria posse das terras americanas, então, foi feito outro tratado, o Tratado das Tordesilhas, que, de vez ser traçada uma linha a 100 léguas, seria a 370 léguas (1554 km) de Cabo Verde. O Tratado das Tordesilhas, porém, foi muito contestado por outros países europeus, já que estes estavam interessados no expansionismo marítimo e o mundo estaria sendo dividido apenas entre Espanha e Portugal. O português Pedro Álvares Cabral, comandava uma expedição que tinha como destino as Índias, porém, como poucos sabem, ele queria conhecer as novas terras pertencentes a Portugal, e ao invés como todos dizem ter sido um “acidente”, em abril de 1500, Cabral navegou pela costa norte do Brasil e finalmente desembarcou na Bahia, e assim, Portugal “descobriu” o Brasil. É mais correto usar o termo “descobrir” entre aspas, pois, como sabemos, havia milhares de índios nas terras brasileiras antes da chegada dos portugueses. Alguns meses depois Cabral voltou para sua rota ás Índia e deixou alguns de seus homens no Brasil para continuar a exploração das novas terras. Outros marcos das navegações portuguesas foi a chegada na China, em 1513, e ao Japão, em 1543. E assim, termina o período de navegações portuguesas, suas descobertas e colonizações. Referências: Feito por Sabrina Spadoni Oliveira Quem controlava o comércio no Mar Mediterrâneo?Portugal se destacou antes dos demais países por já ter um porto, na cidade de Lisboa, que ligava o comércio entre o Mar Mediterrâneo e o norte europeu.
Quem dominava as rotas comerciais antes das grandes navegações?Durante a Idade Média comerciantes muçulmanos dominaram as rotas marítimas de especiarias no oceano Índico, dominando áreas chave e enviando as especiarias da Índia para ocidente, através do Golfo Pérsico e do mar Vermelho, a partir de onde seguiam por terra para a Europa com enormes custos.
Quem controlava o comércio de especiarias?No século XV, o controlo do comércio das especiarias estava nas mãos dos muçulmanos, nomeadamente da poderosa dinastia Mameluca, com califado sediado no Cairo, que se expandia por vastos territórios, chegando a dominar parte da Arábia e todo o mar Vermelho.
Quais navegadores e comerciantes controlavam a Rota das Especiarias pelo Mar Mediterrâneo?Com o fim das Cruzadas, criou-se a Rota das Especiarias, que cruzava o Oriente Médio e chegava à Europa a partir dos comerciantes venezianos. Os árabes detinham o monopólio dessa rota e Veneza se tornou o centro do comércio europeu.
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