Que o marketing de produtos infantis pode incentivar a obesidade, a violência e a sexualidade precoce é um alerta que já vem sendo feito há um tempo. Em geral, a solu ção proposta pelos especialistas é que as pro pagandas de “junk food” com conteú do violento ou sexual sejam restritas para esse público. Mas a psicóloga Susan Linn, professora da Universidade Harvard (EUA), propõe uma solução mais radical: a proibição de toda a publicidade voltada para crianças. [...]
Mantovani, Flávia. Folha de S.Paulo, 18 maio 2006. Caderno Equilíbrio, p. 10.
1. Com base na introdução, redija duas perguntas que podem ter sido dirigidas à entrevistada.
2. O que significa “junk food”? Por que as aspas foram empregadas?
3. Observe os fragmentos grifados. A que termo cada um se refere?
Sintaticamente, cada um dos trechos grifados no texto pode ser identificado como aposto, termo da oração que é “posto ao lado de” um substantivo, um pronome ou uma oração, para explicar ou esclarecer seu significado.
Diferentemente do adjunto adnominal, o aposto não tem função adjetiva. Seu valor é nominal. Em geral, ele equivale ao termo ao qual se refere, podendo substituí-lo.
Ao individualizar um nome, os apostos exercem função especificativa, como em “O livro Crianças do consumo foi escrito por Susan Linn”. Ao acrescentar outros sentidos, por vezes secundários, a esse nome, os apostos têm função explicativa, como em “Ela propõe uma solução mais radical: proibir propagandas dirigidas às crianças”.
Os estudiosos da língua identificam três subcategorias de apostos explicativos. Veja:
• Explicativo enumerativo – “Susan identifica três valores prejudiciais: narcisismo, compra por impulso e lealdade sem questionamento a marcas.”
• Explicativo recapitulativo – “Narcisismo, compra por impulso e lealdade sem questionamento a marcas: todos esses são valores propagados pela publicidade.”
• Explicativo comparativo – “As mensagens publicitárias, bombas do marketing, minam os esforços dos pais.”
Vocativo
Leia esta tira.
Laerte/Acervo do artista
Laerte. Striptiras. Porto Alegre: L&PM, 2007. p. 94.
Nessa tira, um homem interpreta de forma equivocada as evidências de que havia entrado no apartamento errado, algo que ele costuma fazer. A princípio, atribui as “novidades” a alguém chamado Mirtes, a quem se dirige nos três primeiros quadrinhos. No último, encabulado ao perceber o equívoco, dirige-se à verdadeira dona da casa, “dona Vera”. O termo utilizado para evidenciar o interlocutor do texto é denominado vocativo. Ele não se insere nem no sujeito, nem no predicado; portanto, não exerce nenhuma função sintática como termo de oração.
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