Três aspectos importantes na comunicação com o surdo

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DESCRIÇÃO:

A inclusão de surdos tem sido um tema recorrente nas discussões a respeito das barreiras comunicacionais presentes na sociedade. Essa dificuldade decorre da falta de conhecimento dos ouvintes em relação aos surdos enquanto minoria linguística, visto que a língua majoritária do Brasil é a Língua Portuguesa.  

Desse modo, esse estudo tem o objetivo principal de analisar as dificuldades existentes em relação à comunicação dos sujeitos surdos com os ouvintes na sociedade contemporânea, e de apresentar brevemente os aspectos sobre a história da trajetória dos surdos, as abordagens educacionais que foram criadas ao longo do tempo, a Língua Brasileira de Sinais como Língua dos sujeitos, algumas leis que regem direitos para os surdos e, também, as principais dificuldades vivenciadas pelos surdos em diferentes esferas sociais.  

Essa pesquisa possui caráter qualitativo e, em relação ao objetivo proposto, é exploratória. O procedimento técnico adotado neste trabalho foi do tipo bibliográfico, por meio da utilização de livros, artigos científicos e teses relacionados à área da surdez e sobre a Língua Brasileira de Sinais.  

Para a coleta de dados, foi realizada uma entrevista semiestruturada em Libras com um sujeito surdo usuário da Língua Brasileira de Sinais, e depois foi traduzida para a Língua Portuguesa. Espera-se que as informações aqui contidas por meio das pesquisas realizadas proporcionem ao leitor conhecimento sobre o sujeito surdo, sobre a surdez e sobre a Língua Brasileira de Sinais, de forma que ajudem com o aumento da inclusão desses sujeitos na sociedade e, também, possibilitem grande melhora dos problemas advindos da interação linguística entre sujeitos surdos e ouvintes.

ANO:

2017

FORMATO:

PDF

AUTORAS:

Rafaella de Oliveira Canquerino Ribeiro
Priscila Soares Vidal

FONTE:

Memorial TCC Caderno de Graduação – FAE Centro Universitário

Introdu��o

    Este trabalho trata do comportamento social a cerca da Linguagem Brasileira de Sinais e debate sobre a import�ncia da aquisi��o de Libras como uma segunda l�ngua ou, talvez, como uma l�ngua paralela a l�ngua portuguesa. �Como a sociedade percebe a Linguagem de sinais?� Eis uma indaga��o que todos deveriam se fazer.

    A comunica��o � a forma como as pessoas se relacionam entre si, consiste numa atividade essencial para a vida em sociedade, pois, � desta forma que nos expressamos, emocionamos, transmitimos e recebemos informa��es. Atualmente, se fala muito de inclus�o social, entretanto h�, ainda, certa confus�o no que diz respeito ao significado deste termo, bem como � acessibilidade na comunica��o e integra��o.

    Ao compreender a linguagem de sinais, a pessoa n�o surda d� acesso � pessoa surda e ao mesmo tempo o integra na sociedade. Neste sentido, faz se necess�rio levantar um debate social a cerca da import�ncia da aquisi��o da linguagem de sinais, pois al�m de facilitar a comunica��o entre surdos e n�o surdos promove o respeito pelo ser humano e a inclus�o social.

    Neste sentido, este trabalho traz um debate relacionado �s rela��es sociais de comunica��o entre surdos e n�o surdos, propondo como problem�tica �Como se d� as rela��es sociais de comunica��o entre surdos e n�o surdos?�. Ent�o, tra�a-se como objetivo geral de pesquisa �Analisar o contexto das rela��es sociais de comunica��o entre surdos e n�o surdos�, sendo que, e especificando o objetivo geral, as particularidades deste debate trazem abordagens como: - Definir os conceitos de Ouvir e Escutar; - Analisar os conceitos de Rela��es Sociais e de Comunica��o; - Analisar as possibilidades de comunica��o entre surdos e n�o surdos; - Verificar bibliograficamente as particularidades de comunica��o de surdos e n�o surdos; - Analisar o estranhamento das l�nguas e da comunica��o.

A comunica��o dos surdos

    Segundo Quadros (2006), a linguagem � um sistema de comunica��o natural ou artificial, humano ou n�o, assim, linguagem pode ser compreendida como qualquer forma utilizada com algum tipo de inten��o comunicativa incluindo a pr�pria l�ngua.

    A comunica��o �, sem duvida, o eixo da vida do individuo, em todas as suas manifesta��es como ser social. � oportuno, pois, reconhecer a necessidade de novos estudos que sirvam de suporte a m�todos educacionais e ofere�am � comunidade surda melhores condi��es e de exercerem seus direitos e deveres de cidadania. (Fernandes, 2000, p.49).

    Deste modo, a fim de que os surdos pudessem se comunicar melhor com o mundo, com o passar dos tempos foram desenvolvidos alguns meios para facilitar a comunica��o, como os aparelhos auditivos, t�cnica de leitura labial, oralismo, biling�ismo, comunica��o total e o m�todo da l�ngua de sinais.

L�ngua Brasileira de Sinais - Libras

    Libras � a sigla da L�ngua Brasileira de Sinais, usada pelos sujeitos surdos e comunidades envolvidas, como pais, int�rpretes, � a l�ngua dos surdos fundamentada pela Lei Federal n�. 10.436, de 24 de abril de 2002 e regulamentada pelo decreto 5.626, de 22 de dezembro de 2005.

    As l�nguas de sinais apresentam-se de forma diferente das l�nguas orais-auditivas. S�o l�nguas espa�os-visuais, ou seja, sua realiza��o n�o � estabelecida atrav�s do canal oral-auditivo, mas por meio da vis�o e da utiliza��o do espa�o, articulada atrav�s das m�os, das express�es faciais e do corpo. As L�nguas de sinais, ao contr�rio do imagin�rio de muitos, n�o s�o simplesmente m�micas e gestos soltos que os surdos utilizam para se comunicarem. S�o l�nguas com estruturas gramaticais pr�prias, assim como as demais l�nguas. (Quadros, 1997).

    A aquisi��o da LIBRAS desde a mais tenra idade possibilita �s crian�as surdas maior rapidez e naturalidade na exposi��o de seus sentimentos, desejos e necessidades. Possibilita a estrutura��o do pensamento e da cogni��o e ainda uma intera��o social, ativando conseq�entemente o desenvolvimento da linguagem. (Brasil, 2006, p. 28).

Comunica��o Total

    Nos anos 80, professores de surdos iniciaram os estudo e aplica��o da Comunica��o total, onde � necess�rio falar e sinalizar ao mesmo tempo. A comunica��o total � uma filosofia que defende a utiliza��o de toda e qualquer forma de comunica��o com a crian�a surda, incluindo a fala, leitura orofacial, treinamento auditivo, a m�mica, a leitura, a escrita e os sinais. Sendo estes, considerados como facilitadores de comunica��o com as pessoas surdas, privilegiando a comunica��o e intera��o das l�nguas, tanto orais quanto sinalizadas. (Martins, 2012).

Oralismo

    O oralismo trata-se de um m�todo de ensino da l�ngua materna atrav�s da imposi��o da oraliza��o nos processos de aprendizagem dos surdos, onde se defende que a maneira mais eficaz de ensinar o surdo � atrav�s da l�ngua oral ou falada. Segundo Goldfield (1997) o oralismo, tamb�m chamado de filosofia oralista, visa na integra��o da crian�a com surdez na comunidade de ouvintes, dando-lhe condi��es de desenvolver a l�ngua oral, no caso do Brasil, o portugu�s. Na vis�o de Go�s (1999, p.40):

    O oralismo, nas suas diversas configura��es, passou a ser� amplamente criticado pelo fracasso em oferecer condi��es efetivas para a educa��o e o desenvolvimento da pessoa surda. Entre as muitas cr�ticas, aponta-se o fato de que, embora pretenda propiciar a aquisi��o da linguagem oral como forma de integra��o, esse trabalho educacional acentua, ao inv�s de eliminar a desigualdade entre surdos e ouvintes quanto �s oportunidades de desenvolvimento. Dificulta ganhos nas esferas ling��stica e cognitiva por exigir do surdo a incorpora��o da linguagem exclusivamente numa modalidade � qual este n�o pode ter acesso natural. E, na tentativa de impor o meio oral, interditando formas de comunica��o visual-gestual, reduz as possibilidades de trocas sociais, somando, assim, obst�culos � integra��o pretendida.

    Existem muitos casos de sucesso entre surdos que foram submetidos � oraliza��o. Por�m, para Pfeifer (2003) a oraliza��o n�o funciona na mesma medida em que � bem-sucedida, ou seja, h� um fracasso para cada sucesso.

Biling�ismo

    O Biling�ismo � caracterizado pelo aprendizado de duas l�nguas, � a aquisi��o da l�ngua de sinais, que � considerada a l�ngua natural dos surdos, como l�ngua materna e como uma segunda l�ngua, a l�ngua oral utilizada em seu pa�s.

    De acordo com Quadros (1997), o Biling�ismo � uma proposta de ensino onde as escolas se prop�em a tornar acess�vel � crian�a as duas l�nguas no contexto escolar. Estudos apontam para essa proposta como sendo a mais adequada para o ensino das crian�as surdas, uma vez que, considera a l�ngua de sinais como sendo natural e parte desse pressuposto para a instru��o da l�ngua escrita.

    As propostas educacionais do Biling�ismo come�aram a se estruturar a partir do Decreto 5.626/05 que regulamentou a lei de Libras. Este Decreto prev� a organiza��o de turmas bil�ng�es, compostas de alunos surdos e ouvintes, onde as duas l�nguas, Libras e L�ngua Portuguesa s�o utilizadas no mesmo espa�o educacional, onde alunos surdos t�m como primeira l�ngua a Libras e a segunda a L�ngua Portuguesa na modalidade escrita.

    A proposta bil�ng�e traz uma grande contribui��o para o desenvolvimento da crian�a surda ao reconhecer a LIBRAS como uma l�ngua, com todo o potencial expressivo de uma l�ngua oral e como instrumento de fortalecimento de estruturas ling��sticas. O biling�ismo favorece o desenvolvimento cognitivo, alarga horizonte e amplia o pensamento criativo da crian�a surda. Ao abordar a quest�o da �cultura surda�, a proposta bil�ng�e chama aten��o para o aspecto da identifica��o da crian�a com seus pares, que lhe possibilita e permite construir a compreens�o da sua �diferen�a�, e, assim, de sua pr�pria identidade. (Brasil, 2006, p.7).

    Assim sendo, independente de serem oralizadas ou sinalizadas, o ideal � fazer escolhas que permitam a pessoa surda ser natural em sua comunica��o. Assim, o que importa realmente � oferecer uma educa��o que possibilite o desenvolvimento integral do individuo, a fim de que, desenvolva todas as suas potencialidades.

Rela��es sociais

    Os seres humanos n�o conseguem viver de maneira isolada, s�o seres dependentes das rela��es humanas. Para a Sociologia, a comunica��o tem como papel a transmiss�o de significados, objetivando a integra��o das pessoas na sociedade, ou seja, objetivando as rela��es sociais.

    O ser humano tem a necessidade constante de relacionar-se com o mundo, e para isso, utiliza a comunica��o como mediadora das rela��es sociais, pois ela possibilita o entendimento e a participa��o de todos os indiv�duos, por meio de c�digos de linguagem. Na vis�o de Cohn (1997, p.30)

    A rela��o social diz respeito � conduta de m�ltiplos agentes que se orientam reciprocamente em conformidade com um conte�do espec�fico do pr�prio sentido das suas a��es. Na a��o social, a conduta do agente est� orientada significativamente pela conduta de outro ou outros, ao passo que na rela��o social a conduta de cada qual entre m�ltiplos agentes envolvidos (que tanto podem ser apenas dois e em presen�a direta quanto um grande n�mero e sem contato direto entre si no momento da a��o) orienta-se por um conte�do de sentido reciprocamente compartilhado.

    Surdos e ouvintes s�o atores sociais que est�o, constantemente, interagindo uns com os outros em contextos culturais e sociais. � atrav�s das rela��es sociais que as pessoas tomam conhecimento das regras de conduta necess�rias para viver em sociedade. Na intera��o social, percebemos outras pessoas e situa��es sociais e, baseando-nos nelas, elaboramos id�ias sobre o que � esperado e os valores e cren�as e atitudes que a ela se aplicam (Johnson, 1997, p. 131).

    Assim, as rela��es sociais entre surdos e ouvintes poder�o gerar dificuldades de entendimento, uma vez que ambos s�o usu�rios de diferentes l�nguas, e tamb�m por que fazem �leituras diferentes do mundo: os surdos fazem uma leitura visual, ao passo que os ouvintes guiam-se muito mais pela audi��o. Contudo o respeito deve se fazer presente em todas as rela��es, tanto entre os sujeitos surdos quanto entre os sujeitos ouvintes.

A surdez como identidade �tnico-ling��stica

    Segundo Figueiredo (2009), as rela��es que existem em fam�lia de pessoas surdas diferem substancialmente de uma sociedade ouvinte sendo esta uma das evidencias que faz com que a comunidade surda se constitua quase como se fosse um grupo �tnico. � o fator cultural, e n�o o familiar consang��neo, que forma uma rela��o social surda aut�ntica.

    Esta � uma quest�o interessante: O grupo das pessoas surdas poderia ser considerado como um grupo �tnico?�. A etnia � definida, geralmente, atrav�s de duas dimens�es principais: ra�a e l�ngua. No caso das pessoas surdas, a l�ngua � uma importante categoria definidora. �As pessoas surdas s�o vistas como um grupo f�sico diferente, isto �, como se fosse uma ra�a diferente, ou seja, elas se tornam racializadas atrav�s da l�ngua � de sinais � diferente que utilizam. A defini��o da identidade �tnica � dependente de um processo em que entra em conflito a forma como um grupo dominante define a etnia e a forma como um grupo �tnico se define a si pr�prio. (S�, 2006, p.4).

    Por muito tempo n�o se concebia ao surdo o seu desenvolvimento social, emocional, intelectual, ling��stico e laboral sem a aquisi��o da fala e da audi��o. Imposto de maneira r�gida pelos princ�pios de medicaliza��o, reabilita��o, o falar e o ouvir marcaram a identidade dos surdos de uma maneira negativa, pois num grupo de pessoas ouvintes os surdos n�o eram envolvidos de forma plena, principalmente nos epis�dios de conv�vio ling��sticos. Ao passo que, num n�cleo com surdo, a degrada��o da l�ngua de sinais gerou a falta de imers�o da mesma, o que n�o permitia a identifica��o e conv�vio entre seus pares. (Iesde, 2010)

    Nesse contexto o sujeito surdo n�o tinha uma coloca��o: nem no meio ouvinte nem no meio surdo. Foi por meio de congressos, palestras, pesquisas e movimentos direcionados a causa da surdez que os surdos foram impulsionados a se apresentarem na sociedade simplesmente como surdos, sem que, para existir essa coloca��o, precisassem falar e ouvir como os ouvintes, surgindo, assim, a identidade surda.

    Foram mais de cem anos de pr�ticas enceguecidas pela tentativa de corre��o, normaliza��o e pela viol�ncia institucional, que negavam a exist�ncia da comunidade surda, da l�ngua de sinais, das identidades surdas e das experi�ncias visuais, que determinam o conjunto de diferen�as dos surdos em rela��o a qualquer outro grupo de sujeitos. (Skliar, 2001, p.1)

    Ainda sob a �tica de Skliar (1998), o surdo � um ser socioling��stico diferente, que pertence a uma comunidade ling��stica minorit�ria, caracterizada por compartilhar o uso da L�ngua de Sinais e de valores culturais, h�bitos e modos de socializa��o.

    Assim, Santiago et al (2013) ressalta que a participa��o social do surdo come�a na fam�lia e passa, necessariamente, pela garantia de conv�vio num espa�o onde n�o haja repress�o de sua condi��o de surdo, onde possa se expressar da maneira que mais lhe satisfa�a, conservando situa��es prazerosas de comunica��o e conv�vio social, pressupondo o respeito e o conhecimento de sua singularidade refletida no direito de comunica��o, por meio da l�ngua de sinais.

    Segundo Figueiredo (2009), dentro da sociedade de ouvintes, os surdos constru�ram uma comunidade pr�pria, com sua cultura, sua l�ngua e tentam se estabelecer como uma etnia, ou seja, um grupo minorit�rio para, dessa forma, serem aceitos numa vis�o multicultural, ou seja, um lugar de direitos coletivos para a determina��o pr�pria do grupo.

    Neste sentido, o que define a comunidade surda como minoria, ou mesmo como uma etnia, � a l�ngua, no entanto n�o s� a l�ngua, mas, a qualidade de interagir visualmente no mundo, desenvolvendo quest�es identit�rias e uma cultura diferente indissoci�vel da sua l�ngua.

Considera��es finais

    Como trata o dito popular �o pior cego � aquele que n�o quer ver e o pior surdo � aquele que n�o quer escutar� consideramos que, as rela��es sociais entre surdos e n�o-surdos travam-se num debate da n�o percep��o do outro. Ou seja, a ignor�ncia sobre a l�ngua dos sinais e da express�o corporal do outro faz com que os sujeitos n�o-surdos deixem de perceber a comunica��o que est� ao seu lado, a sua frente, ao seu cotidiano.

    Somos sujeitos expressivos, alguns at� demais, mas n�o entendemos e muitas vezes n�o sabemos nos comunicar gestualmente. Parece estranho, por�m � uma realidade. Desde pequenos brincamos nos expressando, muitas vezes sem som, sem orat�ria, nos comunicamos em lugares p�blicos por gestos, nos divertimos, jogamos e trabalhamos nos comunicando pela express�o corporal, pelo olhar, pelas m�os, pela linguagem que o corpo nos oferece.

    Parece estranho, mas quando nos deparamos com um surdo n�o sabemos o que fazer. Seria o simples fato de n�o entender a L�ngua Brasileira dos Sinais? Ou ter�amos certo comodismo em rela��o a leitura das express�es corporais? Seria um descaso com o outro? Perguntas que dever�amos nos fazer antes de come�ar um curso de Libras.

    A falta de pol�ticas p�blicas pela segunda l�ngua, ou talvez, poder�amos dizer uma l�ngua paralela, faz com que a sociedade ignore a import�ncia de se comunicar em sua mais diversa possibilidade. Vemos a crescente interfer�ncia das tecnologias, em especial, as altas tecnologias nas comunica��es, mas tamb�m percebemos que apesar da facilidade de se comunicar, h� uma crescente dificuldade de entender o outro. Assim se faz na comunica��o por sinais, atrav�s da Libras, na qual muitos n�o entendem a import�ncia da percep��o e do respeito para as particularidades do outro. N�o basta s� comunicar, � preciso perceber a interpreta��o e compreens�o do outro.

    Se os escolares desde quando fossem alfabetizados, fossem letrados em Libras ter�amos uma contribui��o social a ponto de melhorar o entendimento entre as pessoas. Sendo que, a forma��o em Libras traz um profundo entendimento da comunica��o, da leitura de mundo do outro, da percep��o da express�o corporal e sentimental do comunicador e um olhar diferenciado de quem � comunicado. Parece que, a Libras traz um envolvimento humano maior do que a alfabetiza��o; fazendo com que o aprendiz se envolva emocionalmente pelas informa��es prestadas pelo comunicador. H�, atrav�s da Libras, um dom�nio e uma n�o nega��o pelo olhar sobre o outro.

Bibliografia

  • Cohn, G. (1997). Weber: sociologia. S�o Paulo: �tica.

  • Fernandes, E. (2000). L�ngua de sinais e desenvolvimento cognitivo da crian�a surda. Espa�o. Rio de Janeiro: INES.

  • Figueiredo, M. M. O. (2009). Auto isolamento ou exclus�o? As diferentes vis�es sobre os surdos. Recife/PE: FSH.

  • Go�s, M. C. (1999). Linguagem, surdez e educa��o. Campinas: Autores Associados.

  • Goldfield, M. (1997). A crian�a surda: Linguagem e cogni��o numa perspectiva sociointeracionista. S�o Paulo: Plexus.

  • Iesde Brasil (2010). O surdo e suas rela��es sociais: identidade surda. Curitiba/PR: IESDE Intelig�ncia Educacional.

  • Johnson, A. (1997). Dicion�rio de Sociologia: guia pr�tico da linguagem sociol�gica. Rio de Janeiro: Zahar.

  • Martins, S. A. A. (2012). As dificuldades de comunica��o entre surdos e ouvintes. Propostas de solu��es. Disserta��o de Mestrado. Almeida Garrett.

  • Pfeifer, P. V. (2003). Pensando a integra��o social dos sujeitos surdos: uma an�lise sobre a escolha da modalidade ling��stica - L�ngua de sinal ou L�ngua oral � pela fam�lia. Santa Maria /RS.

  • Quadros, R. M.; Schmiedt, M. L. P. (2006). Id�ias para ensinar portugu�s para alunos surdos. Bras�lia: MEC, SEESP.

  • Quadros, R. M. (1997). Educa��o de surdos: a aquisi��o da linguagem. Porto Alegre/ RS: Artes M�dicas.

  • S�, L. L. de. (2006). Cultura poder e educa��o de surdos. S�o Paulo: Paulinas.

  • Santiago, V. A. A; Andrade, C. E. (2013). Surdez e sociedade: quest�es sobre conforto ling��stico e participa��o social. Libras em Estudo: Pol�tica Ling��stica, FENEIS/SP.

  • Skliar, C. (1998). A surdez: um olhar sobre as diferen�as. Porto alegre: Editora Media��o.

  • Skliar, C. (2001). Educa��o e Exclus�o: abordagens s�cio-antropol�gicas em educa��o especial. Porto Alegre: Media��o.

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Três aspectos importantes na comunicação com o surdo

EFDeportes.com, Revista Digital � A�o 20 � N� 211 | Buenos Aires,Diciembre de 2015
Lecturas: Educaci�n F�sica y Deportes - ISSN 1514-3465 - © 1997-2015 Derechos reservados

Quais são os três aspectos mais importantes na comunicação com surdos?

Fale de frente. É bastante comum pessoas surdas utilizarem leitura labial para se comunicarem, dessa forma é muito importante falar de frente com a pessoa e moderadamente devagar. ... .
Seja expressivo. ... .
Não altere o tom de voz. ... .
Tente a comunicação escrita. ... .
Demonstre interesse e tenha paciência..

Quais as formas de comunicação com o surdo?

As pessoas que apresentam essa deficiência geralmente se comunicam através de gestos, numa linguagem própria, feita através de sinais. Essa linguagem recebe a nomenclatura de Língua Brasileira de Sinais, mais conhecida como LIBRAS.

Quais as 03 principais metodologias utilizadas para ensinar o aluno surdo explique cada uma delas?

O oralismo, a comunicação total e o bilinguismo sem dúvidas são as principais abordagens educacionais no ensino do surdo utilizado em grande parte do mundo. Com características próprias quanto à concepção do sujeito surdo, a surdez, a língua de sinais, a cultura, entre outros.

Quais são os 4 tipos de comunicação usadas para educar surdos através da história?

No decorrer dos tempos, várias metodologias foram introduzidas no ensino dos alunos surdos no Brasil, entre as quais está o Oralismo, a Comunicação Total, o Bilinguismo e a Pedagogia Surda.