O positivismo é uma teoria de desenvolvimento social que afeta o campo das ciências, pois aposta nelas como fator de desenvolvimento social, e o campo da política, pois desenvolve uma teoria que promove uma espécie de doutrina para a promoção do progresso civil. Show Essa teoria foi elaborada pelo filósofo Auguste Comte (1798-1857), que, influenciado pelo iluminismo francês, elaborou uma teoria política, social e científica que apostou em uma marcha progressiva constante da sociedade. Segundo o seu pensamento, a humanidade teria passado por dois estágios de desenvolvimento e, no século XIX, teria entrado no terceiro e mais aprimorado estágio, o positivo. Para Comte, a Europa estaria vivendo uma nova configuração, demasiadamente complexa, por conta das duas grandes revoluções ocorridas: a Revolução Francesa e a Revolução Industrial. No Brasil, pudemos ver reflexos dessa teoria política com o fim da monarquia e a Primeira República, comandada pelo marechal Manuel Deodoro da Fonseca, militar fortemente inspirado pelo positivismo. História do positivismo e a Sociologia do Século XIXA Revolução Francesa pôs fim ao chamado “Antigo Regime”, ou seja, acabou com a monarquia no território francês. Esse fato desencadeou um período de instabilidade política que durou cerca de trinta anos. A Inglaterra acumulava cada vez mais fábricas, inaugurando a primeira fase da Revolução Industrial, que no século XVIII utilizava, principalmente, o motor a vapor como forma de energia produtiva. O efeito colateral negativo dessa primeira fase da Revolução Industrial foi a explosão demográfica dos centros urbanos, que ocasionou um crescimento desordenado das cidades, acirrando a desigualdade social, a miséria, a fome e as doenças. Como maneira de entender as complexas mudanças sociais, Comte propôs o desenvolvimento de uma nova ciência, a Sociologia. Segundo o filósofo, esse período seria o mais intenso na cadeia evolutiva da humanidade, que utilizaria a Sociologia e a Biologia para compreender os campos fisiológicos e sociais de atuação do ser humano na natureza. O positivismo seria uma saída para resolver o problema deixado pela instabilidade política. Comte era favorável ao fim da monarquia, porém, o caos que sucedeu a Revolução Francesa, para ele, era perigoso e, segundo o filósofo, somente a ordem política e o rigor civil poderiam mudar esse quadro. Por meio de um estudo sistemático da sociedade (Sociologia) e da ordem política e social aliada ao cientificismo (positivismo), haveria avanço para a humanidade. Para fixar uma marcha de desenvolvimento da humanidade que culminaria na sua fase mais evoluída, aquela que era vivida no século XIX, Comte elaborou a Lei dos Três Estados, que foi organizada desta maneira:
Características do positivismo
Acesse também: Conheça mais sobre este outro grande nome da Sociologia. Positivismo no Brasil - “Ordem e Progresso”Em 1889, D. Pedro II sofreu um golpe que culminou em sua deposição. O movimento responsável pelo ato era fortemente influenciado pelo republicanismo e pelo positivismo francês, o que fez com que os primeiros anos da Primeira República forjassem um período de grande notoriedade de símbolos nacionais inspirados pelos elementos positivistas. O marechal Manuel Deodoro da Fonseca (o primeiro presidente brasileiro) e os militares de seu círculo de influências trouxeram para o Brasil uma república inspirada no modelo francês, baseada na liberdade individual, na autonomia moral, na ordem social e no rigor, para o progresso da sociedade. Nesse período, o Brasil viu nascer símbolos, como o Hino à Bandeira e a própria bandeira nacional, com elementos característicos do pensamento positivista. As palavras escritas na faixa central que cobre o círculo azul da Bandeira Nacional, “ordem e progresso”, compõem um lema positivista que coloca a responsabilidade pelo progresso social na ordem e na disciplina individual e social. Leia também: Descubra o período em que o Brasil sofreu grande influência do positivismo.
Resumo
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