Como fazer resumo comparando dois autores

Ao longo dos últimos anos avaliei e revisei estudos de análises de mercado e artigos que comparavam e contrastavam dois elementos, dois produtos ou situações. Estudos elaborados no Brasil e no Canadá, entretanto, neste artigo abordo algo que observei, principalmente, nos estudos realizados no Brasil.

Dos trabalhos que venho realizando pude verificar que não é raro ver comparações que fazem sentido, entretanto, falham na forma de expor a comparação e contraste em análise situacional. São diversos estudos que fazem a comparação entre dois produtos, duas situações históricas e assim por diante. Acho, por isso, importante resgatar os papéis "clássicos" de comparação e contraste, onde se pondera A e B igualmente, sendo:

a)      duas coisas semelhantes que têm diferenças cruciais (por exemplo, dois pulverizadores agrícola da mesma categoria, porém, com desempenhos diferentes) ou

b)     duas coisas semelhantes que têm diferenças cruciais, mas ainda assim, as semelhanças surpreendem. Por exemplo, dois sociólogos brasileiros com visões de política partidária diferentes, divergentes, entretanto, expressam perspectivas semelhantes sobre a contribuição das ciências sociais para o conhecimento da Educação no Brasil.

Há uma forma de comparação, a "buraco da fechadura", que é muito interessante, entretanto, seu uso tem sido mais frequente nos institutos de pesquisa porque, a princípio, ela pode ser difícil de se construir. O mercado usa pouco. Nela, é preciso pesar menos o elemento “A” e mais o elemento “B” da comparação. Essa forma, necessariamente, usa “A” como uma lente através da qual o estudo observa e aprende sobre “B”. Ao utilizar essa forma, fica explícito que o estudo usa “A” como uma estrutura para compreender “B” e, com isso, mudar a maneira de se perceber “B”. As comparações na forma buraco da fechadura são úteis para iluminar, criticar ou desafiar a estabilidade de alguma coisa que, antes da análise, parecia totalmente compreendida.

Quando trabalhei com textos ou estudos que apresentavam um grande número de semelhanças e diferenças e, aparentemente, elas não eram facilmente relacionáveis, o conteúdo não me passou confiança. Inevitávelmente, o excesso resulta em um exercício mecânico no qual o estudo primeiro declara todas as características que A e B têm em comum e, em seguida, declara todas as maneiras pelas quais A e B são diferentes. Para mim, um estudo assim é, em geral, fraco. Previsivelmente, a tese desse estudo resulta, geralmente, na afirmação de que A e B são muito semelhantes, embora não tão semelhantes. 

Para escrever uma boa comparação e contraste, é necessário pegar os dados brutos - as semelhanças e diferenças observadas, e torná-las coerentes em um argumento. Para isso, os cinco elementos necessários no estudo são: 

O contexto. Este é o ambiente no qual o estudo coloca as duas coisas que planeja comparar e contrastar; é o guarda-chuva sob o qual os dois elementos estão agrupados. O contexto pode consistir em (a) uma ideia, tema, questão, problema ou teoria; (b) um grupo de coisas semelhantes das quais se extrai duas para analisar; (c) informações biográficas ou históricas. Por exemplo, um artigo comparando como dois sociólogos definem o papel de economia criativa na contribuição do conhecimento mercadológico de determinados grupos econômicos no país. Nessa comparação, acredito que o melhor contexto que um autor pode definir deverá ser um eixo histórico. Um estudo que não apresenta o contexto facassa por não fazer o recorte sobre o qual as duas coisas são analisadas, ficando incapaz de propor um argumento sólido.  

Os motivos para comparação. Em um estudo sobre distribuição global de alimentos, por exemplo, ao optar por comparar a prioridade na distribuição de bananas e arroz é preciso explicitar por que esses alimentos em particular. Por que não morangos e inhames? A justificativa por trás da escolha, o fundamento para comparação, permite saber por que a escolha é deliberada e significativa, e não aleatória. Para todos os efeitos de credibilidade do estudo, é preciso indicar o raciocínio no qual é baseado o motivo para a comparação.

A tese. Como em qualquer estudo ou artigo argumentativo, a tese transmitirá a essência do argumento. Entretanto, em um estudo de comparação e contraste, a tese depende de como as duas coisas comparadas se relacionam. Elas conflitam? Complementa algo? Se estendem? Debatem entre si? Em comparação e contraste mais comum - o que enfoca as diferenças – é melhor indicar o momento que o estudo fala sobre a relação entre A e B. Usando o exemplo do estudo sobre distribuição global de alimentos, é possível dizer: enquanto o custo do cultivo e exportação de bananas e arroz é economicamente viável  para 75%  dos países que consomem estes alimentos, o custo do cultivo e exportação de morangos e inhames é viável  para somente 25% dos países que consomem estes alimentos. A relação entre A e B está no cerne de qualquer bom artigo ou estudo de comparação e contraste.

O esquema. A introdução do estudo tem que mencionar o contexto, os fundamentos para comparação e a tese. Existem duas maneiras de organizar o estudo:

• Texto a texto: onde se discute tudo do elemento A, depois tudo do elemento B.

• Ponto a ponto: onde se alterna pontos (as características avaliadas)  sobre A com os pontos comparáveis sobre B. 

Se o estudo indica que B complementa A, provavelmente, o melhor é usar um esquema de texto a texto. Se A e B concorrem, por exemplo, dois produtos de consumo em uma mesma categoria,  um esquema ponto a ponto chamará mais atenção para as diferenças. É por isso que as publicações que fazem análise comparativa de automóveis lançam mão do esquema de comparação ponto a ponto.

Independentemente do esquema, o bom estudo sabe pesar a importância das semelhanças assim como as diferenças. Os estudos mais interessantes que já trabalhei são sucintos, o autor soube pesar o quanto ele investe no argumento para chegar ao cerne da tese.

A propósito, antes de finalizar, quando um estudo opta por fazer a comparação utilizando buraco da fechadura, ele deve gastar menos tempo em A (a lente) e focar em B (objeto maior da análise) e utilizar o esquema texto a texto. Isso porque A e B podem não ser estritamente comparáveis, ou seja, A é apenas uma ferramenta para ajudar a estudar, descobrir e compreender se B é ou não o que as expectativas ou crenças atuais levam a acreditar que seja. 

Por fim,  nos artigos e estudos argumentativos é preciso vincular cada ponto do argumento à tese. Sem esses links, o estudo não é claro ao mostrar como cada ponto contribui no argumento, o que é fundamental para coerência.

Redação de autoria própria que mostre as semelhanças e as divergências de dois ou mais autores sobre um determinado assunto. Explicitar todas as fontes bibliográficas lidas para comparação, através de referência indireta.

Talvez você tenha que escrever um ensaio comparativo para uma tarefa da escola ou precise escrever um relatório comparativo abrangente para o seu trabalho. Para escrever uma dissertação comparativa de qualidade, você precisa começar escolhendo dois tópicos que tenham semelhanças e diferenças suficientes para poderem ser comparados de forma significativa, como dois times de futebol ou dois sistemas de governo. Quando você tiver selecionado os temas, deverá encontrar pelo menos dois ou três pontos de comparação e utilizar pesquisas, fatos e parágrafos bem organizados para impressionar e conquistar seus leitores. A criação de um ensaio comparativo é uma habilidade importante que você precisará usar muitas vezes ao longo da sua vida acadêmica.

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    Analise a questão ou tema do ensaio com cuidado. Talvez você tenha uma ótima ideia para um ensaio, mas se ela não combinar perfeitamente com o tema, você não poderá criar o produto final solicitado pelo seu instrutor.[1] X Fonte de pesquisa Ir à fonte Revise a descrição da tarefa (e a rubrica, se houver uma) cuidadosamente e sublinhe as frases-chave. Mantenha uma lista dessas frases próxima a você enquanto trabalha.[2] X Fonte Confiável University of North Carolina Writing Center Ir à fonte

    • Muitos trabalhos de dissertação comparativa indicam sua finalidade através do uso de palavras, como "comparar", "contrastar", "semelhanças" e "diferenças" na descrição da tarefa.
    • Verifique também se existem quaisquer limites relacionados à escolha do tema.

    DICA DE ESPECIALISTA

    Christopher Taylor, PhD

    Professor de Inglês

    Christopher Taylor é um Professor Assistente Adjunto de Inglês no Austin Community College, no Texas. Recebeu seu PhD em Literatura Inglesa e Estudos Medievais pela University of Texas, em Austin, 2014.

    Christopher Taylor, PhD
    Professor de Inglês

    Christopher Taylor indica: "Comece lendo bem as instruções e orientações básicas de sua tarefa. Depois, enumere as similaridades e diferenças entre os objetos centrais sendo comparados e procure padrões sobre os quais pode argumentar."

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    Compreenda o tipo de ensaio comparativo sendo solicitado. Embora alguns ensaios possam ser simples dissertações de comparação ou contraste, outros podem exigir que você comece com um determinado contexto e, em seguida, desenvolva uma avaliação ou argumentação baseada nas suas comparações. Nesses ensaios, simplesmente observar que as coisas são semelhantes ou diferentes não será suficiente.[3] X Fonte Confiável University of North Carolina Writing Center Ir à fonte

    • Se você precisar incorporar a comparação como parte de uma tarefa maior, a descrição desse trabalho geralmente incluirá questões-guia. Por exemplo: "Escolha uma ideia ou tema em particular, como o amor, a beleza, a morte ou o tempo e considere como dois poetas diferentes da Renascença abordaram essa ideia". Este enunciado pede que você compare dois poetas, mas também questiona como esses poetas abordaram o ponto de comparação. Em outras palavras, você precisará elaborar um argumento avaliativo ou analítico a respeito dessas abordagens.
    • Se você tiver dúvidas a respeito da descrição da tarefa, fale com seu instrutor. É muito melhor esclarecer todas as dúvidas com antecedência do que descobrir que você escreveu um ensaio inteiro de forma incorreta.

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    Liste as semelhanças e diferenças entre os itens que você estiver comparando. Mesmo que você tenha sido solicitado a escrever um ensaio de comparação, a inclusão de pontos contrastantes também estará implícita. O ponto de partida ideal é a criação de uma lista de aspectos em comum entre os itens que você estiver comparando, assim como uma lista de aspectos diferentes.[4] X Fonte de pesquisa Ir à fonte

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    Avalie sua lista. É provável que você não seja capaz de escrever sobre todos os itens da lista. Leia-a e tente identificar um tema ou padrão entre os itens listados. Isso poderá ajudá-lo a decidir como basear sua comparação.

    • Talvez você queira desenvolver algum tipo de sistema, como destacar diferentes tipos de semelhanças com cores diferentes.
    • Por exemplo, se você estiver comparando dois romances, poderá destacar as semelhanças entre personagens com uma caneta rosa, as semelhanças entre cenários com uma caneta azul e as semelhanças entre os temas e mensagens com uma caneta verde.

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    Estabeleça a base para a sua comparação. Isso fornece o contexto para a sua comparação: como você examinará esses dois tópicos? Entre outras opções, a base poderá ser uma abordagem teórica, como o feminismo ou o multiculturalismo, uma pergunta ou problema para o qual você deseja encontrar uma resposta ou um tema histórico, como o colonialismo ou a emancipação.[5] X Fonte de pesquisa Ir à fonte A comparação deve ter uma tese específica ou ideia abrangente que determine por que você está comparando os dois (ou mais) objetos.[6] X Fonte de pesquisa Ir à fonte

    • Talvez a base da sua comparação já tenha sido atribuída a você. Tome o cuidado de verificar a descrição da tarefa.
    • Uma base de comparação pode estar relacionada a um tema, às características ou aos detalhes referentes a duas coisas diferentes.[7] X Fonte de pesquisa Ir à fonte
    • A base de comparação também pode ser conhecida como "fundamentos" para a comparação ou quadro de referência.

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    Pesquise seus temas de comparação. Embora você deva ter um conhecimento profundo de ambos os itens que estiverem sendo comparados, é importante não fornecer mais detalhes do que o ensaio consiga sustentar. Compare alguns aspectos de cada tema em vez de tentar cobrir ambos os assuntos de forma muito abrangente.

    • Talvez uma pesquisa não seja necessária ou apropriada para a sua tarefa específica. Se o ensaio comparativo não pedir a inclusão de uma pesquisa, evite incluí-la.
    • Ensaios comparativos sobre eventos históricos, questões sociais ou temas relacionados à ciência são mais propensos a exigirem pesquisas, enquanto uma comparação de duas obras de literatura provavelmente não exigirá.
    • Lembre-se de citar corretamente as fontes de todos os dados de pesquisa, de acordo com a disciplina para a qual você estiver escrevendo (por exemplo, MLA, APA ou formato Chicago).

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    Desenvolva uma declaração de tese. Cada ensaio deve ser guiado por uma declaração de tese clara e concisa. Mesmo que a base de comparação tenha sido incluída nos requisitos da tarefa, você ainda precisará expressar em uma única frase a razão de estar comparando os dois temas. A comparação deverá revelar algo sobre a natureza dos tópicos ou sobre a relação de um com o outro, e sua declaração de tese deverá expressar esse argumento.[8] X Fonte de pesquisa Ir à fonte

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    Faça um esboço da sua comparação. Antes de começar a escrever, o ideal é planejar sua estratégia de organização. Uma característica única de um ensaio comparativo é que você poderá escolher entre várias estratégias organizacionais diferentes.

    • Use uma forma tradicional de esboço se você quiser, mas mesmo uma simples lista de pontos ou marcadores na ordem em que você pretende apresentá-los já ajudaria.
    • Você também pode anotar seus pontos principais em notas adesivas (ou digitá-los, imprimi-los e, em seguida, recortá-los) para poder organizá-los e reorganizá-los antes de decidir sobre uma ordem final.

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    Use um método de parágrafos misturados. Fale sobre ambos os temas em cada parágrafo. Isso significa que o primeiro parágrafo comparará o primeiro aspecto de cada item, o segundo comparará o segundo aspecto e assim por diante, lembrando-se sempre de citar os temas na mesma ordem.[9] X Fonte de pesquisa Ir à fonte

    • A vantagem dessa estrutura é que ela mantém continuamente a comparação na mente do leitor e força você, o escritor, a prestar a mesma atenção a cada lado do argumento.
    • Esse método é especialmente recomendado para ensaios longos ou sobre assuntos complicados, em que tanto o escritor quanto o leitor podem perder-se. Por exemplo:

      Parágrafo 1:Potência do motor do veículo X / Potência do motor do veículo Y

      Parágrafo 2: Elegância do veículo X / Elegância do veículo Y

      Parágrafo 3: Classificação de segurança do veículo X / Classificação de segurança do veículo Y

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    Alterne os temas a cada parágrafo. Isso significa que o primeiro parágrafo comparará um aspecto de um item e o segundo, o mesmo aspecto do outro item. O terceiro parágrafo comparará um segundo aspecto de um item e o quarto comparará o mesmo aspecto do outro item — e assim por diante, lembrando sempre de abordar cada assunto na mesma ordem.[10] X Fonte de pesquisa Ir à fonte

    • A vantagem dessa estrutura é que ela permite que você discuta os pontos com mais detalhes e torna a abordagem de dois temas radicalmente diferentes menos chocante.
    • Esse método é especialmente recomendado para ensaios que exigem mais detalhe e profundidade. Por exemplo:

      Parágrafo 1: Potência do motor do veículo X


      Parágrafo 2: Potência do motor do veículo Y

      Parágrafo 3: Elegância do veículo X


      Parágrafo 4: Elegância do veículo Y

      Parágrafo 5: Classificação de segurança do veículo X


      Parágrafo 6: Classificação de segurança do veículo Y

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    Aborde um tema por vez e completamente. Isso significa que o primeiro conjunto de parágrafos do corpo do texto será dedicado a abordar todos os aspectos do primeiro tópico e o segundo conjunto de parágrafos abordará todos os aspectos do segundo tópico, lembrando-se sempre de abordar cada aspecto na mesma ordem. [11] X Fonte de pesquisa Ir à fonte

    • Esse método é, de longe, o mais perigoso, porque a comparação pode tornar-se desequilibrada ou difícil de ser compreendida pelo leitor.
    • Esse método só é recomendado para ensaios curtos e com temas simples, que possam ser facilmente lembrados pelo leitor conforme ele avança pelo texto. Por exemplo:

      Parágrafo 1: Potência do motor do veículo X


      Parágrafo 2: Elegância do veículo X
      Parágrafo 3: Classificação de segurança do veículo X

      Parágrafo 4: Potência do motor do veículo Y


      Parágrafo 5: Elegância do veículo Y
      Parágrafo 6: Classificação de segurança do veículo Y

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    Escreva seu ensaio fora de ordem. Embora você possa ter sido ensinado a se sentar e escrever sua dissertação do início ao fim, esse método não é apenas mais difícil como também é mais propenso a deixar seus pensamentos desconexos. Tente fazer o seguinte:

    • Parágrafos do corpo do texto em primeiro lugar. Revise todas as informações que você compilou e veja que tipo de história elas contam. Somente após revisar suas informações você saberá qual o ponto principal da sua dissertação.
    • Conclusão em segundo. Agora que você já fez todo o trabalho pesado, o ponto principal do seu ensaio deverá estar fresco na sua mente. Coloque-o no papel imediatamente. [12] X Fonte de pesquisa Ir à fonte
    • Introdução por último. Essa é basicamente uma reorganização ou reformulação da sua conclusão. Tome o cuidado de não reutilizar as mesmas palavras ou frases da conclusão.[13] X Fonte de pesquisa Ir à fonte

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    Escreva os parágrafos do corpo do texto. A primeira frase de um parágrafo do corpo do texto (geralmente chamada de tópico frasal) prepara o leitor para a ideia a ser desenvolvida neste parágrafo, o meio do parágrafo apresenta as informações que você coletou e a última frase elabora uma conclusão simples baseada nessas informações. Tenha cuidado para não ultrapassar os limites do parágrafo fazendo uma declaração muito maior a respeito dos seus dois temas, essa é a função do parágrafo de conclusão.

    • Organize os parágrafos usando uma das abordagens listadas na seção "Organizando o conteúdo". Após definir os pontos de comparação, escolha a estrutura para os parágrafos do corpo de texto (onde você colocará suas comparações) que faça mais sentido para as suas informações. Para resolver todos os problemas de organização, é recomendável que você escreva um esboço para usar como referência.
    • Tenha muito cuidado para não abordar diferentes aspectos de cada tema. Comparar a cor de uma coisa com o tamanho de outra não ajuda em nada o leitor a entender como elas se diferenciam.[14] X Fonte de pesquisa Ir à fonte

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    Escreva a conclusão. Quando o ensaio acabar, o leitor deverá sentir que aprendeu alguma coisa e deverá saber que o ensaio está concluído, em vez de procurar mais páginas. Esse parágrafo deve começar com um breve resumo geral dos pontos abordados no corpo do texto e, em seguida, apresentar uma conclusão mais ampla a respeito dos dois tópicos[15] X Fonte de pesquisa Ir à fonte (tome o cuidado de basear a conclusão nas informações apresentadas e não nas suas preferências pessoais, especialmente se a descrição da tarefa pedir um ensaio de tom neutro). A última frase do ensaio deve deixar o leitor sentindo que todas as diferentes linhas de raciocínio foram combinadas de maneira coerente.

    • Esteja ciente de que suas várias comparações não necessariamente levarão a uma conclusão óbvia, especialmente porque as pessoas valorizam as coisas de formas diferentes. Se necessário, torne os parâmetros do seu argumento mais específicos (por exemplo: "Embora X seja mais elegante e potente, as classificações máximas de segurança do Y fazem com que ele seja um veículo de família mais adequado").
    • Quando você tiver dois tópicos radicalmente diferentes, às vezes ajuda apontar uma semelhança entre eles antes da conclusão (ou seja, "Embora X e Y pareçam não ter nada em comum, na realidade ambos....").

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    Escreva a introdução do ensaio. Comece com um ponto geral que estabeleça as similaridades entre os dois assuntos e, em seguida, passe para o foco específico do ensaio. No final da introdução, escreva uma declaração de tese que comece anunciando quais aspectos de cada assunto você pretende comparar e, em seguida, afirme qual conclusão você tirou deles.

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    Revise a sua escrita. Se tempo não for um problema, a melhor forma de revisar seu trabalho é deixá-lo para o dia seguinte. Saia, como ou beba alguma coisa e se divirta — esqueça-se do parágrafo ou do ensaio até amanhã. Quando você começar a revisá-lo, lembre-se de que as duas coisas mais importantes a fazer são encontrar os problemas e corrigi-los. Elas devem ser feitas separadamente (ou seja, leia o texto e encontre todos os problemas que você conseguir, sem corrigi-los, e depois os aborde em uma segunda revisão). Embora fazer as duas coisas ao mesmo tempo seja tentador, fazer uma por vez é mais sábio. Isso garantirá que você tenha revisado tudo e, em última análise, tornará o trabalho mais rápido e eficiente.

    • Se possível, peça a um amigo para ler seu ensaio, já que ele poderá encontrar problemas que você tenha deixado passar.
    • Às vezes pode ser útil aumentar ou diminuir o tamanho da fonte durante a edição para alterar a disposição visual do texto. Olhar para a mesma coisa por muito tempo faz com que seu cérebro preencha as lacunas com o que espera encontrar e não com o que está vendo, fazendo com que você fique mais propenso a ignorar seus erros.

  • As citações devem ser usadas com moderação e devem complementar totalmente o ponto que estiverem sendo usadas para exemplificar ou justificar.
  • O princípio chave a ser lembrado em um parágrafo ou ensaio comparativo é que você deve esclarecer precisamente o que está comparando e manter essa comparação viva durante todo o ensaio.
  • O título e a introdução prendem a atenção do leitor e fazem com que ele leia o ensaio. Verifique se você sabecomo criar um título atraente para um ensaio.

  • Cuidado com a "conclusão requentada", em que você simplesmente reconta tudo o que já foi dito no corpo do ensaio. Embora a conclusão deva incluir um resumo simples da sua argumentação, ela também deve declarar enfaticamente o ponto de uma forma nova e convincente, da qual o leitor se lembrará com clareza. Se você puder enxergar uma solução para um problema ou dilema apresentado, inclua-a também.
  • Evite o uso de uma linguagem vaga como, "pessoas", "coisas", etc..
  • Evite a todo custo uma conclusão de que ambos os itens são "semelhantes, mas ao mesmo tempo diferentes". Essa conclusão é muito comum e enfraquece qualquer ensaio comparativo, porque essencialmente não diz nada sobre a comparação. A maioria das coisas é "semelhante, mas diferente" de alguma forma.
  • Algumas pessoas acreditam que uma comparação "desequilibrada" — ou seja, quando o ensaio se concentra predominantemente em um dos dois tópicos, dando menos importância ao outro — é mais fraca e que os escritores devem esforçar-se para dar um tratamento equilibrado aos textos ou questões examinadas. Outras pessoas, no entanto, valorizam uma ênfase no ensaio que reflita as exigências particulares da finalidade ou da tese da dissertação. Um texto pode simplesmente fornecer contexto ou referência histórica, artística ou política para o texto principal e, portanto, não precisaria ocupar metade da discussão ou da análise do ensaio. Nesse contexto, um ensaio "fraco" se esforçaria em tratar textos desiguais de forma igual, em vez de se esforçar para fornecer o espaço adequado para o texto mais relevante.

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