Uff rj 2012 visando a uma melhor compreensão

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Visando a uma melhor compreensão da organização do espaço brasileiro, vem ganhando destaque em publicações acadêmicas e didáticas uma proposta de regionalização baseada na existência de três complexos regionais ou regiões geoeconômicas: Centro-Sul, Nordeste e Amazônia. Segundo o geógrafo Roberto Lobato Corrêa, o Centro-Sul seria o coração econômico e político do país, o Nordeste a “região das perdas” (econômica e demográfica) e a Amazônia, ainda em nossos dias, uma vasta fronteira de ocupação.

a) Aponte e comente dois fatores que justifiquem a primazia do Centro-Sul frente às demais regiões, no conjunto da vida nacional.

b) Considerando que o desenvolvimento nunca é espacialmente uniforme, áreas dinâmicas ou estagnadas podem ser encontradas no interior de cada um dos três complexos regionais. Com base nessa evidência, identifique uma área produtiva moderna, localizada na Amazônia, que apresente forte dinamismo econômico, justificando sua identificação.

a) O Centro-Sul concentra em sua extensão territorial, em comparação com as demais regiões:

- A área mais urbanizada do Brasil, situada principalmente em torno das duas grandes metrópoles nacionais (São Paulo e Rio de Janeiro, com suas respectivas áreas metropolitanas), da capital do país (Brasília) e de metrópoles regionais como Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba e Goiânia. Cabe registrar, ainda, a existência de diversas capitais regionais e de um grande número de cidades médias e áreas de expressiva urbanização no sul de Minas Gerais, norte do Paraná e do Rio Grande do Sul, nordeste de Santa Catarina, sul de Goiás e em todo o estado de São Paulo.

- A maior e mais diversificada concentração industrial, especialmente em São Paulo (Região Metropolitana e prolongamentos que se estendem para o oeste do estado, Sorocaba, Baixada Santista e Vale do Paraíba, chegando até à metrópole carioca); a área que tem como centro a metrópole de Belo Horizonte (denominada “Zona Metalúrgica”); o Vale do Itajaí (Santa Catarina); e a área que se estende de Porto Alegre a Caxias do Sul (Rio Grande do Sul).

- A principal área agropecuária do país, caracterizada pela grande diversidade produtiva, nível de modernização e importância em valor e volume da produção.

- A mais densa e integrada rede de circulação, ao concentrar os principais portos do país (Santos, Rio de Janeiro, Vitória, Paranaguá e Rio Grande), a rede rodoferroviária mais expressiva, os aeroportos mais importantes e o uso mais intenso de sistemas de telecomunicações.

- A maior concentração de infraestrutura e capital fixo, ao reunir a malha mais densa de vias de comunicação e a maior quantidade de cidades importantes, hidrelétricas, grandes obras públicas e outras formas espaciais que conferem elevado valor ao território.

- Os principais centros de gestão econômica do país (São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília), onde estão situadas as sedes das grandes corporações (sediadas em cidades menores quando pertencentes ao ramo da agroindústria), empresas estatais e o próprio aparelho de Estado.

- A maior concentração de renda, que reflete a magnitude dos negócios associados aos itens acima e implica, por sua vez, desenvolvimento maior do consumo e das atividades terciárias.

b) Podem ser apontadas as seguintes áreas:

- Complexo minero-metalúrgico do Maranhão, associado ao Programa Grande Carajás

- Áreas modernas de cultivo de grãos em área de cerrado e cerradão na Amazônia Legal

- Zona Franca de Manaus (Justificativa, baseada em breves informações sobre a área).

2. (Uff)  No gráfico, está indicada a razão de dependência total para a população brasileira, no período de 1980 a 2050. Essa razão de dependência é a medida demográfica que expressa, em termos percentuais, o peso da população em idade potencialmente inativa sobre a população em idade potencialmente ativa.

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Considerando que os anos de 2000 e 2050 apresentam situações percentualmente similares, embora demograficamente distintas,

a) diferencie os dois momentos mencionados quanto a seus aspectos demográficos básicos;

b) aponte duas causas para essa diferenciação.

a) Muito embora as colunas dos anos 2000 e 2050 sejam bastante parecidas quanto ao percentual referem-se a dois momentos bastante diferenciados do ponto de vista demográfico. Nos anos 2000 a população potencialmente inativa é, em grande parcela, formada por crianças e jovens menores de 18 anos. O gráfico apresentado mostra a tendência de queda observada no período anterior (1980) do peso da população inativa em relação à população economicamente ativa. Em 2050 a população inativa deve passar a ser composta por pessoas com mais de 65 anos de idade, em sua maioria. Essa tendência pode ser verificada através do gráfico já a partir de 2030, com a tendência de alta do peso da população economicamente inativa sobre a ativa.

b) Podemos apontar como causas:

- a redução contínua e expressiva da taxa de fecundidade, ou seja, do número de filhos por mulher. Esta redução, por sua vez, é causada pela difusão de um novo modelo familiar de tamanho cada vez mais reduzido em virtude do crescente aumento da população urbana e da maior inserção da mulher no mercado de trabalho;

- o aumento da expectativa de vida que favorece a participação cada vez maior dos idosos no total da população brasileira, com o consequente aumento dessa população no total da população economicamente inativa do país.

3. (Uff)  A placa da foto abaixo faz um alerta aos motoristas que trafegam pela via expressa Linha Amarela no Rio de Janeiro. Nela está escrito: “Atenção/Acesso exclusivo/Comunidade Águia de Ouro”.

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“A criminalidade e o sentimento de medo e insegurança associados a seu aumento irão gerar impactos socioespaciais negativos importantes, os quais servirão de obstáculos para o enfrentamento de vários fatores de injustiça social e má qualidade de vida entre os próprios pobres(...)”.

(Souza, Marcelo Lopes de - Fobópole, p.41, 2008).

Na foto acima, indica-se um dos impactos negativos sugeridos no texto: a segregação socioespacial. Apresente e comente uma consequência desse impacto.

A foto acima sugere um processo de segregação socioespacial. Esse processo se caracteriza pela restrição velada ou explícita à circulação da população pelo tecido urbano, pela criação de obstáculos à vivência por parte dos cidadãos de todas as parcelas da cidade, pela redução cada vez maior no número de espaços públicos, pelo enclausuramento das camadas mais ricas da população bem como a expulsão da população mais pobre para as áreas periféricas ou menos guarnecidas por serviços básicos no espaço urbano.

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No mapa, em termos comparativos, registra-se o comércio entre sete grandes regiões do mundo e no interior de cada uma delas.

a) Apresente duas razões que expliquem a grande magnitude do comércio interno na Europa.

b) Cite duas razões que expliquem a desproporção entre o comércio interno da América do Sul-Central e o comércio mantido por essa região com outras partes do mundo.

a) Podem ser citados os seguintes fatores:

- Amplo mercado consumidor interno com elevado nível de renda per capita em grande parte do continente resultante do processo de integração econômica precoce ocorrido desde 1957, com o Tratado de Roma e a criação do Mercado Comum Europeu, e que foi continuamente ampliada e aprofundada até a consolidação da União Econômica e Monetária na década de 1990 que se estendeu nesse início do século XXI para vários países do Leste Europeu que integraram o bloco socialista sob liderança da antiga União Soviética;

- economias diversificadas e complementares com presença de países industrializados, países com forte peso do setor primário e também terciário (turismo) que favorecem a maior circulação comercial na região;

- proximidade geográfica entre os países e presença de ampla rede de transportes multimodais que facilita o fluxo de pessoas, mercadorias e capitais.

- Economias agroexportadoras ou minero-exportadoras com baixos níveis de industrialização e grande dependência de capitais e tecnologias externos, com algumas exceções setoriais no caso do Brasil e México, que dificultam um maior intercâmbio comercial entre os países;

- Fracasso da criação da Área de Livre Comércio das Américas, proposta pelos EUA, em razão dos diferentes níveis de desenvolvimento econômico e social entre os países do continente e preocupações desses com as dificuldades de competitividade de suas empresas e setores econômicos com os concorrentes norte-americanos.

5. (Uff)  Leia atentamente os textos a seguir:

Revitalização de região portuária do Rio de Janeiro custará R$ 374 milhões

A Prefeitura do Rio de Janeiro lançou no dia 23 de junho o projeto Porto Maravilha, que vai aplicar R$ 374 milhões na revitalização da área portuária da cidade. A cargo da Companhia das Docas do Rio de Janeiro, as obras serão divididas em três frentes principais: infraestrutura, habitação e cultura e entretenimento.

Nos projetos de infraestrutura, estão previstas a revitalização completa da Praça Mauá e do Píer Mauá; a construção de benfeitorias em áreas anexas; a demolição da alça de subida do viaduto da Perimetral; a reurbanização do Morro da Conceição; a construção de uma garagem subterrânea na Praça Mauá, com capacidade para até mil veículos.

Já na frente habitação, a Prefeitura do Rio de Janeiro lançou o programa Novas Alternativas para a criação de 499 novas residências na Região Portuária, financiadas pela Caixa Econômica Federal. As unidades serão disponibilizadas, a partir da revitalização de 24 imóveis degradados na região.

Por fim, o projeto Porto Maravilha também prevê investimentos em cultura e entretenimento com a implantação da Pinacoteca do Rio no edifício D. João VI e do Museu do Amanhã nos armazéns 5 e 6 do cais do Porto. As duas obras serão construídas em parceria com a Fundação Roberto Marinho.

ROCHA, Ana Paula. PINIweb, 23/07/2009. Adaptação.

[http://www.piniweb.com.br/construcao/urbanismo/revitalizacao-de-regiao-portuaria-do-rio-de-janeiro-custara-r-142365-1.asp]

SAÚDE, GAMBOA E SANTO CRISTO

Escrevendo sobre os bairros da Saúde, Gamboa e Santo Cristo (anexos ao porto do Rio de Janeiro), a arquiteta Nina Maria Rhaba destaca a preservação de seu papel periférico em relação à área central da cidade, por abrigar estabelecimentos como depósitos e armazéns, além de população de baixa renda, originalmente ligada ao trabalho no porto. Diz a autora: “Uma das funções mais resistentes desses bairros é a residencial, mantida desde a origem até hoje. A antiga área de pobres tem ainda esse significado, mas são muitos os proprietários de seu chão. E neles um ponto de contato: o amor pelo lugar e o tempo de permanência na casa ou nos bairros. Trata-se de um lugar de pobres, sim, mas que não é centro, zona norte, sul ou subúrbio. É a ‘cidade do interior’, encravada e próxima a tudo que uma metrópole pode oferecer. E é essa localização que, aliada à permanência dos moradores e seu consequente envolvimento comunitário, atribui poder e resistência à função residencial”.

RHABA, N. M., “Cristalização e resistência no centro do Rio de Janeiro”, Revista Rio de Janeiro vol. I no. 1, set./dez. 1985,p. 35-43.

Os dois textos mostram que formas diferentes de ocupação do solo urbano podem coincidir numa mesma área da cidade. Com base nos mesmos:

a) aponte dois agentes responsáveis pela revitalização da área portuária do Rio de Janeiro;

b) identifique e comente uma possível consequência social da revitalização da área portuária do Rio de Janeiro.

a) O poder público é o principal ator envolvido, representado por entidades como a Prefeitura da cidade, como elemento gerenciador, a Companhia Docas do Rio de Janeiro que ficará encarregada das obras e vinculada à Secretaria Especial de Portos, Governo Federal, portanto, e a Caixa Econômica Federal com recursos financeiros. Vale destacar a presença do setor privado através da Fundação Roberto Marinho atuando na área cultural e de entretenimento. A tendência é adotar práticas de urbanismo contemporâneo transformando áreas degradadas em espaços de lazer cultura e consumo.

b) A leitura do segundo texto mostra como provável consequência do processo de revitalização a expulsão da população pobre da área. Mesmo o programa habitacional deve atingir uma população de poder aquisitivo em lugar da população mais pobre. Sem contar com o sentido ideológico de ocupar uma antiga área degradada deslocada pela modernidade como instrumento de sua legitimação.

6. (Uff)  No período de 1946 a 1964, assistimos ao pleno desenvolvimento do pacto populista, que não pode ser identificado apenas como manipulação das massas trabalhadoras. O funcionamento do regime nesse período pressupõe elementos de continuidade do período estado novista e a criação de novos mecanismos de dominação.

a) Identifique dois elementos de continuidade do período de 1946-1964 em relação ao período de Estado Novo, 1937-1945.

b) Indique os três maiores partidos políticos da República brasileira de 1946 até o Golpe civil-militar de 1964, e analise uma característica de cada um dos três partidos.

a) O candidato poderá citar:

- A importância do papel do líder (Presidente da República) no tipo de presidencialismo da Constituição de 1946;

- O protagonismo do Poder Executivo em comparação a outras instâncias políticas;

- O intervencionismo econômico do Estado Brasileiro no projeto de desenvolvimento;

- A política de industrialização através da substituição de importações;

- A manutenção da estrutura agrária concentracionista;

- O controle das massas trabalhadoras via sindicalismo atrelado ao Estado.

b) O candidato deverá destacar que a formação de partidos políticos nacionais após 1946 se constituiu num elemento novo na política brasileira. Deverá também analisar as características dos grandes partidos criados: o PSD, a partir da máquina getulista e das lideranças regionais tradicionais, tendo como principal força os municípios interioranos e as áreas mais conservadoras; o PTB, formado com base na estrutura sindical forjada na era varguista, herdeiro de um projeto nacionalista e a UDN, constituída pela reunião de políticos antigetulistas, com forte cunho anticomunista, contrário à intervenção do Estado na economia e favorável à associação com o capital internacional.

7. (Uff)  A formação das nações americanas do Hemisfério Norte e do Hemisfério Sul se processou a partir de relações históricas distintas e, desse modo, desenhou sociedades cujos valores culturais e sociais assumiram perspectivas políticas variadas e diversas. Entretanto, é possível estabelecer entre elas alguns pontos comuns com relação ao seu processo histórico e às ideias matrizes vindas da Europa.

Levando em conta, a afirmação acima,

a) indique o movimento de ideias que foi comum às duas regiões, tanto ao Norte quanto ao Sul, no que diz respeito aos processos de independência, e explique uma diferença nos seus processos de formação de estados nacionais, tomando como referência a expansão europeia dos séculos XVI e XVII;

b) explique o significado de “destino manifesto”, presente na formação dos Estados Unidos da América a partir de 1776.

a) Os candidatos devem responder Iluminismo ou Luzes ou Ilustração e a seguir explicar as diferenças entre os dois processos de colonização, podendo referir-se às metrópoles às quais os espaços colônias se referem, mostrando as diferenças entre elas e ou as diferenças no processo de ocupação, podendo levar em conta as relações sociais de produção, as formas de organização da propriedade, as regiões onde esses processos se verificaram, a expansão nos territórios coloniais ou, ainda, o desenvolvimento das ideias que levaram aos processos de independência.

Normalmente, consideramos que, no Hemisfério Norte, se desenvolveram colônias de povoamento, com refugiados religiosos, que organizaram a pequena propriedade de produção diversificada e desenvolveram um comércio local, apoiados no trabalho livre. Ao mesmo tempo, no Hemisfério Sul, se desenvolveram colônias de exploração, baseadas no latifúndio monocultor, voltado para a exportação, com trabalho escravo.

b) Os candidatos devem explicar que o destino manifesto foi a doutrina que inspirou o processo expansionista norte-americano realizado através de guerras e de compras de território. O destino manifesto significava que o povo americano era inspirado por Deus para realizar a obra civilizatória na América, ideia esta, de base calvinista que, ao longo do tempo deixou de ser vista do ponto de vista pessoal e passou a ser encarada do ponto de vista coletivo – “o povo americano tem seu destino traçado por Deus” -. Isso justificava a expansão.

Após a independência houve um crescente desenvolvimento econômico do qual resultou um intenso crescimento populacional. A combinação desses dois elementos propiciou o alargamento do território originalmente ocupado, levando a “marcha” que ampliou as fronteiras em várias direções. Os candidatos podem mencionar o exemplo da política de compras aos franceses, a partir do início do século XIX, e aos espanhóis, gerando a incorporação dos territórios da Louisiana e da Flórida. Ou, após a primeira metade do século XIX, o exemplo da anexação do Alasca dominado pelos russos ou, ainda, dar o exemplo da conquista do Oregon aos ingleses, ou do Texas conquistado aos mexicanos.

8. (Uff)  “Os libertários – anarquistas e anarcossindicalistas – concentram sua atuação na vida educativa, feita através da propaganda escrita e oral – jornais, livros, folhetos, revistas, conferências, comícios, além de festas, piqueniques, peças teatrais –, no sentido de disseminar o ideal libertário de emancipação social (...)”

SFERRA, Giuseppina. Anarquismo e Anarcossindicalismo. São Paulo: Ática, 1987, p. 21.

Tomando como referência o fragmento de texto acima:

a) indique duas ideias ligadas ao movimento anarquista na Europa do século XIX;

b) analise a concepção de Estado defendida pelos anarquistas.

a) Várias ideias podem ser associadas aos anarquistas na Europa do século XIX dentre elas a de que a educação deve ser um agente revolucionário e ter como objetivo destruir tudo que oprime e explora o ser humano. Outra ideia central do movimento anarquista é a da primazia do indivíduo sobre a sociedade, da qual decorre a noção de que o indivíduo é único e que possui, por sua natureza, direitos que não podem ser discutidos por nenhuma forma de organização social. O movimento também se posiciona contra o sistema de representação característico das democracias liberais, afirmando a ação direta do indivíduo na sociedade. As ideias anarquistas também contemplam a crítica a todas as formas de preconceitos morais e ideológicos, com isso pretendiam fazer do indivíduo um ser sem condicionamentos mentais, garantindo a sua total liberdade.

Desse modo, podemos sintetizar assim essas ideias: defesa de uma sociedade baseada na liberdade dos indivíduos, solidariedade, coexistência harmoniosa, propriedade coletiva, autodisciplina, responsabilidade (individual e coletiva) e forma de governo baseada na autogestão.

b) Os anarquistas defendem que em lugar de se apoderarem do Estado, os trabalhadores devem lutar pela sua abolição radical e imediata. Da mesma forma, acreditam que deve ser abolido todo o tipo de autoridade política opressora da liberdade humana. Preconizam a autogestão. E também concordam com a organização dos indivíduos.

Essa organização deve levar em conta a ação consciente e voluntária de seus membros, promovendo a total igualdade de modo a limitar as formas tradicionais de domínio político. Os anarquistas defendem desde o século XIX a criação de sociedades mutualistas, cooperativas, associações de trabalhadores (sindicatos e confederações), escolas, colônias e experiências de autogestão.

INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS:

Sferra, Giuseppina. Anarquismo e Anarcossindicalismo. São Paulo, Ática, 1987.

Addor, Carlos. A insurreição anarquista no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, Dois Pontos, 1986.

Anarquismo é uma filosofia política surgida no século XIX que engloba teorias, métodos e ações que objetivam a eliminação total de todas as formas de governo compulsório. De um modo geral, anarquistas são contra qualquer tipo de ordem hierárquica que não seja livremente aceita e, assim, preconizam os tipos de organizações libertárias.

A consolidação dos seus ideais se baseia numa série de debates em torno da forma mais adequada para se alcançar e se manter uma sociedade anárquica. Eles perpassam a necessidade ou não da existência de uma moral anarquista, de uma plataforma organizacional, questões referentes ao determinismo da natureza humana, modelos educacionais e implicações técnicas, científicas, sociais e políticas da sociedade pós-revolução.  

9. (Uff)  O advento da Modernidade trouxe uma nova visão sobre povos e culturas. O encontro com o Novo Mundo americano e o reencontro com as culturas orientais refizeram teorias e produziram preconceitos. Esses preconceitos adquiriram ao longo dos séculos seguintes ao século XVI sentidos políticos e sociais capazes de torná-los parte das políticas de Estado dos países europeus.

Com base nessa afirmação:

a) explique o significado de europocentrismo no período dos séculos XVI e XVII;

b) analise a opção dos europeus pela escravidão dos negros africanos no contexto do mercantilismo.

a) Com o processo de expansão da Europa, o mundo conhecido passou a ser referido segundo as alterações culturais, econômicas, políticas e sociais resultantes do renascimento que produziu várias expressões que até hoje indicam essa referência europeia, como os termos Ocidente e Oriente, marcando definitivamente a ideia de uma civilização ocidental. A consolidação dessa visão veio com as formas de dominação produzidas pelos europeus sobre a América, a África e a Ásia, principalmente pela expressão econômica dessa dominação.

Também no âmbito da arte é possível observar o predomínio das formas europeias na arquitetura. No caso do Brasil, a expressão europeia recebeu a especificidade ibérica que se caracterizou pelo transplante de instituições.

b) A opção pelo negro africano no processo de desenvolvimento da escravidão no âmbito do mercantilismo refere-se à ideia de que o negro africano constituía-se num acréscimo de mais um produto ou mercadoria ao leque de oferta dos mercantilistas. Desse modo, era muito mais rentável para o sistema mercantilista oferecer o negro como mão de obra não só no movimento maior das trocas, mas também no aumento da produção que alimentava o próprio sistema mercantil, ampliando a sua velocidade de circulação. Além disso, já na Europa, principalmente no mundo ibérico, havia experiências no uso do negro africano como mão de obra.

Rodrigues, Antonio E.M. e Falcon, Francisco. A formação do mundo moderno. RJ: Campus, 2006.

A resposta proposta na prova, por si só já explica a conceituação de europocentrismo e a relação do tráfico negreiro com o mercantilismo.

10. (Uff)  A vinda da Família Real para o Brasil decorreu das tensões que se manifestaram na Europa, por conta da oposição entre interesses ingleses e a política de expansão da França praticada por Napoleão Bonaparte.

A partir dessa contextualização:

a) indique dois dos tratados que se referem, no período, às relações entre Inglaterra e Portugal;

b) explique a contradição existente no fato da vinda da Família Real para o Brasil ter, ao mesmo tempo, fomentado um surto manufatureiro e criado condições para seu próprio declínio.

a) Tratados de Aliança e Amizade e de Comércio e Navegação.

b) Apontar que o processo de desenvolvimento manufatureiro da Colônia Brasil, apesar de tímido, chegou a contar, a partir de 1808, com alguma expressão em setores como a construção naval e a produção de cordames, velas e tecidos em geral. Esse desenvolvimento tornou-se viável a partir de Carta Régia de D. João, revogando o Alvará de 1785, que proibia as manufaturas no Brasil, em função das novas e crescentes necessidades decorrentes da instalação da Corte no Rio de Janeiro, que teve sua população consideravelmente aumentada. No entanto, ao mesmo tempo, a Coroa portuguesa havia contraído compromissos políticos com a Inglaterra, que apoiou a vinda da família real para o Brasil. Em função desse apoio, o príncipe regente viu-se na contingência de aceitar os tratados de Aliança e Amizade e de Comércio e Navegação firmados com a Inglaterra, que responderiam pelo caráter efêmero do desenvolvimento manufatureiro do Brasil. Isto porque, pelo primeiro, abriam-se os portos brasileiros às "nações em paz e harmonia", pondo fim ao tradicional mecanismo de exploração da Coroa sobre a Colônia - o exclusivo colonial -, abrindo a possibilidade do comércio direto entre os negociantes brasileiros e os de outras nacionalidades. Além disso, o desenvolvimento das manufaturas também decairia, uma vez que os tratados de Comércio e Navegação de 1810 garantiam para os produtos ingleses - manufaturados, sobretudo - "ad valorem" de 15%, que eram mais baixas do que aquelas cobradas sobre os artigos importados de outros países (24%), inclusive de Portugal (16%), garantindo-se o privilégio mercantil às mercadorias inglesas. Ademais, os manufaturados ingleses eram de melhor qualidade e mais baratos do que aqueles aqui fabricados, haja vista ter sido a Inglaterra a pioneira da Revolução Industrial. Não bastassem esses fatores, as técnicas empregadas nas manufaturas brasileiras eram rudimentares e, por isso mesmo, sem condições de competir com os produtos ingleses.

11. (Uff)  Ligado à União Nacional dos Estudantes, o Centro Popular de Cultura produziu, em 1961, um clássico do teatro brasileiro: "Eles não usam black-tie", escrito e dirigido por Gianfrancesco Guarnieri, recentemente falecido. A peça era uma aguda e sensível análise sobre a vida do operariado brasileiro e era um exemplo de um teatro engajado, preocupado em fazer uma reflexão sobre as dificuldades e mazelas do povo brasileiro.

Com base nessa afirmativa:

a) exemplifique a atuação da UNE na defesa da democracia no Brasil, no período imediatamente posterior ao Golpe de 1964;

b) discuta a relação entre nacionalismo e cultura popular presente nos princípios e nas ações desenvolvidas pelo Centro Popular de Cultura.

a) Destacar o papel da UNE na organização da Passeata dos Cem Mil, contra o regime militar, ocorrida em 21 de junho de 1968. Poderá ainda ressaltar a impotância da UNE na defesa pela restauração da democracia.

b) Nos anos 1960, o Centro Popular de Cultura compartilhava a crença numa ideologia nacionalista. Atores, dramaturgos, diretores, produtores ligados ao Centro Popular de Cultura procuraram politizar e popularizar o teatro brasileiro. A conscientização das classes populares, através da linguagem teatral, era um dos objetivos buscados por dramaturgos como Oduvaldo Vianna Filho e Gianfrancesco Guarnieri. Por conta disso, havia a expectativa de que era possível recuperar as tradições e lutas dos trabalhadores brasileiros, configurando-as como uma identidade nacional, a ser resgatada, preservada e divulgada. Destacar que a "cultura popular", vista como uma das alternativas para a transformação da realidade brasileira, era pensada a partir da arregimentação dos intelectuais e da conscientização dos populares. Em outras palavras, os artistas e intelectuais do Centro Popular de Cultura acreditavam que a cultura popular seria capaz de promover intensas transformações na estrutura econômica e nas relações de poder no país. Por esta razão, o CPC era visto como promotor desta mesma cultura, pensada como nacional.

12. (Uff)  A Revolução Francesa de 1789 foi pródiga em gerar ideias e projetos de reforma social dos mais diversos e radicais. Um deles, por sua projeção futura, merece ser destacado: a Conspiração dos Iguais, cuja crítica à propriedade estava respaldada na crença de que ela era "odiosa em seus princípios e mortífera nos seus efeitos". No entanto, a Conspiração dos Iguais não conseguiu concretizar seu projeto de defesa da abolição da propriedade privada.

Com base nesta afirmativa:

a) mencione o principal líder da Conspiração dos Iguais;

b) discuta a principal reforma napoleônica  em relação à propriedade e suas repercussões na Europa.

b) Fazer menção às principais reformas napoleônicas, destacando o Código Civil de 1804 que garantiu a liberdade individual, a igualdade perante a lei e o direito à propriedade privada. O código civil napoleônico exerceu marcante influência na institucionalização do direito privado nos países europeus, principalmente os que foram palco da expansão napoleônica. O aluno poderá também destacar que o código Napoleônico é a pedra angular do direito liberal, pois foi fonte das diretrizes legais dos países capitalistas. Ele poderá ainda afirmar que o código civil consagrou os interesses burgueses, sendo a expressão jurídica da chamada revolução burguesa.

13. (Uff)  "Nós, Povo da África do Sul, declaramos, para que todos, no nosso país, e no mundo, saibam: Que a África do Sul pertence a todos os que nela vivem, negros e brancos, e que nenhum governo é legítimo se não se basear na vontade do povo. Que o nosso povo foi espoliado do seu direito à terra em que nasceu, da liberdade e da paz por um governo baseado na injustiça e na desigualdade"

            A Carta da Liberdade - Programa do Povo Sul - Africano. Apud. Pereira, Francisco José. "Apartheid: o Horror Branco na África do Sul". São Paulo, Brasiliense. "Coleção Tudo é História", 1985, p. 67.

Aprovada em 25 de junho de 1955, a Carta da Liberdade tornou-se o programa de luta dos sul-africanos contra o "apartheid". Com base nessa afirmativa:

a) exemplifique a política social do regime de "apartheid", em relação aos negros;

b) mencione o mais importante líder da luta contra o "apartheid" e ex-presidente da África do Sul.

a) O regime de "apartheid" foi um sistema que pregou o desenvolvimento, em separado, de cada grupo racial existente na África, privando a população não branca de direitos políticos e civis, constituindo-se, portanto, um racismo consagrado em lei.

O "apartheid" despejou milhares de negros de suas terras, entregando-as aos brancos, o que significou que 87% das terras sul africanas passaram a pertencer aos brancos.O regime impediu ainda que os negros comprassem terras e que se tornassem agricultores auto-suficientes. Apenas um pequeno número de negros podia viver nas cidades, desde que aceitasse realizar serviços essenciais para os brancos. Também era proibido o casamento entre negros e brancos. As Leis do Passe, garantiam o controle sobre a movimentação dos africanos.

O regime consagrou a catalogação racial da criança. Com base nessa catalogação, o negro só podia morar em determinadas áreas. O "apartheid" aprovou uma série de leis que classificou e separou os negros em diversos grupos étnicos e linguísticos, gerando os bantustões - territórios tribais independentes, onde os negros foram confinados.

14. (Uff)  A Filosofia Medieval buscou a síntese entre a razão grega (a filosofia) e a religião cristã (a fé). Por isto, seu tema central foi a relação entre razão e fé. De acordo com Étienne Gilson, historiador da Filosofia Medieval, “Uma dupla condição domina o desenvolvimento da filosofia tomista: a distinção entre razão e fé, e a necessidade de sua concordância. Todo o domínio da filosofia pertence exclusivamente à razão; isso significa que a filosofia deve admitir apenas o que é acessível à luz natural e demonstrável apenas por seus recursos. A teologia baseia-se, ao contrário, na revelação, isto é, afinal de contas, na autoridade de Deus. Os artigos de fé são conhecimentos de origem sobrenatural, contidos em fórmulas cujo sentido não nos é inteiramente penetrável, mas que devemos aceitar como tais, muito embora não possamos compreendê-las. Portanto, um filósofo sempre argumenta procurando na razão os princípios de sua argumentação; um teólogo sempre argumenta buscando seus princípios primeiro na revelação”.

A partir da perspectiva apresentada discorra sobre a Filosofia Medieval.

A Filosofia Medieval esteve intimamente relacionada com o pensamento cristão. Como afirmado no enunciado da questão, a relação existente entre filosofia e religião gerou o problema de como lidar com a oposição entre fé e razão. Ainda que a razão estivesse subordinada à fé, esta era pensada por meio de argumentos filosóficos. Os principais problemas pensados pelos filósofos medievais foram a diferença entre infinito e finito, razão e fé, corpo e alma, poder temporal e espiritual, além do problema dos universais.

15. (Uff)  Descartes tinha plena consciência de seu papel inovador na filosofia e na ciência. No Discurso sobre o método ele diz: “Percebi que era necessário, no curso de minha vida, destruir tudo integralmente e começar de novo, dos fundamentos, se era meu desejo estabelecer nas ciências qualquer coisa de permanente e com chances de durar”. Ele considerava que o coroamento da reconstrução da filosofia seria o mais perfeito e definitivo sistema moral. Mas, até que alcançasse o conhecimento completo de todas as ciências, era preciso contentar-se com o que ele denominou de “moral provisória”, que lhe permitisse ao menos se guiar em suas ações da vida cotidiana. A terceira regra dessa “moral provisória” é:

“procurar sempre antes vencer a mim próprio do que à fortuna [ou destino], e de antes modificar os meus desejos do que a ordem do mundo; e, em geral, a de acostumar-me a crer que nada há que esteja inteiramente em nosso poder, exceto os nossos pensamentos, de sorte que, depois de termos feito o melhor possível no tocante às coisas que nos são exteriores, tudo em que deixamos de nos sair bem é, em relação a nós, absolutamente impossível. E só isso me parecia suficiente para impedir-me, no futuro, de desejar algo que eu não pudesse adquirir, e, assim, para me tornar contente”.

Comente esta concepção e discorra sobre seu significado no mundo contemporâneo.

Tal moral provisória defendida por Descartes se relaciona com a atividade filosófica. A moral provisória funciona como guia das ações no período em que o homem ainda não desenvolveu as verdades indubitáveis por meio da evidência racional. Isso funciona para não deixar o homem preso em uma irresolução excessiva. Sob influência da moral estoica, a terceira regra da moral provisória busca regular os desejos humanos para que a imprevisibilidade da fortuna (ou destino) não produza um contínuo descontentamento no homem. Essa ética da razão, transposta para o mundo contemporâneo, pode servir como guia para diversas ações. Isso se manifesta, por exemplo, na ideia da sustentabilidade. Agir de forma sustentável significa que se busca defender o meio ambiente a partir das possibilidades que existem, ainda que isso não signifique que o ambiente estará totalmente protegido. 

Para não perder as novidades, inscreva-se no Canal e clique no sino: https://www.youtube.com/channel/UC23whF6cXzlap-O76f1uyOw/videos?sub_confirmation=1 #partiuauladoarão 1 . (Unifesp 2011)  Numa quinta-feira, 24 de outubro de 1929, 12.894.650 ações mudaram de mãos, foram vendidas na Bolsa de Nova Iorque. Na terça-feira, 29 de outubro do mesmo ano, o dia mais devastador da história das bolsas de valores, 16.410.030 ações foram negociadas a preços que destruíam os sonhos de rápido enriquecimento de milhares dos seus proprietários. A crise da economia capitalista norte-americana estendeu-se no tempo e no espaço. As economias da Europa e da América Latina foram duramente atingidas. Franklin Delano Roosevelt, eleito presidente dos Estados Unidos em 1932, procurou combater a crise e os seus efeitos sociais por meio de um programa político conhecido como New Deal . a) Identifique dois motivos da rápida expansão da crise para fora da economia norte-americana.

Para não perder as novidades, inscreva-se no canal e clique no sino . https://www.youtube.com/channel/UC23whF6cXzlap-O76f1uyOw/videos?sub_confirmation=1 1 . (Uel 2013)  Analise a foto, a seguir, tirada durante o período do Regime Militar no Brasil (1964-1985). a) Identifique e descreva dois elementos da foto que permitam caracterizar o Regime Militar no Brasil. b) A luta pela anistia ampla, geral e irrestrita tem desdobramentos no presente, a exemplo da Comissão da Verdade. Discorra sobre essa Comissão. Resposta: a) O candidato deve identificar e descrever dois elementos da foto que permitam caracterizar o regime militar. Por exemplo, a faixa com o nome de Vladmir Herzog, que se refere à morte do jornalista no aparato de repressão; o movimento pela anistia ampla, geral e irrestrita; a faixa sobre a questão econômica (inflação e especulação financeira); UNE – União Nacional dos Estudantes; Movimento Estudantil; manifestações públicas e/ou passeatas con

               Conheça meu curso intensivo de História do Brasil https://go.hotmart.com/P57899543C 1 . (Unb 2012)  Julgue o item a seguir, a respeito do processo de integração de espaços no mundo. Ao fim da Segunda Guerra, a Europa perdeu a posição de supremacia: o Leste do continente submeteu-se à liderança soviética e a Europa Ocidental precisou do apoio norte-americano para se soerguer economicamente.     2 . (Unb 2012)  É tremenda injustiça comparar Khrushtchev a Hitler. A arrogância, a truculência, a insensibilidade brutal do ditador soviético são inéditas na História do mundo. Nunca se viu, desde os tempos de Gengis Khan, tamanho desprezo pelos valores da civilização ou maior falta de escrúpulos. Estarrecido, o mundo, ao mesmo tempo em que se inteirava da consumação das ameaças de Khrushtchev de fazer explodir a superbomba de 50 megatons, lia a resposta dele ao apelo dos deputados trabalhistas ingleses para que desistisse da explosão. Em lugar de responder


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Uff rj 2012 visando a uma melhor compreensão

1. (Unb 2012)  Julgue o item a seguir, a respeito do processo de integração de espaços no mundo.

Ao fim da Segunda Guerra, a Europa perdeu a posição de supremacia: o Leste do continente submeteu-se à liderança soviética e a Europa Ocidental precisou do apoio norte-americano para se soerguer economicamente.

2. (Unb 2012)  É tremenda injustiça comparar Khrushtchev a Hitler. A arrogância, a truculência, a insensibilidade brutal do ditador soviético são inéditas na História do mundo. Nunca se viu, desde os tempos de Gengis Khan, tamanho desprezo pelos valores da civilização ou maior falta de escrúpulos. Estarrecido, o mundo, ao mesmo tempo em que se inteirava da consumação das ameaças de Khrushtchev de fazer explodir a superbomba de 50 megatons, lia a resposta dele ao apelo dos deputados trabalhistas ingleses para que desistisse da explosão. Em lugar de responder como faria um homem civilizado e dotado de qualquer vestígio de decência ou de sentimento de humanidade, Khrushtchev replicou, com todo o seu furor vesânico, para ameaçar a Inglaterra de destruição total, assegurando que ela seria riscada do mapa.

O trecho acima, extraído e adaptado do jornal O Globo, é parte do editorial “Ditador fanático quer subjugar o mundo pelo terror”, publicado na primeira página da edição de 1.º de novembro de 1961. Considerando a retórica do editorial, o ano em que foi publicado e o contexto histórico em que se inscreve, além de aspectos marcantes da história do século XX, julgue os itens subsequentes.

a) O texto traduz um discurso típico do período da Guerra Fria, quando a retórica de forte passionalidade era utilizada pelos dois campos ideológicos em luta: o capitalista, conduzido por Washington, e o socialista, liderado por Moscou.

b) No governo de Gaspar Dutra, o Brasil tomou partido na disputa ideológica que convulsionava o mundo: rompeu relações diplomáticas com a URSS e tornou ilegal o Partido Comunista no país.

c) Os regimes totalitários, que dominaram a cena histórica mundial em determinada época do século XX, caracterizavam-se, entre outros aspectos, pela construção mítica da imagem de seus líderes, a exemplo de Hitler, na Alemanha, Mussolini, na Itália, e Stálin, na URSS. Getúlio Vargas, no Brasil do Estado Novo, representou esse culto à imagem do líder.

d) No ano em que o mencionado editorial foi publicado, a Revolução Cubana assumiu a opção marxista, mas, diante do temor de que, com essa decisão, o clima de dramaticidade da Guerra Fria fosse transportado para as Américas, Fidel Castro afastou Cuba da influência soviética.

e) Sucessor de Lênin, Khrushtchev foi a liderança que fez da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) uma potência mundial, promovendo a coletivização forçada no campo e privilegiando, no setor industrial, a produção de bens de consumo.

3. (Ufc 2009)  Em 2008, houve mais um conflito no Cáucaso, onde, anos atrás, já havia ocorrido a Guerra da Chechênia. Dessa vez, o litígio envolveu dois países independentes: a Rússia e a Geórgia. Em relação a essa guerra, podemos encontrar causas bem mais antigas. Responda o que se pede a seguir.

a) Qual a relação entre o fim da União Soviética e a guerra entre a Rússia e a Geórgia?

b) Sobre as relações entre a maior parte dos países da Europa Oriental com a União Soviética a partir do período que se inicia logo após o fim da Segunda Guerra Mundial, responda o que se pede.

I. Qual a relação política entre esses países?

II. Qual o tipo de economia adotado por eles?

III. O que representou o Pacto de Varsóvia?

c) O que simbolizou, do ponto de vista político e econômico, a queda do Muro de Berlim, em 1989?

4. (Ufg 2008)  Leia o fragmento a seguir.

Em janeiro de 1941, a sorte da Europa e do mundo parecia selada. Só um cego e um surdo voluntário podia duvidar do destino reservado aos judeus numa Europa alemã.

            LEVI, Primo. "A tabela periódica". Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 1994. p. 55. [Adaptado].

O texto acima se reporta a um acontecimento decisivo ligado à Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Com base nessas informações, responda qual era o destino a que o autor se refere no texto e explique o princípio que legitimava esse destino.

5. (Puc-rio 2007)  "Uma sombra desceu sobre o cenário até há pouco iluminado pelas vitórias aliadas. Ninguém sabe o que a Rússia Soviética e sua organização internacional comunista pretende fazer no futuro imediato, ou quais são os limites, se é que os há, para as suas tendências expansionistas. De Stettin no Báltico, a Trieste, no Adriático, uma cortina de ferro desceu sobre o continente. Quaisquer conclusões que possam ser tiradas destes fatos, esta não é certamente a Europa libertada que lutamos para construir. Também não é uma que contenha os ingredientes de uma paz permanente."

Winston Churchill, ex-chanceler britânico, em seu discurso em Missouri, EUA, em 5 de março de 1946, teceu considerações sobre o contexto internacional da época caracterizando o início das novas tensões e de uma nova época, posteriormente denominada de Guerra Fria.

a) Cite três acontecimentos que expressam o contexto de Guerra Fria, entre 1947 e 1962.

b) Apresente duas características da Guerra Fria.

6. (Ufc 2007)  Em 2004, a União Europeia incorporou vários países do Leste Europeu que no passado fizeram parte da União Soviética ou estiveram sob a sua esfera de influência. Levando em conta essa afirmação, bem como seus conhecimentos, responda às questões propostas.

a) Qual o nome do modelo de sociedade implantado na União Soviética?

b) Qual era a referência teórico-ideológica desse modelo?

c) A partir de que momento histórico o modelo de estado soviético foi implantado na Europa? Como se deu essa implantação?

d) Apresente três das principais características desse modelo e cite dois países da Europa que o adotaram.

7. (Ufmg 2007)  "Inesperadamente, um acontecimento abalou toda a Rússia. Em 5 de março de 1953, morreu Stalin. Não conseguia imaginá-lo morto. Ele era parte de mim mesmo e não compreendia como poderíamos nos separar. Um torpor tomou conta de todos. Os homens já se haviam habituado à ideia de que Stalin pensava por eles. Sem ele sentiam-se perdidos."

            EVTUCHENCKO, E. "Autobiografia precoce". Rio de Janeiro: José Álvaro Editor, 1967. p. 117.

1. CARACTERIZE o papel desempenhado por Stalin como líder da União Soviética de modo a esclarecer esse texto.

2. ANALISE o processo de "desestalinização" que se desenvolveu na URSS, nos anos seguintes ao da morte de Stalin.

8. (Ufu 2007)  A "Revista de História da Biblioteca Nacional" de abril de 2006 traz uma matéria sobre a popularidade de "líderes históricos" em comunidades do Orkut (site de relacionamentos da Internet, afiliado à empresa Google). Apesar de não ser uma pesquisa propriamente científica, que busca retratar a opinião pública sobre as maiores "personalidades da história", a matéria não deixa de destacar sua surpresa em relação a comentários extraídos de comunidades devotadas a algumas dessas personalidades. Um desses comentários tido como surpreendente é:

            "Falar de Stalin é sempre uma emoção: jamais um líder político substituiu outro com tanta grandeza - e olhem que substituir Lênin era muito difícil. Só Stalin podia concretizar este fato. O 'bicho' era humilde e simples ao extremo. Era tranquilo, sabia de cor o nome de todos os oficiais do exército, cumprimentava todos à sua volta. Ele jamais levantava a voz, não se redimia, não dizia não, não se aborrecia com nada, não falava palavras inúteis jamais. Era humilde e compreensivo".

            Comentário "anônimo" retirado do Orkut. Citado em: "Os Líderes Históricos no Orkut". In: "Revista de História da Biblioteca Nacional", Ano 01, n. 09. Abril de 2006. p. 09.

Em relação ao trecho e, levando em conta o contexto histórico do stalinismo, explique por que razão o comentário citado foi entendido como supreendente.

9. (G1 - cftce 2006)  Nos dias 6 e 9 de agosto de 2005, o mundo relembrou, entristecido, os 60 anos das explosões das bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki. Apresente criticamente esses fatos.

10. (Fuvest 2006)  Há consenso, entre os estudiosos, de que o período, compreendido entre os últimos anos da década de 1940 e os primeiros da década de 1970 foi, para a economia capitalista, sobretudo para a dos países mais avançados, uma verdadeira "era de ouro".

Caracterize essa fase do capitalismo em termos

a) do chamado Estado de Bem-Estar ("Welfare State").

b) da chamada Guerra Fria.

11. (Unesp 2006)  Leia o trecho seguinte.

VOLTA EM CÓPIA NOVA O FILME QUE ACELEROU O FIM DO CONFLITO NO VIETNÃ E VIROU MARCO DO CINEMA POLÍTICO.

Vencedor do Oscar de documentário em 1974, Corações e mentes tornou-se uma peça importante dos protestos que levaram ao fim da Guerra do Vietnã (...). [O diretor norte-americano Peter] Davis conta que Corações e mentes nasceu da indignação. "A mídia só mostrava imagens tendenciosas da guerra". Integrante de um grupo de cinegrafistas e montadores, eles decidiram que era preciso mostrar as coisas também do outro lado (...). [Peter Davis lembra que] "as imagens de destruição com napalm provocaram tanta indignação que o Congresso dos EUA votou uma lei que desautorizou o uso de armas químicas"...

(Luiz Carlos Merten. "O Estado de S.Paulo", 24.06.2005.)

a) Tendo em vista o contexto internacional contemporâneo, explique por que ressurgiu o interesse pelo documentário de Peter Davis.

b) Comente o contexto no qual se desenrolou a Guerra do Vietnã.

12. (Unicamp 2004)  Ao analisar a política internacional entre as décadas de 1950-70, o historiador Eric Hobsbawm afirmou:

O confronto de superpotências dominava e, em certa medida, estabilizava as relações entre os Estados em todo o mundo. Entretanto, as superpotências não controlavam uma das regiões de tensão do Terceiro Mundo: o Oriente Médio. Vários dos aliados americanos se achavam diretamente envolvidos - Israel, Turquia e o Irã do xá. Além disso, a sucessão de revoluções locais, como a do Irã em 1979, provou que a região era e continua sendo socialmente instável.

(Adaptado de Eric Hobsbawm, A era dos extremos. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 351).

a) Quais as superpotências envolvidas na Guerra Fria?

b) O que foi a Revolução do Irã em 1979?

c) O que é a ONU e qual seu papel no cenário internacional?


 Correto. A Segunda Guerra Mundial é considerada um divisor de águas na História; a partir de então o mundo passou a vir uma situação de bipolarização, com duas superpotências disputando a hegemonia internacional, no que se convencionou chamar “guerra fria”. Estados Unidos e União Soviética ampliaram a política expansionista, utilizando armas ideológicas, procurando caracterizar seus interesses a partir do conflito entre capitalismo e socialismo.  



 a) Correto. O ano de 1961 é caracterizado pelo acirramento da Guerra Fria, principalmente pelos desdobramentos da Revolução Cubana, como a tentativa frustrada de invasão na “baía dos porcos”.


b) Correto. Foi o primeiro presidente do pós-guerra e, portanto, do período de Guerra Fria. Nesse período, o Brasil aderiu à política externa dos Estados Unidos.

c) Correto. A exaltação da figura do líder é muito utilizada nos modelos autoritários na medida em que a sociedade é levada a acreditar que o coletivo, no sentido social, tem pouca importância e, consequentemente, grandes homens têm a capacidade de salvar a pátria.

d) Incorreto. Desde 1961 Cuba adotou claramente a opção marxista e se aproximou rapidamente da política externa soviética

e) Incorreto. O sucessor de Lênin foi Stálin, que permaneceu no poder de 1924 a 53, sendo sucedido por Khrushtchev.  


 O desmembramento da União Soviética (URSS), em 1991, levou à criação da Comunidade dos Estados Independentes (CEI) e, em seguida, à independência de quase todas as repúblicas que fizeram parte desta última, inclusive a Geórgia. A Rússia, principal república dentro da ex-URSS e da CEI, relutou em perder o poder político que detinha sobre as outras repúblicas. Uma das regiões que reclamou por autonomia, a Ossétia, não conseguiu se constituir em um estado independente. Uma parte do território da Ossétia permaneceu dentro da federação russa, e a outra parte, dentro da Geórgia. Os interesses econômicos sobre o petróleo e o gás natural levaram a Rússia a defender a separação da Ossétia do Sul do restante da Geórgia, unificando-a sob sua esfera de influência. Essa pode ser considerada a causa imediata dessa última guerra. Após a Segunda Guerra Mundial, quase todos os países do leste europeu, à exceção da ex-Iugoslávia, permaneceram sob a influência econômica e política de Moscou. Esses países foram governados por um partido comunista, que dirigia uma economia socialista planificada. Do ponto de vista geopolítico, os países tornaram-se membros do Pacto de Varsóvia, a união das forças dos países socialistas em oposição à união dos países capitalistas do ocidente europeu e dos EUA, realizada em torno da OTAN. A queda do Muro de Berlim, em 1989, simbolizou o fim da Guerra Fria, a queda do regime socialista na Alemanha Oriental e a reunificação política da Alemanha. Por extensão, com o fim da URSS, todos os demais países da Europa Oriental sob sua influência também abandonaram, passo a passo, o regime político socialista, integrando a economia de mercado do capitalismo europeu.  



 Destino: O destino reservado aos judeus era o Holocausto (campos de concentração, extermínio, genocídio, massacre).


Princípio: O princípio que orientava a prática de extermínio sistemático era o anti-semitismo. Tal princípio justificava a afirmação quanto à inferioridade dos judeus, de um lado, e à superioridade da raça alemã, de outro. Essa afirmação associava-se às práticas eugênicas, que pressupunham uma humanidade dividida hierarquicamente em raças humanas. Essa divisão legitimava uma política de supressão racial, com vistas à purificação da raça ariana.  


 a) Entre outros acontecimentos, o aluno pode citar:


- A proclamação da Doutrina Truman e a elaboração do Plano Marshall, em 1947;

- A divisão da Alemanha em dois países, em 1949;

- A criação da OTAN, em 1949

- A Guerra da Coréia, entre 1950-1953;

- A Guerra do Suez, em 1956;

- A crise dos mísseis, em Cuba, em 1962.

b) Entre outras características, o aluno pode apresentar:

- A bipolaridade das relações internacionais, caracterizado pela divisa do mundo em dois blocos: áreas sob influência da URSS e áreas sob influências dos EUA;

- A corrida armamentista, baseada especialmente na aplicação da tecnologia nuclear na indústria bélica;

- A polarização ideológica expressa, por um lado, em imagens e valores de depreciação da sociedade comunista ou da sociedade capitalista; e por outro lado, na repressão política aos inimigos internos.  


 a) Socialismo, também comumente definido como "socialismo real";


b) O referencial teórico-ideológico do socialismo era o marxismo-leninismo, uma versão do marxismo surgida com a Revolução Russa de 1917.

c) Foi implantado em diversos países do leste e centro da Europa, libertados ou conquistados pela União Soviética a partir do avanço do exército vermelho na sua luta contra o exército alemão entre 1944 e 1945, na II Guerra Mundial. A adesão e implantação do socialismo nestes países (Bulgária, Romênia, Iugoslávia, Albânia, Hungria, Tchecoslováquia, Polônia e República Democrática da Alemanha - ou Alemanha Oriental) ocorreram, porém, alguns anos após o fim do conflito, e pode-se dizer que, em grande parte, foram impostas ou favorecidas pela presença militar soviética, embora, na Iugoslávia, Albânia e Tchecoslováquia, a força dos partidos comunistas locais tenha sido consistente e tenha liderado a resistência ao ocupante nazista. Em alguns desses países, os partidos social-democratas e comunistas eram bastante enraizados e tinham certa tradição; chegaram inicialmente ao poder, logo após o fim da guerra, de forma democrática, mas logo em seguida, com a ajuda e pressão da União Soviética, implantaram governos de partido único, inspirados no Partido Comunista da União Soviética, e puseram em prática medidas de transformação de seus países. Em outros casos, partidos e transformações desse tipo foram impostos pela pressão do país ocupante, a União Soviética.

d) As principais características do socialismo são:

- nacionalização e estatização da economia;

- abolição da propriedade dos meios de produção, capitais e imóveis;

- planejamento econômico centralizado;

- abolição do livre mercado;

- governo de partidos únicos e, portanto, ausência do multipartidarismo;

- educação e saúde assumidas integralmente pelo Estado;

- instalação de cooperativas e comunas no campo;

- reforma agrária com coletivização da produção agrícola.  


 1 - Stalin liderou a União Soviética conduzindo uma grande mobilização nacional para o desenvolvimento, apoiado no culto à sua personalidade e na eliminação de opositores por meio dos mais diversos mecanismos repressivos.


2 - Conduzido por Nikita Kruschev, o processo de desestalinização teve início no XX no Congresso do Partido Comunista da União Soviética em 1956, com a condenação do culto à personalidade, a repressão política e o autoritarismo de Stalin. Seguiu-se com uma política de descentralização administrativa e de estímulo à produção de bens para dinamizar a economia socialista, além do estímulo ao desenvolvimento tecnológico. Na política externa, Kruschev lançou a distensão e a Coexistência Pacífica com os Estados Unidos e adotou uma política de flexibilização em relação aos países do bloco comunista.  


 O comentário torna-se surpreendente em razão da contradição existente entre o que é mencionado e aquilo que se conhece na história sobre o que foi o regime stalinista, pois sabe-se que durante os anos em que Stalin esteve a frente do governo da ex-União Soviética (1925-1953), construiu um governo que pode ser definido como totalitário, em razão das práticas de propagandas personalistas e a perseguição e eliminação daqueles considerados rivais ou que representassem ameaças aos interesses do líder máximo, destacando-se o assassinato de Leon Trotsky no México ou os "Expurgos de Moscou (1936-1940)", quando várias lideranças do Partido Comunista foram eliminadas. Tais ações, confirmam um caráter de Stalin muito diferente daquele que é definido no comentário.  



 A II Guerra mundial estava praticamente terminada. Mesmo na Europa ela já tendo atingido seu fim, os japoneses insistiam em prosseguir a luta, utilizando-se dos pilotos kamikazes. Os norte-americanos mostraram ao mundo seu poder nuclear e jogaram pela primeira vez, duas bombas atômicas sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki. As explosões dessas bombas provocaram destruições nunca vistas, as consequências para os moradores das duas cidades foram terríveis e para a humanidade ficou a dolorosa lição dos horrores e das mortes, resultadas das guerras.  



 a) Na Europa Ocidental  do pós-II Guerra Mundial, o temor pelo avanço do socialismo levou países capitalistas avançados a adotarem programas de caráter assistencialista, estranhos ao fundamentos do liberalismo, voltados para a melhoria das condições de vida das populações de baixa renda, sendo garantidos a educação, saúde, moradia e direitos trabalhistas, além do poder aquisitivo dos salários. Tal política, caracteriza o "Welfare State" (Estado do Bem-Estar Social).


b) No contexto da "Guerra-Fria", a bipolarização do mundo entre Estados Unidos e URSS, estimulou nos países do "Primeiro Mundo", o aumento de investimentos em tecnologia e a expansão de capitais em países do Terceiro Mundo, através de investimentos diretos no setor produtivo (instalação de empresas transnacionais) e da concessão de empréstimos.  


 a) O interesse pelo documentário de Peter Davis decorre da política externa do presidente dos EUA, George W. Bush sob o pretexto de combate ao terrorismo e defesa dos ideais demicráticos, caracterizada por uma postura imperialista, militarista, unilateral e intolerante e como se verifica na ocupação do Irauqe.


b) A Guerra do Vietnã desenrolou-se no contexto da Guerra Fria (1945-1989), processo caracterizado pelo conflito político-ideológico entre Estados Unidos (capitalismo ) e União Soviética (comunismo) que marcou as relações internacionais pós-II Guerra Mundial e no contexto da Descolonização Afro-asiática, processo de independência de territórios africanos e asiáticos colonizados pelas nções europeias entre os séculos XVI e XIX.

Nesse contexto, a Indochina que tornou-se independente dos domínios holandês e francês, politicamente dividiu-se em Laos, Camboja e Vietnã, sendo este último dividido, por sua vez,  em duas zonas de influência: norte-comunista e sul-capitalista.  


 a) Estados Unidos e União Soviética.


b) O movimento liderado pelo aiatolá Khomeini que destituiu o xá Reza Pahlevi e implantou o Estado Teocrático e fundamentalista muçulmano, contrário a influências que pudessem significar a ocidentalização do Irã.

c) A Organização das Nações Unidas criada após a Segunda Guerra Mundial com o objetivo de preservar a paz mundial e garantir a autodeterminação dos povos.  




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